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FUNDAÇÕES AULA 1

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Todos os solos são derivados de rochas que ao longo do tempo sofrem deterioração dando origem a grãos menores.
Um solo é constituído por partículas que recebem nome conforme a sua granulometria, possuindo características próprias.
SOLOS E FUNDAÇÕES
PEDREGULHO- É constituído por pedaços inteiros das rochas regionais.
AREIA- É constituída por cristais dos minerais não alteráveis das rochas da região. São solos não coesivos e não plásticos.
SILTE- Tem a composição intermediária entre a areia e as argilas. Solo que apresenta baixa ou nenhuma plasticidade, possuindo baixa resistência quando seco ao ar.
ARGILAS- São constituídas pelo resíduo da decomposição das rochas.São constituídas por minerais lamelares, apresentam granulação fina apresentando coesão e plasticidade.
SOLOS E FUNDAÇÕES
2
 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS.
 Os solos são classificados de acordo com a sua granulometria.
ARGILA < 0,002mm;
SILTE > 0,002 até 0,075mm;
AREIA >0,075 até 2,00mm
PEDEGRULHO > 2,00mm até 5,00cm.
SOLOS E FUNDAÇÕES
 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
 
COMPACIDADE DAS AREIAS E SILTES ARENOSOS
SOLO ESTADO SPT 
 FOFA < 4
 AREIAS E POUCO COMPACTA 5-8 
SILTES ARENOSOS MEDIANAMENTE COMPACTA 9-18
 COMPACTA 19-40
 MUITO COMPACTA >40
 NBR- 6484/01
SOLOS E FUNDAÇÕES
 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
 
CONSISTENCIA DAS ARGILAS E SILTES ARGILOSOS.
SOLO ESTADO SPT 
 MUITO MOLE < 2
 ARGILAS E MOLE 3-5 
SILTES ARGILOSOS MEDIA 6-10
 RIJA 11-19
 DURA > 19
 
