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Aula 02 Noções de Administração

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Aula 02 - Prof. Sérgio Mendes
Noções de Administração p/ PF - Agente - 2014 - Com videoaulas
Professores: Rodrigo Rennó, Sérgio Mendes
 Noções de Administração ʹ Com Videoaulas 
p/ Agente da Polícia Federal 
Teoria e Questões Comentadas 
Profs. Sérgio Mendes e Rodrigo Rennó ʹ Aula 02 
 
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AULA 2 - Orçamento Público: Princípios 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 1 
1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO .............................. 3 
2. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE .................................... 4 
3. PRINCÍPIO DA UNIDADE E DA TOTALIDADE ............................................ 6 
4. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO ....................................................... 9 
5. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE ...........................................................11 
6. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS ..........14 
7. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (ESPECIALIZAÇÃO OU DISCRIMINAÇÃO) ..15 
8. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO ...............................................18 
9. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ...............................................................19 
10. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ...............................................................20 
11. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO ...........................................................21 
12. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO ........................................21 
13. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS RECEITAS...23 
14. PRINCÍPIO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA .......................25 
15. PRINCÍPIO DA CLAREZA OU DA INTELIGIBILIDADE ..............................25 
MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE ............................27 
MEMENTO II ..........................................................................................48 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ......................................51 
GABARITO .............................................................................................63 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
³+RMH�OHYDQWHL�FHGR�SHQVDQGR�QR�TXH�WHQKR�D�ID]HU�DQWHV�TXH�R�UHOyJLR�marque 
meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso 
reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. 
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar 
minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou 
dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me 
dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar 
por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o 
trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com 
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amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as 
coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. 
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou 
HX�� R� HVFXOWRU� TXH� SRGH� GDU� IRUPD�� 7XGR� GHSHQGH� Vy� GH� PLP´�� �&KDUOHV�
Chaplin) 
 
³2�KRPHP�QmR�FRQVHJXH�GHVFREULU�QRYRV�RFHDQRV�VH�QmR�WLYHU�D�FRUDJHP�GH�
SHUGHU�GH�YLVWD�D�FRVWD�´��André Gide) 
 
Na certeza de um belo dia e que outros ainda melhores virão, entusiasmados 
estudaremos nesta aula os princípios orçamentários, que são premissas, 
linhas norteadoras a serem observadas na concepção e execução da lei 
orçamentária. Visam a aumentar a consistência e estabilidade do sistema 
orçamentário. Por isso, são as bases nas quais se deve orientar o processo 
orçamentário e são impositivos no orçamento público, apesar de não terem 
caráter absoluto por apresentarem exceções. 
 
Atenção: é um assunto importante para a compreensão geral da matéria e 
também muito cobrado em concursos! 
 
 
 
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1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO 
 
De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas 
as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da Administração direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode 
conhecer, a priori, todas as receitas e despesas do governo. Tal princípio não 
se aplica ao Plano Plurianual, pois nem todas as receitas e despesas devem 
integrar o PPA. 
 
Está na Lei 4.320/1964: 
³$UW���ž�$�/HL�GR�2UoDPHQWR�FRQWHUi�D�GLVFULPLQDomR�GD�UHFHLWD�H�GHVSHVD�GH�
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as 
de operações de crédito autorizadas em lei. 
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos 
órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio 
GHOHV�VH�GHYDP�UHDOL]DU��REVHUYDGR�R�GLVSRVWR�QR�DUW���ž�´� 
 
O § 5º do art. 165 da CF/1988 se refere à universalidade, quando o 
constituinte determina a abrangência da LOA: 
 
³†��ž�$�/HL�2UoDPHQWiULD�DQXDO�FRPSUHHQGHUi� 
I ±o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II ±o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III ± o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidRV�SHOR�3RGHU�3~EOLFR�´ 
 
 Princípio da Universalidade 
A LOA deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da 
União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 
 
 
1) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo ± Ministério da 
Integração - 2013) A lei orçamentária contém a discriminação da 
receita e da despesa, evidenciando, assim, a política econômico-
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financeira e o programa de trabalho do governo, respeitando-se os 
princípios da unidade, da universalidade e da anualidade. 
 
A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a 
evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade 
(art. 2º da Lei 4320/1964). 
Resposta: Certa 
 
2) (CESPE ± Analista Judiciário ± Judiciária ± CNJ - 2013) 
Considerando que João seja responsável pela elaboração da proposta 
orçamentária de um tribunal federal, que irá compor o projeto de lei 
orçamentária anual (LOA) para 2014. Ao inserir na proposta todas as 
despesas previstas para o exercício seguinte, João atenderá ao 
princípio da especificação. 
 
Ao inserir na proposta todas as despesas previstas para o exercício seguinte, 
João atenderá ao princípio da universalidade, desde que insira também todasas receitas. 
Resposta: Errada 
 
3) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) O princípio 
da universalidade deve ser seguido na parcela do orçamento que trata 
dos Poderes Executivo e Judiciário. No entanto, esse princípio não 
precisa ser observado no caso das despesas relativas ao Poder 
Legislativo. 
 
De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas 
as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos 
e entidades da Administração direta e indireta. 
Assim, tal princípio deve ser observado por todos os Poderes. 
Resposta: Errada 
 
2. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE 
 
Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e 
autorizado para um período de um ano. Está na Lei 4.320/1964: 
³$UW���ž�$�/HL�GR�2UoDPHQWR�FRQWHUi�D�GLVFULPLQDomR�GD�UHFHLWD�H�GHVSHVD�GH�
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade�´ 
 
E também na nossa Constituição Federal de 1988: 
³$UW�������/HLV�GH�LQLFLDWLYD�GR�3RGHU�([HFXWLYR�HVWDEHOHFHUmR� 
I ± o plano plurianual; 
II ± as diretrizes orçamentárias; 
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III ± os orçamentos anuais�´ 
 
É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em 
que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. A ideia, 
em sua origem, era obrigar o Poder Executivo a solicitar periodicamente ao 
Congresso permissão para a cobrança de impostos e a aplicação dos recursos 
públicos. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 
4.320/1964: 
³$UW������2�H[HUFtFLR�ILQDQFHLUR�FRLQFLGLUi�FRP�R�DQR�FLYLO�´ 
 
Vários artigos da Constituição remetem à anualidade, como o § 1º do art. 167: 
³†� �ž� 1HQKXP� LQYHVWLPHQWR� FXMD� H[HFXomR� XOWUDSDVVH� um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou 
VHP�OHL�TXH�DXWRUL]H�D�LQFOXVmR��VRE�SHQD�GH�FULPH�GH�UHVSRQVDELOLGDGH�´ 
 
A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio, 
pois o conceito de anualidade não está relacionado ao ano civil, mas com o 
exercício financeiro e o período de 12 meses. 
 
