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Fluidos Refrigerantes Disciplina: Máquinas Térmicas I – Refrigeração e Ar Condicionado Prof. Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Depart. de Ciências Amb. e Tecnológicas Engenharia Mecânica Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 1. Fluidos Refrigerantes • Função: veículos térmicos na realização dos ciclos de refrigeração; • Primeiros: NH3, CO2, CH3Cl; • CFCs: hidrocarbonetos à base de flúor e cloro. Não inflamáveis, explosivos ou corrosivos; extremamente estáveis e muito pouco tóxicos. • 1974: detectados problemas com CFCs. Compostos clorados migram para a estratosfera e destruir moléculas de ozônio. Maiores responsáveis pelo aparecimento do buraco na camada de ozônio. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 1. Fluidos Refrigerantes • CFC – são moléculas formadas pelos elementos cloro, flúor e carbono. (R11, R12, R502, etc.) • Aplicações: ar condicionado automotivo, refrigeração comercial, refrigeração doméstica; • HCFC – alguns átomos de cloro são substituídos por hidrogênio (R22, R141b, etc.). • Utilização: ar condicionado de janela, split, self, camâras frigoríficas,etc. • HFC – todos os átomos de cloro são substituídos por hidrogênio (R134a, R404a, R407C, etc.) Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 1. Fluidos Refrigerantes • Efeito estufa: Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 1. Fluidos Refrigerantes • Camada de ozônio: responsável pela filtragem dos raios ultravioleta que, em quantidades elevadas, são prejudiciais ao meio ambiente e ser humano; • Protocolo Montreal de 1987: determinou a substituição dos CFCs; • Surge a família dos hidroclorofluorcarbonetos (HCFCs) e refrigerantes naturais (CO2). • Nem todos os países aderiram: Rússia, Índia e China. • Uma molécula de R-12(CFC) apresenta uma vida útil na atmosfera da ordem de 100 anos; Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 1. Fluidos Refrigerantes APLICAÇÕES TÍPICAS ANTES DE 1987 Aplicação Refrigerantes recomendados Refrigeradores e freezers domésticos R12 Varejo e supermercados R12, R22, R502 Ar-condicionado R11, R12, R22, R410a Industrial R717, R22, R502, R13B1 Transportes R12, R502 Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 1. Fluidos Refrigerantes • CONAMA – RESOLUÇÃO 267 (14/09/2000): proibição da utilização do CFC-11, CFC-12, além de outras substâncias que agridem a camada de ozônio, em instalações de ar condicionado central, instalações frigoríficas com compressores de potência unitária superior a 100HP e em sistemas de ar condicionado automotivo; • A partir de janeiro de 2001: proibido em refrigeradores e congeladores domésticos, e em todos os demais equipamentos. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 1. Fluidos Refrigerantes • As importações de CFC-12 sofreram as seguintes reduções gradativas: • 2001 – 15%; • 2002 – 30%; • 2003 – 55%; • 2004 – 75%; • 2005 – 85%; • 2006 – 95%; • 2007 – 100%; • As importações de CFC-11 com permissão do IBAMA. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 1. Fluidos Refrigerantes Datas previstas para a proibição dos CFC’s e HCFC’s. Datas Refrigerante Ação 1996 R11, R12, R500 Extingue a produção e equipamentos não são fabricados 2010 HCFC-22 Para a fabricação de equipamentos 2020 HCFC-22 Para a fabricação do refrigerante 2020 HCFC-123 Para a fabricação dos equipamentos 2030 HCFC-123 Para a fabricação do refrigerante Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 1. Fluidos Refrigerantes • Efeito estufa: • A maioria dos compostos halogenados utilizados em instalações frigoríficas, inclusive os substitutos, podem provocar o efeito estufa; • Caracterização do nível de ação sobre a camada de ozônio e do efeito estufa; • ODP (Ozone Depleting Potential): potencial relativo ao R-11 de valor 1; • GWP (Global Warming Potential): potencial relativo ao R-11 de valor 1. