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APOSTILA FITODERMATO

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1- FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE PLANTAS FITOTERÁPICAS
Definição de Fitoterapia
A palavra fitoterapia é formada de dois radicais gregos: fito, que vem de phiton, significando planta, e terapia, que vem de therapéia, significando “meio de curar”. A fitoterapia tem cunho preventivo e/ou curativo e utiliza-se de plantas medicinais. É utilizada desde que o ser humano habita o planeta, sendo transmitida através de civilizações e culturas, de geração em geração. O seu uso popular faz parte da nação brasileira, país rico na flora, de dimensões continentais, que atravessa a diversidade de espécies devido a sua extensão por climas e altitudes variadas. 
Com essas plantas medicinais pode-se tratar a pele; os olhos; os ouvidos e os sistemas: nervoso central, respiratório, digestivo, urinário, endócrino, além o reprodutor. Elas são também eficazes no tratamento de algumas doenças específicas como diabetes, hipertensão, câncer, bronquite e tratamento da obesidade, menopausa, tensão pré-menstrual, dentre outras.
É necessário que a utilização das plantas seja feita com cuidado, pois tratam-se de substâncias que interferem no metabolismo humano. A prescrição fitoterápica só pode ser efetuada por profissionais dentistas, enfermeiros, médicos, nutricionistas e farmacêuticos que tenham cursado a pós-graduação em fitoterapia
Apresentação dos produtos fitoterápicos comercializados:
Fitoterápico “magistral” (forma farmacêutica que se manipula em farmácia).
 2- Fitoterápico “oficinal” (forma farmacêutica que se manipula em farmácia, inscrita nas farmacopéias brasileiras ou compêndios ou formulários reconhecidos oficialmente).
Planta rasurada: planta seca em pequenos pedaços, na dispensação de sacos para chá.
Pó da planta: pó fino de volume variável, na dispensação de envelopes ou cápsulas.
Extrato seco padronizado: mais concentrado que o pó da planta e menos volumoso, dele se obtém determinada concentração de princípio ativo na dispensação de cápsulas.
Tintura (10% a 20%): seu princípio ativo é mantido em álcool e/ou solução de água (hidroalcóolica), é utilizada para preparo de xarope em base de mel ou incorporada em qualquer forma farmacêutica de uso externo (pomadas, loções, cremes, shampoo e gel). É também usada a forma farmacêutica de uso interno (creme vaginal ou gel, óvulos vaginais e gotas).
2- O ENFERMEIRO COMO PROFISSIONAL LIBERAL E SUA AUTONOMIA
2 .1- Aspectos Legais
2.1.1 – Habilitação Técnica – Formação Acadêmica ou Titulação por Sociedade.
2.1.2 – Habilitação Legal – Registro da Especialização ou do Título no COREN.
2.1.3 – Amparo Legal – Resolução COFEN que reconhece as Especializações para o Enfermeiro.
2.1.3.1 – A Lei 7.498/86 que dispõe sobre a regulamentação do exercício profissional da enfermagem e dá outras providências no seu artigo 11 inciso I privativamente alíneas:
 i) Consulta de Enfermagem; 
 j) Prescrição da Assistência de Enfermagem;
 m) Cuidados de Enfermagem de maior complexidade Técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas 
inciso II – Como integrante da Equipe de Saúde , alíneas: 
 c) prescrição de medicamento estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde;
 f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de enfermagem.
 Todas essa atribuições legais do Enfermeiro estão amparadas e referendadas no Decreto 94.406/87 que regulamenta a Lei do Exercício Profissional e dá outras providências. 
2.1.3.2 - Resolução COFEN 159/93 – dispõe sobre a obrigatoriedade da Consulta de Enfermagem em todos os níveis de assistência à saúde, em instituições públicas e privadas.
2.1.3.3 – Resolução COFEN 197/97 – reconhece as terapias alternativas como especialidade da enfermagem.
2.1.3.4 – Considerando a Resolução COFEN 195 de 18 de fevereiro de 1997 que Dispõe sobre a solicitação de exames de rotina e complementares por enfermeiro. Art. 1º -“O Enfermeiro pode solicitar exames de rotina e complementares quando no exercício de suas atividades profissionais”. E considera que a não solicitação de exames de rotina e complementares quando necessários, é agir de forma omissa, negligente e imprudente colocando em risco seu cliente (paciente).