 NBR 6484/01.
SOLOS E FUNDAÇÕES
DENOMINAÇÃO DOS SOLOS.
Dependendo da porcentagem em peso de cada tipo de solo encontrado na amostra, dar-se a ela uma denominação.
AREIA % SILTE% ARGILA% DENOMINAÇÃO
80-100 0-20 0-10 AREIA
0-20 80-100 0-20 SILTE
0-20 0-20 80-100 ARGILA
50-80 0-50 0-20 AREIA SILTOSA
40-80 0-40 20-30 AREIA ARGILOSA
0-40 40-70 0-20 SILTE ARENOSO
0-30 40-80 20-30 SILTE ARGILOSO
30-70 0-40 30-50 ARGILA ARENOSA
0-30 20-70 30-50 ARGILA SILTOSA
SOLOS E FUNDAÇÕES
SOLOS ORGÂNICOS
São solos provenientes da decomposição de matéria orgânica,quase sempre desenvolvida no mesmo lugar. A propriedade principal dos solos orgânicos é a sua alta compressibilidade, sendo incapazes de suportar, sem deformação, cargas consideráveis.
SOLOS E FUNDAÇÕES
ÁGUA NO SOLO.
TIPOS DE AQUÍFERO : Aquífero livre,
 Aquífero suspenso,
 Aquífero artesiano.
Nível piezométrico – Nível da água à pressão atmosférica, alcançados pelos aquíferos artesianos.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Reconhecimento do subsolo: a elaboração de projetos de fundações exige um
conhecimento adequado do solo no local onde será executada a obra, com definição
da profundidade, espessura e características de cada uma das camadas que compõem
o subsolo, como também do nível da água e respectiva pressão. A obtenção de
amostras ou a utilização de algum outro processo para a identificação e classificação
dos solos exige a execução de ensaios de campo, ou seja, ensaios realizados no
próprio local onde será edificado o prédio. A determinação das propriedades do
subsolo que importam ao projeto de fundações poderia ser tanto feita por ensaios de
laboratório como ensaios de campo. Entretanto, na prática das construções, são
realizados na grande maioria dos casos ensaios de campo, ficando a investigação
laboratorial restrita a alguns poucos casos especiais em solos coesivos.
Dentre os ensaios de campo existentes em todo o mundo, os que mais se destacam
são:
∗ SPT - Standard Penetration Test
SOLOS E FUNDAÇÕES
 SONDAGE A PERCURSSÃO
NUMERO DE FUROS:
-Devem ser executados no mínimo 3 furos não colineares;
-Deverá ser executado um furo a cada 200,00 m², para áreas de projeção da edificação até 1200,00m²;
-Deverá ser executado um furo adicional, a cada 400,00m² para áreas de projeção entre 1200,00 e 2400,00m²; 
SOLOS E FUNDAÇÕES
- Para projeções acima de 2400,00m², deverá ser estudado cada caso, respeitando-se os mínimos exigidos pelos critérios anteriores;
-A distancia mínima entre os furos deverá ser de 8,00m e a máxima de 25m;
-Deverá ser apresentada planta de locação dos furos referenciada aos limites do terreno;
-Deverá ser apresentada a cota da boca dos furos referenciada com a cota (RN) de projeto; 
SOLOS E FUNDAÇÕES
SPT- Standard Penetration Test.
Ao executar a sondagem a percussão o numero de golpes necessários para o amostrador penetrar integralmente a cada um dos três trechos de 15cm é anotado pelo sondador no boletim de sondagem.
O SPT é a soma do numero de golpes, aplicados, para o amostrador vencer os 2º e 3º trechos de 15cm de cada metro sondado. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
NBR-6484 Execução de sondagens de simples reconhecimento de solos.
Peso do Pilão = 65,00Kg.
Altura de Queda = 75,00cm.
Amostrador :
 Diâmetro externo = 2”;
 Comprimento = 45,00 cm.
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
 O amostrador ao penetrar no terreno, sob o efeito da percussão do pilão, é preenchido com 45cm de solo correspondente a camada de 45cm ,superior, de cada metro de penetração.
 Após vencer esta camada de 45,00cm, o amostrador é retirado do furo, é aberto e o solo ali retido é retirado e enviado ao laboratório para classificação.
 OBS : As amostras ficam guardadas por 30 dias para verificação do cliente.
SOLOS E FUNDAÇÕES
FUNDAÇÃO DIRETA.
 Define-se fundação direta ou rasa aquela em que as cargas da superestrutura são transmitidas ao solo logo nas primeiras camadas.
 O uso da fundação direta é economicamente adequado quando o SPT>8 e a profundidade máxima não ultrapassar 2m.
SOLOS E FUNDAÇÕES
 TIPOS DE SAPATAS:
 ISOLADAS,
 ASSOCIADAS,
 EXCÊNTRICAS,
 CORRIDA.
SOLOS E FUNDAÇÕES
SAPATAS ISOLADAS.
Denomina-se sapata isolada uma placa de concreto armado usada quando as cargas transmitidas pela superestrutura são pontuais ou concentradas, como as cargas de pilares ou vigas de reação. As suas dimensões são determinadas pela carga aplicada e pela resistência do solo onde será assentada.
SOLOS E FUNDAÇÕES
SOLOS E FUNDAÇÕES
SAPATA ISOLADA
SAPATAS ASSOCIADAS.
São utilizadas quando existe a superposição de 
sapatas em razão da proximidade dos pilares.
Neste caso , agregar mais de um pilar em uma mesma sapata é técnica e economicamente mais vantajoso.
SOLOS E FUNDAÇÕES
SAPATAS EXCÊNTRICAS.
São utilizadas quando o pilar encontra-se na divisa do lote.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Fundações Superficiais
-Os problemas de execução de fundações diretas serão apresentados segundo a sua origem, agrupando-se aqueles envolvendo aspectos relacionados com o solo sob qual a fundação se apoia e os relacionados com a estrutura dos elementos de fundação. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
-Pela facilidade construtiva e larga utilização em construções de pequeno porte, as fundações superficiais
são, muitas vezes, executadas sem projeto realizado por pessoal qualificado e sem supervisão e acompanhamento por profissional experiente, resultando em problemas variados e frequentes. São comuns projetos baseados em soluções de obras vizinhas, ou em abordagem empíricas provenientes de publicações aonde são indicados valores típicos de tensão admissíveis não adequados ao problema.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Problemas Envolvendo o Solo
