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Relatório enfermeiro

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ARGUMENTAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO
Argumentar é primordialmente levar o destinatário a agir de uma maneira determinada, pois o advogado que arrazoa um recurso, sustentando uma tese específica, procura fazer com que o magistrado pratique uma ação determinada por ele: julgar a causa a seu favor. Sua argumentação não teria objetivo final se o magistrado somente cresse nos seus argumentos, mas não agisse deferindo-lhe o pedido. Nesse caso, teríamos um argumento convincente, mas não persuasivo. Logo, argumentar é a arte de convencer e persuadir. 
Quando convencemos alguém, esse alguém passa a pensar como nós. Persuadir é construir no campo das emoções, é sensibilizar o outro para agir. Quando persuadimos alguém, esse alguém realiza algo que desejamos que ele realize.
Muitas vezes, conseguimos convencer as pessoas, mas não conseguimos persuadi-las. Podemos convencer um filho de que o excesso de velocidade é perigoso e, no entanto, ele continuar dirigindo perigosamente.
Outro exemplo bem pertinente é a forte propaganda antitabagista em nosso meio. Ao comprar a carteira de cigarro, o fumante se depara com uma série de advertências sobre os seus malefícios, como: “Nicotina é droga e causa dependência”, “Fumar causa infarto no coração”, “Em gestantes, o cigarro provoca partos prematuros, o nascimento de crianças com peso abaixo do normal e facilidade de contrair asma”, dentre outros mais contundentes.
O Ministério de Saúde utiliza-se de bons argumentos para convencer e persuadir um fumante dos benefícios que viria a ter se deixasse a dependência química, e o fumante crê nessa necessidade, mas elementos exteriores à comunicação argumentativa – necessidade de nicotina no organismo,etc. – interferem na ação. Ele crê, mas não age. Logo, entre o crer e o agir existe sempre uma sombra que nem sempre a argumentação atinge.
Por outro lado, uma pessoa pode estar persuadida a fazer alguma coisa, sem estar convencida. Como exemplo, citamos o personagem machadiano – Camilo – quando consulta a cartomante no conto de mesmo nome, apesar de, racionalmente não acreditar em nada disso. 
Ressaltamos, então, que quando se trata da adesão de espíritos de que fala Perelman, isto é, a arte de persuadir, há uma necessidade de adequar os argumentos ao auditório ou à pessoa a que se destina, pois quando alguém se dispõe a ouvir uma argumentação , predispõe-se também a interpretar o que diz o emissor.
Uma bolsa feminina que caiba o essencial de que necessita uma mulher é um objeto útil e necessário, mas uma bolsa da Louis Vuitton agrega um valor maior, eminentemente subjetivo, mas nem por isso menos importante, até porque se acaba refletindo em seu preço de mercado. Uma bolsa da Louis Vuitton ofertada como presente constitui um fino regalo, no entanto, se seu destinatário sequer conhecer a marca, muito provavelmente irá interpretá-la como um objeto como qualquer outro, e assim o presente, como oferta que deve ser apreciada pelo seu receptor, perde seu valor.
Assim, aquele que ofertara a cara bolsa a uma pessoa que não a valorizara, certamente doou uma excelente bolsa, mas um mau presente.
Pois bem, como um bom objeto nem sempre é um bom presente, também uma idéia forte nem sempre constitui um bom argumento.
Logo, uma idéia, para que se faça um bom argumento, necessita, além de seu conteúdo, dois fatores a ela exteriores: primeiro, a compreensão e o entendimento do leitor; segundo, a coerência com os demais argumentos elencados no texto. 
Em face disso, a primeira condição da argumentação é ter definida uma tese e saber para que tipo de problema essa tese é resposta.
Uma segunda condição da argumentação é ter uma “linguagem comum” com o auditório. Temos que adaptar a nossa linguagem às condições intelectuais e sociais daqueles que nos ouvem, e não o contrário.
A terceira condição da argumentação é ter uma boa interação com o auditório, com o outro. 
Finalizando, diríamos que a quarta condição e a mais importante é agir de forma ética, ou seja, argumentar com o outro, de forma honesta e transparente. Do contrário, a argumentação fica sendo sinônimo de manipulação. Agir com honestidade nos confere uma característica importante em um processo argumentativo: a credibilidade em relação ao outro.
