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Teoria do Crime

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Teoria do Crime
Conceito material de crime é a violação de um bem penalmente protegido;
Conceito Formal é um fato típico ou ilicíto.
Analisa-se a tipicidade + a ilicitude = crime 
*Culpabilidade é mais um elemento adotado por alguns doutrinadores
Crime: É o fato típico, ilícito e culpável. 
Par o código brasileiro, baseado na teoria finalística onde diz que crime é fato típico, antijurídico (ilícito). A culpa é um pressuposto para aplicação da pena. (Para Damásio de Jesus)
FATO TÍPICO: modelo de conduta da normal penal (concreto) 
4 elementos que o integram:
Conduta (comissão ou omissão) – DOLO OU CULPA – Coação física irresistível exclui a conduta do agente. Coação moral irresistível NÃO exclui conduta.
Doutrina classifica o crime em: Teoria normativa
Comissivos (ação):
Omissivos próprios: Dever genérico de proteção. art: 134 omissão de socorro
Omissivos impróprios: O agente praticando um delito de ação, por omissão de quem possuía um dever especial de proteção. Art 13 CP. Condiciona o surgimento de uma lesão. Quem se omite, tendo uma responsabilidade de agir, responde pela forma dolosa ou culposa.
Dolo: quando se tem finalidade, o resultado é aquilo desejado. (Art.18)
Dolo direto: quando o agente quer o resultado
Dolo eventual: O agente não quer o resultado mas assume o risco de produzir.
Culpa: Não deseja aquele resultado, só será punida quando estiver previsto em lei. Agente deve agir com Imprudência, negligencia e imperícia.
Imprudência: agente agiu (comportamento positivo) sem tomar o devido cuidado, agindo de maneira errada;
Negligência: (Comportamento negativo) omissão do comportamento do agente;
Imperícia: (Não saber fazer) Falta de técnica.
No Dolo eventual e crimes culposos NÃO se admite tentativa, pois se assumiu o risco
Delito Preterdolosos ou Preteintencionais : O resultado é maior do que o pretendido. (Dolo na conduta e culpa no resultado)
Responsabilidade Penal é sempre SUBJETIVA, fundada no dolo ou na culpa.
Infelicitas Facti: Não há dolo nem culpa na ação.
Tipicidade: Formal: é o enquadramento na lei (Damásio de Jesus);
Material: é a efetiva violação do bem jurídico protegido.
Princípio da Insignificância afasta a tipicidade material, porque foi um ato tão insignificante que não há crime.
Resultado: É a lesão ou perigo de lesão de um bem jurídico, não precisa resultado real. Ex: mera conduta (porte de arma). Verifica-se a tentativa e consumação do crime;
 Delito Consumado: Quando reúne-se todos os elementos de definição legal;
Delito Tentado: Início da execução do crime mas não consumação do resultado por circunstâncias alheias à vontade do agente
Crimes de Mera Conduta: Agir ou não agir já é consuma-los 
Nexo de causalidade: causa x efeito - art 13 – entre conduta e o resultado
Teoria da equivalência dos antecedentes causais: (nexo de causalidade) Todos que deram causa ao crime dolosamente ou culposamente, respondem.
Superveniência causal (nexo de causalidade): As pessoas que deram causa a outra causa, que geram o resultado criminoso.
Causas excludentes de TIPICIDADE
Desistência Voluntária: Através de uma abstenção, deixar de fazer algo durante a execução. (ART 15)
Arrependimento Eficaz: (art 15) Após concluída a ação, fase de execução, muda-se o comportamento, impede a produção do resultado, situa-se entre a execução e consumação. Precisa ser eficaz, se acaba ocorrendo o fato inicialmente desejado, responde por crime consumado.
Em ambas as situações o crime se interrompe pela vontade do agente.
Crime Impossivel (art 17) Não há responsabilidade. 
Absoluta Impropriedade do objeto
Absoluta ineficácia do meio
Estado de Necessidade Real de terceiro (exceção que não exclui a ilicitude) Exposta no § 3º do 146. 
Coação Física Absoluta
Causas supra legais de excludentes de TIPICIDADE:
Princípio da Insignificância: Ainda que seja uma conduta prevista no tipo, deve ser desconsiderada se a lesão for ínfima.