2� WHPD� ³&UpGLWRV� $GLFLRQDLV´� p� YLVWR� HP� DXOD� HVSHFtILFD� TXDQGR� SUHvisto em 
edital. Por agora, temos que saber que a Lei Orçamentária Anual poderá ser 
alterada no decorrer de sua execução por meio de créditos adicionais. Temos 
três espécies de Créditos Adicionais: suplementares, especiais e 
extraordinários. 
Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos 
quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos 
seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício 
financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de 
exceções ao princípio da anualidade. 
 
 
Mais algumas considerações sobre o princípio da anualidade: 
 
_ Estamos tratando da anualidade orçamentária. A anualidade tributária 
determinava que deveria haver autorização para a arrecadação de receitas 
previstas na Lei Orçamentária Anual. Assim, as leis tributárias deveriam estar 
incluídas na LOA, não se admitindo alterações tributárias após os prazos 
constitucionais do orçamento anual. Tal princípio tributário não foi 
recepcionado pela atual CF/1988 e foi substituído pelo princípio tributário da 
anterioridade. 
_ Anualidade é princípio orçamentário, porém anterioridade não é. O 
princípio constitucional da anterioridade é princípio tributário e não 
orçamentário. 
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_ A existência no ordenamento jurídico de um plano plurianual com duração 
atual de quatro anos não excepciona o princípio da anualidade, pois tal plano é 
estratégico e não operativo, necessitando da Lei Orçamentária Anual para sua 
operacionalização. 
 
 
4) (CESPE ± Técnico Administrativo ± ANCINE ± 2012) Consoante o 
princípio da periodicidade, o exercício financeiro corresponde ao 
período de tempo ao qual se referem a previsão das receitas e a 
fixação das despesas. 
 
O princípio da anualidade é conhecido também como princípio da 
periodicidade, numa abordagem em que o orçamento deve ter vigência 
limitada a um exercício financeiro. 
Resposta: Certa 
 
5) (CESPE ± Analista Administrativo - IBAMA ± 2013) Considere que 
um parlamentar tenha apresentado projeto de lei para revogar uma 
norma vigente, segundo a qual o exercício financeiro deve coincidir 
com o ano civil. Nessa situação, é correto afirmar que, ainda que esse 
projeto de lei seja aprovado, o princípio orçamentário da anualidade 
continuaria em vigor no Brasil. 
 
A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio, 
pois o conceito de anualidade não está relacionado ao ano civil, mas com o 
exercício financeiro e o período de 12 meses. 
Resposta: Certa 
 
3. PRINCÍPIO DA UNIDADE E DA TOTALIDADE 
 
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir 
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em 
cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos 
paralelos e permite ao Poder Legislativo o controle racional e direto das 
operações financeiras de responsabilidade do Executivo. 
 
Também está consagrado na Lei 4.320/1964: 
³$UW���ž�$�/HL�GR�2UoDPHQWR�FRQWHUi�D�GLVFULPLQDomR�GD�UHFHLWD�H�GHVSHVD�GH�
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios de unidade��XQLYHUVDOLGDGH�H�DQXDOLGDGH�´ 
Vale ressaltar que, apesar de ter previsão legal desde a Lei 4.320/1964, o 
princípio da unidade foi efetivamente colocado em prática somente com a 
CF/1988. Antes disso, havia diversas peças orçamentárias não consolidadas, 
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como o orçamento monetário, o qual sequer passava pela aprovação 
legislativa. 
 
 
Aprofundando no tema, vamos tratar do princípio da totalidade. Alguns autores 
como José Afonso da Silva defendem que o princípio da unidade 
orçamentária, na concepção de orçamento-programa, não se preocupa 
com a unidade documental; ao contrário, desdenhando-a, postula que tais 
documentos se subordinem a uma unidade de orientação política, numa 
hierarquização dos objetivos a serem atingidos e na uniformidade de estrutura 
do sistema integrado. Tem-se também a síntese de Ricardo Lobo Torres, 
dispondo que o princípio da unidade não significa a existência de um 
único documento, mas a integração finalística e a harmonização entre os 
diversos orçamentos. 
 
Desta forma, houve uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, 
de forma que abrangesse as novas situações, sendo por muitos denominado 
de princípio da totalidade, sendo construído, então, para possibilitar a 
coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer 
consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o 
princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a 
seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamentode 
investimentos das estatais. Tal tripartição orçamentária é apenas de cunho 
instrumental, não implica dissonância e, portanto, não viola o princípio em 
estudo. 
 
Concluindo, o princípio da totalidade não necessariamente significa um 
documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento 
tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da 
aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com 
datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. 
Em que pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente 
ser compatibilizados entre si. 
 
 
Princípio da 
Unidade ou 
Totalidade 
O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um 
orçamento, e não mais que um para cada ente da 
federação em cada exercício financeiro. 
Há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, 
devem sofrer consolidação. 
 
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6) (CESPE - Analista Administrativo ± Administrador ± TRE/MS ± 2013) 
Os princípios orçamentários estão sujeitos a transformações de 
conceito e significação, pois não têm caráter absoluto ou dogmático e 
suas formulações originais não atendem, necessariamente, ao 
universo econômico-financeiro do Estado moderno. 
 
Os princípios orçamentários podem sofrer modificações ao longo do tempo, a 
fim de se adequarem a evolução do Estado moderno. Um exemplo é a 
remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma que abrangesse 
as novas situações, sendo por muitos denominado de princípio da totalidade, 
sendo construído, então, para possibilitar a coexistência de múltiplos 
orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. 
Resposta: Certa 
 
7) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) Para 
permitir que haja maior controle nos gastos públicos, o princípio da 
unidade propõe que os orçamentos de todos os entes federados 
(União, estados e municípios) sejam reunidos em uma única peça 
orçamentária, que assume a função de orçamento nacional unificado. 
 
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir 
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em 
cada exercício financeiro. 
Assim, não existe um orçamento nacional unificado. 
Resposta: Errada 
 
8) (CESPE ± Técnico Administrativo ± ANTT ± 2013) O princípio da 
unidade estabelece que o montante da despesa não deve ultrapassar a 
receita prevista para o período. 
 
O princípio do equilíbrio estabelece que o montante da despesa não deve 
ultrapassar a receita prevista para o período. 
Resposta: Errada 
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4. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO 
 
Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao ente público. 
Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas. 
Por exemplo, quando o Governo paga salários, realiza despesas. No entanto, a 
partir de determinado valor, começa a incidir sobre a remuneração o Imposto 
de Renda, que é uma receita para o Governo, descontada diretamente pela 
fonte pagadora. Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma 
despesa (salário) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda). 
 