 Dentre os problemas de fundações superficiais causados pelo processo construtivo
 envolvendo o solo, podem-se referir os seguintes:
 -Construção de elementos de fundação assentes em solos de diferentes comportamento, típico de situações aonde ocorrem cortes e aterros, mas as fundações são construídas na mesma cota, ou existe uma variação de profundidade da camada resistente sem que as fundações fiquem assentes no material para qual foram projetadas, resultando recalques diferenciais ou mesmo o colapso das fundações.
SOLOS E FUNDAÇÕES
-Amolgamento de solo (destruição da estrutura do solo com a consequente redução de resistência) no fundo da vala, causando pela falta de cuidado na escavação e limpeza, ou á falta de limpeza de material caído das paredes ou remanescente de escavação, provocando recalques incompatíveis com o projeto.
SOLOS E FUNDAÇÕES
-Sobre escavação preliminar e reaterros mal executados, apoiando-se as sapatas em condições diferentes das estimadas, pelas características precárias do material simplesmente colocado sem os cuidados necessários de compactação, resultando na ocorrência de recalques.
-Situações de substituição de solo com uso de material não apropriado ou executado sem compactação adequado
SOLOS E FUNDAÇÕES
-Sapatas executadas em cotas diferentes com desmoronamento ou alivio da fundação apoiada no nível superior, provocados pelo posterior escavação para a sapata situada na cota inferior.
-Sapatas executadas em cota superior a canalizações em projeto ou já existentes no terreno. A posterior escavação para implantar canalizações ou sanar vazamentos compromete as fundações
SOLOS E FUNDAÇÕES
Problemas Envolvendo Elementos Estruturais da Fundação.
Qualidade inadequada do concreto, com tensão característica inferior a de projeto, resultando condição insegura, ou abatimento inadequado ás necessidades lançamento e adensamento, repercutindo na integridade dos elementos construídos.
Ausência de regularização com concreto magro do fundo da cava de fundação, para posterior construção de sapata, com contaminação do concreto e recobrimento inadequado da armadura, resultando em degradação a médio e longo prazo. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Execução de elementos de fundação com dimensão e geometria incorretas. Essa é uma situação relativamente comum em sapatas com altura variável ou escalonadas, resultando em tensões incompatíveis com a estrutura ou com o solo.
Presença de água na cava durante a concretagem, prejudicando a qualidade e integridade da peça em execução.
Adensamento deficiente e vibração inadequada do concreto, resultando em peças sem a geometria ou integridade projetadas e falta de recobrimento de armadura. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Estrangulamento de seção de pilares enterrados em razão da armadura densa, estribos mal posicionados, concreto de trabalhabilidade inadequada ou falta de limpeza interna da forma.
Armaduras mal posicionadas ou insuficientes, provocando problemas de recobrimento (integridade a longo prazo) ou, por não atender ás necessidades das solicitações, conduzindo á insegurança estrutural.
SOLOS E FUNDAÇÕES
-Fissuras de retração podem ser observadas já a partir do segundo dia após a concretagem. Caso esta estrutura esteja expostas a ambientes agressivos poderão ter a 
sua vida útil comprometida. No caso de constatação de fissuras que atravessem o bloco os reparos destas são obrigatório.
SOLOS E FUNDAÇÕES
-Interrupção na concretagem, quando ocorrer será necessário preparar a superfície do concreto para receber a camada seguinte. A parada não planejada pode ocasionar problemas de aderências entre as camadas de concretagem
SOLOS E FUNDAÇÕES
Fundações Profundas
Uma estaca nem sempre é executada conforme os requisitos definidos no projeto, pois depende da variabilidade das condições de campo. Além da possibilidade de variação das características do subsolo identificadas na etapa de investigação, e as condições de campo, muitas vezes, obrigam a mudanças substancias no projeto original. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Fundações por estacas exigem uma comunicação eficiente entre o projetista e o executante, de forma a garantir que as reais condições construtivas sejam observadas e projeto se adeque á realidade. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Capacidade de Carga de Estacas
As estacas dissipam a carga proveniente de estrutura por meio de resistência lateral e resistência de ponta (R total = R ponta + R lateral).
Também existem limitações de resistência das estacas no que se refere á estrutura que as compõe (concreto simples, armado ou aço).
Pode-se estimar a capacidade de carga de uma estava por meio de correlações de ensaios executados no campo tipo SPT e CPT.
SOLOS E FUNDAÇÕES
FUNDAÇÃO PROFUNDA
ESTACAS: Moldadas ‘in loco’.
 Pré-Moldadas.
Moldadas in loco : Escavada a Trado Helicoidal
 Hélice Contínua Monitorada
 Raiz
Pré-Moldadas: De Concreto
 Metálica
TUBULÕES.
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Metodologia executiva
A. Escavação 
As estacas escadas mecanicamente, também conhecidas como broca mecânica, são executadas com uma perfuratriz rotativa montada sobre “mesa rotativa” que impõe giro de um tubo telescópio tipo haste Keller. A ponta deste tubo telescópio é munida de uma trado helicoidal com aproximadamente 1,00 metro de comprimento que penetra e perfura o solo com diâmetros que variam entre 25 cm e 170 cm, até 27 metros de profundidade.
 
