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1 
Rua Mato Grosso 306/ Sl 101- Barro Preto- Belo Horizonte 
(31) 3296-0590 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVAS COMPLETAS 
Interpretação 
de Textos 
Desafios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
| 2 
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SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
PROVA 01- CÂMARA MUNICIPAL DE POUSO ALEGRE/MG/ASSISTENTE DE COMUNICAÇÃO ................................. 3 
PROVA 02 - CEMIG/TÉCNICO ADMINISTRATIVO .................................................................................................... 6 
PROVA 03 - PREFEITURA DE MARIANA/ADVOGADO ........................................................................................... 10 
PROVA 04 - PREFEITURA DE MARIANA/ASSISTENTE SOCIAL ............................................................................... 13 
PROVA 05 - PREFEITURA DE MARAVILHAS/AUXILIAR DE CONSULTÓRIO DENTÁRIO ........................................... 17 
PROVA 06 - ESP-MG/ANALISTA EM EDUCAÇÃO E PESQUISA EM SAÚDE ............................................................. 20 
PROVA 08 - PREFEITURA DE GOVERNADOR VALADARES/ADMINISTRADOR ....................................................... 27 
PROVA 09 - Assistente Social/Pref. Ipuã/2016 .................................................................................................... 30 
PROVA 10 - Técnico Segurança do Trabalho/Pref. Ipuã/2016 .............................................................................. 33 
PROVA 11 - Advogado/Pref. Matozinhos/2016 ................................................................................................... 36 
PROVA 12 - Fiscal de Tributos/Pref. Matozinhos/2016 ........................................................................................ 40 
PROVA 13 - Agente de Zoonoses/Pref. Matozinhos/2016 ................................................................................... 43 
PROVA 14 - Advogado/Câmara de Conceição do Mato Dentro/2016 .................................................................. 45 
PROVA 15 - Técnico em Administração/Câmara de Conceição do Mato Dentro/2016 ........................................ 49 
PROVA 16 - Analista de Sistemas/Pref. de Iturama/2015 .................................................................................... 52 
PROVA 17 - Técnico em Informática/Pref. Iturama/2015 .................................................................................... 56 
PROVA 19 - ADMINISTRADOR/PREFEITURA DE PORTO VELHO/RO ..................................................................... 62 
PROVA 20 - ADVOGADO/MUNICÍPIO DE BARRA VELHA/SC ................................................................................ 64 
PROVA 21 - ADVOGADO/PREFEITURA DE UBERLÂNDIA/MG ............................................................................... 66 
PROVA 22 - ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA/TSE ......................................................................... 68 
PROVA 23 - CONTADOR/MUNICÍPIO DE VILA RICA/MT ....................................................................................... 73 
PROVA 24 - MUNICÍPIO DE BARRA VELHA/SC ..................................................................................................... 77 
PROVA 25 - ARQUIVISTA/MUNICÍPIO DE SÃO DOMINGOS DO PRATA/MG ......................................................... 80 
PROVA 26 - ASSISTENTE SOCIAL/MUNICÍPIO DE SÃO DOMINGOS DO PRATA/MG .............................................. 82 
PROVA 27 - ASSISTENTE SOCIAL III/MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU/RJ ................................................................ 84 
PROVA 28 - BIBLIOTECÁRIO/PREFEITURA DE UBERLÂNDIA/MG .......................................................................... 87 
PROVA 29 - CUIDADOR SOCIAL/PREFEITURA DE PORTO VELHO/RO ................................................................... 89 
PROVA 30 - FARMACÊUTICO I/PREFEITURA MUNICIPAL DE JAHU/SP ................................................................. 94 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
Rua Mato Grosso 306/ Sl 101- Barro Preto- Belo Horizonte 
(31) 3296-0590 
 
PROVA 01- CÂMARA MUNICIPAL DE POUSO ALEGRE/MG/ASSISTENTE DE COMUNICAÇÃO 
 
Os ambientes a que tradicionalmente se associa a ideia de aprendizado têm-se diversificado ao extremo, e 
chegam a abranger, na atualidade, todas as dimensões nas quais se podem conceber os processos ininterruptos 
de subjetivação. Se se pudesse observar historicamente a natureza dos meios de compartilhamento de informa- 
ção, veríamos que a diversidade dos canais de comunicação, que aumenta em razão geométrica, é determinante 
para que se compreenda o papel hodierno da escola e para que se lhe planejem as futuras atribuições. 
Em termos metodológicos e procedimentais, há uma estuante discussão acerca das muitas implicações que 
 demanda a era digital, sem cujos claros benefícios e não tão óbvias responsabilidades são impensáveis as socie- 
dades modernas e vindouras. Vejam-se, a título de exemplos, as novas relações interpessoais que se estabele- 
cem, em sala de aula, diante do acesso a redes sem fio; a crescente disponibilidade de conteúdos específicos de 
suporte à (in)formação de alunos e de professores; e a necessidade de se considerarem novas formas de produ- 
ção de conhecimento a partir de um volume impressionante de informações. Basta um rápido olhar sobre esses 
pontos para que nos admiremos da complexidade cognitiva em que nos inserimos. 
É fácil prever que os desdobramentos dessa ampliação de espaços levam a uma redefinição de conceitos 
 fundamentais. Percebemos, enfim e como já deveríamos ter percebido há muito tempo, que é possível aprender 
 praticamente em qualquer lugar e a todo momento. Em vista disso, o novo laboratório de experimentação e apren- 
dizado, que compreende o mundo exterior – e o interior – ao sujeito, impõe uma integração de conhecimentos 
inaudita. Talvez esta seja a principal componente dessa revolução: a perspectiva colaborativa, sinergética, des- 
centralizada. Esse é o modelo mais propício à descoberta de aplicações inovadoras para antigas competências e 
ao desenvolvimento de novas habilidades para atender a exigências futuras. 
Contudo, a inevitabilidade de seguir adiante não significa que o devemos fazer de qualquer maneira. Diante 
do peso dos séculos, o Homem aprendeu que não se pode avançar irrefletidamente, e que o progresso feito às 
expensas do equilíbrio e da reflexão tem um alto preço. Mais do que apenas avaliar a mensagem que desejamos 
passar às próximas gerações, devemos escolher a melhor forma de transmiti-la – e é possível que o espaço mais 
oportuno para que se ventile essa discussão venha a ser uma escola sem fronteiras. 
 
01. Em relação ao conteúdo do texto acima, assinale a afirmativa incorreta. 
a) No primeiro parágrafo do texto, apresenta-se a ideia da diversificação dos processos de aprendizado tal como 
observamos na atualidade. 
b) O segundo parágrafo aponta aspectos diversos que decorrem da implementação de recursos tecnológicos ao 
espaço tradicionalmente associado ao aprendizado. 
c) No terceiro parágrafo, discutem-se características do modelo cognitivo que foi substituído em decorrência 
dos avanços da era digital. 
d) O último parágrafo do texto contém uma reflexão acerca da necessidade de se conjugarem responsabilidade 
e progresso em benefício da Humanidade. 
 
02. Avalie as afirmativas seguintes. 
I. O autor do texto usa o discurso científico para sustentar a ideia de que a escola passará por uma inevitável 
expansão em todos os seus aspectos organizacionais e funcionais. 
II. O autor do texto afirma que devemo-nos adequar, em termos pedagógicos, à nova configuração das relações 
entre o indivíduo e seus contextos de aprendizado. 
III. O autor do texto promove uma reflexão sobre questões culturais prementes que representam benefícios e 
responsabilidades atribuídos à instituição tradicionalmente referida como 'escola'. 
 
Em relaçãoao disposto no texto acima, 
a) apenas a afirmativa I é verdadeira. 
b) apenas a afirmativa II é verdadeira. 
c) apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 
d) apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. 
 
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03. Avalie as assertivas seguintes, feitas diante de uma leitura do texto acima. 
 
I. A maneira tradicional de se considerar o aprendizado sofre o impacto direto da diversificação das fontes de 
informação, como se pode observar na atualidade. 
II. O ineditismo da atual integração de conhecimentos decorre do fato de que o sujeito passa a absorver informação 
tanto do meio a ele externo quanto de seu próprio interior. 
 
É possível afirmar, diante do conteúdo do texto, que 
a) apenas a primeira afirmativa é verdadeira. 
b) As duas afirmativas são verdadeiras e A é causa de B. 
c) As duas afirmativas são verdadeiras e A não é causa de B. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
04. O escopo de aplicação de expressões adverbiais permite alguma flutuação estilística, ao mesmo tempo em que se 
preserva o significado original de um texto. Tome-se a passagem “Diante do peso dos séculos, o Homem aprendeu que 
não se pode avançar irrefletidamente, e que o progresso feito às expensas do equilíbrio e da reflexão tem um alto 
preço.” [linhas 20-22], que pode ser alterada como apresentado nas propostas abaixo. 
 
I. O Homem aprendeu, diante do peso dos séculos, que não se pode avançar irrefletidamente, e que o progresso 
feito às expensas do equilíbrio e da reflexão tem um alto preço. 
II. Irrefletidamente, o Homem aprendeu que não se pode avançar diante do peso dos séculos, e que o progresso 
feito às expensas do equilíbrio e da reflexão tem um alto preço. 
III. Irrefletidamente, o Homem aprendeu, diante do peso dos séculos, que não se pode avançar, e que o 
progresso feito às expensas do equilíbrio e da reflexão tem um alto preço. 
IV. O Homem, diante do peso dos séculos, aprendeu que não se pode avançar irrefletidamente, e que o 
progresso feito às expensas do equilíbrio e da reflexão tem um alto preço. 
 