O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam 
incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos 
seus montantes líquidos. Note que a diferença entre universalidade e 
orçamento bruto é que apenas este último determina que as receitas e 
despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem quaisquer 
deduções. 
 
Também está na Lei 4.320/1964: 
³$UW�� �ž� 7odas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos 
seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra 
incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a 
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber�´ 
 
No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalão do Executivo, que 
tem como subsídio inicial R$ 14.000,00. Subtraindo os descontos de Imposto 
de Renda e Previdência Social, o líquido gira em torno de R$ 10.000,00. Na Lei 
Orçamentária, segundo o princípio do orçamento bruto, deverão constar 
todos esses itens, de receitas de despesas, e não somente a despesa líquida da 
União de R$ 10.000,00. 
 
 
Princípio do Orçamento 
bruto 
Não importa se o saldo líquido será positivo ou 
negativo, o princípio do orçamento bruto 
impede a inclusão apenas dos montantes 
líquidos e determina a inclusão de receitas e 
despesas pelos seus totais, vedadas 
quaisquer deduções. 
 
 
9) (CESPE ± Administrador - Polícia Federal ± 2014) Na contabilização 
do total de receitas, deduzir o valor a ser inscrito na dívida ativa 
tributária da União descumpre o princípio orçamentário da 
programação. 
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Na contabilização do total de receitas, deduzir o valor a ser inscrito na dívida 
ativa tributária da União descumpre o princípio orçamentário do orçamento 
bruto, o qual determina que as despesas ou receitas sejam incluídas no 
orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos seus montantes 
líquidos. 
Resposta: Errada 
 
10) (CESPE ± Técnico Judiciário ± Administrativa ± TRT/10 - 2013) 
Para a obtenção de maior transparência e clareza na previsão de 
despesas e fixação de receitas constantes na lei orçamentária anual, 
permite-se a dedução das receitas que não serão efetivamente 
convertidas em caixa, sem que, para isso, seja necessário descriminar 
os valores originais. Ao prever tal procedimento, a legislação observa 
o princípio do orçamento bruto. 
 
O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam 
incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos 
seus montantes líquidos. Logo, no caso em tela, a dedução de receitas sem a 
discriminação dos valores originais fere o princípio do orçamento bruto. 
Resposta: Errada 
 
11) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) O princípio 
do orçamento bruto refere-se à apresentação dos valores do modo 
mais simples possível, ou seja, após todas as deduções brutas terem 
sido realizadas. 
 
O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam 
incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos 
seus montantes líquidos. 
Resposta: Errada 
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5. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE 
 
O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o orçamento fosse utilizado 
para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo 
orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo. 
 
Determina que a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à 
previsão das receitas e à fixaçãodas despesas. Exceção se dá para as 
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, o orçamento não 
pode conter matéria de Direito Penal. 
 
Assim, o princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da Lei 
Orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros 
campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo 
mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência 
FRP�VHX�FRQWH~GR�HUDP�GHQRPLQDGDV�³FDXGDV�RUoDPHQWiULDV´�RX�³RUoDPHQWRV�
UDELORQJRV´��3RU�RXWUR�ODGR��DV�H[FHo}HV�DR�SULQFtSLR�SRVVLELOLWDP�XPD�SHTXHQD�
margem de flexibilidade ao Poder Executivo para a realização de alterações 
orçamentárias. 
 
Possui previsão na nossa Constituição, no § 8º do art. 165: 
³†��ž�$�OHL�RUoDPHQWiULD�DQXDO�QmR�FRQWHUi�GLVSRVLWLYR�HVWUDQKR�j�SUHYLVmR�GD�
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização 
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de 
FUpGLWR��DLQGD�TXH�SRU�DQWHFLSDomR�GH�UHFHLWD��QRV�WHUPRV�GD�OHL�´ 
 
E também no art. 7º da Lei 4.320/1964: 
³$UW���ž�$�/HL�GH�2UoDPHQWR�SRGHUi�FRQWHU�DXWRUL]DomR�DR�([HFXWLYR�SDUD� 
I ± Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as 
disposições do artigo 43; 
II ± Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por 
antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. 
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos 
que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura. 
§ 2° O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens 
imóveis somente se incluirá na receita quando umas e outras forem 
especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que 
juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício. 
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante 
a operações de crédito, poderá conVWDU�GD�SUySULD�/HL�GH�2UoDPHQWR´� 
 
O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com 
o art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Estuda-se ARO em tópico específico 
relacionado ao endividamento público, quando previsto no edital. 
 
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Voltando ao nosso princípio, em resumo, significa que: 
 
 
Princípio da 
Exclusividade 
Regra: LOA deve conter apenas previsão de receitas e fixação 
de despesas. 
No entanto, admitem-se autorizações para: 
‡�FUpGLWRV�suplementares e apenas este; e 
‡� RSHUDo}HV� GH� FUpGLWR�� PHVPR� TXH� SRU� DQWHFLSDomR� GH�
receita. 
 
 
Relembro que o gênero créditos adicionais possui três espécies: 
suplementares, especiais e extraordinários. Pelo princípio da exclusividade, a 
LOA poderá autorizar a abertura de créditos adicionais suplementares, porém 
não é permitida a autorização para os créditos adicionais especiais e 
extraordinários. 
 
No que se refere às operações de crédito, entenda, por agora, que elas se 
assemelham a empréstimos que o ente contrai para aumentar suas receitas e 
cobrir suas despesas. 
 
Finalizando, em relação ao princípio da exclusividade, é fundamental guardar 
que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos 
suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO. 
 
 
 
 
 
Pessoal, o que deve ficar claro é que a LOA não pode 
criar receitas e despesas (respeitadas as exceções do 
princípio da exclusividade). O que eu quero dizer é que 
uma autorização para o aumento de remuneração de 
uma determinada carreira, por exemplo, não pode 
constar unicamente na LOA. A LOA vai refletir o 
aumento da despesa (pois toda despesa deve estar na 
LOA), mas esse aumento tem que ser criado por um 
instrumento legal prévio. No caso, seria uma lei 
anterior autorizando o aumento. O mesmo se aplicaria 
quando fosse necessária a criação de novos cargos 
públicos. 
 
 
12) (CESPE ± Analista Judiciário ± Contabilidade ± TRT/10 ± 2013) 
Para que seja realizada operação de crédito por antecipação da 
receita, para resolver insuficiências de caixa poderá conter autorização 
ao executivo, na lei de orçamento vigente. 
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De acordo com o princípio da exclusividade, a lei orçamentária anual não 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não 
se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
Logo, a LOA poderá conter autorização para a realização de operações de 
crédito por antecipação de receita. 
Resposta: Certa 
 
13) (CESPE ± Analista Administrativo ± Direito - ANTT ± 2013) O 
princípio orçamentário da universalidade garante que o orçamento 
conterá apenas matéria financeira, sem abarcar assuntos estranhos à 
previsão de receitas e à fixação de despesas. 
 