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Devido ao fato de as escavações não serem revestidas, o seu uso está limitado ao lençol freático e solos passíveis de desbarrancamentos, como areias puras.
SOLOS E FUNDAÇÕES
B. Concretagem
A concretagem deve ser feita com concreto lançado com o auxilio de uma tremonha com 2,50 metros de comprimento mínimo, com o intuito de se evitar o contato do concreto com as paredes da estaca. 
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Aconselha-se que o concreto seja lançado em duas etapas, quando a estaca for armada, sendo a primeira etapa até a cota de fundo da gaiola de armação e a segunda etapa após colocação da armação. 
 
O concreto deve possuir slump de 9 + 1 cm e pedra nº 1 e o fck > 20MPa para que a armação seja totalmente coberta pelo concreto.
SOLOS E FUNDAÇÕES
C. Controle de Execução
Devido á simplicidade do sistema de perfuração, o seu controle é feito pelo controle geométrico da estaca (locação, bitola, profundidade, prumo) após a sua escavação sendo que a correção de qualquer erro se da pela a execução de estacas de reforço.
SOLOS E FUNDAÇÕES
A concretagem deve ser executada com a constante verificação de ocorrência de desbarrancamentos laterais e vazios no fuste, sendo conveniente o adensamento do concreto com o auxilio de uma barra ou pilão durante o transcorrer da concretagem.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Estacas tipo hélice contínua
Metodologia executiva
As estacas tipo hélice contínua têm conquistando o mercado de fundações graças às inúmeras vantagens que elas apresentam sobre demais estacas, tais como grande velocidade de execução, ausência de vibrações e ruídos excessivos.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Além destas vantagens técnicas, as estacas hélice contínua têm os custos de mão-de-obra muito competitivos, sendo que o seu principal problema é a impossibilidade de controle de arrasamento das estacas e perdas excessivas de concreto que giram em torno de 20%.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Elas são executadas com máquinas perfuratrizes equipadas com trado contínuo com comprimento variado
entre 18,00 e 24,00 metros. 
Dependendo do torque da perfuratriz, as bitolas das estacas poderão virar entre 25 cm e 120 cm, sendo que estacas com bitolas superiores a 90 cm necessitam de equipamentos mais potentes. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
As estacas hélice são executadas em duas etapas, conforme o exposto a seguir:
A. Perfuração
Durante a perfuração, o trado da hélice é introduzido no solo por meio de sua rotação até a profundidade especificada em projeto.
 
 
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
SOLOS E FUNDAÇÕES
A haste de perfuração é composta por uma hélice espiral desenvolvida em torno de um tubo central. Quando introduzido no solo por meio de rotação e pelo peso próprio da hélice somando ao solo contido nela.
 
A eventual entrada de solo dentro tubo central é impedida por uma tampa existente na extremidade inferior do trado.
SOLOS E FUNDAÇÕES
	Dependendo do torque da máquina, da existência de “pull-down” de dentes de aço vídea na ponta do trado, a sua penetração no solo limita-se a solos coesivos muito duros com SPT < 50 golpes e alterações de rocha A-3.
 	A perfuração deve ser contínua com a introdução de trado totalmente completo (sem prolongamento) e sem a retirada da hélice da perfuração para “aliviar” o seu peso, pois com os citados procedimentos ocorrem alívios indesejáveis de pressões laterais das estacas.
 
B. Concretagem
 
Após o término da perfuração executa-se a concretagem como concreto bombeando, injetando-o pelo tubo central que compõe a haste. Para tanto, ergue-se um pouco o trado para possibilitar a abertura da tampa inferior e inicia-se a concretagem com a retirada simultânea do trado.
 