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes • Pressão de vaporização não muito baixa: evita vácuo elevado no evaporador e um valor baixo da eficiência volumétrica do compressor; • Pressão de condensação não muito elevada: melhora o desempenho do compressor e favorece a segurança da instalação; • Calor latente de vaporização elevado: reduza vazão necessária para uma dada capacidade de refrigeração; Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes • Volume específico reduzido: especialmente na fase vapor. Vazão em volume no compressor será pequena e o tamanho da unidade de refrigeração será menor; • COP elevado: custo de operação está relacionado; • Condutibilidade térmica elevada: melhoria das propriedades de transferência de calor; • Baixa viscosidade na fase líquida e gasosa: perdas de cargas serão menores; • Não ser poluentes. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes • Baixa constante dielétrica, grande resistência elétrica e característica de não corrosão dos materiais isolantes elétricos: especialmente importantes para ciclos com compressores herméticos; • Estáveis e inertes: não reagir e nem corroer os materiais metálicos da instalação; • Não devem ser tóxicos ou estimulantes: riscos de vazamentos; • Não devem ser inflamáveis ou explosivos: risco de incêndio ou explosão. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes • Devem ser de detecção fácil qdo houver vazamentos: principalmente em instalações de grande porte para evitar a perda completa da carga de refrigerante da instalação; • Devem ser de preços moderados e facilmente disponíveis: associado ao seu preço. O custo elevado torna o uso impraticável; • Temperatura de fusão inferior a -40ºC e temperatura crítica superior a 80ºC: evitar temperaturas próximas as faixas de operação; Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes • Conforme NIST(National Institute of Standards): • Temperatura de fusão inferior a -40ºC e temperatura crítica superior a 80ºC: evitar temperaturas próximas as faixas de operação; • Pressão de saturação a 80ºC inferior a 50MPa: eliminação de fluidos excessivamente voláteis; • 51 compostos: 15 hidrocarbonetos, 5 compostos oxigenados(éteres e aldeídos,etc.), 5 compostos nitrogenados(NH3,metilamina,etc.), 3 compostos de enxofre(SO2,etc.), 19 hidrocarbonetos hidrogenados (R21,R22,R11,etc.). Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes • Classificação geral: • Hidrocarbonetos halogenados; • Misturas não-azeotrópicas de hidrocarbonetoshalogenados; • Misturas azeotrópicas de hidrocarbonetos halogenados; • Compostos orgânicos; • Compostos inorgânicos. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes Família Composição Química Nome Nº ODP GWP H id ro carb o n eto s h alo gen ad o s CCl3F Tri cloro monoflúor metano 11 1 1 CCl2F2 Bi cloro bi flúor metano 12 1 3,20 CClF3 Mono cloro tri flúor metano 13 CHCl2F Hidro bicloro mono flúor metano 22 0,05 0,34 CHF3 Hidro tri flúor metano 23 0 Nd CH2F2 Bi hidro bi flúor metano 32 0 0,12 C2HCl2F3 Hidro bicloro triflúor etano 123 0,02 0,02 C2HF5 Hidro pentaflúor etano 125 0 0,84 C2H2F4 Bi hidro tetraflúor etano 134ª 0 0,28 C2H4F2 Tetra hidro bi flúor etano 152ª 0 0,03 Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes Família Composição Química Nome Nº ODP GWP M istu ras n ão azeo tró p icas 22/152a/124 (53%/13%/34%) - 401 A 0,03 0,22 125/290/22 (60/2/38) - 402 A 0,02 0,52 290/22/218 (5/75/20) - 403 A 125/143a/134ª (44/52/4) - 404 A 0 0,94 32/125/134ª (20/40/40) - 407 C 0 0,38 22/124/142b (60/25/15) - 409 A 0,05 0,3 32/125 (50/50) - 410 A 0 0,45 Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes Família Composição Química Nome Nº ODP GWP M istu ras