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JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
 
 PAROLIN, Anatólia[1: Aluna do curso de Graduação do Curso de Pedagogia. Artigo apresentado no Centro Universitário UNINTER como requisito parcial para obtenção do Título.2 Professora Orientadora de TCC do Centro Universitário Internacional – UNINTER.]
 	 RU: 1205676.
² BIER, Melissa Cross 
RESUMO
Essa pesquisa faz uma abordagem sobre os jogos, brinquedos e brincadeiras na Educação Infantil. Através dos jogos, brinquedos e brincadeira a criança tem a oportunidade de se desenvolver, pois além de ter a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia estimuladas, ainda desenvolve a linguagem, a concentração e a atenção. A partir dos jogos, brinquedos e brincadeiras a criança desenvolve seu pensamento, suas emoções e seus sentimentos, a criança consegue criar, imaginar, imitar, fazer de conta, experimentar, medir, enfim, aprender. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar a importância do brincar no processo desenvolvimento da criança visando a construção de conhecimento através de jogos, brinquedo e brincadeiras, identificar como a criança aprende com os jogos, brinquedos e brincadeiras, e qual sua finalidade no desenvolvimento infantil. Defende-se que nesta pesquisa uma metodologia em que o brincar é uma forma privilegiada na construção de conhecimento, ressaltando-se os aspectos sociais da criança, pois quando a criança brinca com jogos, brinquedos ou brincadeiras ela consegue expressar seus sentimentos e buscar cada vez mais conhecimento.
Palavras-chaves: Jogos. Brincadeiras. Brinquedos. Criança.
1.INTRODUÇÃO
Esse artigo tem como finalidade de discutir a importância do brincar no desenvolvimento da criança na Educação infantil. Visando o brincar como o caminho da aprendizagem e a construção de conhecimento através dos jogos brinquedos e brincadeiras.
 É brincando que a criança proporciona um crescimento saudável na sua vida, pois é nesse momento que a criança pode usar sua imaginação sem limites, as brincadeiras e os jogos constroem a personalidade, desenvolvendo a criatividade, imaginação, autonomia, seu raciocínio e o seu emocional, o ato de brincar traz para a vida da criança, diversos benefícios que o acompanharão para toda vida.
O jogar para a criança não apenas um passatempo ou um simples momento de diversão, mas um momento sério, pois está aprendendo o que ninguém pode lhe ensinar, descobrindo o mundo e as pessoas que a cercam. É jogando que a criança aprende a respeitar regras, limites e aceitar resultados.
Sabe-se que, por meio do brinquedo, a criança constrói o seu universo, manipulando-o e trazendo para a sua realidade situações inusitadas do seu mundo imaginário. O brincar possibilita o desenvolvimento, não sendo somente um instrumento didático facilitador para o aprendizado, já que os jogos, brincadeiras e brinquedos influenciam em áreas do desenvolvimento infantil como: motricidade, inteligência, sociabilidade, afetividade e criatividade. Desse modo, o brinquedo contribui para a criança exteriorizar seu potencial criativo.
É pela brincadeira que a criança aprende sobre a natureza, é importante porque dá a ela o poder de tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si, aos outros e o mundo e de repetir ações prazerosas, A criança que brinca livremente, no seu nível, à sua maneira, não está apenas explorando o mundo ao seu redor, mas também comunicando sentimentos, ideias, fantasias, intercambiando o real e o imaginário.
Os objetivos dessa pesquisa é identificar como são utilizadas as brincadeiras no desenvolvimento infantil da criança, qual a finalidade do jogo e suas fases para cada etapa da criança na Educação Infantil, o desenvolvimento cognitivo da criança e os brinquedos adequados para cada fase da criança na educação infantil. 
Será discutida também a importância do brincar como recurso pedagógico como: brinquedo, brincadeiras e jogos, para um bom desenvolvimento da criança que proporcione a ela momentos em que pode demonstrar as competências que possui refletindo sobre organizar, o fazer, o construir e o reconstruir, permitindo a criança crescer nos aspectos familiar, pedagógico, cultural e social, percebendo sua importância dentro da sociedade que vive. Vários autores fundamentam a Educação Infantil e a importância do brincar com jogos, brinquedos e brincadeiras, nesse documento serão abordadas suas opiniões em relação à Educação Infantil e o brincar.
