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calço hidraulico no motor enchentes

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Mergulhando no prejuízo
Eduardo Aquino - Estado de Minas
Em época de chuva, os motoristas devem tomar cuidado ao atravessar trechos alagados, pois a água pode entrar no motor e causar sérios danos. E o conserto não fica barato
	Sidney Lopes/EM - 28/8/06
	
	Ao transpor área alagada, engate a primeira ou segunda marcha e acelere pouco
Tem motorista que acha que o carro é anfíbio e se atreve a atravessar trechos alagados, durante tempestades. Para esses aventureiros, é importante lembrar que, durante uma travessia dessas, o motor pode aspirar água, provocando um estrago que, com certeza, vai causar um bom desfalque na conta bancária. Saiba como evitar esse fenômeno, chamado calço hidráulico, que também pode ser causado pela falta de alguns cuidados com a manutenção.
O que é?
Por meio do sistema de captação de ar do motor, a água entra na câmara de combustão e no interior dos cilindros. Quando o pistão tenta subir, encontra a enorme resistência da água, que, diferentemente do ar, é pouco compressível. O enorme esforço do pistão provoca o empenamento das bielas, ocasionando calço hidráulico e, conseqüentemente, o travamento do motor.
Quando ocorre?
Geralmente, o problema surge quando o motorista atravessa trechos alagados. Ao passar por esses locais, o movimento de aspiração de ar, realizado pelos pistãos (que funcionam, nesse caso, como o êmbolo de uma seringa), acaba puxando água para dentro do motor. Mas a água também pode entrar pelo escapamento, causando o mesmo problema.
	Arte de Christiano Gomes sobre Arte de Paulinho Miranda/EM
	
	1.Agua entra pelo sistema de captação de ar do motor e 2. invade a câmara de combustão/ 3.Em seguida entra no interior do cilindro/4.Quando o pistão tenta subir, encontra resistência da água/ 5.Com enorme esforço do pistão, ocorre o empenamento das bielas
O calço hidráulico pode ainda ser causado por infiltração de água vinda do sistema de refrigeração. Essa infiltração decorre do superaquecimento ou da falta de aditivo no radiador. No primeiro caso, a junta do cabeçote pode ser parcialmente queimada, permitindo que a água entre na câmara de combustão do motor. No segundo caso, a falta de aditivo para inibir a ação da ferrugem no interior do bloco ou a não aplicação do aditivo na proporção adequada, causa corrosões e cavitações, com a perfuração da parede do cilindro, facilitando a penetração de água no interior do cilindro e da câmara de combustão.
O que fazer para evitar?
O primeiro cuidado é evitar passar por locais muito alagados. Mas, se não tiver outro jeito, o motorista deve fazê-lo com muito cuidado. Alguns engenheiros mecânicos dizem que é melhor usar a segunda marcha, mas outros afirmam que a primeira é mais recomendada.
A dúvida se dá pelo fato de, ao engatar a primeira marcha, a rotação fica muito elevada e a força de aspiração de ar pelo motor é muito maior e vai facilitar a sucção de água pelo sistema de captação de ar para dentro da câmara e do cilindro. Por outro lado, o volume de gás expelido pelo veículo será suficiente para impedir a entrada de água pelo escapamento. Portanto, adotando a primeira ou a segunda marcha, acelere apenas o suficiente para que a água não entre nem pelo filtro de ar e nem pelo escapamento. Ou seja, acelere, mas não em excesso.
De acordo com Cláudio Vidigal, da oficina Martha Veículos, se o motorista deixar o motor apagar durante a travessia, a primeira recomendação é não tentar fazer com que ele funcione, nem ‘no tranco’ e nem na chave, pois há risco de provocar o calço hidráulico, já que o propulsor poderá estar cheio de água. Nesse caso, o motorista deve pôr a alavanca de marchas em ponto morto, empurrar o carro até um local seguro e chamar socorro mecânico.
Mas, se o motorista não quiser esperar ou não conseguir socorro, o que ele poderá fazer é retirar as velas, e girar (somente girar, mas não tentar dar a partida) a chave no contato até que toda a água saia pelos orifícios delas. Quando não sair mais água, ele deve repor as velas e tentar dar a partida. Se o carro não pegar é porque outros componentes, como bobina, sistema de injeção e parte elétrica podem ter sido afetados pela água. Nesse caso, só resta chamar um mecânico.
Quanto custa consertar?
Quando o motor de seu carro sofre um calço hidráulico, precisa ser aberto para a troca, revisão e reforma de alguns componentes. Mas, antes de abri-lo, deve-se ter a certeza de que realmente ocorreu empenamento da biela. Como fazer? Segundo Fábio Monteiro, da Retífica Monteiro, primeiro deve-se fazer a medição da face superior do pistão com a face superior do bloco, com um aparelho chamado ‘relógio comparador’, que vai indicar se algum dos pistãos está mais baixo, indicando que a biela está empenada.
De acordo com Fábio, a abertura do motor de um Palio 1.0 8V, o ‘brunimento’ dos cilindros, a revisão do cabeçote, a conferência dos pistãos, o polimento no virabrequim e a troca de bielas, casquilhos, anéis e jogo de junta fica em torno de R$ 1 mil. Se precisar trocar o bloco - pois em alguns casos a biela perfura o bloco do motor -, o prejuízo sobe para cerca de R$ 2,4 mil.

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