O princípio orçamentário da exclusividade garante que o orçamento conterá 
apenas matéria financeira, sem abarcar assuntos estranhos à previsão de 
receitas e à fixação de despesas. 
Resposta: Errada 
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6. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
O princípio da quantificação dos créditos orçamentários está consubstanciado 
no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a concessão ou utilização de 
créditos ilimitados: 
³$UW�������6mR�YHGDGRV� 
(...) 
VII ± D�FRQFHVVmR�RX�XWLOL]DomR�GH�FUpGLWRV�LOLPLWDGRV�´ 
 
A dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito 
orçamentário. O princípio da quantificação dos créditos orçamentários 
determina que todo crédito na LOA seja autorizado com uma respectiva 
dotação, limitada, ou seja, cada crédito deve ser acompanhado de um valor 
determinado. Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. 
 
O art. 59 da Lei 4.320/1964 exige a observância do princípio: 
³$UW�� ���� 2� HPSHQKR� GD� GHVSHVD� QmR� SRGHUi� H[FHGHU� R� OLPLWH� GRV� FUpGLWRV�
FRQFHGLGRV�´ 
 
Para que o empenho (estágio GD�GHVSHVD�TXH�³DEDWH´�R�YDORU�GD�GRWDomR��SRU�
força do compromisso assumido) não exceda o limite dos créditos concedidos, 
tal crédito deve ter um valor determinado, limitado, coadunando-se com a 
regra constitucional da quantificação dos créditos orçamentários. 
 
 
14) (CESPE ± AUFC ± TCU ± 2009) A única hipótese de autorização 
para abertura de créditos ilimitados decorre de delegação feita pelo 
Congresso Nacional ao presidente da República, sob a forma de 
resolução, que fixará prazo para essa delegação. 
 
Não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções. 
Resposta: Errada 
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7. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (ESPECIALIZAÇÃO OU 
DISCRIMINAÇÃO) 
 
O princípio da especificação determina que, na Lei Orçamentária Anual, as 
receitas e despesas devam serdiscriminadas, demonstrando a origem e a 
aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de 
DFRPSDQKDPHQWR� H� FRQWUROH� GR� JDVWR� S~EOLFR�� HYLWDQGR� D� FKDPDGD� ³DomR�
guarda-FKXYD´��TXH�p�DTXHOD�DomR�JHQpULFD��PDO�HVSHFLILFDGD��FRP�GHPDVLDGD�
flexibilidade. 
 
Para o PPA e a LDO, não há necessidade de um detalhamento tão grande de 
receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA é obrigada a 
seguir o princípio da especificação. 
 
O princípio veda as autorizações de despesas globais. Atualmente, o princípio 
da especificação não tem status constitucional (não tem previsão 
constitucional), porém está em pleno vigor por estar amparado pela legislação 
infraconstitucional, como na Lei 4.320/1964, que em seu art. 5º dispõe: 
³$UW���ž�$�/HL�GH�2UoDPHQWR�não consignará dotações globais destinadas a 
atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de 
terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 
���H�VHX�SDUiJUDIR�~QLFR�´ 
 
As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho 
que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas 
gerais de execução da despesa, como os programas de proteção à testemunha 
que, se tivessem especificação detalhada, perderiam sua finalidade. Tais 
despesas são classificadas como despesas de capital e também chamadas de 
investimentos em regime de execução especial. 
 
O referido art. 20 ainda determina que os investimentos sejam discriminados 
na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações. 
 
O § 4º do art. 5º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito 
orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da despesa. 
Esse artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de 
contingência (art. 5º, inciso III, da LRF). 
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de 
créditos adicionais, perdas que, embora possam ser previsíveis, são episódicas, 
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com 
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pública, como uma 
enchente de grandes proporções. 
 
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As exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de contingência são 
quanto à dotação global, pois não necessitam de discriminação. Não deve ser 
confundido com dotação ilimitada, que é aquela sem valores definidos. 
Exemplo: recursos para o programa de proteção à testemunha. Dotação 
ilimitada seria não definir o valor no orçamento ou colocar que se pode gastar 
o quanto for necessário. Não é permitido, sem exceções. Já dotação global 
seria colocar dotação limitada, R$ 20 milhões para o programa, porém sem 
detalhamento. Também a regra seria não ser permitido, porém admite 
exceções, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver 
risco de morte para as testemunhas. 
 
Atenção: não confundir Orçamento Bruto com Discriminação. 
O princípio da discriminação (ou especialização ou especificação) 
determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando 
a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de 
acompanhamento e controle do gasto público. 
Já o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes 
líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não 
importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a 
apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação das 
deduções previamente efetuadas a título de restituições, ferem o princípio do 
orçamento bruto. 
 
 
15) (CESPE ± Analista Judiciário ± Contabilidade ± TRT/10 ± 2013) As 
dotações globais destinadas a atender indiferentemente despesas de 
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer 
outras não serão consignadas à lei de orçamento. Entretanto, poderão 
ser custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de 
capital, os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não 
se possam cumprir subordinadamente às normas gerais de execução 
da despesa. 
 
De acordo com o princípio da especificação, a Lei de Orçamento não 
consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas 
de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras. 
 
Entretanto, há exceções. São os programas especiais de trabalho que, por sua 
natureza, não podem cumprir-se subordinadamente às normas gerais de 
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execução da despesa. Tais despesas são classificadas como despesas de 
capital e também chamadas de investimentos em regime de execução 
especial. 
Resposta: Certa 
 
16) (CESPE - Analista Administrativo ± Administrador - ANP ± 2013) 
De acordo com o princípio da especialização, a lei orçamentária deverá 
conter apenas matéria financeira, excluindo qualquer dispositivo 
estranho à estimativa de receitas do orçamento. 
 
O princípio da especificação determina que, na Lei Orçamentária Anual, as 
receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a 
aplicação dos recursos. 
O item se refere, de forma incompleta, ao princípio da exclusividade, o qual 
determina que a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à 
previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as 
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por 
antecipação de receita orçamentária. 
Resposta: Errada 
 
17) (CESPE ± Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) São 
exceções ao que determina o princípio da discriminação ou 
especialização os programas especiais de trabalho que, por sua 
natureza, não podem ser cumpridos em subordinação às normas gerais 
de execução da despesa. 
 
O princípio da discriminação determina que as receitas e despesas devam ser 
discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. As exceções 
são os programas especiais de trabalho, como os programas de proteção à 
testemunha, que se tivessem especificação detalhada, perderiam sua 
finalidade. 
Resposta: Certa 
 
18) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Entre as três leis ordinárias previstas 
pela CF para dispor sobre orçamento, somente a LOA é obrigada a 
observar o princípio da especificação. 
 
