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Resenha parasitologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
PARASITOLOGIA BÁSICA
ANA LUIZA GOMES, ELIS ROSSONI, PAULINE PIZZATO
Título do artigo: Complexos organometálicos de ouro 3+ com híbridos SNS-doadores tiosemicarbazona ligantes: citotoxicidade e anti atividade do trypanosoma cruzi.
Resenha: O interesse em complexos de ouro e organouro compostos vem crescendo com o passar dos anos, pois sua aplicabilidade na área médica é elevada. Os compostos Au(I), Au(III) são semelhantes ao complexo de Pt(II) – cisplatina -, devido a semelhança desses complexos, os complexos de ouro acabam sendo uma alternativa para as drogas de Pt(II), mas alguns estudos demostraram que a ação do Au(III) é diferente das ações da Pt(II), os compostos de Au(III) “devem ser dependentes de DNA”. Por esses compostos de ouro serem dependentes do DNA, eles possuem um potencial de combate a tumores.	Além do uso de complexos/compostos de ouro no combate ao câncer, novos medicamentos (quimicoterapeuticos) foram desenvolvidos para combater doenças parasitárias como a Tripanossomíase americana ou Doença de Chagas. Como o tratamento atual para essa doença devastadora é insatisfatório, devido à baixa eficácia e seus efeitos colaterais. Há a possibilidade de compostos de ouro serem utilizados no tratamento dessa doença, o agente etiológico do T. cruzi é um protozoário, o qual possui proteínas tiol (cisteínas proteases) e que são importantes para seu ciclo biológico. A cisteína protease mais abundante é a “cruzain”, e é essencial para seu desenvolvimento e sobrevivência, e foi identificada como alvo dos compostos de ouro. 			Tiosemicarbazones são importantes, combatem um número alto de doenças e possuem propriedades biológicas e farmacêuticas, e para alguns tiosemicarbazones houve a detecção da propriedade de inibição da “cruzain”. Como esse composto citado acima possui enxofre, eles costumam reduzir o Au(III) em Au(I), com ligantes quelantes a redução pode ser evitada e estabilizar os compostos de Au(III). Um exemplo é o tiosemicarbazone combinado com o Au(III)-dmp tem uma atividade contra o parasito da malária. Recentemente nos reportamos a síntese de uma classe de tridentados híbridos SNS ligantes que combinam com tioseminacarbazine e com as unidades farmacopeias. Os efeitos da anti-proliferação de amastigotos do T. cruzi dos complexos de ligantes livres foram avaliados, a ativade citotóxica contra células normais que deram informações sobre a seletividade dos compostos.
Experimental - materiais e métodos:
Todos os reagentes usados não foram utilizados com purificação adicional. O tiosemicabazone foi preparado com antecedência. O ligante foi preparado pela reação com organomercúrio.Houve síntese de produtos, cristalografia e testes de estabilidade. 						Estudos biológicos em relação a atividade tripanocida: A atividade tripanocida foi realizada in vitro contra o amastigoto do T. cruzi tulahuen lac-Z. Células foram suspensas em RPMI 1640 sem fenol vermelho. Essas células foram infectadas com tripanomastigoto do T. cruzi tulahuen e depois de 48 horas da infecção as placas foram lavas para remover o tripanomastigoto. As células infectadas com a forma parasitária intracelular foram incubadas com compostos de benznidazole. Após 72 horas de cultura foram adicionados 50 microlitros de PBS contendo 0,5% de triton x100. 