As propostas de reescrita que preservam o sentido original da passagem são 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
 
05. As afirmativas abaixo, feitas sobre o conteúdo do segundo parágrafo do texto, estão corretas, exceto 
a) Tanto alunos quanto professores podem beneficiar-se das informações oferecidas nos meios eletrônicos. 
b) As sociedades humanas são hoje estreitamente dependentes da informática e, no futuro, continuarão a sê-
lo. 
c) A disponibilidade de grandes quantidades de informação deve acarretar a criação de novos modelos 
cognitivos. 
d) O uso da tecnologia wireless leva a mudanças nos papéis desempenhados pelos indivíduos nos ambientes 
educacionais. 
 
06. Avalie as assertivas abaixo. 
I. O progresso é natural para a espécie humana, mas isso não implica que escape totalmente a seu controle. 
II. Em si, a tecnologia digital não é somente positiva nem somente negativa; seu valor depende do uso que dela 
se faz. 
III. O ser humano sempre pôde aprender em qualquer situação; o que havia era uma perspectiva reducionista 
centrada na escola. 
IV. Em termos cognitivos e mesmo sociais, não conseguimos acompanhar o ritmo acelerado da evolução 
tecnológica e digital. 
 
 
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Em relação ao conteúdo do texto acima, estão corretas as assertivas 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
 
07. Avalie as seguintes análises feitas sobre algumas formas de infinitivo presentes no texto. 
 
I. A passagem 'e chegam a abranger' [linha 2] admite a flexão do infinitivo 'e chegam a abrangerem', pois a 
concordância pode ser feita com 'todas as dimensões', no mesmo período. 
II. A passagem 'nas quais se podem conceber os processos' [linha 2] aceita a flexão do infinitivo, 'nas quais se 
podem conceberem', pois a concordância deve ser feita com o sujeito 'processos'. 
III. A passagem 'de se considerarem' [linha 12] é forma legítima, pois a flexão do infinitivo é facultativa nesse 
caso, podendo ser feita com 'a necessidade', no mesmo período. 
 
À luz do disposto na gramática normativa, 
a) está correta apenas a afirmativa I. 
b) está correta apenas a afirmativa II. 
c) está correta apenas a afirmativa III. 
d) nenhuma das afirmativas está correta. 
 
08. Diversas estruturas do texto correspondem a uma forma de voz passiva, e podem ser reescritas ainda de outra 
maneira na mesma voz. Avalie os seguintes pares, que contêm as formas originais e suas respectivas propostas de 
reformulação. 
I. […] e chegam a abranger, na atualidade, todas as dimensões nas quais se podem conceber os processos 
ininterruptos de subjetivação. [linhas 2-3] 
[…] e chegam a abranger, na atualidade, todas as dimensões nas quais podem ser concebidos os processos 
ininterruptos de subjetivação. 
II. […] que aumenta em razão geométrica, é determinante para que se compreenda o papel hodierno da escola 
[...] [linhas 4-5] 
[…] que aumenta em razão geométrica, é determinante para que o papel hodierno da escola seja compreendido 
[...] 
III. […] as novas relações interpessoais que se estabelecem, em sala de aula, diante do acesso a redes sem fio 
[linhas 8-9] 
[…] as novas relações interpessoais que são estabelecidas, em sala de aula, diante do acesso a redes sem fio... 
IV. […] e é possível que o espaço mais oportuno para que se ventile essa discussão venha a ser uma escola sem 
fronteiras. [linhas 27-28] 
[…] e é possível que o espaço mais oportuno para que essa discussão seja ventilada venha a ser uma escola sem 
fronteiras. [linhas 23-24] 
Estão corretas 
a) todas as propostas. 
b) apenas as propostas I e III. 
c) apenas as propostas II e IV. 
d) apenas as propostas I, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
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09. O texto faz uso de elementos coesivos cuja função é referenciar termos específicos para a criação de sentido. Em 
termos das associações verificadas no texto, a afirmativa incorreta é 
a) lhe [linha 5] = papel hodierno 
b) cujos [linha 7] = era digital 
c) esta [linha 18] = perspectiva 
d) o [linha 20] = seguir adiante 
 
10. Leia a seguinte passagem do texto. 
 
'Contudo, a inevitabilidade de seguir adiante não significa que o devemos fazer de qualquer maneira.' [linha 20] 
 
Em termos da colocação do pronome oblíquo o, a alternativa que preserva o significado original e é referendada pela 
gramática normativa é 
a) Contudo, a inevitabilidade de seguir adiante não o significa que devemos fazer de qualquer maneira. 
b) Contudo, a inevitabilidade de o seguir adiante não significa que devemos fazer de qualquer maneira. 
c) Contudo, a inevitabilidade de segui-lo adiante não significa que devemos fazer de qualquer maneira. 
d) Contudo, a inevitabilidade de seguir adiante não significa que devemos fazê-lo de qualquer maneira. 
 
GABARITO 
01. C 02. B 03. A 04. B 05. C 06. B 07. D 08. A 09. A 10. D 
 
 
PROVA 02 - CEMIG/TÉCNICO ADMINISTRATIVO 
 
Instrução: As questões de 1 a 6 referem-se ao texto a seguir. Leia-o antes de respondê-las. 
 
(__________) 
 
1 
 
 
2 
 
 
3 
 
 
4 
 
 
 
5 
 
 
6 
 
 
7 
 
 
Embora pairem incertezas sobre o fôlego de crescimento de longo prazo da economia brasileira, as 
projeções de todos os lados para o PIB neste e nos próximos anos ainda indicam uma atividade 
aquecida. 
No que diz respeito, ao menos, ao fornecimento de energia – fator que já foi terror do crescimento 
econômico em anos recentes –, o aumento de produção e de consumo estão garantidos sem que falte 
às empresas abastecimento energético para isso. 
Segundo representantes do governo, o que já há de energia contratada, relativo a usinas e 
hidrelétricas em construção para os próximos anos, garante fornecimento para um crescimento de até 
7% do PIB ao ano até, pelo menos, 2014. 
"A demandaprojetada até 2014 já está suprida. Temos entre 3 mil e 3,5 mil megawatts-médios 
contratados para entrar em funcionamento por ano. Isso permite um crescimento econômico anual de 
7%", informou Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), órgão 
vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME). 
A informação foi passada após os dois leilões de geração realizados pela Agência Nacional de 
Energia Elétrica (Aneel) na semana passada. Os volumes equivalem a uma usina de Santo Antônio – 
que está sendo construída no Rio Madeira – inaugurada por ano. 
Os leilões negociaram a energia de empreendimentos que entrarão em funcionamento de 2011 a 
2013, e venderam 2,8 mil megawatts. "Com estes leilões, completamos o que estava projetado em 
demanda para o período", disse Tolmasquim. 
Cálculos do setor de energia indicam que, para cada 1% de crescimento do PIB, o consumo de 
energia cresce entre 1% e 1,5%. Em 2009, a carga brasileira foi de 52 mil megawatts. Um crescimento 
de 7% do PIB, para esta base, exige um incremento de 3,6 mil megawatts na matriz. 
 
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9 
 
 
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14 
Margem folgada 
Este ano, no entanto, deve marcar o pico do crescimento, com projeções de PIB, feitas pelo governo 
e o mercado, que variam de 6,5% até 7,09%. Para o PIB do segundo trimestre, que será divulgado 
amanhã pelo IBGE, a variação estimada chega a até 8%, segundo diferentes projeções de bancos e 
corretoras consultadas pelo Brasil Econômico. 
Nos anos seguintes, no entanto, o ritmo fica mais ameno, com uma média de crescimento 
econômico, até 2014, entre 4,7% até a mais otimista, de 6%, estimada na segunda-feira pelo ministro 
da Fazenda, Guido Mantega. 
Qualquer uma delas, no entanto, já indica que a próxima década terá um Brasil mais aquecido do 
que na década que se encerra: entre 2000 e 2009, a média de evolução anual do PIB foi de 3,31%. 
 
Apagão x "Pagão" 
"O problema de apagão está resolvido", diz Paulo Pedrosa, presidente-executivo da Associação 
Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace). "O problema agora é o 'pagão'", 
brinca, referindo-se ao aumento de custos com que o sistema elétrico veio sendo carregado nos últimos 
anos. 
Os chamados encargos setoriais – cobranças embutidas na conta destinadas a subsidiar o sistema 
– representam hoje cerca de 9% do total da conta de luz, somados ainda a mais dezenas de impostos 
que resultam em 46% do total da conta de luz. 
Em 1999, o peso dos encargos era de 6,2%, segundo dados do Instituto Acende Brasil. "A energia 
térmica, que é mais cara e começou a ser contratada pesadamente a partir de 2005, está começando 
agora a pesar nos custos", explica Pedrosa. Enquanto o megawatt de grandes hidrelétricas, como no 
caso do negociado para o complexo do Rio Madeira ou de Belo Monte, custa até R$ 80, nas térmicas 
gira em torno dos R$ 140. 
"A agenda de garantia do abastecimento já está cumprida. Para os próximos anos, a nova agenda 
deve ser a busca pela competitividade", completa. 
Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/economia/>. Acesso em 20 set. 2010.) 
 
01. São títulos adequados para esse texto, EXCETO: 
a) Copa do Mundo sem crise de energia 
b) Energia garante aumento anual de 7% do PIB até 2014 
c) Brasil cheio de energia na próxima década 
d) Energia elétrica: abastecimento garantido 
 
02. 
I. A geração e o fornecimento de energia elétrica dependem do crescimento anual do PIB. 
II. O texto tem como objetivo criticar o excesso de impostos incidentes sobre a conta de energia elétrica. 
III. A energia termoelétrica tem um custo duas vezes superior ao da hidrelétrica. 
 