2.O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM OS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS 
A palavra jogo apresenta muitas facetas, destaca-se a diversão, a brincadeira e a competição, pois são partes muito importantes na Educação Infantil. O jogo é uma forma física e mental que favorece o desenvolvimento pessoal, como a sociabilidade de forma integral e harmoniosa, que possibilita a criança explorar, criar e transformar o mundo ao seu redor.
Pelo jogo as crianças exploram os objetivos que a cercam, melhorando sua agilidade física, experimentam seus sentimentos e desenvolvem seu pensamento, através do jogo a criança descobre suas habilidades, sua criatividade, seus limites e suas personalidades, algumas vezes jogam sozinhos, em outras na companhia de outras crianças, desenvolvendo também seu comportamento em grupo, por tanto, o jogo trabalhado de maneira coletiva, ajudará a compreender seus limites, a lidar com a ansiedade, estimular a autonomia, desenvolver a atenção e concentração e a ampliar suas estratégias, assim, aprendem a conhecer a si próprios, ao mundo que o cerca e aos outros. 
Através do jogo, a criança se preocupa com a aquisição do conhecimento e desenvolvimento das habilidades física e mental. Por meio dessa forma lúdica de ensinar, o educador faz com que a criança viva experiências, como medo e a perda, além de conhecerem conceitos e regra. É por meio das regras que a criança forma uma base, uma estrutura, uma confiança em si e nos colegas. Para Kishimoto (1994), o jogo possui como característica marcante a existência de regras, tem sua realização em um tempo e espaço definidos, possuindo uma condição histórica e geográfica e uma sequência na própria atividade.
Os jogos são parte fundamental na Educação Infantil, não propiciar à criança a possiblidade de brincar, é estar deixando uma lacuna em seu desenvolvimento, é dificultar sua capacidade de lidar com seus impulsos e consequentemente não saber como controlá-los. Durante as brincadeiras e os jogos a criança desenvolve a imaginação e os sentidos, ela pode tonar-se, motorista, cozinheira, arquiteta, jogador de futebol, professor entre outras; ao brincar ela põe para fora todos os seus medos e desejos.
Uma situação imaginária é criada pela criança. O brincar da criança é a imaginação em ação. O jogo é o nível mais alto de desenvolvimento na educação pré-escolar e é por meio dele que a criança se move cedo, além do comportamento habitual na sua idade. (VYGOTSKY) (1984, p.64).
Os jogos são práticos significativas que envolvem e estimulam, nas quais a criança busca um prazer e não um aprendizado, este, surge devido às habilidades e complexidades da dimensão lúdica que atingem, sendo os jogos compostos por regras e com objetivo predefinido, é um ato rico em autonomia, interação, movimento, imaginação, ideias, enfim, um mundo lúdico e único de cada criança. 
Carvalho (1992, p.14) afirma que:
Desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.
De acordo com Araújo (1992) o jogo tem por finalidade auxiliar na identidade da criança, pois é durante o jogo que ela começa a ter contato com as regras, como o fato de ganhar e perder, até em certo momento essa situação causa frustração, porém é necessário para que a criança compreenda que nem sempre épossível ganhar e isso acontecerá muitas outras vezes no decorrer da vida.
 O jogo toma um aspecto muito significativo no momento em que ele se desvincula de ser meio para atingir a um fim qualquer. Revendo a história do jogo, certificamo-nos de que sua importância foi percebida em todos os tempos, principalmente quando se apresentava com fator essencial na construção da personalidade da criança. (ARAÚJO 1992 p.13).
Macedo (2000) analisou a teoria de Piaget (1976), que define os jogos em quatro faces: o jogo de exercício sensório-motor, o jogo simbólico, o jogo de regras e o jogo de construção. 