azeo tró p icas 12/152a(73,8/26,2) - 401 A 22/115 (48,8/51,2) - 402 A 0,22 3,7 125/143a(50/50) - 403 A H id ro carb o n eto s C2H6 Etano 170 C3H8 Propano 290 C4H10 Butano 600 C4H10 Butano normal 600a C o m p o sto s In o rgân ico s NH3 Amônia 717 0 0 H2O Água 718 0 0 CO2 Dióxido de carbono 744 Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes • Numeração de acordo com ASHRAE 34-1992: • Máximo de 4 algarismos; • O 1º algarismo da direita indica o número de átomos de flúor na molécula; • O 2º algarismo indica o número de hidrogênio mais 1; • O 3º algarismo indica o número de átomos de carbono menos 1; • O 4º algarismo a partir da direita é utilizado para designar compostos derivados de hidrocarbonetos não saturados. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes • Numeração de acordo com ASHRAE 34-1992: • O primeiro algarismo nulo a partir da esquerda, por convenção, não é escrito (Ex: R12); • Os isômeros são designados pelos sufixos “a”, “b”, “c”, etc. em ordem crescente de assimetria espacial (Ex: R134a); • Isômeros: são compostos com a mesma fórmula molecular, mas com arranjos atômicos diferentes; portanto com propriedades diferentes. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes • Misturas azeotrópicas e não azeotrópicas: • Azeótropo: mistura de duas ou mais substâncias que, a uma certa composição, possui um ponto de ebulição constante e fixo, como se fosse uma substância pura, não podendo, por isso, seus componentes serem separados por processo de destilação simples. • Não Azeótropo: não tem uma temperatura fixa de vaporização e de condensação para cada pressão. Sua temperatura de início de condensação é diferente da temperatura de início de vaporização, sendo que esta varia com a concentração. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 2. Características dos Fluidos Refrigerantes Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 3. Propriedades físicas • As pressões exercidas podem ser o fator determinante na seleção do refrigerante; • Refrigerantes de baixa pressão podem ser inadequados em aplicações de baixa temperatura de evaporação: possibilidade de ocorrência de pressões inferiores a atmosférica; Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 3. Propriedades físicas • As pressões exercidas por um refrigerante estão associadas a sua pressão crítica; • Quanto maior a sua pressão crítica, menos volátil é o fluido; • Pressões críticas mais elevadas apresentam pontos de fusão e ebulição normal superiores; • As temperaturas T0 e TC constituem parâmetros que determinam o tipo de refrigerante adequado à instalação; • Baixas T0 : baixas temperaturas críticas; • Altas T0 : elevadas temperaturas críticas. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 3. Propriedades físicas Refrigerante MM Tcrit Pcrit Ponto Ebulição hlv [kJ/kmol] Ponto de fusão R-11 137,38 198,0 4.406 23,8 24.768 -111 R-12 120,9 112,0 4.113 -29,8 19.982 -158 R-13 104,5 28,80 3.865 -81,4 15.515 -181 R-22 86,48 96,00 4.974 -40,8 20.207 -160 R-23 70,02 25,60 4.833 -82,1 17.039 -155 R-32 52,02 78,40 5.830 -51,7 19.834 -136 R-113 187,39 214,1 3.437 47,6 27.513 -35 R-123 152,9 183,8 3.674 27,9 26.005 -107 R-125 120,0 66,30 3.631 -48,6 19.276 -103 R-134a 102,3 101,1 4.067 -26,2 22.160 -96,6 R-152a 66,05 113,5 4.492 -25,0 21.039 -117 R-401A 94,44 108,0 4.604 -33,1 21.457 - Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado R12 R134a R22 R404A R502 R717 Pressão de evaporação [kPa] 182,5 164,1 295,6 364,3 348,6 236,3 Pressão de Condensação [kPa] 744,6 770,9 1191 1418 1319 1171 Relação entre pressões 4,08 4,70 4,03 3,89 3,78 4,96 Efeito frigorífico [kJ/kg] 116,4 147,4 162,9 113,4 104,4 1102 Vazão de refrigerante [kg/s/kW] 0,0086 0,0068 0,0061 0,0088 0,0096 0,00091 Volume específico do líquido [m³/kg] 0,774.10-3 0,842.10-3 