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Formação do coração

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Jéssica Castro- Odontologia 2014.1
Formação do coração.
1)-3º Semana:
O mesoderma intraembrionário e se diferencia.
 Em duas áreas o mesoderma intraembrionário não se desenvolve que são as membranas bucofaríngea e croacal e com sua diferenciação formam os mesodermas paraxial (forma somito), intermediário (forma os pedículos do somito) e o lateral (delamina e forma esplancnopleura e somatopleura). O mesoderma tb não se desenvolve no notocorda. 
O “buraco” (celoma intraembrionário) que fica depois da delaminação forma posteriormente a cavidade geral do corpo e é o local de formação dos sistemas carviovascular (na frente), digestório (em baixo por intermédio do endoderma) e respiratório (também em baixo por intermédio do endoderma). 
A formação do coração tem início muito cefalicamente, ou seja, numa região anterior à membrana bucofaríngea. 
-4ª Semana – há a formação do tubo neural pela influência da notocorda e do ectoderma na superfície do embrião e isso faz com que haja um crescimento para frente e um dobramento dorsoventral do feto. Nisso, a área cardiogênica que está presa ao mesoderma da esplacnopleura (em baixo), desce e nela formam-se células que vão formar o coração. O coração passa a ficar ventralmente ao intestino anterior e caudalmente a membrana bucofaríngea após o dobramento.
A notocorda e o ectoderma também formam a placa neural e as vesículas cerebrais.
O mesoderma da esplacnopleura e da somatopleura têm papel fundamental na formação dos sistemas, porque originam tecidos de sustentação (músculo, conjuntivo, cartilagem, osso). Por isso é importante que o mesoderma esteja junto do endo e do ecto. 
Membranas bucofaríngea e croacal limitam o sistema digestório. 
Ventrículo -> ligado a área arterial.
Átrio -> ligado a área venosa. 
2) Circulação do feto e da mãe são separadas, não se misturam, apenas se aproximam (troca por difusão), pq se fossem juntas, alguém iria morrer no parto.
Antes da 3ª e 4ª semana o embrião recebe nutrientes e oxigênio apenas pela placenta e não tem circulação própria. 
Circulação do embrião -> começa do lado de fora no mesoderma extraembrionário que envolve a vesícula vitelina. Formam-se ilhas de células, chamadas de ilhotas sanguíneas ganham uma luz e se juntam, formando vasos que penetram no embrião por intermédio das ligações que o embrião tem com o lado de fora, como o canal vitelino. E aí começa a circulação no embrião.
3) Cordões angioblásticos-> são dois cordões celulares desenvolvidos de cada lado do mesoderma da esplacnopleura. Suas células (angioblastos) tb ganham luz e se juntam, formando tubos cardíacos endocárdicos. Angioblastos formam o endotélio do endocárdio e são as primeiras células sanguíneas. 
Há tb dois celomas pericárdicos de cada lado do mesoderma e que também vão se juntar.
4) Mesoderma da esplactnopleura/mesênquima -> forma geleia cardíaca, msm geleia do cordão umbilical (contém células-tronco).
5) Após a união dos tubos endocárdicos (22 dias), forma-se um tubo cardíaco único suspenso pelo mesocárdio dorsal. A geleia se degenera e a capinha externa (mioepicárdio) forma o miocárdio e epicárdico. Ou seja, há formação das três camadas do coração (miocárdio, epicárdio e endocárdio) quando os tubos endocárdicos, as geleias cárdicas e o mioepicárdico se juntam. 
Até aqui o coração é um tubo único, sem câmaras e já pode se contrair (28 dias). Como não há pulmão e o coração é um túbulo único, o sangue é misto.
6) Alça bulboventricular-> região dos futuros ventrículos ligada aos trocos arteriosos.
Área atrial-> única. Região dos futuros átrios e ligada ao seio venoso. 
As três camadas do coração são derivadas dos angioblastos que vem do mesoderma da esplecnopleura. 
7) O coração sofre uma torção. O que está em cima (alça bulboventricular) passa pra frente e o que tá em baixo (átrio) passa pra trás, formando um S. Isso porque a região bulboventricular cresce. 
8) Se desenvolve um coxim, vindo do próprio endocárdio, entre o átrio e o ventrículo. 
Do teto do átrio surge o septum primum que tenta crescer para se encontrar com o coxim, mas não consegue pq a passagem do sangue do átrio direito para esquerdo não deixa e forma-se o forame primum (“buraco” onde não chega o septum primum) e o forame secundum (proveniente de perfurações no septum primum que se une, mas deixam um “buraco” em cima). 
Surge o septum secundum e o forame primum consegue ser fechado. O septum secundum tenta fechar, não consegue e tenta se juntar ao septum primum inferior (maior parte do superior é degenerado). Como ainda há passagem de sangue de um átrio para o outro, os septums não conseguem se unir, formando o forame oval. 
Só quando o feto nasce e o pulmão passa a funcionar, o sangue começa a entrar pelo átrio esquerdo e os septums se unem. Assim os átrios direito e esquerdo são separados.
9)Malformações:
- Tetralogia de Fallot-> A Tetralogia de Fallot é uma síndrome que se caracteriza pela presença de quatro malformações clássicas e que ocorrem simultaneamente. São elas: estenose pulmonar, defeito no septo ventricular, deslocamento da aorta para a direita (aorta acavalada) e hipertrofia ventricular direita. Todas essas alterações juntas favorecem o aumento da pressão sanguínea no ventrículo direito resultando em hipertrofia do ventrículo direito.
Obs.: A septação dos ventrículos é mais fácil, pq o próprio músculo cardíaco cresce para cima e desenvolve o septo intraventricular, mas ele pode não surgir como na tetralogia de Fallot.

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