3 - Aspectos Éticos
3.2.1 – Resolução COFEN 240/00 que aprova o Código de Ética dos profissionais de enfermagem e dá outras providências.
 Destacamos: 
Cap. I – Dos Princípios Fundamentais
Art . 4° - O profissional de enfermagem exerce suas atividades com justiça, competência, responsabilidade e honestidade.
Art. 6° - O profissional de enfermagem exerce a profissão com autonomia, respeitando os preconceitos legais da enfermagem.
Art.14° - Atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais.
Cap. III – Das Responsabilidades
Art. 16° - Assegurar ao cliente uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Art. 17° - Avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho para si e para a clientela.
Art. 18° - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais, em benefício da clientela, coletividade do desenvolvimento da profissão.
Art. 20° - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independestes de ter sido praticada individualmente ou em equipe.
Cap. IV – Dos Deveres
Art. 21° - Cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão.
Art. 24° - Prestar à clientela uma assistência de enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência. 
4-Entidades de Classe
ABEn
SindEnf
ASSOCIAÇÃO DE ESPECIALISTAS DE INTERESSE
COFEN/CORENS
5 – Profissional Liberal 
Classificação Brasileira de Ocupações encontradas no Ministério do Trabalho / CLT / Prefeituras 
Criar e registrar a Marca
Localização do consultório
Prefeitura – Alvará após avaliação do local - IPTU
COREN – Certidão de Registro Técnico/CRT
ANVISA – Normas sanitárias de acordo com a especialidade
Prefeitura – Fiscalização sanitária
Infra estrutura adequada para receber a clientela
Rede de parcerias (estar atento)
Estratégias de divulgação e marketing
Confiança, esperança e fé.
3- PLANTAS SELECIONADAS PARA O A ELABORAÇÃO DO PROTOCOLO CLÍNICO DE CLASSIFICAÇÃO DO ESTÁGIO DA LESÃO/FERIDA, PRESCRIÇÃO FITOTERÁPICA E DE CUIDADOS PELO ENFERMEIRO FITOTERAPEUTA E SUAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS
Barbatimão (Stryphnodendron adstringens)
Nome botânico: Stryphnodendron adstringens
Família: Mimosoideae
Nome comum: barbatimão, uabatimó, pericarana, casca de mocidade.
Partes utilizadas: casca
Habitat: florestas tropicais
MAMBER, D. (2003) referindo-se ao Barbatimão (Stryphnodendron adstringens), aponta diversos estudos sobre a eficácia dessa planta como cicatrizante, regeneradora dos tecidos e bactericida. Dentre os estudos, MELLO, J. C. P. (2002) concluiu uma longa pesquisa na Universidade Estadual de Maringá, no Paraná. Ele comprovou em ratos, os efeitos do Barbatimão (Stryphnodendron adstringens), propagados popularmente, oriundos das tribos indígenas, que usam a casca da planta a partir de 10 cm do chão, para tratamento de feridas e úlceras infectadas.
O estudo constou de 48 roedores em dois grupos. Em cada um dos animais, fez duas feridas. No primeiro grupo, uma delas foi tratada com uma pomada de base sem efeito terapêutico, enquanto na outra foi passado uma pomada comumente indicada por médicos à base de sulfato de neomicina e bacitracina, a mais vendida no mercado. Nos ratos do segundo grupo, uma ferida também foi tratada compomada de base, mas a outra com extrato de Barbatimão (Stryphnodendron adstringens). Durante 21 dias o farmacêutico mediu o diâmetro das feridas, analisou a formação de novos tecidos, novos capilares sangüíneos e o número de leucócitos presentes nas lesões. O resultado apontou o Barbatimão (Stryphnodendron adstringens) como mais eficiente que a pomada a base de sulfato de neomicina e bacitracina em todos os aspectos analisados.
