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RESUMO - ANÁLISE MACROECONÔMICA (aulas 1 à 14)

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AULA 1 - CONHECENDO A MACROECONOMIA 
 
MACROECONOMIA 
Em termos gerais, a Macroeconomia representa o estudo das grandes variáveis econômicas. 
Mais precisamente, das variáveis econômicas agregadas. A Macroeconomia pode ser entendida 
segundo quatro variáveis agregadas: o nível de preços, o nível de emprego, a taxa de câmbio e 
a taxa de juros. 
 
MACROECONOMIA X MICROECONOMIA 
A Macroeconomia consiste no estudo do comportamento da economia como um todo, ou seja, 
de maneira agregada, interdependente. A Microeconomia, por sua vez, concentra-se no 
comportamento dos consumidores e das empresas, sempre sob a ótica desagregada ou setorial. 
 
O PREÇO 
Na forma agregada, o preço representa a soma de todos os preços de todas as empresas que 
operam em um mesmo sistema econômico (ou em uma mesma economia). Desse modo, 
encontra-se a variável agregada preço, ou, simplesmente, o nível de preço. Sobre a variável 
preço, vale notar que um dos efeitos de sua dinâmica de alteração é a inflação. 
 
A INFLAÇÃO 
A inflação refere-se a um aumento no nível geral de preços. Opõe-se à deflação, que se refere à 
diminuição do nível geral dos preços. Ambos os conceitos são consequências da alteração do 
valor do dinheiro – da moeda – e não do valor dos bens. 
 
O EMPREGO 
O emprego se refere às posições destinadas ao trabalhador – ou à mão-de-obra – como fator de 
produção dentro de um sistema econômico. Dentro de uma economia, o nível de emprego 
depende das expectativas dos empresários em torno do que vão produzir (extensão do 
ambiente empresarial, do número e do tamanho) das empresas que operam ali e até da 
utilização de tecnologia que substitua o trabalho humano. 
 
RENDA 
A renda se refere aos ganhos provindos do trabalho. A renda depende também de inúmeras 
variáveis, desde a demanda do mercado por trabalhadores de um determinado setor até a 
oferta de trabalhadores disponíveis para determinada atividade. A desigualdade de renda 
dentro de uma economia é a base de nossa tão conhecida diferença de classes. 
 
CRESCIMENTO ECONÔMICO X RECESSÃO 
O crescimento econômico representa o aumento das atividades econômicas de um país durante 
um período de tempo (normalmente um ano). Muitas vezes é medido pelo produto interno 
bruto (PIB). O contrário de crescimento econômico é a recessão. Em períodos de recessão, de 
um ano para o outro, ao invés de produzir mais, o país apresenta níveis de produção e emprego 
menores. 
 
 
 
 
A TAXA DE CÂMBIO 
A taxa de câmbio expressa quanto se deve pagar em moeda nacional para adquirir uma unidade 
monetária de outra moeda, ou seja, de quantos reais precisamos para comprar um dólar, por 
exemplo. Para cada moeda estrangeira haverá uma taxa de câmbio. Tudo se passa como se a 
moeda estrangeira fosse uma mercadoria qualquer. A desvalorização da taxa de câmbio significa 
que a moeda estrangeira encareceu. A valorização do câmbio nos diz que a moeda estrangeira 
está mais barata. 
 
A TAXA DE JUROS 
Sob a ótica do consumidor, quanto o mercado embute no preço de produtos e serviços em 
função de compras a crédito. A taxa de juros é uma das formas que o mercado encontra para 
compensar perdas diante da inflação. Uma elevação da taxa de juros prejudica as pessoas que 
compram a prazo. Esses consumidores vão pagar mais caro por seus financiamentos. Por outro 
lado, aqueles que aplicam seus recursos no mercado financeiro ficarão muito contentes ao 
receber mais, graças ao aumento dos juros. 
 
AS VARIÁVEIS E SUAS DECORRÊNCIAS 
Essas quatro variáveis agregadas das quais a Macroeconomia se ocupa (nível de preços, salários, 
taxa de câmbio, taxa de juros) irradiam seus efeitos sobre grandes questões nacionais, como o 
crescimento econômico do país, a inflação, o comércio exterior, representado pelo balanço de 
pagamentos, e a distribuição de renda. 
 
A TAXA DE JUROS SOBRE O MERCADO 
A taxa de juros, ou seja, aquilo que se paga de juros por pegar dinheiro emprestado, afeta os 
investimentos dos empresários. Assim, a elevação dos juros inibe os investimentos em recursos 
produtivos (aqueles destinados a aumentar a produção) e estimula a poupança. Se os 
empresários investem menos, como consequência, a produção deverá crescer menos. E como 
produção menor implica menos emprego, percebemos como a taxa de juros pode afetar o nível 
de emprego de uma economia. 
 
TRADE-OFF 
O trade-off é uma expressão inglesa que, em economia, representa uma situação-dilema (ou um 
conflito de decisão), em que uma ação em proveito de alguma coisa dificulta uma outra. 
“Cobertor curto”: ao se resolver um problema, quase sempre acentua-se algum outro. 
 
QUATRO PROBLEMAS (MACRO) ECONÔMICOS NACIONAIS 
– inflação; 
– crescimento econômico baixo; 
– dívida externa alta; 
– má distribuição de renda. 
 
COLOCAÇÕES NO MERCADO DE TRABALHO A SEREM OCUPADAS POR ECONOMISTAS: 
• no Ministério da Fazenda, assessorando o ministro em questões nacionais; • em empresas 
multinacionais, onde tenha a função de estudar o comportamento econômico das empresas 
concorrentes; • no mercado financeiro, pois ali terá que verificar quais títulos financeiros darão 
maior rentabilidade com o menor risco; • em bancos comerciais (ex.: Banco do Brasil), uma vez 
que sua tarefa diária será estimar o volume de recursos que podem ser emprestados aos setores 
público e privado; • no setor imobiliário, no departamento de lançamentos de prédios de luxo. 
AULA 2 - MEDINDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS 
 
O QUE É O PIB? 
O produto interno bruto (PIB) representa a estimativa do valor de tudo que foi produzido por 
um país em determinado período. Este valor é calculado com base nos preços de mercado, leva 
em conta apenas os bens e serviços finais (aqueles destinados diretamente ao consumidor final); 
o período tomado como base pode ser anual, semestral etc. 
 
COMO SE CALCULA O PIB? 
Para efeito ilustrativo, suponha que, no ano X, um país tenha produzido apenas três produtos 
(a, b, c), da seguinte forma: 
 
Assim, o pib desse país seria: PIB = (2 x 2) + (4 x 3) + (1 x 5) = R$ 21 
 
PIB NOMINAL, PIB REAL 
Uma forma de evitar a influência da variação de preços sobre o cálculo do produto interno bruto 
consiste em medir o PIB em termos reais. Daí, surgem dois conceitos de PIB: um seria o PIB 
nominal, que representa o PIB a preços correntes, ou o PIB baseado nos preços praticados pelos 
mercados. O outro, que denominamos PIB real, consiste no valor do produto interno bruto em 
termos de preços constantes, a partir de um ano considerado como base de referência. 
 