Para o PPA e a LDO não há necessidade de um detalhamento tão grande de 
receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA é obrigada a 
seguir o princípio da especificação. 
Resposta: Certa 
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8. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO 
 
O princípio da proibição do estorno determina que o administrador público 
não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando 
houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer à 
abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou 
transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo. 
 
Veja o dispositivo constitucional: 
³$UW�������6mR�YHGDGRV� 
(...) 
VI ± a transposição,o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
DXWRUL]DomR�OHJLVODWLYD�´ 
 
Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela 
Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria 
de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na 
CF/1988 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em 
constituições anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do 
princípio da proibição do estorno. 
 
Parte da doutrina considera que são conceitos que devem ser definidos em 
lei complementar (ainda não editada), portanto não poderiam ser 
definidos por lei ordinária ou outro instrumento infralegal. Outros 
doutrinadores consideram que não há distinção entre os termos. Ainda, outros 
autores definem os termos da seguinte forma: 
x Transposição: É a destinação de recursos de um programa de 
trabalho para outro, por meio de realocações do ente público dentro 
do mesmo órgão. Por exemplo, se o administrador decidir ampliar a 
construção da sede da secretaria de obras realocando recursos da 
abertura de uma estrada, com ambos os projetos programados e 
incluídos no orçamento. 
x Remanejamento: É a destinação de recursos de um órgão para 
outro, por meio de realocações do ente público. Por exemplo, a 
Administração pode realocar as atividades de um órgão extinto. 
x Transferência: É a destinação de recursos dentro do mesmo órgão e 
do mesmo programa de trabalho, por meio de realocações de 
recursos entre as categorias econômicas de despesas. Na transferência, 
as ações envolvidas permanecem em execução, por isso não se confunde 
com os créditos adicionais especiais, nos quais ocorre a implantação de 
uma despesa que não possuía dotação orçamentária. Por exemplo, o 
MPOG decide realocar recursos de manutenção de seu prédio para 
adquirir computadores para uma seção que funcionava com 
computadores antigos. 
 
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Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o 
programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas 
de despesas. 
 
Na verdade, a importância do princípio está em evitar, no decorrer do exercício 
financeiro, a desconfiguração da LOA aprovada pelo Congresso Nacional. Para 
isso, é necessária a autorização legislativa. 
 
 
19) (CESPE ± Gestão de orçamento e finanças ± IPEA ± 2008) Se o 
Poder Executivo Federal promover a transposição de recursos de uma 
categoria de programação orçamentária para outra, ainda que com 
autorização legislativa, incorrerá em violação de norma constitucional. 
 
O princípio da proibição do estorno faz restrições a transposição de recursos de 
uma categoria de programação orçamentária para outra caso não exista 
autorização legislativa. Logo, se houver autorização legislativa, o Poder 
Executivo não incorrerá em violação de norma constitucional. 
Resposta: Errada 
 
9. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
 
O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela 
Administração Pública, que são legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. 
 
O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões sobre 
orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa 
oficial. É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de 
comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a transparência 
na elaboração e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso 
para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da 
fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 
 
 
20) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) A LOA é 
peça técnica voltada para a operacionalização do planejamento 
governamental, assim não é necessária a observância do princípio da 
publicidade, visto que o PPA e a LDO já cumprem a função de tornar 
público para a sociedade quais são os objetivos dos governos e que 
meios serão utilizados para alcançá-los. 
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O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões sobre 
orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa 
oficial. É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de 
comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a transparência 
na elaboração e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso 
para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da 
fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 
Resposta: Errada 
 
10. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 
Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais 
são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo 
Congresso Nacional. 
2� DUW�� �ž� GD� &RQVWLWXLomR� GHWHUPLQD� HP� VHX� LQFLVR� ,,� TXH� ³QLQJXpP� VHUi�
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei´� 
O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração 
Pública, que são legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência. 
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. 
 
O respaldo ao princípio da legalidade orçamentária também está na 
Constituição: 
³$UW�������Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I ± o plano plurianual; 
II ± as diretrizes orçamentárias; 
III ± os orçamentos anuais. 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão 
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum�´ 
 
Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições 
legais. O orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de 
um processo legislativo completo, apesar de possuir um ciclo com 
características diferenciadas. Assim, como toda lei ordinária cuja iniciativa seja 
do Poder Executivo, é um projeto enviado ao Poder Legislativo, para 
apreciação e posterior devolução, a fim de que ocorra a sanção e a publicação. 
Logo, legalidade também é princípio orçamentário. 
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11. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO 
 
O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, 
planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação 
do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e 
a forma de programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da 
programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de 
orçamento-programa. 
 
O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e à 
finalidade do plano plurianual e aos programas nacionais, regionais e setoriais 
de desenvolvimento. 
 
 
21) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princípio orçamentário da 
programação não poderia ser observado antes da instituição do 
conceito de orçamento-programa. 
 
O orçamentodeve expressar as realizações e objetivos de forma programada, 
planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação 
do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e 
a forma de programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da 
programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de 
orçamento-programa. 
Resposta: Certa 
 
12. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO 
 
O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão 
superiores à previsão das receitas. 
 
$� /5)�� HP� VHX� DUW�� �ž�� LQFLVR� ,�� ³D´�� determina que a lei de diretrizes 
orçamentárias trate do equilíbrio entre receitas e despesas: 
³$UW���ž�$�OHL�GH�GLUHWUL]HV�RUoDPHQWiULDV�DWHQGHUi�R�GLVSRVWR�QR�†��ž�GR�DUW��
165 da Constituição e: 
I ± disporá também sobre: 
D��HTXLOtEULR�HQWUH�UHFHLWDV�H�GHVSHVDV�´ 
 
Outras áreas, como as relacionadas às finanças públicas, aplicam o princípio do 
equilíbrio. Por exemplo, o art. 9º da LRF também trata do equilíbrio das 
finanças públicas, só que no aspecto financeiro. Determina que ³VH�YHULILFDGR��
ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no 
Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato 
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próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação 
de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei 
GH�GLUHWUL]HV�RUoDPHQWiULDV´��2XWUR�H[HPSOR�p�R�DUW������R�TXDO�YHGD�ao titular 
de Poder ou órgão, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair 
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, 
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja 
suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. 
 
 
A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário, 
caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio do 
equilíbrio não tem hierarquia constitucional (não está explicitado na 
CF/1988). No entanto, contabilmente e formalmente o orçamento 
sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente nas 
operações de crédito que, pelo art. 3º da Lei 4.320/1964, também devem 
constar do orçamento. 
 