Dentre as afirmativas acima, são INCORRETAS: 
a) apenas I e II. 
b) apenas II e III. 
c) todas. 
d) apenas I e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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03. 
I. O texto apresenta uma visão otimista da política energética desenvolvida no Brasil. 
II. A evolução do PIB e o consumo de energia apresentam o mesmo índice de crescimento. 
III. Nos próximos anos, os índices de desenvolvimento econômico devem se reduzir. 
Dentre as afirmativas acima, são CORRETAS: 
a) apenas II e III. 
b) apenas I e III. 
c) apenas I e II. 
todas as afirmativas. 
 
04. Em todas as alternativas as alterações na pontuação do trecho transcrito entre parênteses implicam erro ou 
mudança de sentido, EXCETO: 
a) No que diz respeito – ao menos – ao fornecimento de energia (fator que já foi terror do crescimento 
econômico em anos recentes) o aumento de produção e de consumo estão garantidos, sem que falte às 
empresas abastecimento energético para isso. (No que diz respeito, ao menos, ao fornecimento de energia 
– fator que já foi terror do crescimento econômico em anos recentes –, o aumento de produção e de 
consumo estão garantidos sem que falte às empresas abastecimento energético para isso. – 2º §). 
b) Cálculos do setor de energia indicam que para cada 1% de crescimento do PIB, o consumo de energia cresce 
entre 1% e 1,5%. (Cálculos do setor de energia indicam que, para cada 1% de crescimento do PIB, o consumo 
de energia cresce entre 1% e 1,5%. – 7º §). 
c) Este ano, no entanto, deve marcar o pico do crescimento com projeções de PIB, feitas pelo governo e o 
mercado que variam de 6,5% até 7,09%. (Este ano, no entanto, deve marcar o pico do crescimento, com 
projeções de PIB, feitas pelo governo e o mercado, que variam de 6,5% até 7,09%. – 8º §). 
d)Embora pairem incertezas sobre o fôlego de crescimento de longo prazo da economia brasileira, as projeções 
de todos os lados para o PIB, neste e nos próximos anos, ainda indicam uma atividade aquecida. (Embora 
pairem incertezas sobre o fôlego de crescimento de longo prazo da economia brasileira, as projeções de 
todos os lados para o PIB neste e nos próximos anos ainda indicam uma atividade aquecida. – 1º §). 
 
05. O texto aborda todos os tópicos a seguir, EXCETO: 
a) Problemas com fornecimento de energia elétrica em anos recentes. 
b) Elevação no custo global da produção de energia elétrica nos últimos cinco anos. 
c) Grande volume de impostos incidentes sobre a energia elétrica. 
d) Implantação de uma usina hidrelétrica por ano. 
 
06. Em todas as alternativas, as reformulações propostas para o trecho transcrito entre parênteses implicam erro ou 
mudança de sentido, EXCETO: 
a) A informação foi fornecida na semana passada, após ambos os leilões de geração realizados por intermédio 
da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (A informação foi passada após os dois leilões de geração 
realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na semana passada. – 5º §) 
b) Apesar de pairarem incertezas a respeito da capacidade de crescimento de longo prazo da economia 
brasileira, as projeções de todos os lados para o PIB neste e nos próximos anos sinalizam ainda uma atividade 
aquecida. (Embora pairem incertezas sobre o fôlego de crescimento de longo prazo da economia brasileira, 
as projeções de todos os lados para o PIB neste e nos próximos anos ainda indicam uma atividade aquecida. 
– 1º §) 
c) Os volumes se equiparam à uma usina de Santo Antônio inaugurada por ano, a qual está sendo construída no 
Rio Madeira. (Os volumes equivalem a uma usina de Santo Antônio – que está sendo construída no Rio 
Madeira – inaugurada por ano. – 5º §) 
d) Este ano, entretanto, tem de marcar o pico do crescimento, com previsões de PIB, realizadas pelo governo e 
o mercado, que variam de 6,5% até 7,09%. (Este ano, no entanto, deve marcar o pico do crescimento, com 
projeções de PIB, feitas pelo governo e o mercado, que variam de 6,5% até 7,09%. – 8º §) 
 
 
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07. Tendo em conta que, nos termos do Acordo Ortográfico de 1990, o “i” e o “u” não levam acento gráfico quando, 
em paroxítonos, ocorrem antecedidosde ditongo e que os ditongos abertos “ei” e “oi” não são acentuados nas 
palavras paroxítonas, assinale a alternativa em que TODAS as palavras tenham sido CORRETAMENTE grafadas. 
a) miudos – distraido – conteúdo – juiz – úmido – joia – geleia – colmeia 
b) Coréia – jiboia – estreia – gratuíto – tipoia – saída – graúdo – baús 
c) Piauí – tuiuiús – feiura – juízes – assembleia – herói – coronéis – girassóis 
d) reúnem-se – trairas – heroico – anzóis – papéis – suínos – fluido – plateia 
 
08. Tendo em conta o padrão culto escrito, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Solicitamos-lhe que se observem rigorosamente os critérios para formatação dos textos a serem 
encaminhados a esta editora. 
b) Quanto à última proposta mencionada, a empresa já havia recusado-a em outra oportunidade. 
c) O autor alude a um tempo onde a energia elétrica era novidade e não havia entre os eletrodomésticos muito 
mais que um rádio. 
d) As reinvindicações dos grevistas, que mantiveram a paralização, foram encaminhadas ao Governador do 
Estado ainda ontem. 
 
09. Tendo em conta o padrão culto escrito, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Cerca de quinze dias após a realização dos exames, divulgaram-se a lista dos aprovados. 
b) Se se dispusessem a discutir esses tópicos do contrato, estaríamos a sua disposição durante toda a semana. 
c) Todos os especialistas entendem que a medida põe em xeque o projeto de urbanização destinado àquele 
bairro. 
d) O jogador acredita que a negociação de seu passe se consume até o final do ano. 
 
10. A flexão do verbo sublinhado está CORRETA em: 
a) Os preços se manteram nesse patamar durante todo o semestre. 
b) Se os professores não reporem as aulas perdidas em decorrência da greve, serão penalizados. 
c) Se a autoridade monetária não tivesse intervindo, a situação do câmbio estaria pior. 
d) Os dois poderiam viajar somente se reavessem os documentos até o final da semana. 
 
11. A concordância nominal está INCORRETA em: 
a) A mídia julgou desnecessária a campanha e o envolvimento da empresa. 
b) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa desnecessária. 
c) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da empresa e a campanha. 
d) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa desnecessárias. 
12. 
I. A modelo ____ que se refere a reportagem foi fotografada ____ a distância, quando subia ____ bordo de seu jato 
particular. 
II. Solicitamos ____ V. Sa. que comunique ____ suas equipes as alterações anteriormente indicadas. 
 
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas das duas 
frases acima. 
a) à – à – à – à – à 
b) a – à – a – à – às 
c) a – a – à – a – à 
d) a – a – a – a – a 
 
GABARITO 
01. A 02. C 03. B 04. D 05. D 06. B 07. C 08. A 09. A 10. C 
11. B 12. D 
 
 
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PROVA 03 - PREFEITURA DE MARIANA/ADVOGADO 
 