O DEFLATOR DO PIB 
O deflator do PIB é o índice destinado a isolar o fator inflação do cálculo do produto interno 
bruto de um país, em um determinado período. O deflator nos dirá qual parte do aumento do 
PIB nominal cabe somente ao crescimento dos preços e nos ajudará a perceber quanto do 
aumento do PIB se deve a uma elevação real no nível de produção. O deflator do PIB pode ser 
interpretado como um indicador da variação do nível médio de preços de um país. Isto é nada 
mais nada menos do que dizer que o deflator do PIB consiste em uma indicação da taxa de 
inflação do período. A fórmula de cálculo do deflator é: 
 
 
O PRODUTO NACIONAL BRUTO 
O produto nacional bruto (PNB) representa a produção cuja renda correspondente é de 
propriedade dos indivíduos residentes no país de forma definitiva. Ou seja: o PNB é a soma de 
tudo o que é produzido aqui e fica aqui. A diferença entre PIB e PNB é a renda líquida enviada 
ao exterior (RLEE ou a renda que é mandada para o exterior menos aquela procedente do 
exterior). 
 
 
 
 
O PRODUTO INTERNO LÍQUIDO 
Parte do valor dos bens e dos serviços gerados em um determinadoperíodo pode ser perdida, 
seja pelo desgaste, pela perda de utilidade por uso, ação da natureza ou ainda por 
obsolescência. Pois o produto interno líquido é precisamente o produto interno bruto 
decrescido dessa depreciação. 
PIL = PIB – depreciações. 
 
PIB NEGATIVO 
Quando a taxa de crescimento do PIB é negativa – o PIB real de um ano é menor do que o do 
ano anterior, diz-se que houve recessão. Isto equivale a dizer que a atividade econômica 
diminuiu entre um ano e outro. 
 
FLUXO CIRCULAR DA RENDA E DO PRODUTO 
O fluxo nominal de rendas se dá da seguinte forma: As empresas têm como objetivo produzir 
através da combinação de fatores de produção. Como contrapartida os remunera com salários 
(trabalho), lucros (capital) e alugueis (terra). Tal negociação se dá no mercado de fatores de 
produção, onde as famílias ofertam trabalho, capital e terra e recebem em troca suas respectivas 
rendas. Por outro lado, as famílias consomem produtos cuja despesa é de mesmo valor nominal 
da renda. Em troca, no mercado de produtos, adquirem bens e serviços, gerando uma receita 
de igual valor nominal para as unidades produtivas. 
 
A RENDA PER CAPITA 
A renda per capita é a quantia em reais que cada habitante receberia caso o PIB fosse dividido 
igualmente entre toda a população. Note que a renda per capita é uma média, uma estimativa, 
uma vez que desconsidera o fator distribuição de renda. 
 
 
AULA3 - O PIB E OS COMPONENTES DA DEMANDA AGREGADA 
 
OS COMPONENTES DO PIB 
O valor do PIB é igual à soma do consumo agregado, do investimento agregado e do consumo 
do governo com o total das exportações, decrescido do total das importações. 
PIB = C + I + G + (X – M) 
 
CONSUMO 
O consumo é uma variável bastante simples e palpável: diz respeito à despesa das famílias com 
a compra de bens e serviços. 
 
INVESTIMENTOS 
Os investimentos referem-se exclusivamente às empresas. São todas as despesas envolvidas no 
funcionamento de uma empresa, a não ser as relativas à remuneração da força de trabalho e ao 
pagamento de impostos. 
 
CONSUMO DO GOVERNO 
O consumo do governo é a despesa do Estado (nos âmbitos federal, estadual e municipal) com 
compras de bens e serviços. 
 
EXPORTAÇÕES 
As exportações são os valores das vendas dos bens e dos serviços para outros países ou o total 
de produtos e serviços que se originam em solo nacional mas que serão consumidos em outras 
partes do mundo. 
 
IMPORTAÇÕES 
As importações representam os valores do que se compra do exterior, ou tudo que é produzido 
em outros países e vai ser consumido aqui. 
 
INVESTIMENTOS EM ESTOQUES 
Os investimentos em estoques representam todos os bens produzidos que não foram vendidos. 
Estes podem ser investimentos em estoque planejados, ou não planejados. 
• O estoque involuntário é a variação involuntária do estoque por falta de compradores. 
• Os estoques voluntários são aqueles bens produzidos para compor o estoque. 
A diferença entre investimento planejado e realizado é dada justamente pela existência dos 
estoques involuntários. 
Ir = Ip + ∆estoque 
Ir – Ip = ∆estoque 
 
O PIB A PARTIR DA RENDA 
O valor de tudo que é produzido com bens e serviços tem como contrapartida a remuneração 
de quem os produziu (direta e indiretamente). Logo, o valor do PIB é distribuído em renda para 
as famílias. Ou seja, sua renda pode ter apenas três destinos: o consumo (C), a poupança (S, do 
inglês savings) ou o pagamento de impostos (T, do inglês taxes). Dessa maneira, tem-se outra 
identidade: 
PIB = C + S + T 
Logo, 
C + S + T = C + G + I + (X – M) 
 
DEMANDA AGREGADA 
A demanda agregada, por definição, é o desejo dos indivíduos de adquirir os bens e os serviços 
produzidos em um país dentro de um determinado período de tempo. Chega-se a ela através de 
três componentes: o consumo agregado (C), o investimento das empresas (I) e os gastos do 
governo com bens e serviços (G). Logo, 
DA = C + I + G. 
 
MODELO DO PONTO DE EQUILÍBRIO 
Esse modelo estipula que há equilíbrio quando o produto (PIB), que aqui representaremos por 
Y, for igual à demanda agregada (DA). Então, quando o PIB está em equilíbrio, 
Y = DA = C + I + G 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 4 - DETERMINAÇÃO DA RENDA E DA PRODUÇÃO DE EQUILÍBRIO 
 
 
PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR 
A mede quanto da variação da renda será utilizada para aumentar o consumo. Seu intervalo de 
variação é de 0 a 1. A propensão marginal a consumir pode ser calculada da seguinte maneira: 
PMc = (mudança no consumo) / (mudança na renda) 
 
FUNÇÃO DE CONSUMO 
C = Co + cY 
C representa o consumo; 
Co representa a parcela de consumo que não depende da renda, ou seja, o consumo autônomo 
e se refere aos gastos essenciais (arroz, feijão, conta de luz etc.); 
c mede a variação do consumo em relação à variação da renda, a propensão marginal a consumir 
(PMc). 
Y é a renda esperada. 
 