A inclusão da reserva de contingência no orçamento também visa, entre outras 
finalidades, assegurar o atendimento ao princípio do equilíbrio no aspecto 
financeiro. Por exemplo, imagine uma situação de calamidade pública, na qual 
o Poder Público Federal necessite de recursos para ajudar na reconstrução de 
um município destruído por uma inundação. Como não há previsão 
orçamentária, poderá ser utilizada a reserva de contingência. Na ausência 
dela, haveria um grande desequilíbrio entre a previsão inicial de receitas e o 
aumento imprevisto das necessidades de despesas, desestabilizando a 
execução financeira. 
 
 
22) (CESPE ± Promotor ± MPE/PI ± 2012) De acordo com o princípio 
da unidade, ou totalidade, que rege a ordem orçamentária no Brasil, o 
montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não 
poderá ser superior ao total das receitas estimadas para o mesmo 
período. 
 
De acordo com o princípio do equilíbrio que rege a ordem orçamentária no 
Brasil, o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não 
poderá ser superior ao total das receitas estimadas para o mesmo período. 
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir 
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em 
cada exercício financeiro. 
Resposta: Errada 
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13. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS 
RECEITAS 
 
O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de 
impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e 
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. 
 
Está na Constituição Federal, no art. 167, inciso IV: 
³$UW�������6mR�YHGDGRV� 
(...) 
IV ± a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se 
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços 
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de 
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 
�����†��ž��EHP�FRPR�R�GLVSRVWR�QR�†��ž�GHVWH�DUWLJR�´ 
 
Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade 
do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas 
despesas obrigatórias. A principal finalidade do princípio em estudo é aumentar 
a flexibilidade na alocação das receitas de impostos. 
 
No que couber, aos demais entes são permitidas as mesmas vinculações da 
União previstas na CF/1988. Além disso, é facultado aos Estados e ao Distrito 
Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de 
fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica (art. 218, § 5º, da 
CF/1988). 
 
Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua 
vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único 
do art. 8º da LRF: 
³3DUiJUDIR� ~QLFR�� 2V� UHFXUVRV� OHJDOPHQWH� YLQFXODGRV� j� ILQDOLGDGH� HVSHFtILFD�
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, 
DLQGD�TXH�HP�H[HUFtFLR�GLYHUVR�GDTXHOH�HP�TXH�RFRUUHU�R�LQJUHVVR�´ 
 
Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional 1/1969), o princípio 
da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. A 
denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não 
vinculação de receitas), entretanto, agora abrange apenas os impostos, 
coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação 
não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos 
devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal. 
 
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Na CF/1988, o princípio veda a vinculação de impostos e não de 
tributos. 
 
A Constituição pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional 
podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinária ou 
qualquer dispositivo infraconstitucional, não pode. 
Apenas os impostos não podem ser vinculados por lei infraconstitucional. 
 
Exceções ao Princípio 
da Não Vinculação 
a) Repartição constitucional dos impostos; 
b) Destinação de recursos para a Saúde; 
c) Destinação de recursos para a manutenção e 
desenvolvimento do ensino; 
d) Destinação de recursos para a atividade de 
administração tributária; 
e) Prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita; 
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento 
de débitos para com esta. 
 
 
23) (CESPE ± Técnico Judiciário ± Administrativa ± TRT/10 - 2013) 
Para a garantia dos recursos necessários a investimentosna 
infraestrutura de transporte urbano no Brasil, é permitida pela CF a 
vinculação das receitais próprias geradas pela arrecadação de 
impostos sobre a propriedade de veículos automotores. 
 
O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de 
impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e 
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. 
 
As exceções constitucionais são: 
a) Repartição constitucional dos impostos; 
b) Destinação de recursos para a Saúde; 
c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; 
d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; 
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; 
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta. 
 
Logo, não é permitida a vinculação do IPVA para a garantia dos recursos 
necessários a investimentos na infraestrutura de transporte urbano no Brasil. 
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Resposta: Errada 
 
24) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativa ± CNJ - 2013) Caso 
uma prefeitura crie, por meio da vinculação de receitas de impostos, 
uma garantia de recursos para a colocação de asfalto em todas as vias 
municipais, ela violará o princípio da não afetação de receitas. 
 
O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de 
impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e 
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Como tais exceções 
não incluem vinculações de impostos para a pavimentação de vias, uma ação 
nesse sentido violará o princípio da não afetação de receitas. 
Resposta: Certa 
 
14. PRINCÍPIO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA 
 
Para os fins do Estatuto das Cidades (Lei 10.257/2001), será utilizado o 
planejamento municipal, em especial, dentre outros, a gestão orçamentária 
participativa. 
 
De acordo com o art. 44, no âmbito municipal, a gestão orçamentária 
participativa incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas 
sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes 
orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua 
aprovação pela Câmara Municipal. 
 
15. PRINCÍPIO DA CLAREZA OU DA INTELIGIBILIDADE 
 
O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e 
compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, 
precisam manipulá-lo. 
 
Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e 
completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância 
para tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. 
 
 
25) (CESPE ±Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA ± 2014) O 
princípio da gestão orçamentária participativa é obrigatório para as 
administrações municipais, embora o governo federal esteja 
dispensado da observância desse princípio. 
 
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Para os fins do Estatuto das Cidades (Lei 10.257/2001), será utilizado o 
planejamento municipal, em especial, dentre outros, a gestão orçamentária 
participativa. 
De acordo com o art. 44, no âmbito municipal, a gestão orçamentária 
participativa incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas 
sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do 
orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara 
Municipal. 
Resposta: Certa 
 
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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE 
 
26) (CESPE ± Analista - Planejamento e Orçamento - MPU ± 2013) Na 
Lei Orçamentária Anual, a autorização, para a abertura de créditos 
suplementares é exceção ao princípio orçamentário da não afetação de 
receita. 
 
Na Lei Orçamentária Anual, a autorização, para a abertura de créditos 
suplementares é exceção ao princípio orçamentário da exclusividade. 
Resposta: Errada 
 
27) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN - 2010) A 
lei de orçamento não consigna dotações globais destinadas a atender 
indiferentemente a despesas de diversas fontes, como as de pessoal, 
excetuando-se dessa regra os programas especiais de trabalho que, 
por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às 
normas gerais de execução da despesa. 
 
De acordo com o princípio da discriminação, a Lei de Orçamento não 
consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas 
de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, 
com as ressalvas dos programas especiais de trabalho. 
Resposta: Certa 
 
28) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Uma das 
exceções ao princípio da exclusividade é a autorização para 
contratação de operações de crédito, desde que se trate de 
antecipação da receita orçamentária. 
 