“Quem tem um sonho não dança” – Faça um novo ano novo 
Estas do título são palavras do Cazuza, meu poeta amado, tradutor das inquietudes do meu tempo. Com toda 
loucura, ele encontrou seu lugar na vida de compor e cantar. E mostrar sua cara e nos chamar à não hipocrisia. E fez 
sua história. Cito-o porque sigo muito preocupada com o numero de crianças e adolescentes perdidos de si, que 
perdem a vida para o crack e outras formas suicidas de existir. Em muitas cidades continua a crescer os casos de jovens 
que desistem, não suportam, sabe-se lá que nível de angústia, e dão fim ao seu calvário. O que está acontecendo? 
Segundo os princípios africanos, não me lembro agora de que nação é o fundamento, “é preciso toda uma aldeia 
para se educar uma criança”. Então conclamo a todos a arregaçarem as mangas e tentar orientar um jovem por dia. 
Seja primo, sobrinho, irmão, amigo, filho de amigo. Não temos uma cultura reflexiva, onde reafirmamos nossa 
identidade e nos reconhecemos. Vale explicar direitinho para uma criança ou um jovem o rumo de sua ação. Eles 
prestam atenção quando somos bons explicadores e quando fica claro que estamos do seu lado. Vejo um desamparo 
geral dos que, por nós criados, seguem sendo analfabetos de si e do mundo. Se repararmos, no caminho do malfeito 
desse ou daquele menino, tem sempre um adulto que falhou com sua ausência resultada em abandono, ou com sua 
nociva presença cheia de obstruções, conselhos visando só ganhar dinheiro, ainda que isso custe o preço de nosso 
melhor sonho. 
Um jovem é diagnosticado como tal exatamente pela sua potência romântica, seu coração destemido e quixotesco, 
e pela sua confiança na própria capacidade de mudar o mundo. Não esfacelemos sua esperança. Muitas vezes quando 
confessa: pai, quero estudar agronomia mas quero trabalhar com os sem terra, fazer horta comunitária, o pai 
enlouquece: “mas que palhaçada é esta? Roça comunitária é coisa de vagabundo. Já viu isto dar dinheiro? Você tem 
que pensar é no seu, seu babaca!” É em casa que se escuta este tipo de pensamento de consequências desastrosas. 
Botam um menino desses, que nasceu com coração descalço, enfiado num terno numa loja num shopping ou na 
empresa do pai, que muitas vezes, sem ninguém se dar conta do enredo, começa a falir. Esqueceram de perguntar a 
este jovem quais são os seus desejos, suas vocações, suas inclinações. Estamos, adultos e experientes, em condição 
privilegiada em relação aos que vieram depois de nós. Podemos ajudá-los a ampliar as pistas para chegar a si mesmo 
e, com estas informações se disponibilizarem a conhecer o outro e seu mundo. Um homem que tem intimidade com 
seus fluxos de ser e que se torna conhecedor de suas margens, logo encontra seu sonho e com ele navega, e em suas 
águas outros sonhos encontra e por eles peleja, luta, e com eles verdeja. O sonho é âncora, bússola. Sem ele ir aonde? 
Por quê? Para quê? Pois está se matando quem não suporta um não, uma rejeição, uma intempérie, uma tristeza: 
quem não se recuperou de seu abandono, quem tem tudo e vive desnutrido de afeto; quem não tem quem diga "vem 
cá, meu filho, vou te ajudar a encontrar tuas habilidades.”. É triste encontrar um menino de vinte anos cujo único 
sonho é “trocar seu carro novo por um novo carro novo”. 
Pedófilos, corruptos, mafiosos, sádicos, ladrões e assassinos foram, geralmente, crianças que por algumas mãos 
adultas tratadas, forjadas, ensinadas assim. Parece triste o que digo, mas o que estou dizendo é que tem jeito. Esse 
assunto de educação não é sorte. Dá para se prever o futuro de um cidadão, se no presente o construirmos. Ai meus 
amigos, tanta coisa está em jogo: amamentação amorosa, o jeito como pegamos uma criança no colo, o quanto a 
amparamos, o quanto de apoio damos à pequena coluna desse bebê pra que ele consiga erguer-se. Claro que há os 
que não tiveram nada destas estruturas seguras, e que, no entanto se reinventaram e dão um baile no caldeirão das 
probabilidades. Mas quem puder que garanta já uma boa infância aos seus rebentos e aos que, nem que seja por 
algumas horas, passem sob seus cuidados. 
Sempre há um jeito para os vivos. Não se matem, meus amores, escrevam melhores capítulos. Temos todo medo 
do fracasso, medo de não agradar, de não representarmos importância no coração de papai, mamãe, nem ninguém. 
Por isso somos todos sobreviventes, de alguma dor, um vicio, uma paixão, uma rejeição. Para todos estes infortúnios, 
um só antídoto: agarre na mão do sonho, através dele se procure, se compreenda, se acolha onde o amor faltou. 
Estamos chegando no final do ano e milhões de vestibulares e cursinhos especializados em aprovar neles proliferam. 
Pois atenção esteticistas, massagistas, enfermeiros, eletricistas, marceneiro, cozinheiros, pintores, costureiros, 
médicos, músicos, professores, artistas. Tudo é igualmente importante para o mundo e todos podemos ser brilhantes 
em cada trabalho que de nós merecer dedicação natural. Porque dá caminho e luz, o sonho é o sol. Vá tomar seu 
banho. É direito do povo. E aí teremos um ano realmente novo! Beijos, Elisa Lucinda. 
 (23/12/10, jornal A Gazeta.Disponível em www.ideiasmariokerber.com./quem-tem-um-sonho-naodanca- elisa.html . Acesso em 25/12/10) 
 
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01. Analisando-se o título e a argumentação de Elisa Lucinda, verifica-se que o tema central da crônica acima consiste 
na afirmação de que: 
a) é direito de qualquer cidadão exercer com dignidade a profissão escolhida, desde que ela socialmente 
valorizada. 
b) educar uma criança é ajudá-lo a perceber sua vocação, seu desejo e inclinação, a fim de que se torne um 
adulto equilibrado. 
c) as palavras de Cazuza demonstram a maturidade de alguém que soube representar bem as inquietudes de 
uma geração. 
d) os adultos, por serem mais maduros e reflexivos, são os melhores guias para determinar os caminhos certos 
para as novas gerações. 
 
02. “Segundo os princípios africanos, não me lembro agora de que nação é o fundamento, “é preciso toda uma aldeia 
para se educar uma criança.” 
 
Assinale a afirmativa INCORRETA sobre o fragmento: 
a) Com a citação, a autora reforça a ideia de que educar é um processo complexo e de grande responsabilidade. 
b) A citação reitera a importância da solidariedade de todos os agentes no ato de educar. 
c) A autora, neste fragmento, restringe o que afirma às nações africanas, organizadas em aldeias, portanto com 
estrutura mais simples. 
d) A cronista identifica-se com o fundamento destacado, o que se evidencia, linguisticamente, tanto pelo uso do 
conectivo “segundo” quanto pelo uso de aspas (citação literal). 
 
03. Para construir sua argumentação, Elisa Lucinda utiliza diversas estratégias textuais bastante persuasivas. A seguir, 
apresentam-se algumas, com trechos do texto. Assinale a opção que traz afirmação INCORRETA sobre o fragmento 
destacado: 
a) “Com toda loucura, ele encontrou seu lugar na vida de compor e cantar. E mostrar sua cara e nos chamar à 
não hipocrisia. E fez sua história.” ( A autora alude a pessoa famosa e sua obra como forma de resgatar fatos 
marcantes em especial para certa geração, com que ela se identifica.) 
b) “Não temos uma cultura reflexiva, onde reafirmamos nossa identidade e nos reconhecemos.” (Lucinda usa 
1ª pessoa do plural como forma de persuadir o leitor a aderir ao argumento apresentado.) 
c) “O sonho é âncora, bússola. Sem ele ir aonde? Por quê? Para quê? Pois está se matando quem não suporta 
um não, uma rejeição, uma intempérie, uma tristeza..” (A cronista usa de uma série de perguntas, relevantes 
à argumentação, que deverão ser respondidas pelo leitor como forma de continuar a interlocução com a 
autora.) 
d) “Porque dá caminho e luz, o sonho é o sol. Vá tomar seu banho. É direito do povo. E aí teremos um ano 
realmente novo! Beijos, Elisa Lucinda.” (Embora se tratando de uma crônica, a autora adota aspectos de uma 
carta, como a despedida, o que a aproxima ainda mais do leitor/destinatário.) 
 
04. 
 “Um jovem é diagnosticado como tal exatamente pela sua potência romântica, seu coração destemido e quixotesco, 
e pela sua confiança na própria capacidade de mudar o mundo.” 
 
Neste fragmento, com o uso do adjetivo “quixotesco” temos uma estratégia argumentativa bastante recorrente, 
denominada: 
a) metalinguagem. 
b) denotação. 
c) ironia 
d) intertextualidade. 
 
 
 
 
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Atente para o fragmento abaixo para responder às questões 05 e 06: 
05. 
“Um homem que tem intimidade com seus fluxos de ser e que se torna conhecedor de suas margens, logo encontra 
seu sonho e com ele navega, e em suas águas outros sonhos encontra e por eles peleja, luta, e com eles verdeja. O 
sonho é âncora, bússola.” 
 
As expressões acima poderiam ser substituídas, sem alteração semântica, por: 
a) reflexivo / suas limitações. 
b) egocêntrico / suas potencialidades. 
c) metódico / suas fraquezas. 
d) alienado / suas inquietações. 
 
06. Lucinda afirma, neste fragmento, que “o sonho é âncora, bússola.” Há, neste fragmento, 
a) uma figura de linguagem denominada metonímia. 
b) uso de antítese, em que se contrapõem dois elementos náuticos. 
c) recurso a duas metáforas encadeadas sem conectivo. 
d) recurso a uma hipérbole, construída pelo desejo de intensificar algo. 
 
07. Atente para os excertos abaixo e assinale a afirmativa CORRETA: 
 
I - “Estamos chegando no final do ano e milhões de vestibulares e cursinhos especializados em aprovar neles 
proliferam.” 
II - “Esqueceram de perguntar a este jovem quais são os seus desejos, suas vocações, suas inclinações.” 
III - “Não temos uma cultura reflexiva, onde reafirmamos nossa identidade e nos reconhecemos.” 
IV - “O sonho é âncora, bússola. Sem ele ir aonde?” 
 
Verifica-se que: 
a) o advérbio interrogativo “aonde” (IV) está empregado de forma inadequada, desrespeitando regência do 
verbo “ir”. 
b) o pronome relativo “onde” (III) está corretamente empregado, pois se refere a espaço físico. 
c) a regência do verbo “chegar” (I) está em consonância com as prescrições da gramática tradicional. 
d) o verbo “esquecer” (II) encontra-se empregado inadequadamente, pois falta o oblíquo “se”, necessário 
quando aparece a preposição “de”. 
 
08. Atente para os fragmentos abaixo. Todos trazem algum desvio em relação às 
prescrições da gramática normativa: 
I – “Estamos, adultos e experientes, em condição privilegiada em relação aos que vieram depois de nós. 
Podemos ajudá-los a ampliar as pistas para chegar a si mesmo e, com estas informações se disponibilizarem 
a conhecer o outro e seu mundo.”  ausência de concordância do sintagma pronominal “a si mesmo”, que 
retoma termo no plural. 
II – “Em muitas cidades continua a crescer os casos de jovens que desistem, não suportam, sabe-se lá que nível 
de angústia, e dão fim ao seu calvário.”  ausência de concordância do verbo auxiliar com o sujeito posposto. 
III – “Então conclamo a todos a arregaçarem as mangas e tentar orientar um jovem por dia.”  regência 
inadequada do verbo “conclamar”, que exige apenas um objeto indireto. 
 
Estão CORRETAS as afirmativas: 
a) somente I e II. 
b) somente II e III. 
c) somente I e III. 
d) I, II e III. 
 
