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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação Presencial – APE Período - 2015/2º Disciplina: Comportamento Humano nas Organizações Coordenador: Antonio M. Fandiño Questão 1 Os individuos agem de diferentes maneiras quando estão trabalhando e, frequentemente, apresentam conflitos em seu ambiente de trabalho por possuir pontos de vista diferentes de seus colegas e, em especial, de seus chefes. Por outro lado, as pesquisas na área da psicologia demonstram as pessoas demostram padrões de comportamento similares com relativa frequência. Isto se observa pela quantidade de pessoas que concordam com outras em determinado assunto pertinente ao grupo que pertencem, assumindo posições de opinião similares. A partir do exposto e baseado no material didático da disciplina, é possível prever como uma pessoa tende a se comportar ao desempenhar suas atividades no trabalho? JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA. RESPOSTA - Não com muita precisão, mas com alguma probabilidade, sim. Basta conhecer os tipos de personalidade e seus respectivos traços de personalidade. Os tipos de personalidade são categorias de pessoas com características similares. Um traço de personalidade é uma característica que distingue uma pessoa de outra em função de sua maior ou menor incidência na personalidade em análise ou estudo. Muitos traços são redundantes e similares, por isso os estudiosos propuseram o estabelecimento de fatores de personalidade. Esses fatores são a reunião de vários traços que podem ser correlacionados. Os traços e tipos de personalidade nos permitem comparar uma pessoa com outra e esta forma de estudar o assunto recebeu o nome de abordagem nomotética. Para fundamentar essa abordagem, grupos de indivíduos são estudados e realizam testes de personalidade, e as pessoas (ou melhor, os seus resultados nos testes), são comparadas. A maioria dos estudiosos prefere esta abordagem. Desta forma podemos, aproximadamente, prever como uma determinada pessoa provavelmente se comportará em situações preestabelecidas no trabalho. Questão 2 No mundo atribulado e complexo do novo século, um grupo de pessoas não sobreviverá se não possuir um líder que lhe aponte a direção mais adequada a seguir. Explique, então, a diferença entre liderança e gerenciamento. RESPOSTA- Os gerentes adotam atitudes impessoais, às vezes até passivas, em relação a metas, enquanto os líderes têm uma atitude pessoal e ativa em relação ao alcance de metas. Existe uma necessidade de liderança nos negócios, ao mesmo tempo existe uma lacuna sobre o que isso significa na prática. Sim, liderança e gerenciamento são diferentes. Eles diferem em motivação, história pessoal e no modo de pensar e agir. Neste sentido, Gardner afirma que a maior parte dos administradores ou gerentes exibe algumas habilidades de liderança e a maior parte dos líderes se vê administrando. Liderança e administração não são a mesma coisa, mas se sobrepõem. Segundo também Covey, liderança não é o mesmo que gerenciamento. Para este autor, gerenciamento é uma visão dos métodos, o melhor modo de se conseguir bons resultados. Por outro lado, liderança lida com objetivos e metas, concentrando-se em conseguir coisas desejadas pelas pessoas e deve vir antes do gerenciamento. Enquanto os gerentes têm foco em sistemas, processos e tecnologia, procurando dirigir os trabalhadores, os líderes estão orientados para as pessoas, contexto e cultura, procurando servir os colaboradores da organização. A liderança forte precisa monitorar constantemente a mudança no meio social, os hábitos de compra, os impulsos dos consumidores, organizando os recursos na direção certa. A maioria das organizações é supergerenciada e subliderada. Em suma utilizando Peter Druker “Gerenciar é fazer as coisas do jeito certo; liderar é fazer as coisas certas”. Questão 3 Um estudo realizado na Cambria Consulting sobre modelos de competências de liderança gerou a criação do modelo nomeado de nove baldes. Explique o que vem a ser estes baldes e a relevância deste modelo. RESPOSTA – Estes se dividem em: cinco “baldes” relativos a atributos (QI, QE, Conhecimento, Crescimento e Ego) e quatro ligados a práticas (Dizer, Vender, Iniciar e Relacionar-se). A palavra “balde” foi utilizada por significar um recipiente onde se podem colocar coisas. Os líderes devem ser recipientes ou “baldes” dos atributos e das práticas encontradas no estudo. É importante notar que todos os atributos e todas as práticas somente são possíveis com o correto desenvolvimento das habilidades de comunicação entre as pessoas. A relevância desse estudo está no fato de se basear não na teoria vigente, mas na busca dos critérios que as empresas estão adotando para identificar os líderes atuais e os