Um outro estudo na Universidade Federal de Pernambuco também demonstrou que a planta pode reparar o tecido danificado de ratos. “Essa propriedade deve-se aos taninos presentes na casca”, afirma Adriana Carla de Lima, realizadora da pesquisa. Os comentários do biomédico Sérgio Francesquini, de São Paulo, reforçam as declarações acima ao dizer que a planta diminui a hemorragias das lesões devido as ações moduladoras sobre as fibras dos tecidos.
Calêndula (Calendula officinalis)
Nome botânico: Calendula officinalis
Família: Compositaea
Nome comum: Calêndula, bem-me-quer, margarida de jardim
Partes utilizadas: pétalas, flores secas, após a abertura das pétalas
Habitat: jardins
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	Calêndula (Calendula officinalis)
As pétalas são coletadas no período de junho a setembro, apesar de secas as pétalas não perdem a coloração.
CARVALHO (2003), dentre outros autores que pesquisam sobre fitofármacos, vem oferecendo relevantes contribuições nesta área e destaca que a da Calêndula (Calendula officinalis) é uma planta herbácea, originária do Mediterrâneo, da qual são utilizadas as flores. Na França, as indicações oficialmente aceitas com base no uso tradicional e nas Monografias farmacopéias: PH Françe X, são em afecções dermatológicas como antipruriginoso e cicatrizante, notadamente em cosmetologia, fazendo parte da composição de preparações indicadas para o tratamento de eritemas solares, queimaduras e dermatoses secas. Os componentes principais são flavonóides e triterpenos. Para os extratos das flores foram relatadas ações bactericida, fungistática, virucida e tricomonicida. Em modelos animais, foi relatada ação cicatrizante, com aumento da atividade fagocitária. Tal atividade é atribuída por alguns autores aos carotenóides, e por outros, às saponinas e aos flavonóides. Também foi descrita atividade imunoestimulante, atribuída principalmente às frações de polissacarideos (ISSAC, 1992).
HOFFIMAN (1990) ressalta que a constituição da Calêndula (Calendula officinalis) é de triterpenos, flavonóides e óleos voláteis e as ações anti-inflamatória, adstringente e antimicrobiana, vão além do uso local tópico. Além de excelente para o tratamento de feridas é utilizada para o tratamento de feridas gástrica e duodenal. Pode ser utilizada em lesões com compressas. Sua ação anti-fúngica sistêmica de forma eficaz, combate infecções, quando o tratamento dá-se combinado por via oral.
HOFFIMAN (1990) refere-se aos trabalhos de:
Shcerbakova LI Tolstova T Moskalento NIu Persinhin GN- Study of antiviral properties of Calendula officinalis.
Mutagenesis (1990 jul) 5 (4): 327 – 31 Fleichner, A. M. – Plant extracts: to accelerete healing and reduce inflamation.
Czas stomatol (1983 apr) 36 (4) : 307-11 Kartikeyan S Chaturvedi RM Narkar SU – Effect of Calendula on trohpic ulcers (Letter; comment).
Lepr Ver (1990 Dec) 61 (4) : 399 Klouchek Popova E Popov A Pavlova N Krusteva S. – Influence of the physiological regeneration and epithelialization using fractions isolated from Calendula officinalis.
Acta Physiol Pharmacol Bulg (1982) 8 (4) : 63 – 7 Marinchev Vn Bychkova LN Balvanovich NV Giraev AN – Use of calendula for therapy of choronic inflammatory diseases of eyelids and conjunctiva.
E informa ainda que o uso de Calêndula (Calendula officinalis) na Europa é muito comum para o tratamento de úlceras e que os bons resultados se devem à presença de terpenos. Os glicosídeos triterpenos exercem ações antiúlceras e ação sedativa local. Os tratamentos recomendados são também para úlceras crônicas, edema capilar, congestão hepática e explênica e severas lesões.
PIMENTEL, in DANTAS (2003), ressalta as indicações terapêuticas da Calêndula (Calendula officinalis) no tratamento dos ferimentos abertos infectados ou não, foliculite, estrófulo, eczema seborreico de couro cabeludo, crosta láctea, miliária, dermatites de contato, amoniacal e fúngicas, fissuras no mamilo, úlceras de estase e pressão. Observou-se resultados em acne, quelóides tínea frieira, piodermites, mulusco contagioso e herpes labial; bons resultados também em abcessos e furúnculos. 
Babosa (Aloe vera)
Nome botânico: Aloe vera
Família: Liliaceae
Nome comum: Babosa
Partes utilizadas: parênquima (gel) – folhas frescas
Habitat: jardins
	