Uma das exceções ao princípio da exclusividade é a autorização para 
contratação de operações de crédito, ainda que se trate de antecipação da 
UHFHLWD�RUoDPHQWiULD��$R�WURFDU�³DLQGD�TXH´�SRU�³GHVGH�TXH´��D�TXHVWmR�OLPLWD�R�
princípio apenas às operações de crédito por antecipação da receita 
orçamentária, excluindo as operações de crédito convencionais. 
Resposta: Errada 
 
29) (CESPE - Administrador ± Min Saúde ± 2010) Ao se analisar os três 
orçamentos que compõem a lei orçamentária anual ² o fiscal, o de 
investimentos e o de seguridade social ², torna-se evidente a 
contradição com o princípio da unidade. 
 
Houve uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma que 
abrangesse as novas situações, sendo por muitos denominado de princípio da 
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Totalidade, sendo construído, então, para possibilitar a coexistência de 
múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. A 
Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o princípio da 
totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a seguinte: 
orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de 
investimentos das estatais. Logo, não há contradição com o princípio da 
unidade. 
Resposta: Errada 
 
30) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A aplicação do 
princípio do orçamento bruto visa impedir a inclusão, no orçamento, de 
importâncias líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo positivo ou 
negativo resultante do confronto entre as receitas e as despesas de 
determinado serviço público. 
 
O princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes 
líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não 
importando se o saldo liquido será positivo ou negativo. 
Resposta: Certa 
 
31) (CESPE ± Contador ± IPAJM ± 2010) Os princípios orçamentários 
são linhas norteadoras da programação e da execução orçamentárias. 
Preconiza-se, nessa direção, a não vinculação das receitas, com a 
finalidade precípua de aumentar a flexibilidade na alocação das 
receitas de impostos. 
 
Os princípiosorçamentários são premissas, linhas norteadoras a serem 
observadas na concepção e execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a 
consistência e estabilidade do sistema orçamentário. O princípio da não 
afetação de receitas visa evitar que as vinculações reduzam o grau de 
liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam 
essas despesas obrigatórias. 
Resposta: Certa 
 
32) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência ± Administração - ABIN - 
2010) De acordo com o princípio orçamentário da não afetação das 
receitas, a Lei Orçamentária Anual (LOA) deve apresentar todas as 
receitas por seus valores brutos e incluir um plano financeiro global 
em que não haja receitas estranhas ao controle da atividade 
econômica estatal. 
 
De acordo com o princípio orçamentário do orçamento bruto, a LOA deve 
apresentar todas as receitas por seus valores brutos, vedadas quaisquer 
deduções. 
Resposta: Errada 
 
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33) (CESPE ± Agente Administrativo ± Polícia Federal ± 2014) De 
acordo com o princípio da unidade, ou da totalidade orçamentária, 
todos os entes federados devem reunir seus diferentes orçamentos em 
uma única lei orçamentária, que consolidará todas as receitas e 
despesas públicas do Estado. 
 
De acordo com o princípio da unidade todos os entes federados devem reunir 
seus diferentes orçamentos em uma única lei orçamentária por ente e por 
exercício financeiro, ou seja, a União, cada estado, o Distrito Federal e cada 
município possuem o seu próprio orçamento. Não há um orçamento estadual 
consolidando todas as receitas e despesas públicas do Estado. 
Resposta: Errada 
 
34) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência ± Administração - ABIN - 
2010) Do princípio orçamentário da universalidade decorre a 
recomendação de que cada esfera da administração ² União, estados, 
Distrito Federal e municípios ² tenha seu próprio orçamento. 
 
Do princípio orçamentário da unidade decorre a recomendação de que cada 
esfera da administração ² União, estados, Distrito Federal e municípios ² 
tenha seu próprio orçamento. 
Resposta: Errada 
 
35) (CESPE ± Analista ± Infraestrutura e Logística - BACEN ± 2013) O 
princípio do orçamento bruto, que é decorrente da evolução das 
funções orçamentárias relacionadas com a implantação do orçamento-
programa, fundamenta-se na obrigatoriedade de se especificarem os 
gastos por meio de programas de trabalho que permitem a 
identificação dos objetivos e metas a serem atingidos. 
 
O princípio da programação, que é decorrente da evolução das funções 
orçamentárias relacionadas com a implantação do orçamento-programa, 
fundamenta-se na obrigatoriedade de se especificarem os gastos por meio de 
programas de trabalho que permitem a identificação dos objetivos e metas a 
serem atingidos. 
Resposta: Errada 
 
36) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) A existência da 
abertura de créditos suplementares por meio de operações de crédito, 
inclusive por antecipação da receita na LOA, implica violação ao 
princípio da exclusividade. 
 
São exceções ao princípio da exclusividade as autorizações de créditos 
suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita 
orçamentária (ARO). 
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Assim, a existência da abertura de créditos suplementares por meio de 
operações de crédito, inclusive por antecipação da receita na LOA, não implica 
violação ao princípio da exclusividade. 
Resposta: Errada 
 
37) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Embora a não 
afetação da receita constitua um dos princípios orçamentários, há 
várias exceções a essa regra previstas na legislação em vigor. 
 
O princípio da não afetação de receitas dispõe que nenhuma receita de 
impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e 
determinados gastos, ressalvadas as exceções constitucionais. 
Resposta: Certa 
 
38) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativa - TRE/RJ ± 2012) O 
orçamento prevê determinado volume de receitas e, baseado nessa 
previsão, fixa o montante total de despesas que o governo pode 
realizar, mas o orçamento não gera recursos públicos. 
 
A LOA não pode criar receitas e despesas (respeitadas as exceções do princípio 
da exclusividade). Veja o exemplo de aumento da remuneração de servidores 
públicos. A LOA vai refletir o aumento da despesa (pois toda despesa deve 
estar na LOA), mas esse aumento tem que ser criado por um instrumento legal 
prévio. No caso, seria uma lei anterior autorizando o aumento. O mesmo se 
aplicaria quando fosse necessária a criação de novos cargos públicos. 
 
Logo, o orçamento prevê determinado volume de receitas e, baseado nessa 
previsão, fixa o montante total de despesas que o governo pode realizar, mas 
o orçamento não gera recursos públicos. 
Resposta: Certa 
 
39) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A abertura de 
crédito suplementar e a contratação de operações de crédito são 
excepcionalidades em relação ao princípio da exclusividade, previstas 
na CF e em legislação específica. 
 
São exceções ao princípio da exclusividade as autorizações de créditos 
suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita 
orçamentária (ARO). 
Resposta: Certa 
 
40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Um importante 
princípio orçamentário estabelece que todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza. 
 
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A igualdade sem distinção de qualquer natureza (CF/1988, art. 5º, caput), ou 
seja, de sexo, raça, trabalho, credo religioso e convicções políticas, é 
consectária de tratamento igual a situações iguais e tratamento desigual a 
situações desiguais. No entanto, não se trata de um princípio orçamentário. 
Resposta: Errada 
 
41) (CESPE - Analista Administrativo ± Administrador - ANP ± 2013) 
Todas as parcelas da receita e da despesa devem figurar no orçamento 
em seus valores brutos, sem apresentar qualquer tipo de dedução. 
 