A RENDA DISPONÍVEL 
Renda disponível é tudo o que resta às famílias, descontados dos ganhos totais os impostos 
diretos (imposto de renda, CPMF etc.). Podemos descrever o consumo como uma função que 
depende da renda disponível: 
C = Co + cYd 
Yd é a renda disponível. 
 
A FUNÇÃO POUPANÇA 
A função poupança representa a poupança como dependente do nível de renda. Esta relação é 
positiva, ou seja, quanto maior a renda, maior o nível de poupança. A função assume valores 
negativos para níveis demasiadamente baixos de renda disponível, o que pode ser entendido 
como uma “despoupança”. 
S = - Co + (1- c)Yd 
 
RENDA DE EQUILÍBRIO 
 
O primeiro termo é chamado multiplicador dos gastos autônomos (m). Ele recebe esse 
nome porque o valor da renda de equilíbrio será m vezes o valor dos componentes autônomos 
da equação (consumo, gastos governamentais etc.), representados pelo segundo termo (Co – 
cT + I + G). 
 
O SETOR EXTERNO NA DETERMINAÇÃO DA RENDA 
 
m é a fração da renda (Y) destinada às importações (M). 
Considerando que I, G e X são variáveis autônomas ou fixas, elas passam a ser representadas 
por Io, Go e Xo. 
 
PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR, POUPAR E IMPORTAR 
A soma da propensão marginal a consumir com a propensão marginal a poupar e a importar 
assume o valor 1. Isso significa dizer que, uma vez que há um acréscimo de renda, só existem 
três maneiras de utilizá-las: consumindo nacionalmente, poupando ou importando – a soma dos 
três assume o valor 1. Isto é: 
c + s + m = 1 
 
 
AULA 5 - OS INVESTIMENTOS E AS TAXAS DE JUROS 
 
POR QUE INVESTIR? 
Os investimentos têm dupla função na economia: são um importante elemento de demanda 
agregada e proporcionam incremento na capacidade produtiva. Esta última função dos 
investimentos se dá por conta de se aumentarem os recursos disponíveis – estoque de capital – 
destinados à produção de bens e serviços. Podemos dividir os investimentos em duas fases: A 
primeira ocorre quando há despesas com a compra de capital, o que impulsiona a demanda 
agregada (ainda não há o resultado dos investimentos em termos de aumento da produção). A 
segunda se nota após a maturação dos investimentos, o que resulta em aumento da produção 
(oferta agregada) e da capacidade produtiva da economia. o investimento pode ter duas 
dimensões: pode ser bruto ou líquido. Considerando que o estoque de capital também se 
deprecia, a diferença entre investimento bruto e líquido é dada pelo montante de investimento 
destinado a cobrir o que se desgasta ao longo do tempo, ou seja, a depreciação. 
IL = IB – D 
 
A TAXA DE JUROS 
O conceito de taxa de juros recai sobre duas vertentes: a taxa nominal e a taxa real. A primeira 
é definida como aquela expressaem termos de quantas unidades monetárias são pagas como 
juros. A taxa real de juros, por sua vez, mede o quanto realmente se paga, levando em 
consideração o poder aquisitivo do dinheiro antes e depois de pago o empréstimo. Isto é, 
considera-se a perda do poder aquisitivo do dinheiro dada a inflação entre o momento em que 
se pegou e o momento em que se pagou pelo empréstimo. Considera-se a taxa real de juros 
como: 
r = n – π 
(1 + r)(1 + π) = (1 + n) 
r = taxa real de juros 
n = taxa nominal de juros 
π = taxa de inflação 
 
VARIÁVEIS REAIS E NOMINAIS 
Em economia, as variáveis podem ser classificadas como nominais ou reais. As variáveis 
nominais são aquelas expressas em unidades monetárias. As reais são as expressas em termos 
de poder aquisitivo ou poder de compra. As variáveis reais são obtidas a partir das variáveis 
nominais. Para chegar à variável real, basta dividi-la por um índice de preços (deflacionar) e 
obtém-se a variável real. 
 
 
AULA 6 - O SISTEMA MONETÁRIO 
 
O QUE É MOEDA? 
É todo meio utilizado pela sociedade para realizar a compra de bens e serviços (ex.: papel-moeda 
e depósitos nos bancos, também chamados de moeda escritural). Os economistas apregoam 
que a moeda tem três funções: é um intermediário de troca, serve como unidade de conta e 
funciona como reserva de valor. 
• Como intermediário de troca, a moeda transforma as transações em trocas indiretas; 
• A função da moeda como unidade de conta deriva do fato de que ela expressa os valores das 
mercadorias e de todos os ativos em geral pela sua própria unidade. Esta é, portanto, uma 
atribuição da moeda: cotar os valores (unidade de conta) em unidades monetárias; 
• Como reserva de valor, a moeda pode ser utilizada em vários períodos de tempo. A pessoa 
com a posse da moeda pode utilizá-la no futuro. 
 
CARACTERÍSTICAS DE UMA MOEDA 
• Durabilidade; 
• Aceitação universal; e 
• Difícil falsificação. 
 
VALOR INTRÍNSECO DA MOEDA 
A moeda-mercadoria (mercadoria que assume a função de moeda) tem obrigatoriamente valor 
intrínseco, ou seja, tal mercadoria, mesmo não sendo utilizada como moeda, tem algum valor 
de troca. Hoje em dia, quando um papel-moeda deixa de existir como moeda, deixa de ter 
qualquer valor (exceto para os colecionadores). Assim, seu valor intrínseco é zero. O valor 
extrínseco da moeda, por sua vez, é o poder aquisitivo do seu valor de face (que vem sempre 
indicado: um real, dez reais etc.). 
 
OS BANCOS COMERCIAIS 
Denomina-se banco comercial todo estabelecimento bancário autorizado pela autoridade 
monetária a receber depósitos à vista. São exemplos: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Unibanco 
e tantos outros. A atividade principal de um banco comercial é realizar empréstimos. 
 
BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN) 
Nosso Banco Central é uma autarquia federal criada em 1964. Até 1985, exercia, juntamente 
com o Banco do Brasil, as funções de autoridade monetária. A atual Constituição de 1988 
assegura ao Bacen a exclusividade de instituição emissora de moeda no país. É possível listar 
algumas de suas principais funções: 
1) Banco dos bancos. O Banco Central empresta aos bancos (o que se chama redesconto de 
liquidez); 
2) Guardião das reservas internacionais. O que o país recebe de moedas estrangeiras (reservas 
internacionais) é mantido no Bacen; 
3) Banco do governo. O governo deposita no Banco Central seus recursos referentes a impostos 
e taxas (recursos do Tesouro Nacional). O Bacen realiza empréstimos ao governo (nos níveis 
federal, estadual e municipal) e mantém e opera os títulos do governo; 
4) Emissor de moeda (manual e etálica). 
 