Presença do gel filante e transparente no parênquima transparente da folha
	
	
	Babosa - Aloe vera arborescens
	Babosa – Aloe vera barbadensis miller
PIMENTEL, in DANTAS (2003), relata após pesquisas que as indicações terapêuticas da Babosa (Aloe vera), são as seguintes: lesões de pele secundárias à queimaduras térmicas ou químicas (1º, 2º e 3º graus, desde que não infectado) e físicas (radioterapia). Observou-se alívio imediato da dor. Também utilizadas em alguns casos de celulite, erizipela, psoríase, eczema. 
É constituída de 96% de água e 4% de complexas moléculas de carboidratos. Em sua composição química foram identificados 54 ingredientes, entre eles polissacarídeos contendo glicose, galactose e xilose, tanino, esteróides, ácidos orgânicos, substâncias antibióticas, enzimas de vários tipos, resíduos de açúcar, uma proteína com 19 aminoácidos (dos 22 que nosso organismo necessita), vitaminas, minerais, ferro, cálcio, cobre, sódio, potássio, manganês e outros. 
Mecanismo de ação:
. Antiinflamatória: tem ação similar à dos esteróides, como a cortisona, sem o efeito colateral. 
. Inibidora da dor: bloqueia as fibras nervosas periféricas, receptoras da dor.
. Coagulante: provoca nas lesões a formação de uma rede de fibras que fixam as plaquetas do sangue, acelerando a cicatrização.
. Bactericida: elimina bactérias que causam infecções devido a sua capacidade bacteriostática, bactericida e fungistática. 
. Regeneradora celular: possui propriedades fitoquímicas que aceleram a formação e crescimento de células novas.
. Queratolítico: faz com que a pele danificada dê lugar a um tecido de células novas. 
. Nutritiva: tem grande quantidade de enzimas necessárias para o processamento e aproveitamento dos carboidratos, gorduras e proteínas no organismo. 
. Desintoxicante: contém ácido urônico, que promove a eliminação de toxinas em nível celular, estimulando as funções hepática e renal.
. Reidratante e cicatrizante: penetra profundamente nas 3 camadas da pele, graças à presença de ligninasse e polissacarídeos. 
Para o controle da qualidade e pureza dos produtos à base de Aloe vera, foi criado o Internacional Aloe Science Council (Conselho Internacional de Ciência do Aloe vera) com sede no Texas, nos Estados Unidos. Desse modo, como garantia da origem, da qualidade e do processo de estabilização utilizado, antes de se usar um produto à base de babosa, é importante verificar se o mesmo contém em sua embalagem o selo de garantia do IASC.
Camomila (Chamomila recutita, Matricaria chamomila)
Nome botânico: Chamomila recutita, Matricaria chamomila
Família: Asteraceae
Nome comum: Camomila, german chamomile, Hungarian chamomile, true chamomile
Partes utilizadas: flores
Habitat: Europa, locais frios
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Camomila (Chamomila recutita, Matricaria chamomila)
CARVALHO (2003) diz que diferentes experimentos para estudo do poder antiinflamatório de flavonóides têm sido feitos nos últimos anos. Isso tem sugerido que flavonóides não somente aumentam a permeabilidade capilar, como podem inibir certos estágios do processo inflamatório, estimulando a formação de granulação tecidual. Apigenina e luteolina de Camomila (Chamomilarecutita, Matricaria chamomila) reduziram a infiltração de leucócitos para área inflamada, a luteolina manteve esse efeito por 18 horas após o tratamento ( DELLA LOGGIA et al, 1986).
Corroborando a opinião sobre o potencial fitoterapêutico da Camomila (Chamomila recutita, Matricaria chamomila) estão os trabalhos de GRIEVE (1994), MCGUFFIN (1997), BRADLEY (1992), MILLS (1994) e HOFFMAN (1990).
BRADLEY (1992), ao referir-se ao habitat, menciona as planícies, por onde foi introduzida na Europa como German Chamomile, faz alusão também ao cultivo na Nova Zelândia e na Austrália, onde existem em menor escala. Sua constituição é um óleo volátil, possui sesquiterpenos e flavonóides. BRADLEY (1992) e MILLS (1994) apontam ações antiinflamatórias. BRADLEY (1992) e HOFFMAN (1990), ações antibacteriana, e MILLS (1994) e HOFFMAN (1990), ações de vasodilatador periférico e analgésico. Ainda HOFFMAN (1990) menciona aplicação em mucosa gástrica, gengivas e inflamações oculares. 
Tea Tree ( Melaleuca alternifolia)
Nome botânico: Melaleuca alternifolia
Família: Myrtaceae
Nome comum: Tea Tree
Partes utilizadas: óleo essencial
Habitat: Sul da Austrália, campos.
	
