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EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA

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EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA
 LIMA, Váleri de Souza Silva[1: Aluna do curso de Graduação do Curso de Pedagogia. Artigo apresentado no Centro Universitário UNINTER como requisito parcial para obtenção do Título.2 Professora Orientadora de TCC do Centro Universitário Internacional – UNINTER.]
RU: 1193047
² Professor Orientador
RESUMO
A presente pesquisa tem como o tema: Educação Especial Inclusiva. Entende-se por educação especial, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
A educação especial constitui-se, portanto, como uma proposta pedagógica que assegura recursos e serviços para apoiar, complementar, suplementar e/ou substituir serviços educacionais comuns. Realiza-se transversalmente em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino para assegurar aos alunos com necessidades educacionais especiais as condições para ter acesso à escola e permanecer nela, assim como para desenvolver todas as suas potencialidades.
Incluir quem? Incluir onde? O uso da palavra inclusão remete a dois pontos fundamentais: se existe a necessidade de incluir, é porque algo ou alguém se encontra fora. Estar incluído é muito mais do que uma presença física: é um sentimento e uma prática mútua de pertença entre à escola e a criança, isto é, o jovem deve sentir que pertence à escola e a escola sentir que é responsável por ele. Esse sentimento de pertença pode assumir múltiplas formas e enquadramentos.
Palavras chaves: Inclusão, Proposta pedagógica, Escola
1.INTRODUÇÃO
A presente pesquisa visa mostrar o processo de inclusão e integração, os profissionais, o estatuto e os espaços comuns da sociedade e tem como tema: Educação Especial Inclusiva e tem como objetivo geral as práticas pedagógicas, compete a escola desenvolver as capacidades e levar à apropriação de determinados conteúdo da cultura, necessários para que os alunos possam ser inseridos na sociedade e tem como Objetivo Geral: Compreender a educação como direito humano fundamental para uma sociedade mais justa, que se preocupa em atender a todas as pessoas a despeito de suas características evidenciar a importância da escola na inserção gradativa e na escolarização que pode ocorrer em classes comuns ou em locais específicos, diante da seguinte problemática: Como as práticas pedagógicas inclusivas podem trazer um novo conceito de que a educação deve ser acessível a todas as pessoas, independente das possibilidades ou limitações? Como inserir alunos que tem sido excluído das oportunidades educacionais? Os Objetivos específicos é abordar analisar os métodos educativos quanto ao acolhimento de todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticos, etc. Refletir sobre os caminhos da inclusão. Pensar sobre adaptações do currículo. 
A metodologia e apresentada através de pesquisa bibliográfica, com base em artigos científicos e metodologia cientifica e livros de diferentes autores, que discorrem sobre o tema. 
2.EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA
2.1EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação formal, como nós conhecemos, é formada por uma série de métodos, teorias e práticas educacionais desenvolvidas por filósofos, mestres, doutores, professores, coordenadores pedagógicos, entre outros envolvidos, mas na prática, educação é a relação que se estabelece entre professor e alunos. De nada vale uma série de teorias educacionais, se em sala de aula nada mudar na relação entre professor/alunos.
Partindo desse princípio, vários trabalhos são realizados para melhorar a qualidade de ensino e a relação humana existente no processo de aprendizagem, afim de desenvolver plenamente o indivíduo e inseri-lo como sujeito atuante e consciente em sociedade.
	
2.2 PRATICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS
O desenvolvimento do educando com Necessidades Educativas Especiais (NEE), assim como muitos aspectos da escola, deve ser analisada a partir do Projeto Político Pedagógico de cada instituição, visto que a base para cada ação desenvolvida dentro do contexto escolar deve estar de acordo com o que está presente nesse documento. Esse projeto deve ser o retrato da comunidade escolar e deve ser construído coletivamente, envolvendo professores, diretores, equipe pedagógica e sempre levando em consideração as necessidades educacionais dos educandos, prevendo adaptações físicas na escola para poder atender crianças com deficiências físicas também.