 
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09. 
“Eles prestam atenção quando somos bons explicadores e quando fica claro que estamos do seu lado. Vejo um 
desamparo geral dos que, por nós criados, seguem sendo analfabetos de si e do mundo. Se repararmos, no caminho 
do malfeito desse ou daquele menino, tem sempre um adulto que falhou com sua ausência resultada em abandono, 
ou com sua nociva presença cheia de obstruções, conselhos visando só ganhar dinheiro, ainda que isso custe o preço 
de nosso melhor sonho.” 
 
Destacaram-se alguns conectivos do excerto acima e as ideias que introduzem foram corretamente apontadas, EXCETO 
em: 
a) Quando  temporalidade 
b) Se  condicionalidade 
c) Ainda que  concessão 
d) Que  consequência 
 
GABARITO 
01. B 02. C 03. C 04. D 05. A 06. C 07. D 08. A 09. D 
 
PROVA 04 - PREFEITURA DE MARIANA/ASSISTENTE SOCIAL 
 
TEXTO I 
 
PASSEIO SOCRÁTICO 
Frei Betto 
Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos 
dependurados em telefones celulares; mostravam-se preocupados, ansiosos e, na lanchonete, comiam mais do que 
deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, 
muitos demonstravam um apetite voraz. Aquilo me fez refletir: Qual dos dois modelos produz felicidade? O dos 
monges ou o dos executivos? 
(...) A sociedade na qual vivemos constrói super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas muitos são 
emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram que, agora, mais importante que o QI (Quociente 
Intelectual), é a IE (Inteligência Emocional). Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com 
as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluíremaulas de meditação! 
Uma próspera cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem 
sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a 
desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: “Como estava o 
defunto?”. “Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!” Mas como fica a questão da subjetividade? Da 
espiritualidade? Da ociosidade amorosa? 
Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra 
é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento 
emocional, controla-se no mouse. (...) Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há 
compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos 
virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também 
eticamente virtuais… 
A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e 
honrosas exceções -, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos 
cultos. A palavra hoje é ‘entretenimento’; domingo, então, é o dia nacional da imbecilidade coletiva. Imbecil o 
apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a 
publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: “Se 
tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!” O problema é que, em 
 
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geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de 
remédios. Quem resiste, aumenta a neurose. 
Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou 
da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. 
Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar 
a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globocolonizador, neoliberal, consumista. Assim, pode-
se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, autoestima, ausência 
de estresse. 
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde 
há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade 
Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É 
curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de 
qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não 
há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas... 
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. 
Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas 
sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a 
crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no 
inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o 
mesmo hambúrguer de uma cadeia transnacional de sanduíches saturados de gordura… 
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: “Estou apenas fazendo um passeio socrático.” 
Diante de seus olhares espantados, explico: “Sócrates, filósofo grego, que morreu no ano 399 antes de Cristo, também 
gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o 
assediavam, ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.” 
(11/Fev/ 2010. Disponível em http://www.verdestrigos.org/sitenovo/site/cronica_ver.asp?id=1601. Acesso em 08/12/10) 
 
01. Em sua crônica, Frei Betto utiliza as seguintes estratégias de construção textual, EXCETO: 
a) Recorre a argumentos que intertexualizam com fatos ou dados do acervo cultural da humanidade. 
b) Utiliza linguagem conotativa e denotativa de forma harmoniosa. 
c) Adota como ponto de vista a 1ª pessoa do singular, mas usa também a do plural a fim de buscar adesão do 
leitor. 
d) Fundamenta sua argumentação numa linguagem padrão e bastante conservadora. 
 
02. 
“...a sala de espera cheia de executivos dependurados em telefones celulares; mostravam-se preocupados, ansiosos 
e, na lanchonete, comiam mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a 
companhia aérea oferecia um outro café, muitos demonstravam um apetite voraz.” 
 
Assinale a opção que completa corretamente a afirmação abaixo: 
Com esse fragmento, o cronista _______________________________________. 
 
a) cria a imagem de que a sociedade moderna provoca sensações e situações de estresse e compulsão. 
b) evidencia que os executivos costumam ser glutões em situações profissionais. 
c) destaca a ansiedade e voracidade como características fundamentais do profissional moderno. 
d) critica o fato de as companhias aéreas fornecerem lanches adicionais aos passageiros, condicionando-os mal. 
 
 
 
 
 
 
 
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03. 
 
“Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno.” 
 
Essa analogia se reitera nas seguintes afirmações do cronista, EXCETO: 
a) Na sociedade moderna, construções laicas como shoppings valem, simbolicamente, tanto quanto as religiosas 
– catedrais – valiam no passado. 
b) Shoppings – assim como as catedrais – rejeitam a presença de mendigos, crianças de ruas e pessoas vestidas 
de forma simples. 
c) Muitos shoppings têm linhas arquitetônicas similares a catedrais estilizadas. 
d) Tanto as catedrais quanto os shoppings procuram despertar nas pessoas a sensação de estarem vivenciando 
algo paradisíaco. 
 
04. 
 
Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. 
Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 
“Como estava o defunto?”. “Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!” 
Neste fragmento, Frei Betto utiliza duas figuras de linguagem bastante recorrentes. 
São elas: 
a) antítese e metáfora. 
b) metonímia e pleonasmo. 
c) metonímia e ironia. 
d) metáfora e ironia. 
 
05. Atente para o emprego da palavra SE, bastante frequente na crônica. Indicou-se corretamente sua função, EXCETO 
em: 
a) “Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. ( = 
indeterminador do sujeito) 
b) “Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. (= conjunção 
condicional) 
c) “...mostravam-se preocupados, ansiosos e, na lanchonete, comiam mais do que deviam.” ( = pronome 
reflexivo) 
d) “Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no 
mouse.” (= conjunção integrante) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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06. Atente para a charge que segue, denominada de texto II: 
 
TEXTO II 
 
 
 (http://3.bp.blogspot.com/_Ig0Tn-Wmx2Y/SewXAMdce0I/AAAAAAAAANM/LZY_kTIxNaw/s1600- 
h/americano.jpg. Acesso em 08/12/10) 
 
Relacionando-a ao texto I, pode-se perceber prioritariamente a tematização: 
a) da alienação das pessoas, que valorizam o ter em detrimento do ser. 
b)do consumismo desenfreado, capitaneado pela americanização. 
c) da existência de valores éticos inerentes ao homem. 
d) da ideia socrática do desapego frente à globoconização. 
 
07. Assinale a afirmativa INCORRETA sobre a formação e/ou semântica das palavras: 
a) Em “superexecutivos”, um neologismo, o prefixo intensifica o sentido. 
b) Em “QI” e “IE”, o autor usa siglas, seguidas da explicação (metalinguagem). 
c) “Shopping center” é empréstimo linguístico do inglês, que manteve a forma original. 
d) “Socrático”, adjetivo presente no título, é formação esdrúxula porque irregular. 
 
O fragmento abaixo será utilizado para as questões 08 e 09: 
 
 “Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da 
área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. 
Colocá-los onde? O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom 
ser livre de todo esse condicionamento globocolonizador, neoliberal, consumista.” 
 
08. Com relação à regência dos verbos indicados abaixo, a afirmativa INCORRETA é: 
a) O verbo “dar” apresenta dois objetos explicitados – o direto e o indireto. 
b) O verbo “haver” apresenta o sujeito simples “uma saída”. 
c) O verbo “achar” apresenta, além do sujeito (eu), um objeto direto oracional. 
d) O verbo “ser” aparece precedendo um predicativo oracional. 
 
 
 
 
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09. 
 “Colocá-los onde?” 
O autor utiliza duas vezes esta estrutura, reiterando sua perplexidade diante do fato apresentado. 
 
Assinale a alternativa em que o uso de ONDE ou AONDE tenha sido feito de forma INCORRETA: 
a) Aonde você vai? Gostaria de acompanhá-la. 
b) A cidade de onde ele veio é pequena e acolhedora. 
c) Ele nunca sabe onde quer chegar... 
d) O lugar onde ele estava era sombrio e assustador. 
 
GABARITO 
01. D 02. A 03. B 04. D 05. D 06. B 07. D 08. B 09. C 
 
PROVA 05 - PREFEITURA DE MARAVILHAS/AUXILIAR DE CONSULTÓRIO DENTÁRIO 
 
A LITERATURA HUMANIZA 
 
Filosofia, arte e psicanálise podem apontar saídas contra demônios pós-modernos, como depressão, que afetam a 
juventude 
 
INEZ LEMOS * 
 
O novo secretário nacional do livro, Waly Salomão, pretende desenvolver ”uma paixão nacional pela leitura”. 
Notícia para lá de boa, pois segundo a última pesquisa internacional sobre o tema, o Brasil ocupa o primeiro lugar no 
ranking dos países onde menos se lê. Em entrevistas à imprensa, o secretário do livro tem falado de seus projetos para 
a divulgação da leitura no Brasil. O propósito é usar a leitura como libertação. A ideia é criar o hábito da leitura entre 
os jovens, pois estamos nos tornando um país cuja população só entende o que ouve e não entende o que lê. O que 
revela que a presença intelectual da geração “audiovisual” resume-se à audição. É quando o registro psíquico existe 
para compreender apenas através do som das palavras, comprometendo a compreensão da leitura. O jovem que não 
consegue ler hoje será o adulto de amanhã, que, também alienado da escrita, se eternizará preso em sua pobreza 
simbólica. Waly Salomão sonha com um povo mais bem alimentado, letrado, gostando de livro mas sem estar oprimido 
pela leitura: “Minha meta é transformar o livro numa carta de alforria”. 
 
A leitura pode se transformar em uma opção profissional, é isso que os jovens precisam saber. O mundo dos livros 
é um lugar de formação. Muitos que hoje ocupam lugar de destaque em seus trabalhos só o conseguiram porque se 
formaram nos livros. Quem lê aprende a falar, a escrever e a pensar. Será que a cultura capitalista teme uma nação 
que lê? Juventude deve ser sinônimo de idealismo, de utopias. Todos os grandes revolucionários da história eram ainda 
jovens quando resolveram fazer de sua causa a razão de sua vida. 
 