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
O concreto de enchimento das estacas é composto por areia, pedrisco e cimento com consumo entre 380 e 450 kg/m³ e slump de 22 + 2 cm. O concreto é bombeado para o trado, que é sacado concomitantemente ao preenchimento da perfuração pelo concreto. A velocidade de subida e a pressão de injeção devem ser controladas para que não haja sobre consumo em excesso ou vazios no preenchimento da estaca.
SOLOS E FUNDAÇÕES
O preenchimento da estaca com o concreto é feito até a superfície do terreno onde está implantada a perfuratriz, sendo que, dependo do tipo de solo, é possível interromper a concretagem e sacar o trado arrasando a estaca um pouco mais abaixo, sem que haja um pouco controle preciso desta cota. É usual também a retirada do concreto acima do arrasamento com o auxilio de baldes, objetivando a diminuição da demolição do concreto em excesso.
SOLOS E FUNDAÇÕES
 
Após a concretagem deve-se limpar o solo proveniente da escavação que fica depositando no topo da estaca. A remoção normalmente é feita com o auxilio de escavadeira hidráulica.
SOLOS E FUNDAÇÕES
C. Armação 
A armação é implantada na estaca após ela estar limpa. Ela deve ser composta por barras de bitolas grossas, objetivando facilitar a sua introdução na estaca por gravidade. Devem-se utilizar roletes de plástico fixados na lateral da gaiola para garantir um recobrimento mínimo de concreto sobre a armação. 
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
SOLOS E FUNDAÇÕES
Apesar destas providências, deve-se ficar atento ao slump do concreto, fator que influencia na introdução da armação. Sugerimos que os valores dos abatimentos do concreto contidos na tabela nº 30 sejam seguidos, visando facilitar a implantação da gaiola na estaca.
Problemas executivas e prováveis soluções
A maioria dos problemas relacionados com a execução das estacas hélice contínua está ligada ao concreto em desacordo com a especificação, bombas com capacidade de bombeamento aquém do declarando pelo fabricante e muito raramente problemas de operacionalidade do maquinário.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Metodologia executiva
As estacas raiz são estacas moldadas “in loco”, executadas através de perfuratrizes rotativas e/ou percussivas, preferencialmente utilizando revestimento ao longo de todo o furo, de modo a garantir a integridade de seu fuste. Após a sua perfuração a estaca é armada e preenchida com argamassa fluida.
SOLOS E FUNDAÇÕES
A estaca raiz é executada em três etapas distintas, que são a perfuração, a armação e a concretagem com ar comprimido.
SOLOS E FUNDAÇÕES
A. Perfuração
Na etapa da perfuração introduz-se no solo, por meio de rotação imposta por uma perfuratriz, uma tubulação munida na ponta de uma coroa mais larga que o diâmetro externo do tubo, formando a composição de revestimento.
 
 
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
O material desagregado pela rotação do tubo é expelido pela circulação de água injetada com pressão na parte interna da tubulação (do topo para a ponta) e que retorna pelo espaço existente entre a parede externa do tubo e a parede da escavação. A tubulação é instalada em segmentos rosqueáveis e reveste totalmente a estaca, sendo sacada após o seu preenchimento com argamassa e instalação da armação.
SOLOS E FUNDAÇÕES
A instalação do tubo de revestimento pode ser parcial, sendo que neste caso a perfuração abaixo do tubo pode ocorrer com a utilização de tricone com auxilio de circulação de água ou com elementos estabilizantes das paredes das perfurações.
SOLOS E FUNDAÇÕES
B. Armação
Completada a perfuração, introduz-se na parte interna da tubulação a armação da estaca que pode ser em feixe ou em gaiola, de acordo com o especificado pelo projetista. A armação deve ser implantada ao longo de toda a estaca, podendo ter quantidade de aço transversal variável de acordo com os esforços atuantes.
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
No caso de o tubo de revestimento não ser utilizado integralmente no furo, elementos espaçadores devem ser instalados de modo a evitar o contato do aço com o solo.
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Devido aos pequenos diâmetros das perfurações aliado ao fato de diminutos espaços disponíveis internos á tubulação, a armação das estacas menores que 160 mm não possuem estribos, sendo que elas são compostas com feixe de barras de aço unidas entre si. 
 