	
	Tea Tree ( Melaleuca alternifolia)
HOFFIMAN (1990) afirma que o óleo essencial da Tea Tree( Melaleuca alternifolia) é constituído de terpenos e sesquiterpenos, com ação antimicrobiano potente. As indicações são do uso do óleo essencial em diversas preparações como importante antimicrobiano em pesquisas recentes de avaliação na América do Norte. A lista de indicações da Tea Tree (Melaleuca alternifolia) é grande, dentre elas, para a pele, cortes e ferimentos.
4- ÁCIDOS GRAXOS ESSÊNCIAIS E SUA UTILIZAÇÃO DOS CUIDADOS COM A PELE E NO TRATAMENTO DE LESÕES/FERIDAS
Os ácidos graxos essenciais participam da formação da parede celular, a sua crência acarreta deficiência na construção adequada dos tecidos atuam como moduladores hormonais.
.
Diversos autores pesquisados corroboram a opinião de que as espécies vegetais Prímula - óleo de sementes de Prímula (Oenothera biennis), Linhaça - óleo de sementes de Linhaça (Linum usitatissimum), Borragem - óleo de sementes de Borragem (Borrago officinalis), Trigo - Germe de Trigo (Triticum vulgare), possuem grande quantidade de Ácidos Graxos Essenciais, principalmente o ácido gama linoleico (GLA -Gama Linolenic acid). 
O GLA é um intermediário essencial na formação de prostaglandinas E1 (PGE1). Esta prostaglandina é formada a partir de transformações enzimáticas dos ácidos graxos insatutados ou Ácidos Graxos Essenciais, ingeridos normalmente na alimentação, como o ácido linoléico.
PRÍMULA
Botânica: Oneothera biennis
Nome popular: Erva dos Burros
Nome científico: Oneothera biennis
Família: Onagraceae
Pode -se utilizar em substituição ao óleo de prímula, óleo de sementes de Linhaça (Linum usitatissimum) ou óleo de sementes de Borragem (Borrago officinalis).
Referências sobre a Prímula - óleo de sementes de Prímula (Oenothera biennis), e suas Propriedades Terapêuticas.
HERBARIUM, em seu informativo técnico mensiona a Borragem e o Trigo:
"A Borragem - óleo de sementes de Borragem (Borrago officinalis), é uma erva anual, cultivada desde a antiguidade, onde era utilizada no preparo de uma bebida que proporcionava felicidade e afastava a melancolia. Hoje ainda é empregada na preparação de bebida à base de vinho".
O Trigo - Germe de Trigo (Triticum vulgare), já era cultivado no século V a.C., na região do Mediterrâneo, sendo utilizado na alimentação pelo seu alto valor nutritivo. Do Germe de Trigo, é extraído o óleo que contém em torno de 64% de ácidos graxos insaturados ou essenciais, além de vitaminas do complexo B e Vitamina E "".
ALVES (2002), informa que a Linhaça - óleo de sementes de Linhaça (Linum usitatissimum), o uso da planta remonta a tempos pré-históricos, porém existem registros de sua utilização alimentícia e medicinal nas civilizações egípicia, hebraica, mesopotâmica, grega e romana. Aparte mais usada é a semente de Linhaça de onde é retirado óleo a frio em primeira prensagem. Possui 100 vezes mais lignanas que qualquer outra fonte (por exemplo: frutas vermelhas). 
ÓLEOS VEGETAIS COMO VEÍCULOS NO PREPARO DE ÓLEOS FITOTERÁPICOS
Óleos utilizados
Canola, soja, girasol e milho.
Possuem ácidos graxos esenciais (linoleico, gama linoleico e oleico, ômega 6 e vit E.
Podem ser administrados por via oral e tópica nas áreas acometidas.
Complementar quando necessário com Zinco, magnésio, ferro, beta caroteno e vit C.
PLANTAS FITOTERÁPICAS COMUMENTE UTILIZADAS
Barbatimão (Stryphnodendron adstringens)
Calêndula (Calendula officinalis)
Tea Tree (Melaleuca alternifolia)
Camomila (Chamomila recutita, Matricaria chamomila)
5- APRESENTAÇÃO DO PROTOCOLO PROTOCOLO CLÍNICO DE CLASSIFICAÇÃO DO ESTÁGIO DA LESÃO/FERIDA, PRESCRIÇÃO FITOTERÁPICA 
E DE CUIDADOS PELO ENFERMEIRO FITOTERAPEUTA 
PROTOCOLO CLÍNICO DE CLASSIFICAÇÃO DO ESTÁGIO DA LESÃO/FERIDA, PRESCRIÇÃO FITOTERÁPICA 
E DE CUIDADOS PELO ENFERMEIRO FITOTERAPEUTA 
 BASEADO NO PARECER TÉCNICO Nº 05/2002 COREN-RJ e RESOLUÇÃO COFEN-197/1997
TRATAMENTO DE ÚLCERA DE PRESSÃO
	Apresentação da Lesão
	Prescrição fitoterápica
	Prescrição dos cuidados
	Tempo de uso
	
ESTÁGIO I
- Pele íntegra
- Eritema que não regride após alívio
- Edema discreto
	
Hidratação da pele
- Loção de Camomila a 5%
(Matricaria chamomila)
ou
- Loção de Calêndula a 5%
(Calendula officinalis) 
ou
- Loção de Calêndula a 5%
(Calendula officinalis)
	- Mudança de decúbito 2/2h
- Evitar o decúbito do lado da lesão
- Decúbito laterais e Fowler 30º, salvo exceções
- Aliviadores de pressão: pé, cotovelo, cabeça
- Alinhamento corporal 
	7 dias
a cada 24 h 
	
ESTÁGIO II
- Lesão da epiderme 
/ou derme
- Bolhas (rompidas ou não)
	
- Pomada de Calêndula a 5%
(Calendula officinalis) ou
- Pomada de Camomila a 5%
(Matricaria chamomila)
ou
- Pomada de Babosa a 25%
(Aloe vera)
	- Mudança de decúbito 2/2h
- Evitar o decúbito do lado da lesão
- Decúbito laterais e Fowler 30º, salvo exceções
- Aliviadores de pressão: pé, cotovelo, cabeça
- Alinhamento corporal
	10 a 15 dias
a cada 24 h
	