Na educação infantil destacam-se duas faces, o jogo de exercício sensório-motor e o jogo simbólico. O jogo de exercício sensório-motor (0 até 2 anos), o período do bebê é bastante complexo, pois nele ocorre à organização do seu desenvolvimento nos aspectos perceptivos, motor, intelectual, afetivo e social. Começará, portanto, com uns poucos reflexos que irão aos poucos se transformando em esquemas senso-motor, a criança apresenta seus estágios;
 Estágio 1 (0 a 1 mês) somente atividades reflexa, ainda não faz diferenciação; Estágio 2 (1 a 4 meses) coordenação mão-boba, diferenciação via reflexo de sucção; Estágio 3 (4 a 8 meses) coordenação mão-olhos, repete acontecimentos pouco comuns; Estágio 4 ( 8 a 12 meses) coordenação de dois esquemas, atinge a permanência dos objetos; Estágio 5 (12 a 18 meses) novos meios através da experimentação – segue deslocamentos sequenciais e Estágio 6 (18 a 24 meses) representação interna, novos meios de combinações mentais.
 Macedo (2000) aponta o prazer funcional e a folga no jogo de exercício sensório-motor quando a criança realiza uma atividade sem valor instrumental, mas que justifica por si mesma.
O jogo simbólico aparece entre (2 a 6 anos), manifesta-se sob a forma de imaginação e de imitação das ações observadas a criança ensaia comportamentos e papéis, projeta-se em atividades dos adultos, ensaia atitudes, valores, hábitos e situações diversas. Suga o dedo imitando assim o reflexo de mamar. Já na fase seguinte a criança saberá a diferença de sugar o dedo e o mamar, ela já tem consciência de que o resultado o leite materno, não é o mesmo nos dois processos. 
A fase seguinte das imitações se dá ao acréscimo dos sons aos gestos de imitação. É nesse período que as crianças começam a pater palmas, dar um tchau e mandar beijos ou mostrar a língua imitando os adultos. Na fase seguinte da imitação a criança começa a pensar nos seus atos, ela pensa no que fez, e surge um raciocínio. Essa atividade enriquece a identidade da criança, pois ela experimenta outra forma de ser e de pensar.
 Na última fase da imitação a criança utiliza todo o repertorio que já possuem, mas diferentemente da fase anterior, elas pensam primeiro e escutam depois, essa fase se caracteriza pelo uso excessivo de imaginação. É nesta fase também que surge o simbolismo e com ele o Jogo Simbólico. 
Entende-se que os jogos e as brincadeiras são ferramentas importantes para desenvolver a imaginação e criatividade das crianças; pode-se dizer que o trabalho que se realiza com as crianças revela-se um pensamento, uma concepção de criança que surge da observação da realidade aos olhos do educador. O jogo faz parte do ato de brincar, porque é através do jogo que a criança desenvolve a coordenação motora, criatividade e o seu raciocínio lógico, sendo isso que transforma o conhecimento e o desenvolvimento da criança.
 A brincadeira é uma importante forma de comunicação, é por meio desde ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano. O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre o jogo e aprendizagem. MOYLES (2002,p.78), descreve que “ [...] o brincar é um processo no caminho da aprendizagem, mas um processo vital e influenciável [...] ”.
Nas brincadeiras, a criança experimenta sentimentos diferentes como: amor, confiança, solidariedade, união, proteção, mas ela, pode também sentir, inferioridade, frustração e rejeição. Quase sempre existe o incentivo à curiosidade, o estimulo, à descoberta, à competição, propondo vivências que traduzem simbolismo do mundo adulto e do mundo infantil, onde a criança interage, busca soluções, coloca-se inteira, soluciona problemas, descobre caminhos, desenvolve-se como ser social, exige sua participação no processo para um desenvolvimento sadio, libertador de energias e de conflitos, onde o equilíbrio pode ser encontrado no dia a dia e a criança utiliza para vida toda.