Somos uma cultura conectada mais em máquinas que nos homens. Muitos passam horas envolvidos no 
computador, navegando na internet ou brincando com o celular. É quando a tecnologia deixa de ser um meio e passa 
a ser um fim. Sem desenvolver a capacidade de reflexão, sem saber elaborar uma frase, de nada vale o computador. É 
triste ter um celular e não ter grandes ideias para nele se comunicar. Acho que os grandes valores hegemônicos 
ocidentais, como razão, trabalho e conhecimento, sofreram um golpe com a globalização. A sociedade pós-moderna, 
que exibe alto grau de avanço tecnológico, acabou exercendo um vazio simbólico nas pessoas. E a juventude é o 
segmento que mais sofre com isso. 
 
A tecnologia interfere na noção de tempo e cultura. Tudo se transforma com muita rapidez. A historicidade cedendo 
lugar à má simultaneidade. E a vida é construção. Lenta e pausada. O prazer está em acreditar em um sonho e persegui-
lo por toda a vida. Os jovens estão famintos de histórias, símbolos e utopias. A arte foi substituída pelo entretenimento. 
 
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A mídia eletrônica é a metáfora da era do vazio. Ela banaliza a vida, o sexo e o amor. Nela, tudo se descaracteriza e 
perde a densidade. Falta densidade às pessoas atuais. E a capacidade de enfrentar os problemas, a dor e o sofrimento. 
Tudo tem que ser resolvido rapidamente. Se estão chateados, tomam Prozac! As pessoas estão desaprendendo a viver. 
E os jovens estão aprendendo a morrer. Na droga, no crime, no suicídio. Prevalece a descrença na alegria de viver. Que 
pode estar nos livros, no cinema, no teatro ou na luta por um grande ideal. Como nos confirma Hipócrates: “A vida é 
breve, longa é a arte”. 
 
(LEMOS, Inez. Jornal Estado de Minas, caderno opinião- 2000 - 
*Consultora em educação e psicanalista. e-mail: mils@gold.com.br.) 
 
01. Atente para o destaque em cada um dos termos: 
I. “O propósito é usar a leitura como libertação.” 
II. “Minha meta é transformar o livro numa carta de alforria.” 
III. “O jovem que não consegue ler hoje será o adulto de amanhã, que, também alienado da escrita...” 
IV. “Sem desenvolver a capacidade de reflexão, sem saber elaborar uma frase...” 
 
Pode-se afirmar que: 
a) os termos destacados nos fragmentos II e IV estabelecem correlação sinonímica com os termos I e III, 
respectivamente. 
b) Os termos destacados em I e III não encontram correspondência sinonímica em II e IV. 
c) Apenas o termo destacado em III encontra correspondência sinonímica em IV. 
d) Apenas o termo destacado em I encontra correlação sinonímica em II. 
 
02. Marque a alternativa que contém o principal objetivo do texto: 
a) Divulgar a literatura brasileira como complemento à era tecnológica. 
b) Informar a respeito da geração que representará o Brasil daqui a 20 anos. 
c) Argumentar a favor da criação de hábito e do cultivo da leitura entre os jovens. 
d) Criticar o uso excessivo das novas tecnologias. 
 
03. Quanto à linguagem do texto, pode-se afirmar que: 
a) há mistura entre a correção gramatical e marcas características de estilo. 
b) privilegia a correção gramatical com nuances de coloquialidade. 
c) predomina a modalidade coloquial. 
d) há ênfase de palavras não dicionarizadas. 
 
04. Considere o fragmento abaixo e assinale a afirmativa INCORRETA sobre ele: 
 “A ideia é criar o hábito da leitura entre os jovens, pois estamos nos tornando um país cuja população só entende o 
que ouve e não entende o que lê. “ 
 
a) No aspecto morfossintático, o termo “ da leitura” é designado como locução adjetiva que funciona como 
adjunto adnominal. 
b) O termo “entre”, nas dez classes gramaticais, é compreendido como preposição e enfatiza, no texto, a ideia 
de “ em meio a”. 
c) A conjunção “pois” exprime o sentido de explicação e pode ser substituído por “porque”. 
d) O pronome “cuja” designa uma demonstração e pode ser substituído, sem alteração semântica, pelo termo 
equivalente “onde “. 
 
As questões 05, 06 e 07 estão embasadas no fragmento a seguir. Leia-o atentamente. 
“Quem lê aprendea falar, a escrever e a pensar. Será que a cultura capitalista teme uma nação que lê? Juventude deve 
ser sinônimo de idealismo, de utopias.” 
 
 
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05. A frase interrogativa da autora Inez Lemos, acima, sugere que um cidadão leitor: 
a) seja alienado à realidade nacional. 
b) conecta-se ao mundo tecnológico com mais habilidade. 
c) engaja-se na luta por direitos sociais, políticos e econômicos, conscientemente. 
d) valoriza mais o conhecimento do vazio simbólico que o isenta da realidade. 
 
06. A última frase do fragmento “Juventude deve ser sinônimo de idealismo, de utopias” apresenta-se como um tipo 
de argumento: 
a) contraditório. 
b) falso. 
c) categórico. 
d) persuasivo. 
 
07. 
Dentre os verbos do fragmento acima, “aprende” está no ________________ e “falar”, “escrever” e “pensar” estão 
no _______________________. 
 
Completam adequadamente as lacunas os tempos/formas/modos indicados na opção: 
a) presente do indicativo e infinitivo. 
b) pretérito perfeito e presente do indicativo. 
c) infinitivo e presente do indicativo. 
d) presente do indicativo e presente do subjuntivo. 
 
08. Observe as informações abaixo: 
I. “Uma paixão nacional pela leitura” 
II. “ Minha meta é transformar o livro numa carta de alforria” 
III. “ A vida é breve, longa é a arte”. 
 
O uso das aspas se deu por um processo intertextual denominado: 
a) pastiche. 
b) paráfrase. 
c) paródia. 
d) citação. 
 
09. Assinale a opção que indica a INCORRETA correspondência entre o termo em negrito e a informação a que ele se 
refere, no texto: 
a) “ O prazer está em acreditar em um sonho e persegui-lo por toda a vida”. 
( um sonho ) 
b) “ A mídia eletrônica é a metáfora do vazio”. Ela banaliza a vida, o sexo e o amor”. 
( A mídia eletrônica ). 
c) “ A sociedade pós-moderna, que exibe alto grau de avanço tecnológico...” 
( A sociedade pós-moderna ) 
d) “ O jovem que não consegue ler hoje será o adulto de amanhã, que, também alienado da escrita, se eternizará 
preso em sua pobreza simbólica”. (O adulto de amanhã) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. 
 “A ideia é criar o hábito de leitura entre os jovens, pois estamos nos tornando um país cuja população só entende o 
que ouve e não entende o que lê” 
 
Assinale a afirmativa INCORRETA sobre os elementos de coesão destacados no fragmento: 
a) ... país cuja população... – o pronome relativo “cuja” introduz ideia de posse. 
b) ... o que ouve e não entende o que lê... – o primeiro “que” é pronome; o segundo, conjunção. 
c) ... entre os jovens, pois estamos... – o conectivo “pois” é coordenativo e introduz explicação. 
d) ... o que ouve e não entende ... – a conjunção “e”, coordenativa, evidencia ideia de adição. 
 
GABARITO 
01. A 02. C 03. B 04. D 05. C 06. D 07. A 08. D 09. D 10. B 
 
PROVA 06 - ESP-MG/ANALISTA EM EDUCAÇÃO E PESQUISA EM SAÚDE 
 
GENÉTICA E COMPORTAMENTO SOCIAL 
 
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7 
 
 
 
 
A cada ano fico mais parecido com meu pai. A forma de ajeitar os óculos, as manias e os trejeitos com 
os quais eu implicava, o mesmo gosto de ver a família reunida à mesa, que me tolhia a liberdade 
dominical na adolescência. Tudo igual; como se fosse destino. 
 
Desde que aprendi a escrever, todos diziam que nossas letras eram semelhantes, observação que me 
enchia de orgulho, porque eu achava a dele o máximo: inclinada para a direita, cada palavra escrita 
num único movimento, todas as letras do mesmo tamanho, traçadas com mão firme. 
 
Na verdade, é próprio da natureza humana realçar semelhanças entre parentes. No meu caso, sempre 
as interpretei como simples imitação do menino alfabetizado em contato com o pai que ele admirava. 
Anos atrás, no entanto, quando vi pela primeira vez a assinatura do pai dele, meu avô, tomei um 
choque: a letra era quase igual à minha; as maiúsculas desenhadas com as mesmas curvas. 
 
Você dirá que meu pai foi influenciado pela caligrafia de meu avô, que assim passou para o neto as 
mesmas características. Só que meu avô veio da Espanha para o Brasil com doze anos, sozinho e 
analfabeto. Nunca foi à escola, aprendeu a escrever por conta própria, e morreu quando meu pai tinha 
cinco anos. Se não teve oportunidade de influenciar o filho, que dirá o neto. 
 
Chegamos ao ponto, leitor: o velho debate entre os genes e a experiência vivida. Durante anos, os 
estudiosos se colocaram em posições antagônicas. De um lado, os defensores do determinismo 
genético, segundo os quais os genes limitariam nosso comportamento aos desígnios ditados por eles. 
De outro, os que consideravam o comportamento humano moldado pela somatória das experiências 
individuais. 
 
