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Teoria Moral de Kant

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Teoria do Conhecimento
Em sua Teoria do Conhecimento, Kant classificou o tangível e o abstrato em dois grupos: 1 - aquilo que podemos conhecer; 2 - aquilo que são por si desconhecidas. As coisas que podemos conhecer são aquelas que as pessoas podem presenciar, tocar, ver e experimentar, como uma mesa ou um cachorro. Por outro lado, existem coisas que são desconhecidas por si próprias, como Deus e o conceito de liberdade, cujas existências, segundo Kant, se baseiam em pressuposições necessárias.
Kant afirmava que a área do conhecimento é limitada ao mundo das experiências e que é inevitável que uma pessoa fracasse ao tentar conhecer coisas que são desconhecidas. Kant apresenta essa linha de pensamento em seu livro Crítica da Razão Pura, estabelecendo que os três grandes problemas da Metafísica são Deus, a liberdade e a imortalidade, pois não são solucionáveis por meio do pensamento especulativo. De acordo com Kant, a existência de Deus e os conceitos de liberdade e imortalidade não podem ser afirmados ou negados no campo teórico, nem podem ser cientificamente demonstrados. Porém, Kant expressou a necessidade da crença em Deus e nos conceitos de liberdade e imortalidade em sua filosofia moral. De acordo com Kant, a existência da moralidade depende exclusivamente da existência de Deus, da liberdade e imortalidade.
Classificação do Pensamento
Kant dividiu o conhecimento humano em duas categorias: proposições analíticas e sintéticas.
Uma proposição analítica é aquela em que o predicado está contido no sujeito, como no enunciado “nenhum dos solteiros é casado”. A verdade deste enunciado é evidente, está presente no conceito e é descoberta simplesmente ao analisar os termos concedidos sem a necessidade de experiências avançadas. Por exemplo: “nenhum dos solteiros é casado” é uma verdade seja qual for nossa experiência, porque o significado de “não ser casado” já está presente no termo “solteiro”.
Kant acreditava principalmente em um conhecimento prévio, a priori, que é conquistado sem a necessidade da experiência. Um exemplo de uma proposição a priori é “dois mais dois é igual a quatro”. Entendemos esse conceito sem termos que fisicamente colocar dois e dois juntos. Kant destacou a importância do conhecimento a priori, afirmando ser ele uma parte essencial do conhecimento que não pode ser adquirido diretamente pela experiência.
Além da proposição analítica, Kant apresentou o conceito de proposição sintética. A proposição sintética não pode ser alcançada por meio de simples análise: ela exige experiência. Um exemplo desse conceito evidencia-se na frase “a garota é loira”. Para sabermos se a garota é realmente loira, é necessário uma experiência, pois não podemos ter certeza dessa afirmação sem antes vê-la.
Através dessas afirmações, Kant tentou explicar a estrutura do conhecimento. A partir de Kant, originaram-se diversas discussões sobre a existência de um conhecimento a priori. As definições de conhecimento de Kant tiveram uma importância fundamental no estudo da Filosofia.
Moral e Ética
A filosofia moral de Kant afirma que a base para toda razão moral é a capacidade do homem de agir racionalmente. O fundamento para esta lei de Kant é a crença de que uma pessoa deve comportar-se de forma igual a que ela esperaria que outra pessoa se comportasse na mesma situação, tornando assim seu próprio comportamento uma lei universal. Um exemplo disso:
	Motoristas podem estacionar seus veículos em fila dupla apenas em casos de emergência (por exemplo, com o propósito de resgatar uma pessoa). De acordo com a filosofia moral de Kant, essa lei deve-se aplicar a toda e qualquer pessoa que se encontre nessa mesma situação. Isto significa que ninguém pode estacionar em fila dupla por motivo de preguiça ou porque não encontrou uma vaga livre. Pois se todas as pessoas estacionassem em fila dupla, e isso se tornasse uma lei universal, o trânsito ficaria confuso e a cidade viraria um caos.
Portanto, só é permitido estacionar em fila dupla em casos de emergência. As exceções a essa regra – os casos de emergência – ocorreriam em situações nas quais todas as pessoas estacionariam em fila dupla e/ou considerariam justificável o fato de outros terem feito isso.
A situação descrita acima exemplifica a lei moral de Kant que afirma que uma pessoa deve agir numa situação da mesma forma que espera que todas as outras pessoas ajam.
A lei moral de Kant é baseada na idéia de que os seres humanos são racionais e independentes. Em sua obra, Metafísicas da Ética (1797), Kant propõe que a razão humana é a base da moralidade. Segundo Kant, toda ação deve ser tomada com um senso de responsabilidade ditado pela razão.
Kant também afirmou que nenhuma ação baseada apenas na obediência da lei deve ser considerada como moral. A história comprovou esse conceito. Por exemplo: durante a Segunda Guerra Mundial, as pessoas que obedeciam à lei nazista e seguiram as leis nazi-fascistas não agiram humana e eticamente. Matar e torturar seres humanos inocentes nunca são atos morais, mesmo que a lei de um país permita ou até encoraje isso.

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