Para o MEC (2005), 
O projeto político-pedagógico, que tem caráter político e cultural, deve ser construído no âmbito da escola, observando as necessidades educacionais especiais dos alunos. Assim, será uma referência para definir a prática escolar como elemento dinâmico da educação, observando o princípio da flexibilização.	
Se a comunidade escolar construir um Projeto Político Pedagógico adequado, este será o melhor guia para que a educação inclusiva seja bem aplicada no espaço escolar. Mas para isso, alguns aspectos devem ser levados em consideração.
Entre esses aspectos, destacam-se:
A flexibilização do currículo, “para que o acesso ao currículo seja adequado às condições dos dissidentes, respeitando seu caminhar próprio e favorecendo seu progresso escolar. ”
Estar aberto a novas metodologias.
Envolvimento de todos os membros da comunidade escolar, pais, professores, funcionários, direção e alunos, para a prática inclusiva se desenvolva de forma natural e completa.
Criação de estratégias, de acordo com a realidade escolar e com as particularidades dos educandos para que as dificuldades de todos – e não apenas do aluno com NEE – sejam superadas.
Comunicação entre os membros da comunidade escolar, para que, juntos, todos possam partilhar experiências e angustias e buscar a superação.
Otimização dos espaços, para que sejam melhor utilizados de acordo com as NEE de cada educando. O MEC (2005) assinala que “é importante que os gestores educacionais e as escolas assegurem a acessibilidade aos alunos que apresentem NEE, mediante a eliminação de barreiras [...] na edificação [..] e nos transportes escolares [...]”.
CAMINHOS DA INCLUSÃO
O termo inclusão, muito utilizado na atualidade, nem sempre é compreendido da forma correta, e como consequência, não é realizado na prática. O termo inclusão pode ser entendido como “integração absoluta de pessoas que possuem necessidades especiais ou específicas numa sociedade”.
Fumegalli (2012) endossa que:
Incluir vem do latim includere; que significa compreender, abranger; conter em si, envolver, implicar; inserir, intercalar, introduzir, fazer parte, figurar entre outros; pertencer juntamente com outros. Em nenhum momento essa definição pressupõe que o ser incluído precisa ser igual ou semelhante aos demais aos quais se agregou.
É sabido que a inclusão tão falada, prescrita em lei e idealizada não é realizada ao pé da letra, visto que são muitos os desafios econômicos, culturais e sociais para a concretização deste ideal.
Na educação, não é diferente. Para o MEC (2001),
A construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importância para o desenvolvimento e a manutenção de um Estado democrático. Entende-se por inclusão a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, sociedade essa que deve estar orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da vida.
Nesse formato de inclusão, a educação torna-se fator essencial, visto que desenvolve relações entre alunos considerados normais com alunos com NEE e isso é fundamental para o desenvolvimento global de ambos, pois dessa forma, desde pequenos, os indivíduos irão aprender a como lidar com as diferentes formas de necessidades individuais de pessoas com deficiência e irão desenvolver valores que marcarão sua personalidade e levarão para a vida adulta, ajudando naconstrução de uma sociedade menos preconceituosa, mais receptiva às diferenças, compreensiva e igualitária. 
Porém, Paulon (2005, p. 33) destaca que:
É comum responsabilizar a escola de ensino regular por não saber trabalhar com as diferenças e excluir seus alunos e a escola especial por se colocar de forma segregada e discriminatória. A implementação da educação inclusiva requer a superação desta dicotomia eliminando a distância entre o ensino regular e o especial, que numa perspectiva inclusiva significa efetivar o direito de todos os alunos à escolarização nas escolas comuns de ensino regular e organizar a educação especial, enquanto uma proposta pedagógica que disponibiliza recursos, serviços e realiza o atendimento educacional especializado, na própria escola ou nas escolas especiais, que se transformam em centros especializados do sistema educacional, atuando como suporte ao processo de escolarização.
Mesmo apesar dos desafios listados, é de suma importância a adequação, inclusão, superação das dificuldades, para que se torne possível a convivência conjunta dos mais variados indivíduos no espaço escolar.