 
A OFERTA DE MOEDA 
A moeda, que nada mais é do que os meios de pagamento (M), pode ser delimitada como o total 
do papel-moeda em poder do público (PMPP) mais os depósitos à vista nos bancos comerciais. 
Ou seja: 
M = PMPP + DVBC 
Definindo como Base Monetária (B) o PMPP e o total de reservas mantidas pelos bancos 
comerciais (R), temos: 
B = PMPP + R 
 
RESERVAS DOS BANCOS COMERCIAIS 
Os bancos comerciais possuem três tipos de reservas (ou encaixes) para estarem aptos a 
responder pelos seus compromissos de guardiões dos depósitos: 
• encaixes em caixa: são os caixas das agências bancárias. Eles estão lá para atender aos que 
vão sacar ou trocar os cheques por papel-moeda; 
• reservas voluntárias: são aquelas mantidas no Banco Central (até 1986 eram mantidas no 
Banco do Brasil) para fins de compensação de cheques. Toda noite, os cheques de diversos 
bancos são confrontados. Aqueles que devam pagar mais do que receber podem lançar mão das 
reservas voluntárias; 
• reservas compulsórias: por determinação da regulação bancária, o Banco Central estipula 
obrigatoriamente a retenção de uma porcentagem dos depósitos à vista como encaixes 
compulsórios, que devem ser recolhidos no Banco Central. 
 
O MULTIPLICADOR DOS MEIOS DE PAGAMENTO 
O Banco Central, como já vimos, é a instituição que autoriza a emissão de moeda no Brasil. 
Porém, pelo que foi dito anteriormente, ao emprestar parte dos depósitos que recebem de seus 
clientes, os bancos comerciais também criam moeda. Esse mecanismo bancário de criação de 
moeda ocorre porque apenas uma fração dos depósitos é mantida como reservas, 
emprestando-se o restante. Esses novos empréstimos acabam se transformando em novos 
depósitos que, pela regra dos bancos de manter apenas uma parcela como reservas, acabam 
gerando novas rodadas de empréstimos–depósitos–reservas–empréstimos. Ou seja, os bancos 
criam meios de pagamento adicionais. Isso é o que se conhece como multiplicador bancário ou 
dos meios de pagamento. O valor do multiplicador é obtido pela divisão entre os meios de 
pagamento e a base monetária. 
 
O CONTROLE DA OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL 
O Bacen exerce tal controle de três modos: 
• Operações de open market (mercado aberto): Open market é a operação em que o Bacen 
compra ou vende títulos do governo no mercado de títulos 
• Reservas compulsórias: De acordo com o Banco Central, todo banco precisa reservar uma 
fração dos depósitos que recebe 
• Taxa de redesconto: é possível que, em determinado momento, os bancos se vejam sem 
moeda sufi ciente para atender aos saques de seus clientes. Nessa situação de insuficiência eles 
podem recorrer ao Bacen para receber empréstimos de liquidez. O Bacen os atende, mas cobra 
uma taxa de juros em função desse empréstimo. Essa taxa é denominada taxa de redesconto de 
liquidez. A taxa de redesconto é, portanto, a taxa de juros que os bancos têm de pagar ao Bacen 
quando estão sem liquidez (ou sem moeda sufi ciente) para atender aos clientes. 
AULA 7 - A DEMANDA POR MOEDA 
 
A DEMANDA POR MOEDA 
A teoria monetária (segmento da teoria econômica que estuda as questões relacionadas a 
moeda, preços e taxa de juros) enfatiza que a demanda por moeda se dá por motivos de 
transação, precaução e especulação. 
 
O MOTIVO TRANSAÇÃO 
A demanda por moeda por motivo transação é o montante de moeda suposto como o suficiente 
para efetuar os gastos planejados por um certo período de tempo. 
 
O MOTIVO PRECAUÇÃO 
A demanda por moeda por precaução se dá pela ciência de que fatos imprevistos podem 
ocorrer. Quando não sabemos com exatidão o que iremos precisar gastar ou mesmo quando 
iremos receber nossos rendimentos, demandamos alguma quantidade de moeda para fazer 
frente a essas incertezas. Esse volume de dinheiro é o que chamamos de encaixes (saldos) 
monetários por motivo de segurança ou precaução. 
 
Y representa a renda monetária 
k representa a proporção média da renda que será destinada à retenção de moeda, 
 
O MOTIVO ESPECULAÇÃO OU PORTFÓLIO 
Parcela dademanda por moeda que o indivíduo guarda com objetivo de ser beneficiado por 
algum ganho futuro. 
 
h representa a sensibilidade do mercado diante de um aumento na taxa de juros e vice-versa. 
i representa taxa média de juros. 
 
A FUNÇÃO DA DEMANDA POR MOEDA 
Ao reunir (agregar) os três motivos pelos quais as pessoas retêm moeda, temos: 
 
 
DEMANDA REAL POR MOEDA 
 
P representa o nível geral de preços. 
A equação nos diz que a demanda real por moeda, a demanda pelo poder aquisitivo da moeda, 
é uma função positivamente relacionada ao nível de renda real e negativamente relacionada à 
taxa de juros. Os parâmetros k e h expressam, respectivamente, a magnitude com que a renda 
real e a taxa de juros afetam a demanda por moeda, isto é, uma elevação na renda real deve 
aumentar a demanda real por moeda em k u.m.; Já uma elevação na taxa de juros deve reduzir 
a demanda real por moeda em h u.m. 
 
 
 
VELOCIDADE DE CIRCULAÇÃO DA MOEDA 
Taxa pela qual a moeda “gira” pela economia em determinado período. 
 
V é a velocidade de circulação da moeda; 
P representa o nível de preços; 
Y representa o nível da produção agregada ou PIB; 
M representa a quantidade de moeda no país. 
 
A TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA 
A Teoria Quantitativa da Moeda revela que a quantidade de moeda multiplicada pela sua taxa 
de circulação (velocidade-renda) é igual ao valor das transações ou ao PIB nominal. Essa equação 
determina que uma expansão na quantidade de moeda, mantida constante a velocidade-renda, 
implica elevação no nível de preços, aumento na quantidade produzida ou uma combinação 
dessas duas variáveis. 
 
 
AULA 8 - SISTEMA FINANCEIRO 
 
AGENTES ECONÔMICOS 
São todos os agentes que participam da economia: as famílias, as empresas, o governo e o setor 
externo. 
 
RELAÇÕES FINANCEIRAS 
São relações de transferência de renda do agente superavitário para o agente deficitário. Todas 
as vezes que um agente econômico transfere poder de compra para outro agente econômico, 
tendo em contrapartida a promessa de pagamento futuro, ocorre uma relação financeira. 
 
AGENTE SUPERAVITÁRIO 
É o agente econômico que apresenta a receita (ou renda) de seu orçamento maior que os seus 
gastos. É o agente econômico cujos planos de dispêndio corrente são inferiores à sua renda para 
o mesmo período. 
 