II – Distinção entre fundamentação e argumentação
Quando o parecerista faz sua fundamentação, elenca elementos que justifiquem o resultado a que chegou e assegura que fez uma criteriosa análise do caso concreto, levando em consideração todos os elementos levados ao processo como também o ordenamento legal.
Assim, a fundamentação do parecerista deve ser exaustiva, deve revelar um percurso lógico bem detalhado, completo, que possa ser questionado em seu raciocínio pelos interessados em resultado diverso daquele sugerido por ele.
Em síntese, ao fundamentar o parecerista apenas explica sua própria conclusão do caso concreto, após uma análise acurada, sob vários ângulos.
Por outro lado, o advogado quando argumenta, defende um posicionamento, buscando a adesão do destinatário, logo não pode construir uma fundamentação.
Desse modo, o advogado, como defende um interesse, não explica o seu raciocínio, mas sim expõe um raciocínio que leva, por seu percurso, a uma adesão que depende do interlocutor fazendo uso de técnicas argumentativas.
 Parafraseando Rodriguez, diríamos que, enquanto a fundamentação tem seu centro de gravidade no emissor, a argumentação se concentra naquele a quem se dirige – destinatário – pois parte sempre de um posicionamento comprometido.
Entretanto, em momento algum, podemos assegurar que o argumentante possa dispensar a fundamentação, pois ele parte dela para valorizar sua tese por meio de argumentos, que se concentram no receptor.
Da mesma maneira, o parecerista não dispensa argumentos, pois ele também deve se preocupar em convencer o seu próprio raciocínio, mas não a busca de adesão do destinatário.
A propósito, quando o juiz fundamenta, explica seu próprio raciocínio segundo as provas apresentadas, os motivos que o levaram a decidir, ao passo que quem argumenta, além de constituir um raciocínio logicamente aceitável e persuasivo, preocupa-se em enunciá-lo com elementos lingüísticos, de conteúdo e de forma, que facilitem a aceitação do interlocutor sobre a tese que procura fazer valer.
A sentença ou acórdão é discurso decisório. Quem julga decide, e decide pelo razoável. A fundamentação da sentença ou do acórdão é, portanto, a justificativa arrazoada da decisão, e deve ser bem detalhada, para explicar às partes sobre sua razão.
Logo, o juiz em sua fundamentação elenca elementos que devem convencer as partes de que seu raciocínio é o mais correto, é o decorrente da lei, e que seu livre convencimento não provém da arbitrariedade, mas sim de uma boa avaliação de todas as provas e de todo ordenamento jurídico e que avaliou e julgou os argumentos argüidos pelas partes um a um.
A fundamentação da sentença e do acórdão é elemento essencial não só para o processo, mas para toda a sociedade, que diante dos fundamentos da decisão tem condições de saber se o judiciário age com imparcialidade, e se suas decisões são frutos da lei ou do arbítrio do prolator ou relator (GRINOVER, 1998, p. 209), como também a fundamentação do parecer, que quando não é contestado, torna-se uma prova técnica para o processo.
Destacamos que, em momento algum, afirmamos que a decisão judícial dispensa argumentos, pois o julgador também deve preocupar-se em convencer as partes das razões, de seu raciocínio como assinala Rodríguez (2002:34), mas é o raciocínio próprio, pois ele não busca a adesão das partes em litígio a sua tese.
 
Observação:
Utilizam-se como sinônimos os termos fundamentação e motivação, pois aparentemente a doutrina nacional não lhe faz distinção relevante. A lei parece também utilizar como sinônimos, ao se referir à fundamentação na lei maior e no ordenamento processual civil (93, IX, CF e 165 e 458, II, do CPC) e motivação na lei processual penal(381, III). (GRINOVER: 1998, p. 209).
ELEMENTOS CONTITUTIVOS DO TEXTO JURÍDICO 
1 – Situação de conflito ou antijurídica
A situação antijurídica ocorre quando a violação da regra do direito objetivo atinge, obviamente, o interesse por ela tutelado. Se o titular desta não se conforma com a lesão sofrida pode, através do direito de ação, exigir a restauração do direito violado – direito subjetivo –, dando origem, assim, à lide, cuja característica, como foi dito, é uma exigência insatisfeita, a qual resiste um dos sujeitos do interesse.
Entendemos como direito de ação, um direito público, subjetivo, que tem qualquer pessoa de pedir a prestação jurisdicional – Estado –, numa situação antijurídica. Esse direito é subjetivo porque se trata de um direito individual, assegurado pela Constituição Federal.