 Jesus (2005) destaca que:
Quando os educandos dos mais diferentes estilos estudam juntos podem se beneficiar com os estímulos e modelos comportamentais uns com os outros. O ser humano necessita passar por esse tipo de experiência para se desenvolver integralmente. A convivência na diversidade humana pode enriquecer nossa existência desenvolvendo, em variados graus, os diversos tipos de inteligência que cada um de nós possui. O fato de cada pessoa interagir com tantas outras pessoas, todas diferentes entre si em termos de atributos pessoais, necessidades, potencialidades, habilidades, etc., é à base do desenvolvimento de todos para uma vida mais saudável, rica e feliz.
Assim, a inclusão de crianças com NEE nas escolas possibilita não apenas o convívio social destas crianças com as demais, mas também possibilita uma formação mais humana e democrática a todos os educandos e também à todas as pessoas envolvidas no processo de ensino/aprendizagem.
E para que seja possível essa integração entre a escola e os alunos com NEE, é necessário que adaptações ocorram, tanto na parte física das escolas, como nas estruturas pedagógicas e na formação dos professores que enfrentam o desafio de integrarem os alunos com o sistema de ensino vigente, muitas vezes sem terem uma preparação específica para lidar com o formato de escola inclusiva. Para Jesus (2005) “é preciso afirmar que existem resistências à Inclusão, tanto no âmbito escolar, profissional, familiar, como em outros setores, as principais resistências têm como origem o preconceito, a falta de informação e intolerância a modelos mais flexíveis. ”
A escola inclusiva é vítima de muito preconceito, visto que nem todos os envolvidos no processo educacional estão abertos às novas possibilidades, mas é necessário que esses preconceitos sejam superados para que se possa desenvolver um ensino de qualidade para todos os educandos.
ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Para compreendermos melhor a educação inclusiva, devemos primeiro especificar a quem ela se aplica, assim sendo:
Entende-se por Pessoa Portadora de deficiência, aquela pessoa que apresenta, em comparação com a maioria das pessoas, significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter permanente, que acarretam dificuldades em sua interação com o meio físico e social, e que por essa razão, estão enfrentando várias barreiras para tomar parte ativa na sociedade com oportunidades desiguais às da maioria da população, o que ainda é considerado difícil.
[...] Define-se o Portador de Necessidades Educacionais Especiais, como sendo a pessoa que apresenta algum tipo de deficiência física, sensorial, cognitiva, múltipla, etc., necessitando por isso, de recursos especializados para desenvolver plenamente o seu potencial e/ou superar ou minimizar suas dificuldades. (JESUS, 2005, p. 2-3).
Dessa forma, alunos com NEE são todos aqueles que apresentam algum tipo de carência que afeta sua aprendizagem, necessitando assim de recursos diferenciados para que possam desenvolver-se plenamente. 
Mas isso não significa que durante toda a vida escolar, essas crianças terão NEE, visto que, durante seu desenvolvimento elas podem superar-se e reverter quadros de dificuldades de aprendizagem, por exemplo.
Portanto, torna-se claro que pessoas com NEE (Necessidades Educativas Especiais) precisam de um atendimento diferenciado e especializado dentro do contexto escolar, para que o educando com NEE consiga ter um desenvolvimento integral e inclusivo e a legislação vigente garante isso.
ADAPTAÇÕES DO CURRÍCULO
	
Um grande erro quando se fala em flexibilidade ou adaptação curricular é acreditar que o currículo já está pronto e que esse deve ser modificado para que atenda as particularidades dos alunos com NEE.
Na verdade, a adaptação curricular não se refere unicamente a esses casos específicos, mas a cada educando, que no seu processo de aprendizagem desenvolve facilidades e dificuldades ao longo da sua vida escolar.
Dessa forma, Bergamo (2012) destaca que:
A proposta curricular de uma escola inclusiva respeita as diferenças individuais de cada aluno, buscando respostas educativas às suas necessidades especiais sem deixar de atender os demais. Tendo em vista esse objetivo, a escola não pode [...] simplesmente encaixar um projeto novo, no caso a inclusão, em uma velha matriz epistemológica.