AGENTE DEFICITÁRIO 
É o agente econômico que apresenta a receita (ou renda) de seu orçamento menor que os seus 
gastos. É o agente econômico que pretende gastar correntemente mais do que sua renda. 
 
POUPANÇA DE UM AGENTE ECONÔMICO 
Poupança de um agente econômico é toda a renda disponível (isto é, a renda menos os tributos) 
que este recebeu subtraindo-se o que ele gastou comprando bens e serviços de consumo no 
mesmo período. 
 
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA 
É a instituição que assume o papel de intermediador financeiro. 
 
 
 
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 
Ocorre quando uma instituição faz a “ponte” entre um agente superavitário e um agente 
deficitário. Nesse caso, a instituição assume um contrato com cada uma das partes, sendo 
devedor do agente superavitário e credor do agente deficitário. Logo, assume com o agente 
superavitário todo o risco inerente ao agente deficitário. 
 
JURO 
É a remuneração que o tomador de recursos paga ao dono do capital monetário emprestado. 
 
TAXA DE JUROS 
É o percentual cobrado sobre o total do capital monetário emprestado para pagar juros. 
 
RISCOS 
É a possibilidade de ganho ou perda dentro de um contrato. Está associado à incerteza quanto 
ao futuro. 
 
GARANTIA 
É o compromisso adicional assumido entre o emprestador e o tomador de empréstimo. Nesse 
compromisso é oferecido, por parte do tomador, algum bem que garanta que o contrato será 
realizado no final. 
 
FIADOR 
É o agente econômico que abona outro agente tomador de empréstimo com a finalidade de se 
responsabilizar, caso o contrato de empréstimo não seja quitado. 
 
TÍTULOS 
É o certificado de propriedade de um bem ou valor monetário. 
 
TÍTULOS DE DÍVIDA 
Ocorre quando o título refere-se a uma dívida que será quitada no futuro. O agente econômico 
que carrega um título de dívida tem o direito de receber (em data estipulada) o valor expresso 
no título. 
 
DIVIDENDOS 
É a remuneração dada na forma de renda a cada título de propriedade (ação) de uma sociedade 
anônima. 
 
AÇÃO 
É o certificado de propriedade (título de propriedade) de pequena parte de uma empresa. 
 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS 
São instituições financeiras que estão autorizadas a captar parte dos recursos através de 
depósitos (depósito à vista, depósito a prazo e depósito em poupança). 
 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO-BANCÁRIAS 
São instituições financeiras que, ao captarem seus recursos, geram títulos de dívida. 
 
 
MEIOS DE PAGAMENTO 
São todos os ativos que podem liquidar qualquer dívida de imediato, ou seja, a possibilidade de 
pagamento da sociedade. São considerados meios de pagamentos o PMPP e os depósitos à vista. 
 
DIFERENTES TIPOS DE INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS 
Na maioria dos sistemas financeiros de países industrializados (caso do Brasil), as instituições 
bancárias são obrigadas a atuar em apenas um tipo de mercado. O que determina essa atuação 
é o tipo de captação de depósito que é realizado. Desta forma, temos: 
 
Banco comercial - autorizado a captar depósito à vista. O banco comercial tem como principal 
fonte de captação de recursos os depósitos à vista e aplica a maior parte desses recursos no 
mercado de crédito de curto prazo para pessoas física e jurídica, sendo o crédito fornecido à 
pessoa jurídica para financiar capital de giro. Os principais riscos desse tipo de banco são os 
riscos de crédito e de liquidez, e adquirem ativos de curta duração; 
 
Banco de investimento - autorizado a captar depósito a prazo. O banco de investimento tem 
como principal fonte de captação de recursos os depósitos a prazo e aplica a maior parte desses 
recursos no mercado de capitais. O principal risco desse tipo de banco é o risco de capital. Essas 
instituições adquirem ativos de duração mais longa, tais como título de dívida e de propriedade; 
 
Banco de poupança - autorizado a captar depósito em poupança. O banco de poupança tem 
como principal fonte de captação de recursos os depósitos em poupança e aplica a maior parte 
desses recursos no mercado de crédito, contudo, em um mercado específico: o mercado 
imobiliário. O principal risco desse tipo de banco é o risco de crédito; entretanto, tal risco é 
amenizado pela garantia gerada pelo imóvel adquirido. 
 
TIPOS DE DEPÓSITOS REALIZADOS NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS: 
Depósito à vista (depósitos feitos em conta corrente e que possuem liquidez imediata – podem 
ser trocados por moeda a qualquer momento); 
Depósito à prazo (depósitos feitos no banco mas não resgatáveis a qualquer momento, são 
obrigações que o banco tem com os clientes que só podem ser resgatados em prazo pré-
determinado entre os dois, e caso haja necessidade de resgatá-lo o cliente poderá perder 
rendimentos) e 
Depósito em poupança (obrigação que os bancos criam quando o cliente deposita uma 
determinada quantia com o objetivo de obter algum rendimento, eles podem ser resgatados a 
qualquer momento, mas somente com um pedido direto aos bancos, isto é, não podem ser 
transferidos por emissão de cheque. 
 
 
AULA 9 - O SETOR PÚBLICO 
 
TEORIA ECONÔMICA 
É uma parte da Ciência Econômica em que as hipóteses levantadas sobre o funcionamento da 
realidade social são organizadas de forma sistemática. 
 
 
 
POLÍTICA ECONÔMICA 
É a parte daCiência Econômica que busca a normatização. Isto é, após sistematizar as hipóteses 
levantadas na teoria, volta-se para a prática objetivando regular a realidade social em questão. 
Daí a importância de a teoria econômica ser de conhecimento da população para que esta 
compreenda os mecanismos de condução da política econômica. 
 
SETOR PÚBLICO 
Compreende todos os órgãos e empresas pertencentes ao Estado (nas esferas estadual, 
municipal e federal). Com uma observação: para o caso brasileiro, são considerados os órgãos e 
empresas não-financeiras mais o Banco Central do Brasil. 
 
FUNÇÕES ECONÔMICAS DO SETOR PÚBLICO 
Função alocativa (prover os chamados bens públicos), a função distributiva (distribuir a renda 
da forma que a sociedade considere justa) e a função estabilizadora (buscar baixo nível de 
desemprego e nível de preços controlado). 
 
DENTRO DE SUA ESTRUTURA TRIBUTÁRIA, O SETOR PÚBLICO PODE UTILIZAR ALGUNS 
PRINCÍPIOS: 
Princípio da capacidade de pagamento - taxas de tributação progressiva conforme a renda; 
Princípio do benefício - o pagamento do tributo feito em conformidade com quem utiliza o 
benefício; 
Princípio da neutralidade - a estrutura tributária deve afetar o mínimo da alocação de recursos 
da economia; e 
Princípio da simplicidade - o tributo deve ser de fácil arrecadação. 
 