Teoria da Adequação Social: Fatos que são aceitos e socialmente adequados em algumas circunstancias, mesmo que descritos como atípicos são excludentes de tipicidade, por exemplo, andar nu em uma praia de nudismo.
Atos reflexos ou orgânicos 
Estados completos de inconsciência
Infelicitas Facti
Ausência de dolo/culpa em relação aos elementos constitutivos do tipo
Consentimento do Ofendido não for elementar, a vítima ignora a situação, por exemplo, na difamação do art 163. (Em outras situações exclui TIPICIDADE, como por exemplo, quando for elementar, aceito pela vítima)
Requisitos para ser consentimento do ofendido
Bens Disponíveis, o consentimento deve vir do titular, deve ter capacidade para consentir, não ser viciado por dolo,erro, simulação, coação,etc, prévio ou concomitante ao dano, não ser contrário a moral e aos bons costumes.
OBS: O consentimento do ofendido após a situação exclui a punibilidade. 
TIPO
Modelo legal de conduta proibida
Damásio de Jesus os classifica em :
Objetivos: São normas gerais, sem descrever muito a situação, não descreve o fato ou a quem, por exemplo, matar alguém, ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem
Normativo: Estão a mercê da culpa ou ilicitude, são perceptíveis a interpretação, fazem referencia direta ao injusto, por exemplo, função pública (art 324)
Subjetivos: Diz respeito ao dolo e aos fins especiais do agente, “para si ou outrem”.
ERRO DE TIPO OU ELEMENTOS DO TIPO
Erro de tipo o agente não sabe o que faz. Art 20
Erro Invencível: Inevitável, erros cometidos mesmo após adotar cautelas exigíveis a ocasião; Absolvição total
Erro Vencível: Fruto da Precipitação, imprudência ou negligência ou imperícia, decorre da falta da cautela exigível na ocasião. Crime culposo se previsto em lei;
Descriminantes putativas ou imaginárias: Quando o agente se sente em uma situação fática, onde se cometesse tal ato ilícito para evitar a situação se ela existisse seria acobertado pelos excludentes de ilicitude.
Erro do Tipo Acidental: O agente erra sobre dado, alguma interferência externa, mas não exclui o caráter de conduta criminosa. Não há exclusão de nada, só erro de informação, por exemplo, matar uma pessoa por engano, querendo matar outra.
OBS: Quando alguém induz outro a cometer um crime, sem que este saiba, quem responde pelo crime é o indutor, e o agente é absolvido.
Princípios do Processo Penal
In dubio pro societate : Na dúvida em favor da sociedade, segue o processo, no inquérito policial, denúncia, pronúncia
In Dubio pro reo: Na dúvida em favor do réu, no julgamento e na sentença (Somente os juízes são escravos do princípio), Júri não é obrigado a seguir o princípio.
EXCLUDENTES DE ILICITUDE (art. 23 exige requisitos subjetivos)
(Modalidade Rela, NÃO putativa)
Exercício regular do direito: (art. 23) É uma possibilidade, baseado na lei e nos costumes. Ex Violência esportiva dentro das regras do esporte
Jurisprudência e doutrina não se constituem caracterizam como exercício regular do direito o trote e acadêmico e o estupro da esposa pelo marido
Estrito Cumprimento do Dever Legal (art. 23 III): É um dever funcional, destina-se ao funcionário público no exercício da função pública, ou ainda que na função provisória e não remunerada. Base SOMENTE na lei.
Estado de Necessidade: Deve-se a um perigo, é o remédio contra o perigo, conflito entre interesses lícitos exigindo ponderação de bens,contra si ou contra terceiro (com exceção do art 3º do 146)
Contra força da natureza, agressão de animal, ação de homem.
Há requisito subjetivo de estado de necessidade, só se configura com dolo, com intenção.
Requisitos Objetivos de estado de necessidade (art.24).
Perigo atual ou Iminente
Perigo Inevitável
Inobrigação Legal de enfrentar o Perigo
Perigo Não provocado Voluntariamente
Inexigibilidade de Sacrifício do Bem Ameaçado
Doutrina não aceita declaração de estado de necessidade em crimes permanentes, ou seja, aqueles que se alongam no tempo.