As brincadeiras não significam apenas recrear, mas sim, formas mais complexas que a criança tem de se comunicar consigo mesma e com o mundo. Através do brincar a criança pode desenvolver capacidades de extrema importância como a atenção, memorização, imitação, imaginação e ainda proporciona à criança um bom desenvolvimento de áreas da personalidade como a afetividade, coordenação motora, inteligência, sociabilidade e criatividade. Brincando a criança desenvolve a sua coordenação motora mais rápida, através dos movimentos feitos enquanto ela está brincando seja com qualquer tipo de material como: massinha de modelar, brinquedos, brincadeiras lúdicas, jogos educativos, dobraduras entre outros. Para Velasco (1996, p.44), o brincar é tão espontâneo, tão natural, tão próprio que não haverá como entender sua vida sem brinquedo.
Winnicott (1975, p.73), ressalta a importância do brincar quando afirma que:
Em outros termos, é a brincadeira que é universal e que é própria da saúde: o brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde; o brincar conduz aos relacionamentos grupais; o brincar pode ser uma forma de comunicação, na psicoterapia; finalmente, a psicanálise foi desenvolvida como forma altamente especializada do brincar, a serviço da comunicação consigo mesmo e com os outros.
A brincadeira também é um fator saudável para a criança, pois permite a interação entre as crianças, o afeto, amizade, respeito são valores importantes para o desenvolvimento das crianças quanto mais precoce, melhor a absorção de conhecimentos.
O brincar é o principal modo de expressão da infância, é brincando que a criança expressa seus gestos, seu emocional, suas atitudes e assim aprende a viver, revoluciona seu desenvolvimento e cria culturas diferentes. Agrello (1996, p.17) diz que: “[...] brincar é conhecer a realidade, entendê-la, aceitá-la, atuar nela, modificá-la, de forma a atingir uma satisfação, equilíbrio emocional, ao mesmo tempo em que gerenciar angústias, tensões, agressões”.
Ao considerar o brincar na Educação Infantil é de relevância ter em vista a criança como um sujeito histórico e social, pois a brincadeira traz para a criança uma necessidade de se organizar internamente dentro de um ambiente em que se promove a interação entre elas, para melhor socialização.
A brincadeira por sua vez, encontra fundamento na fala de Kishimoto (1994), quando é apontada como atividade espontânea da criança, sozinha ou em grupo. Ela constrói uma ponte entre a fantasia e a realidade, o que a leva a lidar com complexas dificuldades psicológicas, como a vivencia de papéis e situações não bem compreendidas em seu universo infantil. A brincadeira na infância leva a criança a solucionar conflitos por meio da imitação, ampliando suas possibilidades linguísticas, psicomotoras, afetivas, sociais e cognitivas.
A brincadeira pode ser representada de várias maneiras, diferenciadas pelo material ou o recurso aplicado, incluindo: o movimento e as mudanças de percepção; a relação com os jogos e suas propriedades físicas; combinação e associação; a linguagem oral e gestual; os conteúdos sociais; limites definidos pelas regras. Podemos citar três modalidades básicas de brincar: O faz-de-conta; o brincar com material de construção; o brincar com regras. Estas modalidades proporcionam a crianças ampliar seus conhecimentos infantis por meio de atividades lúdicas.
A brincadeirade faz-de-conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar de cabo de vassoura como se fosse cavalo, são brincadeiras que a criança expressa à capacidade de se representar dramaticamente e assim ela experimenta diferentes papéis e funções sociais generalizadas.
Na brincadeira o elemento importante é a imaginação, a ação livre e espontânea, a presença da representação de seu cotidiano. A perspectiva do brincar remonta à ideia do brincar por prazer, do brincar afetivo que constitui as relações de amizade, de família, mesmo em grupos em que as crianças tenham culturas e costumes diferentes.
 A brincadeira socializa por colocar em questão a diversidade cultural e social, por trazer símbolos e concepções de maneiras distintas, mas que dialogam entre si e, assim, torna-se significativas aos olhos de quem delas participa. Segundo Gonzaga (2010), acabam construindo vínculos com tais objetivos, estabelecendo relações de posse, abandono e perda, o que as faz refletir sobre papéis e situações da vida social. 