A partir dos anos 1990 ─ com a explosão da neurogenética ─ aprendemos que as influências genéticas 
existem, são fundamentais, mas que os genes interagem com ambiente de forma muito mais complexa, 
mutável e imprevisível do que poderia sonhar nossa vã filosofia de tempos atrás. 
 
Diversas décadas de estudos com irmãos gêmeos idênticos, famílias e crianças adotadas demonstraram 
que cerca de metade de nossas características comportamentais encontram-se sob influência direta da 
genética. No entanto, procurar um gene responsável pela personalidade extrovertida, pela fluência 
verbal ou pela facilidade para aprender música é tarefa inglória. 
 
 
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14 
Os genes que influenciam o comportamento não agem de forma isolada, como os que codificam a 
proteína responsável pela cor dos olhos azuis. Eles interagem com uma constelação de outros, 
localizados nas proximidades ou em áreas distantes dos cromossomos. 
 
Para complicar ainda mais, o impacto do ambiente interfere com a expressão gênica de forma tão 
decisiva, que um mesmo acontecimento vivido por dois gêmeos idênticos poderá ativar a expressão de 
determinados genes num deles e silenciá-la no outro. 
 
A convivência social é capaz de induzir alterações gênicas de longa duração, fenômeno descrito em 
ratos, em 2003. Ratas que lambem, acariciam e amamentam a ninhada, têm filhos que respondem com 
menos ansiedade ao estresse e repetem com suas crias cuidados semelhantes aos recebidos. Ao 
contrário, os que foram abandonados por suas mães reagem com mais intensidade ao estresse e 
cuidam menos dos filhos. 
 
Estudos neurogenéticos realizados com os dois grupos de ratos (malcuidados versus bem-cuidados) 
mostram que a atenção materna induz alterações moleculares nos genes dos filhotes que codificam 
receptores cerebrais para glucocorticoides (hormônios envolvidos na resposta ao estresse) e estrógeno 
(hormônio sexual). 
 
Começam a ser descritas as primeiras modificações duradouras na estrutura molecular dos genes, 
causadas por influências sociais e estímulos do ambiente. Os efeitos da mesma informação social sobre 
as funções cerebrais que sofrem influência dos genes envolvidos no comportamento diferem de um 
indivíduo para outro, como as impressões digitais. 
 
O conhecimento das bases moleculares do comportamento social permitirá entender melhor distúrbios 
como depressão, autismo, esquizofrenia e muitos outros. 
 
A antiga dicotomia entre os genes e o ambiente é coisa do passado. É tão absurda como ouvir a música 
e discutir se vem do piano ou do pianista. As moléculas que constituem nosso DNA não traçam nosso 
destino, mas sob a influência dos estímulos ambientais sofrem arranjos e rearranjos que explicam a 
incrível diversidade humana. 
 
(VARELLA, Dráuzio. "Genética e comportamento social". Folha de 
S. Paulo. Ilustrada. 3 jan 2009. Texto adaptado. 
 
01. Observe as afirmativas que se seguem: 
I. “A partir dos anos 1990, com a explosão da neurogenética, aprendemos que as influências genéticas existem, 
são fundamentais...” 
II. “Começam a ser descritasas primeiras modificações duradouras na estrutura molecular dos genes, causadas 
por influências sociais e estímulos do ambiente.” 
III. “...procurar um gene responsável pela personalidade extrovertida, pela fluência verbal ou pela facilidade 
para aprender música é tarefa inglória.” 
 
Expressa a principal ideia sugerida pelo título do texto o que se afirma SOMENTE em 
a) III. 
b) I e III. 
c) I e II. 
d) II. 
 
 
 
 
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02. Marque a afirmação CORRETA: 
a) O autor do texto é absolutamente imparcial ao relatar os fatos que compõem a defesa de sua argumentação. 
b) O texto privilegia verbos nos tempos do passado, configurando umas das características da narrativa. 
c) O texto revela marcas subjetivas do autor quando pleiteia a cumplicidade do leitor em passagens como “Você 
dirá que meu pai foi influenciado pela caligrafia de meu avô.” 
d) Existe uma contradição entre as ideias apresentadas entre o início e a conclusão do quinto parágrafo. 
 
03. Leia os textos seguintes e assinale o único que EXTRAPOLA uma discussão levantada por Dráuzio Varella no seu 
artigo. 
 
a) Também no campo das especulações científicas, uma mutação genética humana 
natural poderia criar, muito mais que aberrações, pessoas com poderes excepcionais. 
(www.universohq.com) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) "A genética não é um destino, não determina o que você vai ser. Ela oferece predisposições. Todos estão 
sujeitos a influências ambientais que podem, sim, mudar a expressão dos genes e fazer com que eles 
simplesmente não se manifestem, diz André Ramos, diretor do Laboratório de Genética do Comportamento 
da Universidade Federal de Santa Catarina." (Superinteressante) 
 
c) 
 
d) "O homem é multideterminado. É o somatório de uma interação de fatores: genética, meio, que interagem; 
e soma-se à interação da herança biológica com o meio um fator que é particular de cada indivíduo, qual 
seja, o como ele reage à genética e ao meio. Seria assim: "genética + meio + subjetividade = homem". Por 
exemplo, pode ocorrer de dois irmãos gêmeos, criados e educados no mesmo ambiente familiar, tratados da 
mesma forma, enfim, terem as mesmas condições do meio, e serem totalmente diferentes em 
personalidade, em temperamentos." (http://br.answers.yahoo.com) 
 
 
 
 
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04. Leia os textos seguintes: 
 
TEXTO I 
Após falar com o fantasma do pai, Hamlet pede que os amigos jurem que não contarão a ninguém o que viram. Horácio 
é um dos amigos. 
 
Hamlet : "Recebamo-lo então como a estrangeiro. Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que pode sonhar 
tua vã filosofia. Jurai de novo, assim Deus vos ajude, por mais que eu me apresente sob um aspecto extravagante (...)" 
 (Shakespeare) 
 
TEXTO II 
Com a explosão da neurogenética, aprendemos que as influências genéticas existem, são fundamentais, mas que os 
genes interagem com ambiente de forma muito mais complexa, mutável e imprevisível do que poderia sonhar nossa 
vã filosofia de tempos atrás. (Dráuzio Varella) 
 
O autor, usando um procedimento intertextual, 
a) evoca intencionalmente a conhecida frase de Shakespeare e, com isso, demonstra sua constituição de leitor 
de literatura. 
b) apresenta uma paráfrase do texto shakespeareano, com o propósito de divulgá-lo entre os leitores do jornal 
em que está publicado. 
c) faz um plágio da frase shakespeareana, o que pode ser considerado uma evidência de sua incapacidade 
criativa, além da atitude antiética. 
d) cria uma paródia do texto do dramaturgo inglês, imitando-o por meio de um discurso apologético e 
sentimental. 
 
05. Quanto à regência, assinale o enunciado abaixo que NÃO corresponde à expressão “é próprio da natureza humana” 
(§ 3). 
a) É próprio no que concerne à natureza humana. 
b) É próprio pela natureza humana. 
c) É próprio à natureza humana. 
d) É próprio em relação à natureza humana. 
 
06. Observe o que se afirma em relação ao emprego dos sinais de pontuação, nos parágrafos indicados (§), e assinale 
a afirmativa VERDADEIRA: 
a) No texto, os dois pontos que se seguem a “tomei um choque” (§ 3) introduzem uma gradação. 
b) Os travessões no § 6, se substituídos por vírgulas, prejudicam o sentido pretendido pelo contexto. 
c) Os parênteses no § 11 indicam um comentário, uma nota explicativa, além de exercerem uma função 
metalinguística. 
d) As vírgulas no § 13 foram empregadas para fazer sobressair e acentuar o valor significativo das palavras. 
 
07. Assinale a alternativa CORRETA, fazendo uma leitura formal e semântica do fragmento seguinte: 
Diversas décadas de estudos com irmãos gêmeos idênticos, famílias e crianças adotadas demonstraram que cerca de 
metade de nossas características comportamentais encontram-se sob influência direta da genética. No entanto, 
procurar um gene responsável pela personalidade extrovertida, pela fluência verbal ou pela facilidade para aprender 
música é tarefa inglória. 
 
a) Há uma inadequação de concordância em relação ao verbo “ser”. 
b) Ocorre um jogo de oposições que valoriza a mensagem e a relação de sentido estabelecida no texto. 
c) Toda a construção textual apresenta problemas, pois se transgride a norma culta. 
d) Observa-se um equívoco no emprego do conector “No entanto” depois do sinal de pontuação. 
 
 
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08. Na frase: “ ... aprendemos que as influências genéticas existem, mas que os genes...” o termo sublinhado pode ser 
substituído por outro equivalente em: 
a) portanto. 
b) contudo. 
c) pois. 
d) logo. 
 
09. Observe: 
“ Tudo igual; como se fosse destino.” O termo sublinhado tem a função de: 
 
a) ampliar a ideia anterior. 
b) explicar a tese apresentada, anteriormente. 
c) resumir o contexto gradativo. 
d) adicionar reflexões sobre o tema. 
 
10. Fazendo um paralelo entre o 1º § do texto e o último, pode-se afirmar que há: 
a) uma antítese, pois, segundo a tese defendida pelo autor, o meio não influencia o comportamento do ser 
humano. 
b) uma confirmação sobre a influência das moléculas sobre as atitudes humanas. 
c) um distanciamento do que foi apresentado no 1º § e a tese defendida no final do texto. 
d) uma conciliação das ideias finais, pois elas justificam a expressão que finaliza o 1º §. 
 