0,852.10-3 1,02.10-3 0,839.10-3 1,68.10-3 Vazão volumétrica de líquido [m³/s/kW] 0,007.10-3 0,006.10-3 0,005.10-3 0,009.10-3 0,008.10-3 0,002.10-3 Diâmetro da linha de líquidos para 1kW de refrigeração e perda de carga de 0,02 K/m [mm] 5,19 4,75 4,22 4,73 4,87 2,34 Volume específico do vapor na aspiração do compressor [m³/kg] 91,03.10-3 119,9.10-3 77,62.10-3 54.10-3 50.10-3 508,5.10-3 Vazão volumétrica de vapor na aspiração do condensador [m³/s/kW] 0,782.10-3 0,813.10-3 0,477.10-3 0,476.10-3 0,479.10-3 0,461.10-3 COP 4,70 4,61 4,66 4,17 4,35 4,75 Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 5. Aspectos relacionados à segurança • A segurança na utilização e no manuseio de refrigerantes está relacionada a 4 aspectos básicos: • Toxicidade; • Potencial cancerígeno; • Potencial mutagênico; • Inflamabilidade. • ASHRAE 34-92 classifica os refrigerantes de acordo com seu nível de toxicidade e inflamabilidade. Cada refrigerante recebe uma designação composta por dois caracteres alfa numéricos. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 5. Aspectos relacionados à segurança • Dependendo do grau de toxicidade para concentrações abaixo de 400ppm, os compostos são classificados em dois grupos: • Classe A – Compostos cuja toxicidade não foi identificada; • Classe B – Foram identificadas evidências de toxicidade; Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 5. Aspectos relacionados à segurança • Quanto ao nível de flamabilidade os refrigerantessão classificados em três grupos: • Classe 1 – Não se observa propagação de chama em ar a 18ºC e 101,325kPa; • Classe 2 – Limite inferior de inflamabilidade(LII) superior a 0,10kg/m³ a 21ºC e 101,325kPa, Poder Calorífico inferior a 19.000 kJ/kg; • Classe 3 – Inflamabilidade elevada, caracterizando-se por LII inferior ou igual a 0,10kg/m³ a 21ºC e 101,325kPa, Poder Calorífico superior a 19.000 kJ/kg. Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado 5. Aspectos relacionados à segurança Refrigerante Classe Refrigerante Classe Refrigerante Classe R11 A1 R134a A1 R502 A1 R12 A1 R152a A2 R507a A1 R13 A1 R401A - R170 A3 R22 A1 R402A - R290 A3 R23 A1 R403A - R600 A3 R32 A2 R404A - R600a A3 R113 A1 R407A - R717 B2 R123 B1 R410A - R718 A1 R125 A1 R500 A1 R744 A1 Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • O refrigerante entra em contato com diversos materiais (metais, plásticos, elastômeros, vernizes e o próprio óleo de lubrificação) é importante que ele seja estável e inerte: não causar problemas de corrosão, expansão, entre outros. • Refrigerantes halogenados podem ser usados com a maioria dos metais mais comuns, como aço, ferro fundido, latão, cobre, etc. Não é recomendável para magnésio, zinco e ligas de alumínio com mais de 2% de magnésio; • Amônia não utilizar com Cobre, Latão ou outras ligas de Cobre. 6. Compatibilidade com materiais Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • Elastômeros à base de neoprene tem seu volume significativamente aumentado na presença dos HFCs; • Recomendável um teste de compatibilidade entre o plástico e o refrigerante antes do uso. • No Retrofit trocar as vedações. 6. Compatibilidade com materiais Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • A umidade poderá combinar em vários graus com a maioria dos refrigerantes comumente usados, causando a formação de compostos altamente corrosivos (usualmente ácidos) que reagirão com óleo lubrificante e com outros materiais nos sistema, incluindo metais. • Consequências: danos para válvulas, vedações, mancais, paredes do cilindro, etc.; Causar deterioração do óleo lubrificante; Entupir válvulas e passagens de óleo, arranhar superfícies de bronze; Corrosão causa falha da válvula do compressor e avaria no isolamento do enrolamento do motor; 7. Efeito da