TIPOS DE IMPOSTOS 
Impostos diretos - São tipos de impostos em que as cobranças são feitas diretamente sobre a 
fonte pagadora do imposto; 
Impostos indiretos - São impostos que incidem sobre bens e serviços, e por isso não são 
cobrados diretamente da fonte pagadora. 
 
COMO O GOVERNO GASTA SEUS RECURSOS 
O governo realiza seus gastos comprando bens e serviços produzidos na sociedade e/ou 
pagando seus funcionários, e/ou transferindo renda e/ou dando subsídios. Os gastos realizados 
nas compras de bens e serviços de consumo e intermediários são chamados gastos correntes ou 
de custeios. Já os gastos realizados na compra de bens de capital são chamados gastos de capital. 
 
NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO 
Representa o resultado do governo, isto é, a diferença entre o total arrecadado pelo setor 
público e o total gasto por esse mesmo setor. Pode também ser pensada como a variação do 
endividamento do governo. 
 
NFSP PRIMÁRIA 
É a necessidade de financiamento do setor público excluindo-se as despesas financeiras 
(pagamento de juros). 
 
 
 
NFSP NOMINAL 
É a necessidade de financiamento do setor público levando em conta o pagamento com juros 
nominais, ou seja, inclui o ganho real mais a parte referente à inflação. 
 
NFSP OPERACIONAL 
É a necessidade de financiamento do setor público levando em conta o pagamento com juros 
real. 
 
 
AULA 10 - POLÍTICA FISCAL 
 
PRINCIPAIS POLÍTICAS ECONÔMICAS EXISTENTES 
Política fiscal; política monetária, política cambial e política comercial. 
 
POLITICA FISCAL 
É a forma de utilizar os instrumentos do orçamento público para normatizar os agregados 
macroeconômicos. Os objetivos dessa política dependem da teoria econômica que está sendo 
utilizada. 
 
PLENO EMPREGO (DA PRODUÇÃO) 
Ocorre quando os fatores de produção estão sendo utilizados ao máximo, isto é, não existe 
desemprego involuntário nem capacidade produtiva ociosa – esta acontece quando o estoque 
de capital (máquinas, equipamentos etc.) da economia não está sendo plenamente utilizado. 
 
DESEMPREGO INVOLUNTÁRIO 
Ocorre quando trabalhadores estão ofertando trabalho ao salário oferecido pelo mercado mas 
não conseguem emprego. 
 
QUANDO O GOVERNO DEVE AGIR DE FORMA EXPANSIONISTA 
Como Keynes sugeriu, a economia atua com desemprego involuntário dos fatores de produção, 
principalmente da força de trabalho. Como a economia nunca chegaria ao pleno emprego se 
deixar por conta do mercado, o governo deveria agir de forma a reduzir o desemprego utilizando 
as políticas econômicas (principalmente a fiscal), e para isso deveria utilizar uma política fiscal 
que aumentasse a renda agregada (isto é, uma política fiscal expansionista). 
 
QUANDO O GOVERNO DEVE AGIR DE FORMA CONTRACIONISTA 
Se a economia apresentasse uma economia de pleno emprego da produção, qualquer pressão 
da demanda (aumento na procura por bens e serviços) levaria a um aumento de preços, e para 
resolver essa situação, o governo deveria aumentar o preço desses produtos, fazendo com que 
o mercado passasse a buscar novos produtos em lugar destes. Isso é chamado inflação de 
demanda. Essa atitude do governo consiste em diminuir a renda agregada (isto é, uma política 
fiscal contracionista). 
 
 
 
 
 
RENDA AGREGADA 
É a soma de todas as remunerações pagas aos fatores de produção no processo de produção de 
bens e serviços, isto é, a soma de todos os salários, lucros, aluguéis e juros do país. A renda 
agregada disponível é igual à renda agregada gerada no processo de produção de bens e serviços 
(Y) menos os tributos cobrados pelo governo (extraindo da renda disponível) mais a 
transferência de renda que o governo faz à sociedade (aposentadoria, seguro-desemprego, 
bolsa-família, bolsa-escola etc.). 
YD = Y – T 
 
DEMANDA AGREGADA 
É a soma de todos os bens e serviços finais demandados no país em um determinado período. É 
composta pelo consumo das famílias em bens e serviços de consumo, pelos investimentos (bens 
de capital, estoque das empresas e imóveis), pelos gastos do governo e pelas exportações. 
DA = C + I + G + X 
 
OFERTA AGREGADA 
É a soma de todos os bens e serviços finais disponibilizados para o consumo da sociedade como 
um todo. É composta pela produção interna do país e pelos produtos importados. 
OA = Y + M 
A oferta agregada (OA) é dada pela soma de todos os bens produzidos no país (Y) mais os bens 
disponíveis para importação (M). 
 
DIFERENÇA ENTRE DÉFICIT PÚBLICO E DÍVIDA PÚBLICA 
Quando o governo fica com suas receitas inferiores aos seus gastos, ocorre um déficit. Se o 
governo adota constantes políticas fiscais expansionistas que incorram constantes déficits, ele 
aumentará sua dívida, de forma que não poderá mais gastar mais do que arrecada, pois terá que 
pagar os acúmulos de déficits de períodos anteriores. O déficit público é o que ocorre no 
período, um fluxo, e a dívida pública é um acúmulo de déficits, um estoque. 
 
 
AULA 11 - POLÍTICA MONETÁRIA 
 
OFERTA DE MOEDA 
Objetos capazes de comprar bens e serviços ou de quitar uma dívida de forma imediata, isto é, 
objetos que apresentem liquidez total. O papel moeda que está em poder público (PMPP) faz 
parte dos meios de pagamento da sociedade. 
 
SÃO CONSIDERADOS OFERTA DE MOEDA 
O papel moeda em poder público (PMPP), o cartão de débito, o depósito que está em sua conta 
(depósito à vista) 
OM = PMPP + DV 
POLÍTICA MONETÁRIA 
É o conjunto de medidas que o governo adota para controlar a oferta de moeda (meios de 
pagamento) conforme os interesses econômicos do país. Quase sempre essas medidas são 
implementadas pelo Banco Central. É quando o governo resolve variar a oferta de moeda do 
país. 
 
DIFERENÇA ENTRE POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA E POLÍTICA MONETÁRIA 
CONTRACIONISTA 
Quando o governo adota medidas visando aumentar a oferta de moeda, está adotando uma 
política monetária expansionista, e quando o governo toma medidas visando diminuir a oferta 
de moeda, adota uma política monetária contracionista. 
Aqueles economistas que acreditam que a emissão de moeda causa inflação e por isso afeta a 
distribuição de renda no país, recomendam uma política monetária que tem como objetivo um 
forte controle sobre a oferta de moeda, restringi-a ao máximo possível para evitar que ocorraaumento generalizado de preços. Aqueles economistas que acreditam que o governo pode 
emitir moeda ao realizar seus gastos sem necessidade de contrabalançar com tributos/aumento 
da dívida e que isso não causa inflação. Se a economia apresenta desemprego de seus fatores 
de produção (trabalho, máquinas, equipamentos, etc.), o governo pode e deve realizar gastos 
aumentando a oferta de moeda do país. Esse aumento de gastos fará aumentar a quantidade 
produzida de bens e serviços, e com isso, a renda agregada também aumentará e o desemprego 
tenderá a diminuir. 
O governo consegue afetar diretamente a demanda agregada, aumentando ou diminuindo seus 
gastos (política fiscal). O governo age diretamente sobre a demanda agregada quando utiliza a 
política fiscal. 
 