Resultados e discussão:
A formação de 3 híbridos do complexo de ouro, para determinar qual é a melhor forma para desenvolvimento de um agente tripanocida eficaz para o tratamento da doença de Chagas, para determinar qual composição é mais promissora foi realizado estudos químicos e biológicos. Primeiro, vamos explicar os estudos químicos, as reações na produção de cada híbrido e as suas características. Para melhor entender as reações, é importante estabelecer a relação Hdamp =dimetilamónio e metilfenilo. Reações envolvendo [AuCl 2 (damp)] e H2L1 (Reação 1), utilizando MeCN (acetonitrila) em temperatura ambiente produz um composto cristalino na cor laranja-avermelhada com a seguinte composição [Au(Hdamp)(L1)]Cl·H20. Essa reação apresenta bom rendimento, apesar de produzir resíduos. Os produtos são solúveis na maior parte dos solventes orgânicos como metanol, etanol, acetona e DMSO, e insolúvel em água. O composto apresentou condutividade 70.0–103.9 mS cm −1, quando considerado 0,001 M da solução complexo mais acetonitrila, essa condutividade corresponde a 1:1 eletrólito neste solvente. Os produtos foram caracterizados por análises de elementos, IR, UV-VIS, H-NMR, C-NMR e ESI-MS. Essas análises são importantes para caracterizar o composto, comprovando a posição de cada átomo e as possíveis ligações intramoleculares que podem ocorrer. Essas análises são essenciais para definir as propriedades químicas e físicas dos complexos de ouro que são frequentementes influenciadas por interações intramoleculares. Muitos estudos recentes estão analisando com atenção essa interação Au----H----x, pois essa interação depende do estado de oxidação do ouro e a natureza do elemento X, vários termos descrevem a ligação clássica do hidrogênio ou outros termos não traduzidos como, ‘’pseudo-agostic’’. Mas, essa conclusão ainda não é bem esclarecida para o autor, porém sabe-se que estabiliza o complexo. Apesar do hidrogênio estabilizar os cátions, o íon cloro pode ser substituído por NO3-. A segunda reação envolve [Au(Hdamp)(L1)]Cl·H20 mais nitrato de prata, utilizando como catalisador cloreto de prata, com o objetivo de sintetizar o complexo 4-NO3, essa reação ocorre em temperatura ambiente utilizando o solvente metanol ou acetonitrila e produz um sólido cristalino. A primeira evidência do sucesso dessa reação pode ser comprovada com espectro IR. Há diferenças entre o complexo 4Cl e NO3, a mais importante e a diferença de estabilização do hidrogênio, pois todas as outras bandas permanecem inalteradas. A terceira reação é de neutralização do complexo [Au(Hdamp)(L1)]Cl·H20, para essa reação foi utilizado carbonato de sódio ou bicarbonato de sódio, produzindo o 4-neutral, é o primeiro complexo de ouro neutro contendo a tiosemicarbazone ligada junto com o adicional damp ligante. Até agora, toda a caracterização dos componentes desse complexo de algum tipo contém protonado de Hdamp ligante. A possibilidade de neutralizar esse complexo é muito interessante, pois pode mudar substancialmente a lipofilicidade e consequentemente a propriedade biológica, tanto a permeabilidade da membrana como a distribuição intracelular.
Estudo biológico
O uso de moléculas híbridas, quando o composto apresenta mais de uma forma farmacêutica, é relatada como uma estratégia do desenvolvimento de novas drogas com o potencial duplo ou múltiplo de ação da droga. Entre outros, tal abordagem pode melhorar a eficácia e reduzir a resistência aos medicamentos. Os ligantes H2L1 são formados por combinação de grupos de tioureia e tiosemicarbazida, por isso pode esperar que essas duas frações farmacofóricas pode influenciar na bioatividade do produto. Por outro lado, a similaridade química entre os complexos de o ouro e o de platina recomenda-se que seja testado para o tratamento de câncer que apresenta diferentes mecanismo de ação, trazendo a possibilidade que os compostos de cisplatinas possam ter atividades contra tumores. De fato, o alvo biológico do complexo de ouro não é o DNA, como ocorre com os complexos de platina, mas é relatado o stress oxidativo gerado pelas espécies de oxigênio e a inibição do tiorredoxina na mitocôndria. O metabolismo semelhante que ocorre em células que contém tumor e células com T.cruzi, bem como o alto potencial do complexo de ouro devido à sua afinidade pelo parasita, como cisteína proteases, e esses compostos podem ser bons candidatos ao tratamento da doença de Chagas. Como os estudos anteriores demonstraram uma atividade biológica considerável, decidimos estender esses estudos aos complexos híbridos do presente trabalho, a fim de testá-los a sua capacidade potencial como drogas. 		