	Diante disso, podemos afirmar que a situação antijurídica se resume ao fato que, além de típico, deve também ser ilícito. Por fim, só haverá crime se o fato for antijurídico, contrário ao direito por não estar protegido por causa que exclua sua injuridicidade, ou seja, se existir uma causa que justifique o fato, embora típico, deixa ele de ser crime, por não ser ilícito ou antijurídico, como no caso de alguém praticar um fato típico em estado de necessidade ou em legítima defesa.
Exemplificando
	Dois náufragos procuram agarrar-se a uma tábua que, no entanto, apenas suporta o peso de um homem. Um deles, para salvar-se, empurra o outro, que se afoga.
	Percebemos que o fato existe, mas, por ter sido praticado em estado de necessidade, fica excluída a antijuridicidade, isto é, a ilicitude da conduta, nessas circunstâncias. Considera-se que ocorreu o delito, não sendo, entretanto, punível, porque praticado em circunstâncias excludentes de antijuridicidade.
 Em relação à situação antijurídica, o operador do direito deve relatar e descrever os fatos que geraram o conflito e, também, identificar acuradamente a relação de causalidade para determinar se, realmente, o acontecimento apresenta o fato típico – a descrição do fato ilegal feita pela lei, isto é, para haver fato típico é ainda necessário que exista relação de causalidade entre a conduta e o resultado.
	Na situação de conflito, o graduando deverá apresentar, portanto, os seguintes dados relevantes principais: sujeitos envolvidos (ativo/passivo), relação de causalidade (conduta e resultado/causa e efeito), onde (lugar), quando (data), momento, como (modo), meio, motivo.
Convém destacar que o sujeito ativo sempre deve vir como sujeito da primeira oração principal, pois ele é o foco central, logo deve iniciar e terminar a peça jurídica. Exemplificando
A obstetra Ana Cristina Forain, plantonista do Hospital Municipal Luiz Palmier, é acusada de crime de lesão corporal, por ter realizado uma cesariana aparentemente desnecessária, na paciente Viciralda Leocádio de Andrade, 18 anos, no município de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, em 08/6/2001.
Ou
A Casa de Saúde Santa Helena é acusada de provocar a morte do recém-nascido Alan Marques Amaral, devido à alta hospitalar prematura dada em 9/4/1996, no Rio de Janeiro.
Relação de causalidade
É o nexo causal entre a ação ou omissão do agente (sujeito ativo) e o dano verificado. Vem expressa no verbo “causar”, empregado no artigo 159 CC. Sem ela, não existe a obrigação de indenizar. Se houve o dano, mas sua causa não está relacionada ao comportamento do agente, inexiste a relação de causalidade e, também, a obrigação de indenizar, pois considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Basta que a ação tenha sido condição para o resultado, mesmo que tenham concorrido para o evento outros fatos, a ação é causa e o agente é o causador dele.
As excludentes da responsabilidade Civil, com a culpa da vítima e o caso fortuito e a força maior (CC, art.1058), rompem o nexo de causalidade, afastando a responsabilidade do agente.
Fortuito (ou força maior ) é aquilo que se mostra imprevisível, quando não inevitável, é o que chega sem ser esperado e por força estranha à vontade do homem que não o pode impedir, excluindo a culpabilidade. 
Exemplificando
	Se o motorista estiver dirigindo corretamente e a vítima, querendo suicidar-se, atirar-se sob as rodas do veículo, não se pode afirmar ter ele “causado” o acidente, pois na verdade foi mero instrumento da vontade da vítima, esta sim responsável exclusiva pelo evento.
	Na mesma situação estão os casos de força maior. Não há crime se o agente, por força física de coação irresistível, preme o gatilho de uma arma, causando a morte de alguém, ou, na omissão típica, quando sua inatividade decorre do fato de ter sido posto em situação de inconsciência, a sua revelia, por terceiro.
Para que se possa reconhecer se a condição é causa do resultado, utiliza-se o processo hipotético de eliminação, segundo o qual causa é todo antecedente que não pode ser suprimido em mente sem afetar o resultado. Assim, se a vítima se fere na fuga quando procura fugir à agressão, há relação de causalidade, pois se, hipoteticamente, se suprimisse a agressão, a vítima não fugiria e, portanto, não sofreria a lesão. (MIRABETE, 2001, p. 111) 
O Código Penal (art.13, segunda-parte, do CP) adotou, portanto, para reconhecimento da relação de causalidade a teoria da equivalência dos antecedentes causais, ou da conditio sine qua non (condição necessária), considerando como causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
	Assevera Nelson Hungria, “causa é toda condição do resultado (efeito) e todas as condições se eqüivalem”. Não há distinção entre causa e condição, entre causa e ocasião, entre causa e concausa; tudo quanto contribui para a produção do resultado é causa incindível dele (Comentários do Código Penal, v.I, t.II, p.46)
Exemplificando
Caio, ferido por Mário, vem a falecer no hospital, num incêndio ali ocorrido, ou por complicações da cirurgia.