A emenda das barras pode ser feira por transpasse para as estacas submetidas a compressão e com luva para estacas submetidas a tração.
SOLOS E FUNDAÇÕES
C. Concretagem 
 
Após a instalação de armadura, introduz-se um tubo de PVC até o final da perfuração executa-se a injeção de argamassa fluida de baixo pra cima até que ela preencha totalmente a perfuração e vaze pelo topo do tubo, de modo uma tampa ligada a um compressor de ar comprimido no topo do tubo.
 
 
SOLOS E FUNDAÇÕES
É comum o abatimento da argamassa durante a retirada do tubo, devendo a seu nível ser completado sempre antes da aplicação do ar comprimido. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
A argamassa de preenchimento é fluida e possui um traço aproximado de 1 saco de cimento para 22 a 25 litros de água para 80 a 85 litros de areia, oque confere resistências maiores que fck > 18 MPa. A estaca é concreta até a superfície do terreno, devendo ser arrasada para a execução do bloco de coroamento. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
ESTACAS PRE – MOLDADAS DE CONCRETO
Fornecimento das estacas 
A estaca pré-moldada de concreto é uma excelente opção de fundação, tendo em vista o severo controle de qualidade a que elas são submetidas na sua fabricação e na sua cravação. 
As estacas pré-moldadas de concreto são fabricadas em concreto protendido e em concreto armado.
SOLOS E FUNDAÇÕES
As estacas protendidas são fundidas com concreto com fck > 35 MPa e estruturadas com aço CP RN 150e R-175 com bitolas de 5.0, 6.0 e 8.0 mm A seção transversal da estaca pode ser quadrada ou redonda, dependendo do fornecedor.
SOLOS E FUNDAÇÕES
As estacas armadas pode ter seção cheia ou vazada. As estacas vazadas são fabricadas por centrifugação ou por extrusão e têm seção redonda ou sextavada. 
As estacas pré-moldadas são fornecidas em elementos com comprimentos variáveis entre 4,00 e 12,00 metros. Quando existe a necessidade de comprimentos maiores que 12,00 metros, as estacas podem ser emendadas gerando o comprimento desejado.
SOLOS E FUNDAÇÕES
As emendas das estacas podem ser executadas pela união
soldada de dois anéis previamente fundidos nas extremidades das estacas ou pela utilização de luvas de aço. A emenda por solda garante uma continuidade estrutural de estaca, enquanto a por luva cria “rótula” no local da emenda.
SOLOS E FUNDAÇÕES
SOLOS E FUNDAÇÕES
Apesar de todo o controle de qualidade de custos competitivos, as estacas 
pré-moldadas apresentam algumas desvantagem, tais como sobras e/ou quebras, gerando perdas significativas, vibrações e ruídos em excesso, baixa produtividade (media de 100 metros por dia) etc.
Controle de cravação
As estacas pré-moldadas de concreto são introduzidas no solo por meio de percussão de um martelo sobre a sua superfície. Este martelo pode ser de queda livre, a explosão (combustão de diesel) ou hidráulico. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Ele deve possuir energia suficiente para implantar a estaca no solo com o comprimento desejado ou até que ela atinja terreno impenetrável á cravação, tais como areias compactas, argilas e siltes duros. Para que isso ocorra o martelo deve possuir pelo igual ou maior ao peso da estaca a ser cravada.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Estacas Cravadas
As estacas executadas por cravação de elementos na massa de solo pode ter os seguintes problemas:
Falta de energia de cravação, problemas genéricos de peso insuficiente do martelo ou baixa energia do sistema de cravação em relação á estaca cravada, ou insuficiência para ultrapassar eventuais obstruções ou horizontes intermediários resistentes.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Martelos leves em relação ao peso da estaca produzem nega ou impossibilidade de penetração, sem que o comprimento atingindo seja suficiente para a transmissão de carga ao solo.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Excesso de energia de cravação, pelo uso de martelos muito mais pesados que o adequado em relação ao elemento sendo cravado ou altura de queda excessiva, provocando danos estruturais aos elementos de fundações. Se não detectados, resultam em mau desempenho das fundações.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Compactação do solo especialmente os granulares nas estacas cravadas com deslocamento de solo, como as pré-moldadas de concreto. Isso pode induzir a comprimentos diferenciados em blocos com grande número.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Pré-moldadas de concreto
No caso de utilização de estacas pré-moldadas de concreto, podendo ser as mesmas de concreto armado ou protendido, os possíveis problemas são os abaixo apresentados:
