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1 CARLOS WALTER VICENTINI RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS NOTAS DE AULAS MINISTRADAS PARA A TURMA DE ENGENHARIA CIVIL (4º/5º CICLO) DA UNIP Estruturas: blocos, lajes, barras eixo e seção transversal Santos, março de 2011 2 4. Estruturas. Define-se estrutura como sendo um conjunto de elementos construtivos destinados a receber e transmitir esforços. Elementos construtivos são os elementos unitários que, com arranjos adequados, formam conjuntos estruturrais. Como exemplo de elementos construtivos podemos citar os blocos, as placas (ou lajes) e as barras. 4.1 Blocos. São elementos construtivos cujas três dimensões como largura, comprimento e espessura, são da mesma ordem de grandeza conforme mostrado na figura abaixo. Como exemplo de blocos podemos citar os fustes que são base de colunas, e os próprios blocos de fundação que são elementos em concreto armado com o objetivo de suportar as cargas oriundas das esrutras como edificações ou equipamentos. 3 4.2 Lajes (ou placas). São estruturas planas onde duas de suas três dimensões, largura e comprimento, são muito maiores do que a terceira, que é a espessura. As placas, que são as lajes nos edifícios, podem ter as mais variadas formas: retangulares, circulares, elípticas, com ou sem furos. As lajes mais comuns são as retangulares com apoio ao longo do seu perímetro. Normalmente, esses apoios são formados de vigas como mostrado na figura a seguir. As placas, ou lages, resistem às cargas por flexão e por torção. Lajes nervuradas. Quando se quer diminuir seu peso próprio, faz- se nervuras nas lajes, nas duas direções, para aliviar o peso. A laje 4 nervurada só se justifica para vãos significativos, por exemplo, acima de 10 m x 10 m. A figura a seguir mostra uma laje nervurada em planta e elevação. 4.3 Barras. São elementos construtivos que apresentam duas dimensões pequenas em relação à terceira. Freqüentemente, elementos estruturais ou mecânicos são compridos e delgados. Além disso, estão sujeitos a cargas axiais que normalmente são aplicadas às extremidades do elemento. A linha que une os centros de gravidade, ou centróides, das seções transversais denomina-se eixo da barra. Como casos particulares de barra, podemos citar, por exemplo, um eixo de transmissão, uma viga, um tirante, um pendural, um elemento de treliça, um tubo ou um parafuso. Teremos um interesse particular pelas barras, pois no nosso curso, na maior parte das vezes, trataremos com estruturas que são formadas preponderantemente por barras. As figuras a seguir ilustram esse conceito. 5 6 4.4 Eixo. É a linha que une os centróides (ou centros de gravidade) de todas as seções transversais adjacentes do elemento construtivo, predominantemente, uma barra como já dito anteriormente no item 4.3. Eixo neutro. É a linha oriunda da intersecção entre os planos formados pela seções transversais de uma barra prismática e sua superfície neutra. Na figura abaixo, temos representada uma série de seções transversais paralelas entre si formando uma barra prismática. A área cinza representa a superfície neutra, isto é, a superfície que não sofre deformação alguma durante a flexão. A intersecção entre as diversas seções transversais da barra e a superfície neutra está representada pelo eixo x-x que, nesse caso, é o eixo neutro. 4.5 Seção transversal. Se cortarmos uma “fatia” de forma que o corte seja perpendicular ao eixo da barra ou ao plano determinado pela superfície neutra, obteremos a seção transversal da barra. A seção transversal de um elemento estrutural é de grande importância nos estudos da resistência dos materiais pois é nela que M M 7 analisaremos os esforços internos, como as forças normais, os momentos, a cortante e as tensões, que ocorrem devido às cargas externas. Com a determinação dos valores e análise das tensões, dos momentos, das forças normais e cortante, ou seja, dos esforços internos resistentes e solicitantes teremos condições de dimensionar que tipo de perfil resistirá a determinados esforços de uma maneira mais econômica possível.
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