Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESPECTROFOTOMETRIA NA REGIÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS 1 ESPECTROFOTOMETRIA NA REGIÃO DO ULTRAVIOLETA E VISÍVEL Profa Ana Paula Barrêto Gomes As técnicas espectrofotométricas estão fundamentadas na absorção da energia eletromagnética por moléculas que depende tanto da concentração quanto da ESPECTROFOTOMETRIA 2 depende tanto da concentração quanto da estrutura das mesmas (FARMACOPEIA BRASILEIRA, 2010) Profa Ana Paula Barreto Gomes A luz possui uma natureza dual: • Como uma onda • Como uma corrente de partículas ou pacotes de energia RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA 3 Profa Ana Paula Barreto Gomes A distância entre dois picos (ou dois vales) de uma onda se chama comprimento de onda (λ= lambda). Comprimento de onda RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA 4 Profa Ana Paula Barreto Gomes Relação velocidade, frequência e comprimento de onda: RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA 5 Profa Ana Paula Barreto Gomes A luz branca é composta de ondas de diversas frequências. Quando um raio de luz branca passa por um prisma, seus componentes se separam de acordo com o comprimento de onda. RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA 6 Profa Ana Paula Barreto Gomes RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA A energia UV é maior que qualquer cor do espectro visível. No entanto, os raios X são mais energéticos que a luz UV, como se pode observar em seu comprimento de onda. 7 Ou seja, existe uma relação inversa entre o comprimento de onda e a energia do fóton correspondente. Espectro eletromagnético 8 Farmacopeia Brasileira, 2010. Espectrofotometria no UV Espectrofotometria de absorção no ultravioleta e no visível – utilizada em análises farmacêuticas nos testes de: identificação, determinação da cedência, uniformidade de doses unitárias e determinação de teor, doseamento. Presença de cromóforos na estrutura química dos fármacos. 9 fármacos. Simples (C=C; C=O) Isolados (C=C-C-C=C) Conjugados (C=C-C=C) Fármacos absorvem luz ultravioleta ou visível – transições eletrônicas. Transições eletrônicas Elétrons de ligações covalentes Elétrons não ligados (livres) – podem absorver no UV Elétrons dos orbitais , como em ligações duplas ou triplas – podem absorver no UV e VIS 10 Orbitais ocupados orbitais desocupados (antiligantes) Transição dos elétrons nos orbitais * e n * ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO MAGNÉTICA PELA MATÉRIA 11 12 Profa Ana Paula Barreto Gomes 13 Profa Ana Paula Barreto Gomes Transição eletrônica Exemplo λ (nm) ε σ → σ* Metano 135 - n → σ* Água 167 7000 n → π* Acetona 279 15 Transições eletrônicas 14 n → π* Acetona 279 15 π → π* Acetona 150 10000 π → π* 1,3-butadieno 217 21000 π → π* 1,3,5-hexatrieno 258 35000 π → π* Benzeno 180 200 255 60000 8000 215 Transições eletrônicas 15 Por que ocorre o fenômeno da absorção? • A absorção de radiação se deve ao fato das moléculas terem elétrons que podem ser promovidos a níveis de energia mais elevados mediante a absorção de energia. • Além da variação da energia eletrônica, ocorrem 16 • Além da variação da energia eletrônica, ocorrem também variações associadas à energia de vibração e energia de rotação dos átomos da molécula. • Por este motivo, não se observa uma linha de absorção nítida, mas sim uma banda de absorção relativamente larga. Profa Ana Paula Barreto Gomes 17 Profa Ana Paula Barreto Gomes Espectro de absorção - Captopril 18 Espectro de absorção - Cloroquina 19 20 Profa Ana Paula Barreto Gomes Cromóforos isolados 21 Cromóforos conjugados e moléculas aromáticas Moléculas com duplas conjugadas não se comportam como grupos isolados, pois interagem por ressonância. Resultado da ressonância – deslocamento do 22 Resultado da ressonância – deslocamento do comprimento de onda máximo de absorção para valores maiores. Moléculas aromáticas – espectros mais complexos. Substituintes – auxócromos. Aromáticos policíclicos – comp. de onda maior. Escolha do solvente Solventes que não absorvem radiação no mesmo comprimento de onda da amostra 