O ato de brincar não é somente “o brincar por brincar”, mas sim o que ela representa para quem brinca. O brincar está em uma dimensão valorizada no desenvolvimento do aprender, principalmente as crianças, elevando-os a patamares ainda maiores pelo brincar e representando a necessidade de conhecer, construir e de se descontrair, em um mundo real ou simbólico cheio de momentos maravilhosos que só acontece através do brincar.
A importância de deixar a criança brincar de brincadeiras livres faz com as crianças aprenda como é o cotidiano dos adultos, e assim trabalha a observação e a atenção da criança, porque é onde a criança observa como vive a pessoa adulta e quer ser igual a ela ou imitá-la. De acordo com Maluf (2003, p.152), “é importante à criança brincar, pois ela irá se desenvolver permeada por relações cotidianas, e assim vai construindo sua identidade, a imagem de si e do mundo que a cerca”.
Através do brincar a criança consegue expressar sua necessidade de atividade, sua curiosidade, seu desejo de criar de ser aceita e protegida, de se unir e conviver com outros.
O brinquedo é um convite a brincadeira, ele é responsável por torná-la mais rica e prazerosa. O brinquedo funciona como uma ponte entre aquilo que é desconhecido para o que é conhecido. Quando se fala em brinquedos, podemos nos referir, principalmente, ao seu aspecto lúdico, já que “[...] são fonte de magia, entusiasmo, emoção, prazer e aprender, pois, brincar elimina o estresse, aumenta a criatividade e a sensibilidade e estimula a sociabilidade” [...] (ARTONI, 2003. p. 28).
O brinquedo traz a possibilidade de a criança conhecer o mundo e estabelecer relações no universo imaginário da fantasia, ajuda no desenvolvimento cognitivo, físico, social e moral da criança. Isso se torna relevante quando a criança brinca, imita, inventa, representa e cria com ajuda do brinquedo. Assim se estabelece o processo de conhecimento de si e do próximo.
É através do brinquedo que a criança pode desenvolver a sua parte cognitiva, propondo um mundo imaginário, fazendo com que a mesma os incorpore, reproduzindo não apenas objetos, mas uma totalidade social, pois o brinquedo é a forma de fotografar a realidade. Ele supõe uma relação intima com a criança, permitindo de várias formas, dede a manipulação até a realização de brincadeiras, estimulando a representação do que vê. 
No brinquedo, a criança se comporta de forma mais avançada do que nas atividades da vida real e, também aprende a separar o objeto de seu significado. Na idade pré-escolar, a criança inicia divergências entre o significado e a visão. “No brinquedo, o pensamento está separado dos objetos e a ação surge das ideias e não das coisas: um pedaço de madeira torna-se um boneco e um cabo de vassoura torna-se um cavalo” (VYGOTSKY, 1998, p.128).
O brinquedo, além de ser uma atividade, ajuda a criança a desenvolver todas suas funções psíquicas, físicas e sociais. As crianças desenvolvem as múltiplas facetas da sua personalidade: aprendem a se relacionar com o seu meio, desenvolvem seus aspectos mais criativos e aperfeiçoam suas múltiplas habilidades, ajudando-as a canalizar tanto sua energia física, mental e emocional.
O brinquedo é a atividade principal da criança, aquela em conexão com a qual ocorrem as mais significativas mudanças no desenvolvimento psíquico do sujeito e na qual se desenvolvem os processos psicológicos que preparam o caminho da transição da criança em direção a um novo e mais elevado nível de desenvolvimento. (LEONTIEV, 1998b).
O brinquedo muda de acordo com a fase da criança, o bom brinquedo é aquele que atende às necessidades e possibilidades de cada fase sem se ater à indicação de idade. No entanto, de nada adianta encher uma sala com diferentes tipos e não ensinar a brincar.
Toda criança tem necessidade de brincar, isto é uma característica da infância. A função do brincar não está no brinquedo, no material usado, mas sim na atitude subjetiva que a criança demonstra na brincadeira e no tipo de atividade exercida. Essa vivência é carregada de prazer e satisfação.