	Na primeira hipótese (morte/incêndio), exclui-se a imputação a Mário, porque esse fator não está na linha natural de desdobramento físico do fato por ele praticado, ou seja, o incêndio não é decorrência natural do ferimento.
	Na segunda hipótese (complicações/cirurgia), a morte relaciona-se diretamente ao ferimento, em cujo tratamento ocorreu a complicação. Não se exclui, nesse caso, a imputação, por estar tudo na mesma linha de deslocamento físico da ação.
	Desse modo, o artigo 13 § 1º, do Código Penal, limita também a equivalência das condições, ao dispor que se exclui a imputação na superveniência de outra causa, relativamente independente, que por si só produziu o resultado.
	Há também nos termos da lei – (art.13, segunda-parte, do CP) – como já assinalamos, causalidade na omissão, isto é, “considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido”. Predomina, porém, na doutrina o entendimento de que, na verdade, não há nexo causal entre a omissão e o resultado, mas apenas uma avaliação normativa. O agente seria punido não por causar um resultado, mas por não ter procurado evitá-lo, pois a palavra ação, no Direito Penal, é empregada em sentido amplo, abrangendo tanto a ação propriamente dita como a omissão (JESUS,DAMÁSIO E. de.,2000 pp. 234-235).
 Erro sobre relação de causalidade ou nexo causal
	Um tipo especial de erro sobre o nexo causal é o chamado dolo geral. Age com dolo geral quem pratica duas ou mais ações pensando que o resultado visado já ocorreu em algum dos atos anteriores. Responderá, nesse caso, o agente por homicídio doloso consumado em decorrência do dolo geral, pois, tecnicamente, houve tentativa de homicídio seguida de homicídio culposo. 
Exemplificando
	Antônio feriu seu amigo Roberto a tiros e julgando-o morto, lança seu corpo no precipício, para ocultar o crime, ocorrendo, porém, a morte não pelos tiros, mas pela queda no precipício.
Não há exclusão do crime se o resultado desejado vier a ocorrer por uma outra causa, diretamenterelacionada à ação desenvolvida pelo agente. Ou seja, o crime não é ilidido pelo erro sobre detalhes secundários do processo causal.
Vemos que o resultado ocorre por causa diversa imaginada, no exemplo dado, tendo, entretanto, relação com a conduta do agente.
Por fim, reiteramos que não se elimina a relação de causalidade pela existência de uma concausa (preexistente, concomitante ou superveniente). A concausa é outra causa, que, ligada à primeira, concorre para o resultado. Assim, a possibilidade da existência de causas concorrentes para o resultado, preexistentes ou concomitantes com a do agente, nunca exclui a imputação, já que não há o rompimento da cadeia causal entre a conduta dele e o resultado.
Exemplificando
A queda de uma viga do teto (por caso fortuito ou por ação independente de outrem) sobre a cabeça da vítima de envenenamento enquanto esteja ela em seu lugar por não ter sentido ainda os efeitos da substância ingerida. 
	Essa segunda causa, superveniente, sendo totalmente independente da primeira, impede o fluxo do nexo causal entre a conduta (envenenamento) e o resultado (morte por traumatismo encefálico). Diante do art. 13, caput, a conduta não sendo condição do resultado (que existiria ainda que não tivesse sido praticada a ação), implica a responsabilidade pelos fatos ocorridos até a causa superveniente. Na hipótese, o autor do envenenamento responderia pela tentativa de homicídio, pela inexistência de relação entre causas.
	Segundo a doutrina, resolvem-se as dúvidas quanto à responsabilidade do agente nas hipóteses previstas pelo parágrafo citado quando se examina a causa superveniente que mantém essa relação relativa com a causa anterior: se estiver ela fora do desdobramento físico necessário, normal, o agente não é punido pelo resultado; se estiver ela dentro desse desdobramento necessário, o agente é responsável pelo evento.

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