23 24 Profa Ana Paula Barreto Gomes 25 Profa Ana Paula Barreto Gomes LEI DE LAMBERT-BEER A = ε x b x c A = ABSORBÂNCIA ε= COEFICIENTE DE ABSORTIVIDADE MOLAR (cm-1mol-1L) 26 ε= COEFICIENTE DE ABSORTIVIDADE MOLAR (cm-1mol-1L) b = CAMINHO ÓTICO, cm c = CONCENTRAÇÃO DA ESPÉCIE ABSORVENTE (mol L-1) ε - coeficiente de absortividade molar é a absorbância medida para uma concentração de 1 mol L-1 do analito para uma célula de 1 cm de largura (1 cm de caminho ótico). Profa Ana Paula Barreto Gomes 27 Profa Ana Paula Barreto Gomes 28 Profa Ana Paula Barreto Gomes 29 Profa Ana Paula Barreto Gomes 30 Profa Ana Paula Barreto Gomes 31 Profa Ana Paula Barreto Gomes 32 Profa Ana Paula Barreto Gomes Absorbância ou Absorvância Intensidade de absorção – absorbância ou absorvância Análises qualitativas (doseamentos) – SQR (padrão de comparação) e amostra. CPaAPb 33 Absortividade específica – A (1%, 1 cm) CPb CPa APb APa APa CPaAPbCPb cb cm) 1 A(1%,A Barbitúrico Máximos de absorção Absortividade específica A (1%, 1 cm) Solvente Fenobarbital 242 nm253 nm 459 320 NH4OH 0,001 M NaOH 0,1 M Barbital sódico 238 nm245 nm 503 320 NH4OH 0,001 M NaOH 0,1 M 34 Butabarbital 242 nm 472 NH4OH 0,001 M Amobarbital 240 nm 454 NH4OH 0,001 M Alobarbital 242 nm 492 NH4OH 0,001 M Pentobarbital sódico 242 nm 390 NH4OH 0,001 M Absortividade específica Exemplo 1 – calcular a concentração de metiltestosterona em solução etanólica. A absorvância foi 0,89, em 1 cm, em 241 nm. A(1%, 1cm) = 540, em 241 nm. 35 241 nm. A = A(1%,1 cm) b x c 0,89 = 540 1 c c = 0,00165 g/100 mL Absortividade específica Exemplo 2 – calcular a absorvância de uma solução de furosemida a 0,0008% (p/V). Dado: A(1%, 1cm) = 580, em 271 nm. 36 A = A(1%,1 cm) b x c A = 580 1 0,0008% A = 0,464 ANÁLISE QUANTITATIVA Doseamento seguindo a Farmacopeia Brasileira 37 Profa Ana Paula Barreto Gomes Brasileira 1. Produto: Cloridrato de propranolol comprimidos 40 mg 38 Especificação: mínimo 90,0% e máximo 110,0% de cloridrato de propranolol (segundo FB 5ª edição). Peso médio (20 comprimidos) = 156,44 mg Esquematizar a diluição da amostra, sabendo-se que foram pesados 87,5 mg do pó dos comprimidos e calcular a concentração teórica da amostra em %. Esquematizar a diluição do padrão, sabendo-se que foram pesados 20,8 mg de cloridrato de propranolol padrão. Calcular a concentração real do padrão em % 39 1. Diluição da amostra 156,44 mg --------40 mg 22,37 mg ------ 100mL 87,5mg --------- x x ----------- 1 mL x=22,37 mg de propranolol x = 0,2237/mL x = 2,237/ 10 mL 2,237 mg ------- 50 mL x ----------- 1 mL x = 0,04474 mg/mL (conc. Teórica da amostra) 2. Diluição do padrão 40 2. Diluição do padrão 20,8 mg ------ 100mL 10 mL ------- 50 mL x = 0,0416 mg/mL (conc. Real do padrão) 3. 0,443 ------ 0,0416 0,04474 ------ 100 % 40mg ------ 100 % 0,434 ------- x 0,0408 ---- x x --------- 91,19% x = 0,0408 x = 91,19% x = 36,48 mg/cp 2. Produto: Cloridrato de imipramina comprimidos 25 mg 41 Especificação: mínimo 92,5% e máximo 107,5% de cloridrato de imipramina (segundo FB 5ª edição). Peso médio (20 comprimidos) = 135,5 mg Esquematizar a diluiçãoda amostra, sabendo-se que foram pesados 270 mg do pó dos comprimidos e calcular a concentração teórica da amostra em %. Esquematizar a diluição do padrão, sabendo-se que foram pesados 50,5 mg de cloridrato de imipramina padrão. Calcular a concentração real do padrão em % 42 1. Diluição da amostra 135,5 mg -------- 25 mg 49,82 mg ------ 100mL 270,0 mg --------- x x ----------- 1 mL x=49,82 mg de imipramina x = 0,4982/mL x = 2,4910/ 5 mL 2,4910 mg ------- 100 mL x ----------- 1 mL x = 0,0249 mg/mL (conc. Teórica da amostra) 2. Diluição do padrão 43 2. Diluição do padrão 50,5 mg ------ 100mL 5 mL ------- 100 mL x = 0,0253 mg/mL (conc. Real do padrão) 3. A = A(1%,1cm) x b x c 0,667 = 264 x 1 x c c = 0,00253 g/100mL p/v ou c = 0,0253mg/mL 4. C. Teor.da Amostra 0,667 ------ 0,0253mg/mL 0,0249 mg/mL ------ 100 % 25 mg ------ 100 % 0,632 ------- x 0,0240 mg/mL -------- x x --------- 96,39% x = 0,0240 mg/mL x = 96,39% x = 24,1 mg/cp Conc. Real da Amostra Resultado: APROVADO 44 Resultado: APROVADO Justificativa:
Compartilhar