Umidade Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • Não é possível um sistema de refrigeração totalmente livre; • O nível mínimo depende: natureza do refrigerante, qualidade do óleo lubrificante, e temperaturas de operação do sistema (principal: descarga do compressor); • Pode existir como água livre ou em solução com o refrigerante; • Água livre: pode congelar no orifício da válvula de expansão (refrigeração intermitente); • Congelamentos: quase sempre indica que o teor de umidade está acima do nível mínimo que produzirá corrosão; 7. Efeito da Umidade Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • Óleo requerido para lubrificação do compressor está contido na caixa da manivela: sujeito ao contato com o refrigerante; • Refrigerante deve ser química e fisicamente estável na presença do óleo; • Dióxido de enxofre e halocarbonos reagem em larga escala; 8. Relação Refrigerante-Óleo Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • Três grupos: • Miscíveis com óleo em todas as proporções sob condições encontradas no sistema; • Miscíveis sob condições normalmente encontradas na seção da condensação, mas separados do óleo sob as condições normalmente encontradas na seção do evaporador; • Não são de qualquer modo miscíveis com óleo; 9. Miscibilidade do Óleo Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • Ao projetar um sistema de refrigeração: • Vários refrigerantes para escolher, como os clorofluorcarbonos (CFCs), amônia, hidrocarbonetos (propano, etano, etileno, etc), dióxido de carbono, o ar (o ar condicionado de aeronaves), e até mesmo a água (em aplicações acima do ponto de congelamento). 10. Selecionando o refrigerante certo Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • Vantagens da amônia: • Baixo custo; • COP elevado (menor custo de energia); • Boas propriedades de transporte e coeficientes de calor, assim; • Fácil detectabilidade no caso de uma fuga; • Nenhum efeito sobre a camada de ozono. ; • A principal desvantagem: toxicidade (torna impróprio para uso doméstico. 10. Selecionando o refrigerante certo Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • Aplicações da amônia: • Predominantemente em instalações de refrigeração de alimentos (resfriamento de frutas frescas, legumes, carne, peixe); • Refrigeração de bebidas e de produtos lácteos (cerveja, vinho, leite, queijo); • Congelamento de sorvetes e outros alimentos; • Produção de gelo; • Refrigeração de baixa temperatura na indústria farmacêutica e outras indústrias de processo. 10. Selecionando o refrigerante certo Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • Dois parâmetros importantes devem ser considerados na seleção de um refrigerante: • Temperaturas dos dois meios (o espaço refrigerado e ambiente), com o qual o refrigerante troca calor. • A diferença deve ser mantida entre 5° e 10°C. Exemplo: se o espaço refrigerado for mantido a -10°C a temperatura do refrigerante deverá permanecer cerca de -20°C. • A pressão do evaporador deverá ser maior que a atmosférica. 10. Selecionando o refrigerante certo Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • A temperatura (e pressão) do refrigerante no condensador depende da média na qual calor é rejeitado. • Temperaturas menores no condensador (alto COP) podem ser mantidos se o refrigerante for resfriado por líquido (água). • A temperatura do refrigerante no condensador não deve ser menor que a temperatura de resfriamento médio e a pressão de saturação nesta temperatura deve ser menor que a pressão crítica. 10. Selecionando o refrigerante certo Prof.: Daut Couras Universidade Federal Rural do Semi-Árido Máq. Térm. I – Refrig. e Ar-condicionado • https://www.chemours.com/Refrigerants/en_US/products/Freon /index.html 11. Fabricante – Chemour - Dupont
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