O uso do brinquedo também é bastante interessante para a criança brincar, desde que haja realmente um objetivo na utilização dos mesmos, visando também o desenvolvimento da criança e não apenas se eles forem dados com intenção de distraí-las por alguns momentos, eles são ótimos instrumentos para o processo de aprendizagem, desde que usados adequadamente. 
 Os brinquedos mais adequados de acordo com as idades são. De (0 a 2 anos) explorar a percepção visual através objetos grandes e coloridos ao alcance da criança e objetos que produzem sons ao serem manipulados, com isso a percepção auditiva é estimulada. Objetos de encaixe a partir de 1 ano, nesta fase a criança sente satisfação em colocar e tirar objetos de dentro de caixas, isso estimula a coordenação óculo-manual.
De (2 a 5 anos) nessa fase os brinquedos passam a ter funções mais especificas, dando oportunidade para a criança vivenciar, através dos brinquedos, a sua vida diária, suas necessidades básicas, estão em objetos como panelinhas, bonecos, carrinhos, casinhas, posto de gasolina, são ideias nessa fase, a bola, a partir desse momento, expressa noções de distância, espaço e equilíbrio. A partir de 4 anos ela já começa a se interessar por jogos, que podem explorar o raciocínio, o mental e o emocional.
No brinquedo, o pensamento está separado dos objetos, e a ação surge das ideias e não, das coisas: um pedaço de madeira torna-se um boneco e um cabo de vassoura torna-se um cavalo. A ação regida por regras começa a ser determinada pelas ideias e não pelos objetos. (VYGOTSKY, 2008, p. 115).
Segundo Vygotsky (1994), o brinquedo não pode ser visto como uma atividade que dá prazer à criança, pois este pode ser obtido de outras formas. Para explicar a existência do brinquedo para a criança, Vygotsky faz uma relação com a necessidade de satisfazer. Para a criança pequena, o espaço é muito curto entre necessidade e a satisfação do desejo. Se essas necessidades não existissem ao longo do desenvolvimento da criança, não existiriam os brinquedos, que parecem justamente ter criados quando as crianças experimentam a não satisfação das necessidades.
O brinquedo coloca a criança na presença de reprodução, tudo o que existe no cotidiano e no ambiente que a cerca. Pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo é oferecer à criança um substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-los enquanto brinca, possibilitando a criação da sua “própria realidade”.
3.METODOLOGIA
 Essa é uma pesquisa científica de caráter bibliográfico, é classificada como qualitativa, onde visa garantir a precisão dos resultados através de levantamento de dados, utilizada na educação. A pesquisa aproxima a pessoa pesquisadora da realidade de forma que possa contribuir para a boa formação do profissional.
A pesquisa é importante em qualquer área do conhecimento, uma vez que por meio dela o pesquisador entra em contato com a realidade, beneficiandosua prática profissional. A pesquisa pode auxiliar o docente no processo educativo, através da busca pela formação continuada, isso pode promover o desenvolvimento e a inovação na competência do conhecimento adquirido. 
A pesquisa é o processo que deve aparecer em todo o trajeto educativo, como princípio educativo que é, na base de qualquer proposta emancipatória. Se educar é sobretudo motivar a criatividade do próprio educando, para que surja o novo mestre, jamais discípulo, a atitude de pesquisa é parte intrínseca. Pesquisar toma aí contornos muito próprios e desafiadores, a começar pelo relacionamento de que o melhor saber é aquele que sabe superar-se. (DEMO) (2003, p. 16).
 A pesquisa está relacionada à busca de melhorias para as condições de vida da criança, contribuindo assim para seu desenvolvimento humano. 
Um dos procedimentos utilizados nessa pesquisa é um pouco do conhecimento adquirido com relação à importância do brincar na Educação Infantil para um bom desenvolvimento da criança. Outros métodos de pesquisa utilizados foram os livros e artigos que falam sobre a educação infantil.