SOLOS E FUNDAÇÕES
Estacas cravadas com concreto de baixa resistência, decorrente de utilização da estaca sem que tenho decorrido tempo pós-concretagem mínimo para que ele atinfisse a resistência adequada, cura não apropriada ou dosagem pobre, com aparecimento de trincas no manuseio, e danos na cabeça da estaca na cavação.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Danos no manuseio da estaca, descarga e colocação junto ao equipamento de cravação, resultantes de manipulação inadequada no canteiro.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Falta de proteção de proteção na cabeça da estaca durante a cravação da estaca durante a cravação, provocando danos pelo choque do martelo ou equipamento e prejudicando a transferência da energia á estaca.
A norma especifica capacete metálico com cepo de madeira interno (a ser substituído sempre que danificado) para evitar dano.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Choque excêntrico do martelo, danificando a cabeça da estaca, situação típica de uso de capacete com distâncias diferentes de seu centro de gravidade á corrediça da torre, com os mesmo problemas acima referidos.
Estacas com armaduras inadequadas ao longo do fuste, típica de elementos longos, apresentando problemas no manuseio.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Estacas muito esbeltas e longas, com necessidade de cravação enérgica na camada inicial do subsolo, flambando ou fissurando nesse momento.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Estaca com armadura inadequada por insuficiência de seção de aço na cabeça ou ponta da estaca. Também armadura mal posicionada, com esmagamento da seção do elemento durante a cravação, mesmo utilizando capacete e cepo de madeira.
Uso de emendas inadequadas, não resistindo a cravação ou esforços de serviços.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Metálicas
	Nas fundações profundas constituídas de elementos metálicos, tais como trilhos perfis, os problemas que pode ocorrer são a seguir descritos:
Problemas de soldagem entre elementos, como uso de eletrodo inapropriado, cordão sem o comprimento necessário ou técnica de soldagem inadequada, resultando quebra na cravação ou problemas de transmissão de cargas á estaca abaixo da solda.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Elementos muito esbeltos pode desviar da verticalidade durante a cravação, resultando comprimentos surpreendentes, muito maiores do que o previstos, em algumas situações não atingindo a nega especificada, 
Elementos esbeltos em solos moles, que apresentam problemas de estabilidade e flambam em casos especiais. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Presença de obstruções e/ou excesso de energia de cravação ou problemas de excentricidade do choque do martelo na estaca., resultando em danos estruturais no elemento de fundação sendo executado. Tal situação pode induzir falsa nega quebra não constatada da estaca ou limitação inadequada de comprimento, casos em que a carga transmitida pela estaca é inferior á de projeto. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Tubulões
Problemas correntes:
Material na base do tubulão não compatível com a tensão de projeto adotada, provocado o mau comportamento da fundação.
Dimensões e geometria incorretas de elementos de fundação, comum em tubulões não circulares, resultando tensões incompatíveis com a estrutura ou solo.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Instabilidade do solo durante a execução, resultando em elementos concretados sobre material instabilizado após liberação da base do tubulão e, consequente, mau desempenho da fundação.
Presença de água durante a concretagem, prejudicando a qualidade e integridade da peça em execução.
SOLOS E FUNDAÇÕES
Mau adensamento do concreto, resultando em peças sem a geometria ou integridade projetadas e falta de recobrimento de armadura. Essa situação dá origem a condição insegura do elemento de fundação e propicia sua degradação, ou mesmo colapso sob carga, dependendo da extensão do problema. 
SOLOS E FUNDAÇÕES
Armaduras mal posicionadas ou insuficientes, resultando problemas e recobrimento (integridade a longo prazo) ou não atendendo necessidades das solicitações.
SOLOS E FUNDAÇÕES
SOLOS E FUNDAÇÕES
Qualidade inadequada do concreto (tensão característica inferior á de projeto e abatimento inadequado ás necessidades de lançamento e adensamento).
Colocação de “pedras de mão” no fuste dos tubulões para reduzir custos, originando elementos sem a devida integridade, como mostrado.
SOLOS E FUNDAÇÕES

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