O desafio parece cada vez maior, visto que a matriz curricular tradicional aparentemente é mais cômoda para a prática pedagógica: sempre foi assim e sempre deu certo! Não se pode deixar levar por esse tipo de pensamento.
Fernandes (2013) afirma que:
 
A ideia é que a flexibilização/adaptação curricular seja uma prerrogativa para o respeito à pluralidade de ritmos e estilos de aprendizagem presentes em sala de aula, contrariando a crença tradicional de que todos os alunos aprendem da mesma forma, com as mesmas estratégias metodológicas, com os mesmos materiais e no mesmo tempo/faixa etária.
Independente das necessidades especiais, o currículo deve ser sempre dinâmico e não entendido como um elemento estático, pronto, acabado. Bergamo (2012) infere que “para potencializar as diferentes capacidades dos alunos, promover sua realização pessoal e sua inserção na sociedade, o currículo deve ser flexível, e não uma proposta acabada [...] que se pretende preservar e transmitir intactos às novas gerações”.
O MEC (2001) salienta que “tanto o currículo como a avaliação devem ser funcionais, buscando meios úteis e práticos para favorecer: o desenvolvimento das competências sociais; o acesso ao conhecimento, à cultura [...] e a inclusão do aluno em sociedade
Dessa forma, para que a flexibilidade curricular atinja seus objetivos é necessário traçar estratégias de ensino bem respaldadas para que seja possível a aplicação dos conteúdos planejados, de forma que o aluno possa adquirir conhecimento, atribuindo-lhe significância, ou seja, fazer com que o conhecimento teórico ganhe sentido para o educando e a partir daí, avaliar o trabalho pedagógico – se foi válido ou ainda precisa de adaptações – e os resultados para o aluno.
Dentro da proposta de ensino de cada professor, alguns aspectos devem ser levados em consideração para que a flexibilização do currículo contemple plenamente os alunos no NEE, bem como os demais. Assim sendo, os principais pontos do planejamento da ação docente devem ser:
O que ensinar? Quais os conteúdos a serem trabalhados, levando-se em consideração sua relevância;
Porque ensinar? Quais os objetivos pretendo contemplar ensinando determinado conteúdo;
Quando ensinar? Levando-se em consideração uma sequência lógica de conteúdo, sempre estimando o tempo que cada educando levará para se apropriar deste conhecimento, não passando para a próxima etapa sem que esta esteja bem apropriada por estes.
Como ensinar? Quaisas estratégias mais adequadas para ensinar determinado conteúdo, levando-se em consideração a diversidade e as individualidades dos alunos;
Avaliação: o que, quando e como avaliar? Utilizar o bom-senso no processo de avaliação, visto que cada educando tem seu tempo próprio, suas facilidades e dificuldades.
Dessa forma, a atuação do professor em sala de aula poderá ser mais efetiva e atuante na transformação da realidade escolar, bem como no desenvolvimento intelectual, social e comportamental de seus alunos, tanto com NEE quanto aqueles considerados “normais”. 
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
No Brasil, a questão da inclusão de pessoas com NEE está regulamentado pelas Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica, criada pela Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação e Cultura, em 2001, que afirma que:
[...] a educação é o principal alicerce da vida social. Ela transmite e amplia a cultura, estende a cidadania, constrói saberes para o trabalho. Mais do que isso, ela é capaz de ampliar as margens da liberdade humana, à medida que a relação pedagógica adote, como compromisso e horizonte ético-político, a solidariedade e a emancipação. (MEC, 2001, p. 5).
Assim sendo, a educação formal é essencial para a formação de cada indivíduo, portanto, todas as crianças e jovens tem na educação o seu meio de formação e os portadores de NEE não são diferentes. 
No artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”, portanto, a Constituição assegura que todos devem ser tratados como iguais e ter seus direitos respeitados.