ESTÁGIO III
- Perda ou necrose do
subcutâneo
- Exsudato e infecção
	- Pomada de Barbatimão a 5%
(Stryphnodendron adstringens)
ou
- Pomada de Tea Tree a 5%
(Melaleuca alternifolia)
	- Não massagear áreas hiperemiadas
- Colchão de ar ou pneumático
- Estimular hidratação, nutrição e suplementos de vitaminas.
	21 a 28 dias
a cada 12 h
ou sempre que necessário
PROTOCOLO CLÍNICO DE CLASSIFICAÇÃO DO ESTÁGIO DA LESÃO/FERIDA, PRESCRIÇÃO FITOTERÁPICA 
E DE CUIDADOS PELO ENFERMEIRO FITOTERAPEUTA 
 BASEADO NO PARECER TÉCNICO Nº 05/2002 COREN-RJ e RESOLUÇÃO COFEN-197/1997
TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA
	Apresentação da Lesão
	Prescrição fitoterápica
	Prescrição dos cuidados 
	Tempo de uso
	
Superficial exsudativa
	- Pomada de Calêndula a 5%
(Calendula officinalis) ou
- Pomada de Camomila a 5%
(Matricaria chamomila)
ou
- Pomada de Babosa a 25%
(Aloe vera)
	- Mudança de decúbito
2/2h
- Evitar o decúbito do lado da lesão
- Decúbito laterais e Fowler 30º, salvo exceções
- Aliviadores de pressão: pé, cotovelo, cabeça
- Alinhamento corporal
	10 a15 dias
a cada 24 h
	
Superficial não exsudativa
	- Pomada de Calêndula a 5% (Calendula officinalis) ou
- Pomada de Camomila a 5% (Matricaria chamomila) 
ou
- Pomada de Babosa a 25% (Aloe vera)
	- Mudança de decúbito
2/2h
- Evitar o decúbito do lado da lesão
- Decúbito laterais e Fowler 30º, salvo exceções
- Aliviadores de pressão: pé, cotovelo, cabeça
- Alinhamento corporal
	10 a 15 diasa cada 24 h
	
Profunda exsudativa
	- Pomada de Barbatimão a 5%
(Stryphnodendron adstringens)
ou
- Pomada de Tea Tree a 5%
(Melaleuca alternifolia)
	- Não massagear áreas hiperemiadas
- Colchão de ar ou pneumático
- Estimular hidratação, nutrição e suplementos de vitaminas
	21 a 28 dias
a cada 12 h
ou sempre que
necessário
	
Profunda não exsudativa
	- Pomada de Barbatimão a 5%
(Stryphnodendron adstringens)
	- Não massagear áreas hiperemiadas
- Colchão de ar ou pneumático
- Estimular hidratação nutrição e suplementos de vitaminas.
	21 a 28 dias
a cada 12 h
ou sempre que necessário
	
Com necrose
	- Pomada de Barbatimão a 5% (Stryphnodendron adstringens)
	- Não massagear áreas hiperemiadas
- Colchão de ar ou pneumático
- Estimular hidratação, nutrição e suplementos de vitaminas.
	21 a 28 dias
a cada 12 h
ou sempre que
necessário
Obs: Repouso com os MMII para cima (20 min de repouso a cada 2h em atividade).
PROTOCOLO CLÍNICO DE CLASSIFICAÇÃO DO ESTÁGIO DA LESÃO/FERIDA, PRESCRIÇÃO FITOTERÁPICA 
E DE CUIDADOS PELO ENFERMEIRO FITOTERAPEUTA 
 BASEADO NO PARECER TÉCNICO Nº 05/2002 COREN-RJ e RESOLUÇÃO COFEN-197/1997
TRATAMENTO DE ÚLCERA ARTERIAL
	Apresentação da Lesão
	Prescrição fitoterápica
	Prescrição dos cuidados
	Tempo de uso
	
Superficial exsudativa
	- Pomada de Calêndula a 5%
(Calendula officinalis) 
ou
- Pomada de Camomila a 5%
(Matricaria chamomila)
ou
- Pomada de Babosa a 25%
(Aloe vera)
	- Mudança de decúbito
2/2h
- Evitar o decúbito do lado da lesão
- Decúbito laterais e Fowler 30º, salvo exceções
- Aliviadores de pressão: pé, cotovelo, cabeça
- Alinhamento corporal
	10 a 15 dias
a cada 24 h
	
Superficial não exsudativa
	- Pomada de Calêndula a 5%
(Calendula officinalis) 
 ou
- Pomada de Camomila a 5%
(Matricaria chamomila)
ou
- Pomada de Babosa a 25%
(Aloe vera)
	- Mudança de decúbito
2/2h
- Evitar o decúbito do lado da lesão
- Decúbito laterais e Fowler 30º, salvo exceções
- Aliviadores de pressão: pé, cotovelo, cabeça
- Alinhamento corporal
	10 a 15 dias
a cada 24 h
	