GABARITO 
01. D 02. C 03. A 04. A 05. B 06. C 07. B 08. B 09. C 10. D 
 
PROVA 07 - MGI/ADVOGADO 
 
 
_____________________________________ 
Frei Betto 
 
Campanha eleitoral se ganha com TV. Toda eleição os partidos contratam equipes para cuidar da imagem de seus 
candidatos. Em geral, equipe comandada por um publicitário que não é do partido, não gosta do partido e não vota 
no partido. Mas tem fama de competente... 
Ora, competência rima com convicção. Qualquer manual de marketing, desses que ensinam a vender poluição 
atmosférica para ecologista, aconselha o vendedor a estar convencido da qualidade de sua mercadoria. Por isso, em 
muitas campanhas o programa de TV emperra. Troca-se de publicitário, de equipe e de estilo. E confunde-se o eleitor, 
pois, de uma semana a outra, o candidato light vira xiita ou vice-versa. 
O mais dramático é constatar que se troca a ética pela estética. Não importa se o candidato é bandido, corrupto ou 
incompetente. Uma boa imagem fala mais que mil palavras. Assim, opera-se a progressiva despolitização da política, 
que é um dos objetivos do neoliberalismo. Tira-se a política do âmbito público como ferramenta de promoção do bem 
comum, para reduzi-la ao âmbito privado, à escolha de candidatos baseada, não em propostas e programas, e sim em 
simpatias e empatias. 
A razão é simples: no sistema capitalista, a política é teoricamente pública e a economia privada. Universaliza-se o 
voto e privatiza-se a riqueza. Se no Brasil há mais de 100 milhões de eleitores, apenas 19 milhões concentram em suas 
mãos 75,4% da riqueza nacional (Ipea,maio 2008). 
Numa verdadeira democracia, a universalização do voto deveria coincidir com a socialização das riquezas, no 
sentido de assegurar a todos uma renda mínima e os três direitos básicos, pela ordem: alimentação, saúde e educação. 
Como isso não consta da pauta do sistema, procura-se inverter o processo: inocula-se na população o horror à política 
 
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de modo a relegá-la ao domínio privado de uns poucos. Quem tem nojo da política é governado por quem não tem. E 
os maus políticos tudo fazem para usar o poder público em benefício de seus interesses privados. 
Veja-se, por exemplo, o movimento em favor do voto facultativo. O que muitos encaram como positivo e 
condizente com a liberdade individual é uma maneira de excluir parcela considerável da população das decisões 
políticas. Aumenta-se, assim, o grau de alienação dos potenciais eleitores. Quando perguntam por minha opinião, digo 
com clareza: sou a favor, desde que seja também facultativa a atual obrigação de pagar impostos. Por que ser obrigado 
a sustentar economicamente o Estado e desobrigado de influir na sua configuração e nos seus rumos? 
O desinteresse pela política é um dos sintomas nefastos da ideologia neoliberal, que procura dessocializar os 
cidadãos para individualizá-los como consumistas. Troca-se o princípio cartesiano do "penso, logo existo", para o 
princípio mercadológico do "consumo, logo existo". É nesse sentido que a propaganda eleitoral também se reveste de 
mercadoria. Oferecem-se, não ideias, programas de governo, estratégias a longo prazo, e sim promessas, 
performances, imagens de impacto. 
Se há aspectos positivos nas restrições oficiais às campanhas eleitorais, porque deixam a cidade limpa e evitam que 
os comícios atraiam público, não em função do candidato, e sim dos artistas no palanque, é óbvio que favorecem a 
quem tem mais dinheiro. [...] 
Se a sociedade não se empenhar na educação política de seus cidadãos, em breve teremos parlamentos e 
executivos ocupados apenas por corruptos, milicianos, lobistas e fundamentalistas. Então o Brasil se verá reduzido a 
uma imensa Chicago dos anos 30, com os Al Capone dando as cartas ao arrepio das leis, de um lado, e os Bin Laden 
versão tupiniquim de outro, convencidos de que, em nome de sua religião, foram escolhidos por Deus para governar 
erradicando o pecado, ou seja, combatendo a ferro e fogo todos que não rezam pela cartilha deles. 
 
(Estado de Minas, 25 de setembro de 2008) 
 
01. Pode-se afirmar que o objetivo central do texto é: 
a) discutir a progressiva despolitização da política. 
b) criticar o desinteresse da população pela política. 
c) discutir as restrições oficiais às campanhas eleitorais. 
d) criticar o marketing existente nas campanhas políticas. 
 
02. Segundo o autor, a apatia do povo quanto à política é um dos sintomas nefastos da ideologia neoliberal, porque: 
a) torna os cidadãos consumistas e sem educação política. 
b) no sistema capitalista, a política é teoricamente pública e a economia privada. Universaliza-se o voto e 
privatiza-se a riqueza. 
c) dessocializam-se os cidadãos e estes passam a aceitar promessas, perfomances e imagens de impacto em vez 
de ideias, programas de governo e estratégias a longo prazo. 
d) troca-se de publicitário, de equipe e de estilo nas campanhas transmitidas pela TV. E confunde-se o eleitor, 
pois, de uma semana a outra, o candidato light vira xiita ou vice-versa. 
 
03. “Qualquer manual de marketing, desses que ensinam a vender poluição atmosférica para ecologista, aconselha o 
vendedor a estar convencido da qualidade de sua mercadoria.” (2º §) 
 
No trecho acima, pode se inferir que: 
a) um bom vendedor vende até aquilo em que não acredita. 
b) são competentes aqueles que seguem os manuais de marketing à risca. 
c) estar convencido da qualidade do que se vende não significa estar convicto do que se faz. 
d) é necessária a convicção de que, para se fazer bom trabalho de marketing, deve-se gostar do que se faz e 
acreditar na qualidade de seu produto. 
 
 
 
 
 
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04. Com base numa leitura global do texto, é possível fazer as seguintes afirmações, EXCETO: 
a) Ao se referir a uma boa imagem que fala mais que mil palavras, o autor apresenta um dos princípios do 
neoliberalismo. 
b) Ao sugerir que se inocula na população o horror à política, reafirma-se a ideia de que a ditadura deixou 
resquícios vitais em nossa sociedade. 
c) Ao afirmar que o voto facultativo deveria existir desde que houvesse a possibilidade de o pagamento de 
impostos ser também facultativo, o locutor demonstra o seu ponto de vista em relação a ambos. 
d) Ao dizer que, se a sociedade não se empenhar na educação política de seus cidadãos, em breve teremos 
parlamentos e executivos ocupados apenas por corruptos, milicianos, lobistas e fundamentalistas, critica-se 
a realidade em que vivemos. 
 
05. O autor faz uso das palavras em sentido figurado em: 
a) “O mais dramático é constatar que se troca a ética pela estética.” 
b) “O desinteresse pela política é um dos sintomas nefastos da ideologia neoliberal, que procura dessocializar 
os cidadãos para individualizá-los como consumistas.” 
c) “[...] convencidos de que, em nome de sua religião, foram escolhidos por Deus para governar erradicando o 
pecado, ou seja, combatendo a ferro e fogo todos que não rezam pela cartilha deles.“ 
d) “Se a sociedade não se empenhar na educação política de seus cidadãos, em breve teremos parlamentos e 
executivos ocupados apenas por corruptos, milicianos, lobistas e fundamentalistas.“ 
 
06. Ao longo do texto, o autor só NÃO se mostra: 
a) irônico. 
b) realista. 
c) indignado. 
d) conformista. 
 
07. O articulador sintático pode ser substituído ADEQUADAMENTE pela palavra ou expressão indicada entre 
parênteses em: 
a) “Por isso, em muitas campanhas o programa de TV emperra.” (porque). 
b) “Quando perguntam por minha opinião, digo com clareza: sou a favor [...].” (Se). 
c) “Aumenta-se, assim, o grau de alienação dos potenciais eleitores.” (no entanto). 
d) “[...] para reduzi-la ao âmbito privado, à escolha de candidatos baseada, não em propostas e programas, e 
sim em simpatias e empatias.” (mas). 
 
08. Os referentes dos verbos destacados estão corretamente identificados entre parênteses, EXCETO em: 
a) “Campanha eleitoral se ganha com TV.” (campanha eleitoral). 
b) “Assim, opera-se a progressiva despolitização da política [...].” (a progressiva despolitização da política). 
c) “Toda eleição os partidos contratam equipes para cuidar da imagem de seus candidatos.“ (Toda eleição os 
partidos). 
d) “E os maus políticos tudo fazem para usar o poder público em benefício de seus interesses privados.” (os 
maus políticos). 
 
09. Em: “Quando perguntam por minha opinião, digo com clareza: sou a favor, desde que seja também facultativa a 
atual obrigação de pagar impostos.”, a ideia expressa pelo termo destacado é de: 
a) causalidade. 
b) condicionalidade. 
c) explicação. 
d) adversidade. 
 
 
 
 
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Rua Mato Grosso 306/ Sl 101- Barro Preto- Belo Horizonte 
(31) 3296-0590 
 
10. Em: “O desinteresse pela política é um dos sintomas nefastos da ideologia neoliberal [...]”, o termo destacado 
exerce a função sintática de: 
a) complemento nominal. 
b) agente da passiva. 
c) adjunto adnominal. 
d) adjunto adverbial. 
 
GABARITO 
01. A 02. C 03. D 04. B 05. C 06. D 07. D 08. C 09. B 10. A 
 
PROVA 08 - PREFEITURA DE GOVERNADOR VALADARES/ADMINISTRADOR 
 
 
Você se considera um empreendedor? 
Ricardo Melo* 
 
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Muitas pessoas, ao ouvirem essa pergunta, respondem imediatamente que não, pois não são 
empresários ou comerciantes. Fato curioso essa associação imediata da idéia empreendedora a essas 
opções profissionais e o esquecimento de como a competência empreendedora está intimamente

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