potenciais, examinando o que é importante no mundo de hoje. As empresas cujos modelos de competência de liderança foram analisados variam bastante em tamanho e área de atuação. Muitas delas possuem alcance mundial, como Alcoa, AT&T, Du Pont, Ford, General Eletric, Johnson & Johnson, Siemens, Unilever, Hewllet- Packard, Allied Signal, e PepsiCo. Questão 4 Na evolução das Relações de Trabalho durante o desenvolvimento da história da raça humana, sempre houve uma clara distinção entre os detentores do capital e os despossuídos, que apenas contavam com sua capacidade de trabalho para subsistir. No entanto, na Era Comtemporânea, que começou com a Revolução Francesa em 1789 até a atualidade, as maiores empresas sabem que a competência de seus empregados é o que importa para fundamentar o valor das empresas. Como demonstra o posiocionamento das marcas mais valiosas do mundo em 2014, tendo a APPLE como a primeira, a segunda a Samsung, seguida de perto pela Google, também reconhecida como a mais inovadora. Explique: a) a evolução das relações de trabalho desde a formação do capitalismo, b) qual, bem como, onde se baseia o verdadeiro valor que as empresas possuem nos dias de hoje. RESPOSTA - Durante a Idade Média, marcada pelo Feudalismo, os que trabalhavam eram os servos e alguns escravos. A nobreza entendia que os serviços não eram para a elite da sociedade, era coisa menor. O modelo servil consistia basicamente na troca de trabalho por condições de subsistência. A produção era limitada pelo consumo, não se permitia desperdício ou exagero. Essa situação criou uma relação de interdependência entre senhor e servo. Com a crise do Feudalismo, iniciam-se as relações pré-capitalistas, um período de emergência da economia mercantil; surge o escambo, um modelo de troca de serviços e mercadorias por outras mercadorias. Pouco a pouco o comércio vai expandindo-se, abrindo novos mercados, o que provoca a valorização da troca, transformando o dinheiro em moeda universal. A burguesia se firma como expressão econômica e política (SALINAS, 1988). Entre os séculos XVI e XVIII, inicia-se a expansão do trabalho assalariado. Nesta fase, chamada Capitalismo Comercial, o capital se acumulava na circulação, não na produção. A partir do século XVIII, o capital passa a ser investido na produção (Capitalismo Industrial), o trabalho assalariado ganha força definitiva (SALINAS, 1988). Em fins do século XIX e início do século XX, começa-se a se delinear uma nova fase capitalista, onde quem domina são as grandes corporações financeiras – Capitalismo Financeiro. O objetivo passa a ser maior lucro no menor tempo possível (ARRUDA e PILLETI, 2002). Entende-se assim, a evolução sofrida pelo trabalho desde a Antiguidade à atualidade. Várias foram as formas de organizar o trabalhador, sua mão-de-obra e produção.Porém, só agora se percebe o real valor do “dono” dessa mão-de-obra, só recentemente as organizações passaram a se preocupar com a valorização do material humano, seu principal capital. Apenas o ser humano pode ser criativo e inovador, razão pela qual se destaca como verdadeiro valor das empresas no mundo atual. Questão 5 Em termos de criatividade e inovação nas organizações, as quais são capacidades inerentes ao ser humano e atualmente muito valorizadas, explique porque os indivíduos têm dificuldade de pensar de modo diferente. RESPOSTA: Uma das razões para as pessoas terem dificuldade em olhar as coisas e pensar diferente é adquirido ainda na escola. Desde os primeiros anos de estudo, somos acostumados a acreditar que existe uma única resposta certa para todas as coisas. Isso não é verdade; dependendo do ponto de vista, todas as respostas podem ser certas. Nossas escolas nos ensinam, desde a infância, que devemos estudar em livros específicos e, em certos dias previamente marcados, temos de mostrar que aprendemos o que nos foi ensinado, respondendo a algum teste ou exame em que nos perguntam algumas coisas e exigem que apresentemos respostas únicas para uma determinada questão. Isso acaba se tornando um “vício”, e passamos a acreditar que só existe uma resposta certa para cada coisa. Mas, embora na escola isso seja bastante conveniente, para sermos aprovados e recebermos os diplomas que desejamos, na vida real não é bem assim. A vida é ambígua, e os problemas podem admitir muitas respostas igualmente certas ou erradas, dependendo do ponto de vista ou da ocasião. Se uma pessoa está acostumada a pensar que só existe uma resposta certa para cada coisa, vai deixar de considerar as variadas possibilidades das demais opções. Antoine de Saint-Exupéry falou a respeito disso no início do livro O pequeno príncipe, quando fez um desenho de uma cobra que havia engolido em elefante e as pessoas confundiram com um chapéu.
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