Superficial com necrose
	
- Pomada de Barbatimão a 5%
(Stryphnodendron
adstringens)
	- Não massagear áreas hiperemiadas
- Colchão de ar ou pneumático
- Estimular hidratação, nutrição e suplementos de vitaminas
	21 a 28 dias
a cada 12 h
ou sempre que necessário
	
Profunda exsudativa
	- Pomada de Barbatimão a 5%
(Stryphnodendron adstringens)
ou
- Pomada de Tea Tree a 5%
(Melaleuca alternifolia)
	- Não massagear áreas hiperemiadas
- Colchão de ar ou pneumático
- Estimular hidratação, nutrição e suplementos de vitaminas
	21 a 28 dias
a cada 12 h
ou sempre que necessário
	
Profunda não exsudativa
	- Pomada de Barbatimão a 5%
(Stryphnodendron adstringens)
	- Não massagear áreas hiperemiadas
- Colchão de ar ou pneumático
- Estimular hidratação, nutrição e suplementos de vitaminas
	21 a 28 dias
a cada 12 h
ou sempre que necessário
Obs: Repouso com os MMII para baixo.
PROTOCOLO CLÍNICO DE CLASSIFICAÇÃO DO ESTÁGIO DA LESÃO/FERIDA, PRESCRIÇÃO FITOTERÁPICA 
E DE CUIDADOS PELO ENFERMEIRO FITOTERAPEUTA 
 BASEADO NO PARECER TÉCNICO Nº 05/2002 COREN-RJ e RESOLUÇÃO COFEN-197/1997
TRATAMENTO DE FERIDAS CIRÚRGICAS
	Apresentação da Lesão
	Prescrição fitoterápica
	Prescrição dos cuidados
	Tempo de uso
	
Feridas Limpas com Pontos
	
- Extrato flúido de Barbatimão a 5%
(Stryphnodendron adstringens)
	Limpar com soro fisiológico a 0,9%.
Trocar sempre que solto, sujo ou úmido.
	7 dias
a cada 24h
	Deiscência de Sutura
- Moderado Exsudato
- Muito Exsudato
	- Pomada de Calêndula a 5%
(Calendula officinalis)
- Pomada de Barbatimão a 5%
(Stryphnodendron adstringens)
	Limpar com soro fisiológico a 0,9%.
Trocar sempre que solto, sujo ou úmido.
	10 a 15 dias
a cada 24 h
a cada 12 h
ou sempre que necessário
	
- Infectada 
	
- Pomada de Barbatimão a 5%
(Stryphnodendron adstringens)
	Limpar com soro fisiológico a 0,9%.
Trocar sempre que solto, sujo ou úmido.
	21 a 28 dias
a cada 12 h
ou sempre que necessário
6- APRESENTAÇÃO DE PRODUTOS APITERÁPICOS (PRÓPOLIS) PARA USO NO TRATAMENTO DE LESÕES/FERIDAS
	�
	