De acordo com o princípio do orçamento bruto, todas as receitas e despesas 
constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
Resposta: Certa 
 
42) (CESPE - Procurador Federal - AGU - 2010) A vinculação de receita 
de impostos para a realização de atividades da administração 
tributária não fere o princípio orçamentário da não afetação. 
 
O princípio da não vinculação ou não afetação de receitas dispõe que nenhuma 
receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a 
certos e determinados gastos, ressalvadas as exceções constitucionais, como a 
possibilidade de vinculação de receita de impostos para a realização de 
atividades da administração tributária. 
Resposta: Certa 
 
43) (CESPE ± Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O 
princípio da especificação determina que, como qualquer ato legal ou 
regulamentar, as decisões sobre orçamento só têm validade após a sua 
publicação em órgão da imprensa oficial. Além disso, exige que as 
informações acerca da discussão, elaboração e execução dos 
orçamentos tenham a mais ampla publicidade, de forma a garantir a 
transparência na preparação e execuçãodo orçamento, em nome da 
racionalidade e da eficiência. 
 
O princípio da publicidade é que determina que as decisões sobre orçamento 
só tenham validade após a publicação em órgão da imprensa oficial. É 
condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de comunicação 
para conhecimento público, de forma a garantir a transparência na elaboração 
e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso para qualquer 
interessado às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a 
utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes. 
Resposta: Errada 
 
44) (CESPE ± Analista ± Contabilidade - ECB ± 2011) A reserva de 
contingência, dotação global para atender passivos contingentes e 
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outras despesas imprevistas, constitui exceção ao princípio da 
especificação ou especialização. 
 
O princípio da especificação determina que, na Lei Orçamentária Anual, as 
receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a 
aplicação dos recursos. Umas de suas exceções é a reserva de contingência, a 
qual tem por finalidade atender, além da abertura de créditos adicionais, 
perdas que, embora possam ser previsíveis, são episódicas, contingentes ou 
eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com vistas a enfrentar 
prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
Resposta: Certa 
 
45) (CESPE ± Oficial Técnico de Inteligência ± Administração - ABIN - 
2010) O princípio da não afetação de impostos de que trata o art. 167, 
inciso IV, da CF aplica-se aos estados, ao Distrito Federal e aos 
municípios, sendo permitida a vinculação de impostos da competência 
desses entes federativos somente para a prestação de garantia ou 
contragarantia à União e para o pagamento de débitos com ela 
contraídos. 
 
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO: 
Repartição constitucional dos impostos; 
Destinação de recursos para a Saúde; 
Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; 
Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; 
Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; 
Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta (art. 167, 
§ 4.°). 
 
No que couber, aos demais entes são permitidas as mesmas vinculações 
da União previstas na CF/1988. 
Resposta: Errada 
 
46) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com o 
princípio orçamentário da exclusividade, deve-se evitar que dotações 
globais sejam inseridas na LOA. 
 
De acordo com o princípio orçamentário da discriminação, deve-se evitar que 
dotações globais sejam inseridas na LOA. 
Resposta: Errada 
 
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47) (CESPE - Assistente em Administração - FUB ± 2013) Apesar de o 
princípio da não afetação proibir as vinculações das receitas de 
impostos às despesas, a CF vincula algumas dessas receitas a 
determinadas despesas. 
 
O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de 
impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e 
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. 
Resposta: Certa 
 
48) (CESPE ± Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio 
do orçamento bruto determina que o orçamento deva abranger todo o 
universo das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem 
executadas pelo Estado. 
 
O princípio da universalidade determina que o orçamento deva abranger todo 
o universo das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem 
executadas pelo Estado. O princípio do orçamento bruto veda que as despesas 
ou receitas sejam incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos. Note 
que a diferença entre universalidade e orçamento bruto é que apenas este 
último determina que as receitas e despesas devam constar do orçamento 
pelos seus totais, sem quaisquer deduções. 
Resposta: Errada 
 
49) (CESPE ± Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio 
da totalidade, explícito de forma literal na legislação brasileira, 
determina que todas as receitas e despesas devem integrar um único 
documento legal. Mesmo sendo os orçamentos executados em peças 
separadas, as informações acerca de cada uma dessas peças são 
devidamente consolidadas e compatibilizadas em diversos quadros 
demonstrativos. 
 
O princípio da totalidade não está explícito de forma literal na legislação 
brasileira. Além disso, o princípio da unidade ou da totalidade não 
necessariamente significa um documento único, já que o processo de 
integração planejamento-orçamento tornou o orçamento necessariamente 
multidocumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, dos vários 
instrumentos de planejamento, com datas de encaminhamento diferentes para 
aprovação pelo Poder Legislativo. Em que pesem tais documentos serem 
distintos, devem obrigatoriamente ser compatibilizados entre si. 
Resposta: Errada 
 
50) (CESPE ± Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) O 
princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que 
o Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa sem 
prévia autorização, bem como possibilita que se reconheçam, no 
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orçamento, todas as parcelas da receita e da despesa em seus valores 
brutos, sem qualquer tipo de dedução. 
 
O princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o 
Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa sem prévia 
autorização, já que todas devem estar no orçamento. No entanto, o fim da 
assertiva se refere ao princípio do orçamento bruto. A diferença entre 
universalidade e orçamento bruto é que apenas este último determina que as 
receitas e despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem 
quaisquer deduções. 
Resposta: Errada 
 
51) (CESPE ± Técnico Administrativo ± IBAMA - 2012) A existência do 
orçamento fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas 
contraria o princípio orçamentário da exclusividade. 
 
A tripartição da LOA em orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e 
orçamento de investimentos das estatais é apenas de cunho instrumental, não 
implica dissonância e, portanto, não viola nenhum princípio orçamentário. 
Resposta: Errada 
 
52) (CESPE - Administrador ± Min Saúde ± 2010) O administrador 
público que respeita o princípio do orçamento bruto, ao planejar o 
orçamento do ano seguinte, deve fazer as devidas compensações nas 
contas com a intenção de incluir em sua planilha os saldos resultantes 
dessas operações. 
 
O princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes 
líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais. Logo, 
não existem compensações entre receitas e despesas para a inclusão apenas 
dos saldos. 
Resposta: Errada 
 
53) (CESPE ± Analista Judiciário - Contabilidade ± TRT/17 ± 2013) As 
parcelas referentes às transferências constitucionais da União para os 
estados e municípios, por constituírem destinações incondicionais, 
definidas por percentuais predeterminados, não integram a receita 
orçamentária da União, e, em atendimento ao princípio do orçamento 
bruto, ingressam

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