Legítima Defesa: Reação contra agressão injusta, conflito de interesse lícito com interesse ilícito do agressor,não há ponderação de bens, de natureza preventiva de caráter emergencial, contra agressão atual, defendida pelo princípio de conservação do direito do agredido e reafirmação da ordem jurídica, seu limite é não fomentar o conflito, requisito subjetivo é caraterizado pela vontade do agente em se defender, requisito objetivo é que o ofendido não é obrigado a tolerar.
Requisitos Objetivos :Agressão humana injusta atual ou iminente
Existe legitima defesa contra agressões comissivas (mediante um fazer) e contra a omissão imprópria, que começam com um fazer e terminam um por um não fazer.
NÃO existe legítima defesa contra omissão própria, pois já está consumada a ação.
Defesa de direitos próprios ou alheios
Meios necessários e Uso moderado
PONDERAÇÃO DE BENS
O bem protegido em sede de legítima defesa pode ser inferior ao bem atingido, por exemplo, a vítima de um estupro, tirar a vida de seu agressor para evitar uma violação a sua integridade física, mas não pode ser excessivamente desproporcional.
Comodus dicessus (retirada cômoda) : quem age em legítima defesa não precisa fugir do agressor.
Legítima Defesa sucessiva: é quando o agressor passa a defender-se dos excessos do agredido inicial.
EXCLUDENTES DE CULPABILIDADE
Culpabilidade: Pressuposto da pena, condição para aplica-la , reprovação da conduta.
(Damásio de Jesus não aplica no conceito formal de crime)
Bases legais da culpabilidade: art’s: 21,22,26,27,28,96,97 e 99 CP
A culpabilidade tem três elementos:
Imputabilidade: inaptidão para sofrer sanção penal (Capacidade), menor de 18 anos art.27, doença mental e desenvolvimento mental incompleto ou retardado art.26 ou embriaguez total decorrente de Caso fortuito. Na doença mental, o agente é submetido a uma medida de segurança, mas não a sanção penal. Para aplicar-se a medida o agente não pode entender a ilicitude da conduta, há juízo de periculosidade e não culpabilidade. Periculosidade do agente: Condição para se aplicar a medida de segurança, falta de saúde mental do agente. (Não se pode aplicar pena e medida de segurança).
Exigibilidade de Conduta Diversa: Diante daquela situação não havia outra possibilidade de agir. As causas que afastam esse requisito é a coação moral irresistível.
Potencial Consciência da Ilicitude: Reconhecimento da ilicitude, consciência do crime, erro de proibição. 
CAUSA SUPRA LEGAL
Inexigibilidade de Conduta Diversa é uma causa supra legal de exclusão de culpabilidade, exclui a exigibilidade da conduta diversa, tem aspecto de consciência social, não impor punição penal, se a conduta não era por heroísmo.
Coaçao Física Absoluta (excludente de tipicidade)
Coação Moral Irresistível (excludente de Exigibilidade de Conduta diversa, culpabilidade)
Erro de Proibição
EXCLUDENTE DE POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
Erro de proibição: agente desconhece ilicitude do fato e prática. Base legal: 21 § único do CP.
Erro proibição Inevitável: Atua ou se omite sem a consciência da ilicitude e não era possível o conhecimento da ilicitude.
Erro de proibição Evitável: Quando o sujeito incide por imprudência, descuido. No parágrafo único do art.21. Quando lhes era possível, nas circunstâncias, tiver ou atingir esse conhecimento.
ESPÉCIES
Erro de proibição Direito: Agente desconhece que sua conduta fere norma proibitiva
Erro de proibição Indireto: O agente supõe a existência da norma permissa, que na verdade, não existe.
Erro de Proibição Indireto: O agente erra quanto aos limites da norma permissiva, descriminantes, putativas.
ERRO DE TIPO: é excludente de tipicidade do art. 20, agente não sabe o que faz, é um erro sobre fatos
ERRO DE PROIBIÇÃO: Excludente de culpabilidade, o agente sabe o que faz, mas não sabe que o que ele fez é contra o direito.

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