	ABELHA COLETANDO MATERIAL PARA PRODUZIR PRÓPLIS
	COLETOR DE PRÓPOLIS NA COLMÉIA
	
	
	PRÓPOLIS BUTO
	PRÓPOLIS TINTURA ( UMA DAS APRESENTAÇÕES)
PRINCIPAIS REPRESENTANTES
 ( MEL 
 ( PRÓPOLIS 
( GELÉIA REAL
APLICAÇÃO TERAPÊUTICA
( EFICÁCIA
 ( SEGURANÇA
 ( QUALIDADE
PRÓPOLIS (ATIVIDADES POSSÍVEIS DE SEREM ENCONTRADAS)
( ANTI-INFLAMATÓRIA
( ANTI-ÚLCERA GÁSTRICA
( ANTI-OXIDANTE
( HEPATOPROTETOR
( ANALGÉSICO
( ANTI-VIRAL
( ANTI-HISTAMÍNICO
( ANTI-PSORIÁTICO
( ANTI-BACTERIANO
( ANTI-FÚNGICO
( ANTI-INFLAMATÓRIO
( CICATRIZANTE
( ANTI-TUMORAL
VIA DE ADMINISTRAÇÃO
USO INTERNO MUCOSA (CAVIDADE ORAL, INTRA-VAGINAL, VIA RETAL) OU INTRA-GÁSTRICO
USO EXTERNO APARELHO CUTÂNEO.
TIPOS DE FORMAS FARMACÊUTICAS
SÓLIDAS: COMPRIMIDOS, CÁPSULAS, DRÁGEAS, GLÓBULOS, PASTILHAS
( SEMI-SÓLIDA: POMADA, CREME, GÉIS, UNGÜENTO
( LÍQUIDA: MELITOS, XAROPE, SOLUÇÕES, LOÇÕES
(SIMPLES
( COMPOSTAS
( MULTI-MISTURAS
A PRÓPOLIS SUA COMPOSIÇÃO E SUAS PROPRIEDADES
A própolis é um poderoso antibiótico natural e apresenta vários efeitos terapêuticos.
De coloração e consistência variada, a própolis formada por ceras e resinas, é coletada por abelhas de diversas partes das plantas como brotos, botões florais e exsudatos resinosos. Sua composição irá depender da origem do material coletado; isto é, reflete a variedade de vegetação próxima à colméia. No geral, a própolis é composta de 50% de resina e bálsamo de vegetais, 30% de cera, 10% de óleos aromáticos, 5% de pólen e 5% de várias substâncias. Dependendo da origem, pode conter acima de 400 substâncias químicas com funções ainda desconhecidas na fisiologia humana.
O uso da própolis como tratamento terapêutico natural vem de mais de 5.000 anos. De origem grega, a palavra significa uma combinação de pró (defesa) e polis (cidade), "defesa da cidade", neste caso, a cidade é a colmeia. As abelhas produzem a própolis para forrar os alvéolos, câmara onde as rainhas depositam os ovos e crescem as larvas. A utilizam também para vedar as entradas e orifícios da colmeia. É a defesa da vida, preservando a temperatura interna da colmeia e não permitindo a entrada de corpos estranhos, a fim de evitar a propagação de epidemias.
Flavonóide 
Flavonóide é o princípio ativo da própolis que age em benefício e atua no combate às doenças que atacam o homem.
Dentre os produtos apícolas tais como mel, geléia real e pólen, a própolis vem se destacando tanto pelas suas propriedades terapêuticas, como atividades antimicrobiana, antiinflamatória, imunomodulatório, hipotensivo, cicatrizante, anestésica e anticariogênica.
Os efeitos terapêuticos têm sido atribuídos aos dois grandes grupos de princípios ativos que a compõem: os flavonóides são considerados como um dos principais compostos. Seguem-se os diversos ácidos fenólicos e seus ésteres, fenólicos, álcoois e cetonas. A quantidade de cada um desses elementos depende da flora utilizada pelas abelhas. A variabilidade genética das rainhas, também influencia na sua composição química.
Acredita-se que a própolis ideal é aquela produzida em regiões onde existam o mínimo de poluição ambiental, distante dos grandes centros e fábricas poluentes. Pesquisas clínicas e científicas realizadas em todo o mundo, principalmente, em universidades japonesas,têm demonstrado os grandes benefícios da própolis, especialmente, como estimulante natural das defesas orgânicas e, têm de fato vários efeitos comprovados. O homem pode tanto utilizá-la externamente em feridas, inflamações e infecções, como por ingestão oral. 
Composição
- Resinas e Bálsamos Aromáticos: 50%
- Ceras: 25 a 35%
- Óleos essenciais: 10%
- Grãos de Pólen: 5%
- Minerais: alumínio, cálcio, estrôncio, ferro, magnésio, silício, titâneo, bromo e zinco.
- Vitaminas: provitaminas A e todas do complexo B.
- Flavonóides; Ésteres cafeinados.
Indicações
- Em afecções inflamatórias superficiais, como estomatite, amigdalite, gengivite, piorréia alveolar, hemorróidas. No caso de estomatite e inflamações da garganta, o extrato alcoólico atua melhor no sintoma, uma vez que cria uma película protetora no local onde foi passado;
- É indicada para prevenção da saúde, recuperação da fadiga e prevenção de outros sintomas indesejáveis que ocorram internamente;
- É indicada para melhorar as ulcerações e inflamações e amenizar os sintomas do reumatismo, diabetes, hipertensão;
- Fortalecimento da ação imunológica pela ação de linfócitos, estimulação do organismo enfraquecido, redução dos efeitos colaterais de anti-cancerígenos e radioterapia;
- Prevenção e tratamento de pneumonia crônica e bronquite infantil;
- Tratamento de queimaduras graves e efeitos sobre doenças dermatológicas.
Fonte: Conapis
Curiosidades sobre a própolis
Os sacerdotes Egípcios usavam o própolis para embalsamar os cadáveres dos faraós (as célebres múmias conservadas até aos nossos dias).
 
Se uma cobra ou qualquer outro animal inimigo entrar na colmeia, as abelhas matam-no e é embalsamado de seguida com própolis (evitando a sua decomposição).
 
O própolis é o melhor cicatrizante conhecido, é um dos melhores anti-bacterianos, é 3,5 vezes mais potente, como anestésico, que a cocaína.
 
Stradivarius envernizava os seus violinos com própolis (para melhor protecção da madeira).
Bibliografia Consultada
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