Continuando no âmbito legal, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, traz regras e orientações para o acesso aos direitos e liberdades dos deficientes com o objetivo de garantir a essas pessoas inclusão social e cidadania, bem como estabelece punições para atitudes discriminatórias. Este estatuto, em seu capítulo IV, artigo 27, determina que: 
A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
Ainda de acordo com o referido estatuto, “é dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação”.
No artigo 28 desta legislação, prescreve-se a forma com que os sistemas educacionais devem trabalhar para inserir com portadores de NEE na comunidade escolar, da seguinte forma:
Art. 28.  Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
I - Sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida;
II - Aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena;
III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia; [...]
V - Adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino; [...]
VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistida; [...]
IX - Adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência;
Na forma da legislação vigente, é papel de todos garantir que as pessoas com NEE tenham sua inclusão educacional adequada, criando meios para que isso seja garantido, adaptando as estruturas existentes às necessidades dos educandos, de forma que, de acordo com as especificidades de cada um, seja possível a concretização de um ensino de qualidade que proporcione o pleno desenvolvimento do indivíduo.
METODOLOGIA
A metodologia cientifica abordada foi de pesquisa qualitativa do tipo Bibliográfica e exploratória.
O estudo Bibliográfico centrou-se nas contribuições de vários autores como Paulon, Fumegalli, Bergamo entre outros, que realizaram diversos artigos, teses e dissertações sobre os caminhos da inclusão, a proposta curricular, flexibilização/adaptação curricular.
A pesquisa é muito importante para questionar e investigar a realidade e é por meio de respostas que proporciona construir conhecimentos para modificar e trazer melhorias. 
Já Gatti (2002, p.19) afirma que: Pesquisa é o ato pelo qual procuramos obter conhecimentos sobre alguma coisa. [... ] contudo, num sentido mais estrito, visando à criação de um corpo de conhecimentos sobre um certo assunto, o ato de pesquisar deve apresentar certas características especificas. Não buscamos, com ele, qualquer conhecimento, mas um conhecimento que ultrapasse nosso conhecimento imediato na explicação ou na compreensão da realidade que observamos.
E através da pesquisa que observamos os métodos que nos levam a reflexão de um certo assunto, possibilitando compreender e reformular e transformar as teorias em atuais possibilitando intervir na realidade proporcionando melhores planejamentos.
Na abordagem qualitativa é possível perceber um vínculo entre a subjetividade do pesquisador e o meio pesquisado, o qual não é possível ser traduzido por números. O meio em que o pesquisador está inserido é a fonte de dados, esses dados serão apresentados de forma descritiva e analisados indutivamente.
A pesquisa qualitativa e muito utilizada na área educacional pois ela tem como uma das características o enfoque interpretativo dos fatos, ela ajudara o futuro docente na intervenção da realidade proporcionando melhores condições de vida e de ensino.
REFERÊNCIAS
BERGAMO, Regiane Banzzatto. Educação Especial: Pesquisa e prática. 1ª Ed.Curitiba: Inter saberes, 2012.
BRASIL, Ministério da Educação. A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: Deficiência Física – MEC; SEESP, 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deffisica.pdf> acesso em 15 de fevereiro de 2017.
BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial básica / Secretaria de Educação Especial – MEC; SEESP, 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf> acesso em 17 de fevereiro de 2017.
FERNANDES, Sueli. Fundamentos para a educação especial. 1ª Ed.– Curitiba: Intersaberes, 2013.
FUMEGALLI, Rita De Cassia De Avila. Inclusão escolar: o desafio de uma educação para todos? UNIJUÌ: Ijuí, 2012.
GATTI, Bernadete Angelina. Construção da pesquisa em educação no Brasil. Brasília: Plano 2002.
http://formacaodocente.autenticaeditora.com.br/artigo/exibir/12/53/9acesso em 10 de março de 2017.
http://cursos.unisanta.br/civil/arquivos/Pesquisa_Cientifica_metodologias.pdf acesso em 10 de março de 2017.
PAULON, Simone Mainieri, et al. Documento subsidiário à política de inclusão. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial,2005. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/docsubsidiariopoliticadeinclusao.pdf> acesso em 15 de fevereiro de 2017.

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