Um esforço substancial foi dedicado ao desenvolvimento de agentesantiparasitários, a maioria dos novos complexos, foram preparados e avaliados contra a doença de Chagas. Embora alguns complexos de ouro com atividade antiparasitária tenham sido relatados, apenas 8 deles foram testados contra cepas de T. cruzi. Tendo em mente o potencial citotóxico dos complexos de ouro (III) discutidos acima, decidimos avaliar também a atividade tripanocida do [Au (Hdamp) (L1)] X complexos. A fim de avaliar se os complexos de ouro ou ligantes libertados são capazes de matar o parasita, diferentes concentrações de ambos os compostos foram adicionados nas células LLC-MK2 infectadas com a cepa de T. cruzi Tulahuen-lac Z. Após 72 horas de incubação, mediu-se a atividade da galactosidase dos parasitas modificados. Além da influência dos resíduos periféricos dos ligantes, a influência dos contra íons bem como a carga dos complexos foi investigada. Todos os ligantes de tiosemicarbazona H2 L1, bem como os seus complexos de ouro mostraram atividades interessantes contra o T. cruzi cepas. Todos os compostos são altamente ativos e baixas concentrações deles são capazes de eliminar 50% dos parasitas in vitro. Como esperado, o grau de atividade experimental de trypanocidal pode ser influenciado pela variação dos substituintes periféricos R1 e R2. Para os compostos não coordenados, o representante com grupos metilas e fenilas é o mais ativo com um valor IC50 de 9,93 μM. Tal comportamento e o fato de que esses compostos possuem uma baixa citotoxicidade contra células de mamíferos tornam-se candidatos interessantes para futuros medicamentos na luta contra as moléculas de Trypanoso parasitas. Infelizmente, as tiosemicarbazidas H2 L1 não são infinitamente estáveis. Eles podem ser armazenados na geladeira sem nenhuma decomposição. Após armazenamento em temperaturas mais elevadas, no entanto, eles começam a se decompor. Outro fato importante, que tem que ser considerada é a estabilidade em solução, já que na biologia os ensaios térmicos são previamente dissolvidos em um DMSO /Mistura de H2O. Utilizando o espectro conclui-se que os compostos de ouro apresentados aqui não sofrem trocas de ligantes por moléculas solventes ou hidrólise sob tais condições. Após a estabilização dos complexos [Au (Hdamp) (L1)] X à temperatura ambiente é alcançada e o nível de efeitos tripanocidas continua a depender dos seus substituintes R 1 e R 2. A maioria dos compostos apresenta uma atividade similar ou maior em relação às tiosemicarbazidas correspondentes não coordenadas. E a trocas dos substituites R1 e R2 interferem na atividade do complexo, por exemplo o [Au (Hdamp) (L1 4)] Cl (4-Cl) é pelo menos 11 vezes mais ativo que o ligante não coordenado H2L1 4 e ligeiramente mais ativo do que o medicamento comercial utilizado no tratamento da doença de Chagas, benznidazol. A mundaça de cloreto por nitreto também diminui a atividade, indicando que essas modificações na esfera externa desses complexos podem ser importantes para a atividade contra o parasita de T. cruzi.		Resultados preliminares mostram que 4-Cl é eficiente em atacar a forma intracelular dos parasitas sobre as células de mamífero. O presente estudo identifica o complexo de ouro (III) 4-Cl como um promissor novo candidato de droga de tripanocida. A avaliação da sua atividade in vivo está em andamento em nossos laboratórios enquanto a investigação dos possíveis alvos dos tripanosomas será um tema para futuros estudos. 						Portanto, é razoável considerar que os complexos desenvolvidos aqui poderiam apresentar um mecanismo de ação multi-alvo, afetando diferentes funções biológicas no parasita, bem como nas células tumorais. Necessário mais estudos para determinar o mecanismo de ação e o estudo nas células tumorais.
Conclusão
Os ligantes de tiosemicarbazona híbridos tridentados formam complexos de ouro catiônico estáveis (III) com co-ligantes monodentados de Hdamp (Hdamp dimetilamónio e metilfenilo. Representantes de tais compostos foram isolados e totalmente caracterizados. A desprotonação da unidade de dimetilamônio resulta na formação de complexos Au (III) neutros.				Os ensaios biológicos in vitro mostram efeitos citotóxicos e potentes de tripanocidas. A relação estrutura-atividade de uma série de tais compostos indica que ambos os substituintes na fração de tiosemicarbazona, bem como a carga dos complexos, influenciam as atividades biológicas. Um dos compostos foi identificado como um complexo altamente seletivo para a forma amastigota de T. cruzi com um índice de seletividade de aproximadamente 30, o que torna este composto um candidato promissor para o desenvolvimento de um agente trypanocida eficaz para o tratamento da doença de Chagas. As investigações do mecanismo de ação dos complexos, bem como a avaliação in vivo, serão importantes para estudos futuros.

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