OBJETIVOS PRINCIPAIS DO GOVERNO AO UTILIZAR A POLÍTICA MONETÁRIA 
O objetivo principal é afetar a base monetária da sociedade, que é controlada diretamente por 
ele. Assim, ele pretende afetar os meios de pagamento (meta secundária), e assim ele poderá 
chegar aos objetivos finais (que é aumentar o nível de emprego, crescimento do produto, 
estabilidade de preços, etc.). De modo geral, os objetivos da política monetária são 
estabilizar o nível de preços, aumentar o nível de emprego, buscar maior crescimento 
econômico, estabilizar a taxa de câmbio, etc. 
 
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA 
Reservas compulsórias 
O governo impõe aos bancos comerciais que guardem parte dos depósitos à vista que 
receberam como reservas. Se o governo aumenta essa obrigatoriedade, os bancos comerciais 
terão menos dinheiro para emprestar a outros correntistas (política contracionista); logo, menos 
possibilidade de criação de depósitos à vista. Caso contrário, se o governo diminui essa 
obrigatoriedade, os bancos terão mais dinheiro para emprestar (política expansionista); logo, 
maior possibilidade de criação de depósito à vista. 
 
Redesconto 
O redesconto é o empréstimo que o Banco Central faz aos bancos comerciais que precisam de 
reservas bancárias para fechar suas contas. Para realizar esses empréstimos, quase sempre o 
Banco Central impõe uma taxa de juros punitiva. Se o governo resolve aumentar essa taxa, será 
maior o custo dos bancos comerciais ao recorrer ao Banco Central (política contracionista); 
dessa forma, eles ficariam mais cautelosos para fornecer empréstimos aos seus clientes (menor 
possibilidade de depósito à vista). Em contrapartida, se o governo resolve diminuir essa taxa, 
será menor o custo dos bancos para recorrer ao Banco Central; eles ficariam menos cautelosos 
para emprestar aos seus clientes (política expansionista). 
 
 
 
Operações de mercado aberto (compra e venda de títulos públicos) 
Operações de mercado aberto são operações de compra e venda de títulos públicos feitas pelo 
governo. Caso o governo compre um título público que está em poder de algum outro agente 
econômico, ele estará retirando desse agente o título e retornando papel-moeda; logo, 
aumentando a base monetária da economia e, por consequência, os meios de pagamento 
(política expansionista). Caso o governo esteja vendendo um título público, ele estará trocando 
papel-moeda pelo título; dessa forma, diminui a base monetária da economia (política 
contracionista). 
 
 
AULA 12 - SETOR EXTERNO: O BALANÇO DE PAGAMENTOS 
 
BALANÇO DE PAGAMENTOS 
O balanço de pagamentos é um método de contabilização das transações financeiras e 
comerciais realizadas por residentes e não-residentes de um país em um determinado período 
de tempo. Esse método é recomendado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e utilizado 
por quase todos os países capitalistas. O balanço de pagamentos é dividido em transações 
autônomas e transações compensatórias. 
 
TRANSAÇÕES AUTÔNOMAS 
Dentro das transações autônomas estão as transações correntes e o movimento de capitais 
autônomos. As transações correntes são subdivididas em balança comercial (que contabiliza 
todas as transações de mercadorias), balança de serviços (que contabiliza todas as transações 
de serviços) e as transações unilaterais. Na conta movimento de capitais autônomos são 
contabilizadas todas as transações de obrigações e direitos realizadas entre residentes e não-
residentes. O resultado da soma das transações correntes com o movimento de capitais 
autônomos é o saldo do balanço de pagamentos. Se esse saldo for positivo, significa que o país 
está arrecadando mais divisas do que está enviando para o exterior. Por outro lado, se o saldo 
for negativo, o país está enviando mais divisas do que arrecadando. Esses resultados são 
compensados com outra conta para que o balanço de pagamentos fique zerado. 
 
TRANSAÇÕES COMPENSATÓRIAS 
A conta movimento de capitais compensatórios registra os resultados obtidos no saldo do 
balanço de pagamentos para que este fique zerado. Se o resultado for positivo, registra-se como 
variações de reservas internacionais. Se o saldo for negativo, registra-se nas variações de 
reservas e/ou operações de regularização (operações com o FMI) e/ou atrasados comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BALANÇA COMERCIAL 
É uma conta das transações correntes que contabiliza as transações comerciais de bens 
realizadas entre residentes e não-residentes do país em um determinado período de tempo. 
 
BALANÇA DE SERVIÇOS 
É a conta das transações correntes que contabiliza todas as transações de serviços realizadas 
entre residentes e não-residentes de um país em determinado período de tempo. 
 
TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS 
São pagamentos feitos entre residentes e não-residentes em determinado período de tempo e 
que não têm uma contrapartida de bens ou serviços. 
 
MOVIMENTO DE CAPITAIS AUTÔNOMOS 
Conta do balanço de pagamentos que registra todas as transações autônomas de obrigações e 
direitos entre residentes e não-residentes de um país em um determinado período. 
 
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 
Contabilizados na conta movimento de capitais autônomos são empréstimos e financiamentos 
realizados entre residentes e não residentes de um país em determinado período de tempo. 
 
 
 
AMORTIZAÇÕES 
Contabilização de todos os pagamentos do principal de empréstimos e financiamentos feitos 
entre residentes e não-residentes de um país em um determinando período de tempo. Mas 
atenção, é só o pagamento referente ao principal da dívida; os juros pagos no empréstimo são 
registrados na conta renda de capital da balança de serviços, que você viu anteriormente 
quando foi falado das transações correntes. 
 
INVESTIMENTO DIRETO 
Investimento realizado por não residentes no país diretamente em bens de capital. Exemplo: a 
construção de uma fábrica no país por uma empresa não residente. 
 
INVESTIMENTO INDIRETO 
Investimento realizado por não-residentes no país que não cria diretamente estoque de bens de 
capital. Exemplo: o investimento realizado por não-residentes em carteiras de ações de uma 
empresa residente. 
 
REINVESTIMENTO 
Refere-se a investimentos realizados no país por empresas estrangeiras que já estão instaladas 
no país; contudo, os recursos utilizados são obtidos através de investimentos realizados 
anteriormente. 
 