Essa pesquisa é considerada teórica feita com fundamentações dos autores que falam sobre os jogos, brinquedos e brincadeiras no desenvolvimento infantil da criança. Por isso é também considerada exploratória, pois explora a importância do brincar desenvolvimento infantil. Segundo Mattar (2001), “os métodos utilizados pela pesquisa exploratória são amplos e versáteis. Os métodos empregados compreendem: levantamentos em fontes secundárias, levantamentos de experiências, estudos de casos selecionados e observação informal”. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da pesquisa bibliográfica realizada acima deu para perceber que a criança aprende muito brincando. Porque antes mesmo de nascer ela já brinca dentro da barriga da mãe, brinca com as mãozinhas, com os pezinhos e com o próprio cordão umbilical. E a partir do crescimento é que ela vai aprendendo a brincar com os jogos e brinquedos que fazem parte do brincar.
Toda criança precisa brincar bastante e com varias coisas, seja com jogos, brinquedos, brincadeiras ou na sua imaginação. É brincando que a criança aprende, e tudo isso são recursos pedagógicos eficazes para um bom conhecimento e para um crescimento saudável
Às vezes é brincando com jogos, brinquedos e brincadeiras que os pais ou educadores observam o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. O brincar dentro da escola tem uma função informativa para o educador. E o brincar dentro de casa tem a função de um bom crescimento e de uma boa imaginação, é assim que a criança pode desenvolver sua criatividade. 
 Brincar com brinquedos, com jogos ou até mesmo com sua imaginação, tudo isso é coisa séria na infância. É brincando que a criança se desenvolve no seu todo, estimulando e aperfeiçoando a comunicação, a imaginação, a coordenação e a criatividade. Isso trata-se de uma necessidade básica, que nunca pode ser deixada para depois. Pois a infância é um período que passa muito de pressa, sem percebamos, ainda mais se for deixada para trás. A criança deixa de brincar para ter outros momentos não tão preciosos como o brincar.
Durante a pesquisa da para perceber que é de estrema importância o brincar para o desenvolvimento da criança, pois é bom para a criança ter possibilidade de se desenvolver por meio de brincadeiras, jogos ou brinquedos, porque possibilita a ela habilidades motoras, bem como aspectos sociais, culturais e emocionais.
É através do brincar que a criança consegue expressar sua necessidade de atividade, sua curiosidade, seu desejo de criar de ser aceita e protegida, de se unir e conviver com outros. Por tanto o brincar não é só uma forma de diversão e sim uma forma de educar, de construir vida e conhecimento e de se socializar com o mundo e consigo mesmo para um bom futuro. 
.				REFERÊNCIAS
AGRELLO, Marisa Pascarelli. O brincar como estrutura vital do ser humano. Fortaleza: Universidade de Fortaleza, 1996. 
ARAÚJO, Vânia Carvalho de. O jogo no contexto da educação psicomotora. São Paulo: Cortez, 1992.
ARTONI, C. A revolução dos brinquedos. Revista Galileu, São Paulo, 2003, n. 145, p.28/33.
CARVALHO, A. M. C. et. Al. (org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.
DEMO, P. Educar pela pesquisa. São Paulo: Autores Associados, 2003.
GONZAGA, Ana. Objetivos com vida: Revista Nova Escola. Edição especial n.33, p.30-31, set. 2010.
KISHIMOTO, T. KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo. Pioneira, 1994.
LEONTIEV, A. N. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil. In: 1998.
MACEDO, L. de. Aprender com jogos e situações problemas. Porto Alegre: Armet, 2000. 
MALUF, Ângela Cristina Munhoz, Brincar: prazer e aprendizado. Petrópolis, RJ Vozes, 2003.l. Acesso em: 03 set 2012.
MATTAR, F. N. Pesquisa de marketing. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MOYLES, J. R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2002
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo, imagem e representação. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1976.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: M. Fontes, 1984.
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Pensamento e linguagem. São Paulo: M. Fontes, 1994.
VYGOTSKY, L. S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: A formação social da mente. 6. ed., São Paulo: Martins Fontes, 2008.
WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975. 
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