VARIAÇÕES DE RESERVAS 
Item da conta movimento de capitais compensatórios que registra o quanto estão variando as 
reservas internacionais de divisas estrangeiras do país devido às transações autônomas 
comerciais e financeiras realizadas entre residentes e não-residentes em determinado período 
de tempo. 
 
OPERAÇÕES DE REGULARIZAÇÃO 
Transações realizadas pelo país com órgãos internacionais, como o FMI, com o objetivo de 
fechar o déficit do balanço de pagamentos não coberto por reservasinternacionais acumuladas 
anteriormente. 
 
ATRASADOS COMERCIAIS 
Item da conta movimento de capitais autônomos criado para contabilizar a falta de pagamento 
de um país frente às necessidades das transações realizadas entre residentes e não-residentes 
desse país. 
 
MORATÓRIA 
Ocorre quando um agente econômico não tem recursos financeiros para pagar alguma 
obrigação assumida por ele. 
 
 
 
 
 
AULA 13 - SETOR EXTERNO: A TAXA DE CÂMBIO E AS POLÍTICAS 
CAMBIAL E COMERCIAL 
 
 
TAXA DE CÂMBIO 
É a taxa que indica o preço da moeda estrangeira em relação à moeda nacional. 
 
VALORIZAÇÃO E DESVALORIZAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO 
Em resumo, quando a taxa de câmbio de um país é desvalorizada, as exportações de bens e 
serviços desse país tendem a aumentar e as importações de bens e serviços a diminuir. Em 
contrapartida, quando a taxa de câmbio do país se valoriza, as exportações de bens e serviços 
tendem a diminuir e as importações a aumentar. 
 
POLÍTICA CAMBIAL 
É o conjunto de instrumentos das relações internacionais com outros países que o governo tem 
e pode utilizar como política econômica. 
 
REGIMES CAMBIAIS 
Existem três tipos de regimes cambiais: o regime de câmbio flutuante, o regime de câmbio fixo 
e o regime de câmbio misto. 
 
REGIME DE CÂMBIO FLUTUANTE 
É o regime em que a taxa de câmbio é determinada no mercado da moeda estrangeira, ou seja, 
depende da quantidade demandada e da quantidade ofertada da moeda estrangeira. 
 
REGIME DE CÂMBIO FIXO 
É o regime em que o governo determina uma taxa de câmbio. Dessa forma, para qualquer troca 
da moeda local pela moeda estrangeira o governo garantirá essa taxa 
 
REGIME DE CÂMBIO MISTO 
Quando um governo resolve adotá-lo, ele considera uma taxa de câmbio que acredita ser o 
limite máximo para o interesse do país e uma outra taxa de câmbio que acredita ser o limite 
mínimo, deixando a taxa de câmbio efetiva (a que realmente ocorre) flutuar nesse intervalo 
(entre a taxa máxima e taxa mínima). 
 
OUTRA MANEIRA COMO O GOVERNO PODE CONTROLAR A ENTRADA E SAÍDA DE MOEDAS 
ESTRANGEIRAS DO PAÍS 
Se o país tenha uma política voltada para o desenvolvimento industrial do país, o governo pode 
incentivar a importação somente de bens de capital (máquinas e equipamentos) e proibir as 
importações de bens supérfluos e que não ajudem no desenvolvimento industrial. Ele pode fazer 
isso aumentando as tarifas alfandegárias desses produtos, fazendo com que eles fiquem mais 
caros do que os produzidos no país. Da mesma forma, ele pode agir proibindo a exportação, 
criando tarifas alfandegárias para esse tipo de transação. 
 
 
 
AULA 14 – INFLAÇÃO 
 
 
INFLAÇÃO 
Quando ocorre um aumento geral no nível de preços. 
 
HIPERINFLAÇÃO 
Quando uma economia atinge patamares elevadíssimos de aumento generalizado de preços. É 
o processo onde a inflação ultrapassa 50% por mês, e faz com que a moeda perca suas funções. 
 
ÍNDICE DE INFLAÇÃO 
É a porcentagem de aumento nos preços dos bens e serviços em determinado período de 
tempo. 
 
CONSEQUÊNCIAS DE UMA INFLAÇÃO ALTA 
Principalmente sobre a distribuição de renda, pois os trabalhadores perdem poder de compra. 
Influencia também nas transações entre residentes e não-residentes do país, principalmente nas 
transações de bens e serviços contabilizadas nas transações correntes, pois os preços dos 
produtos internos tendem a ficar mais caros, incentivando as importações e, 
consequentemente, diminuindo as exportações, e isso produz um déficit em transações 
correntes. Influencia também nas funções da moeda, principalmente em caso de hiperinflação, 
pois faz com que ela perca suas funções (meio de troca, reserva de valor e unidade de conta): 
ela perde valor, incentivando as pessoas a não guardar dinheiro (perde reserva de valor), as 
pessoas utilizam outro indicador para dar valor as coisas, ao invés da moeda (perde unidade de 
valor) e as pessoas preferem receber outra coisa mais valiosa em suas negociações de compra e 
venda do que a moeda (perdendo a função de meio de troca). 
 
INFLAÇÃO DE DEMANDA 
Ocorre quando há excesso de procura por bens e serviços sobre uma dada oferta, o que provoca 
aumento dos preços desses bens e serviços. Ocorre quando o aumento generalizado de preços 
é provocado por excesso de demanda agregada de bens e serviços frente à possibilidade de 
oferta desses bens e serviços. 
 
INFLAÇÃO DE CUSTOS 
A inflação tem origem na elevação dos custos de produção, que são repassados para os preços 
das mercadorias (esses insumos podem aumentar por monopolização do mercado, pela 
desvalorização da taxa de cambio aumentando o preço dos produtos importados, pelo aumento 
do preço do trabalho/salário, etc.). Ocorre quando o aumento generalizado de preços é 
provocado por aumento no(s) custo(s) do(s) insumo(s) utilizado(s) na produção de bens e 
serviços. 
 
O EXCESSO DE OFERTA DE MOEDA CAUSA INFLAÇÃO 
Se o governo aumenta a oferta de moeda, dá a sociedade uma maior possibilidade de comprar 
bens e serviços (aumentar a demanda agregada por bens e serviços). Como a oferta agregada 
não pode aumentar, esse aumento na procura provoca aumento geral do nível de preços, 
causando inflação. 
 
POLÍTICA ECONÔMICA MAIS RECOMENDADA PARA O COMBATE DA INFLAÇÃO DE CUSTOS 
Controle dos preços. O governo controla preços estratégicos da economia (como o petróleo, 
energia elétrica) e acompanha a evolução dos custos de produção das empresas e autoriza 
aumentos de preços apenas quando fica demonstrado que realmente houve um substancial 
aumento nos custos de produção. 
 
INFLAÇÃO INERCIAL 
Ocorre quando os agentes econômicos reproduzem automaticamente os aumentos de preços 
dos períodos anteriores.

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