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DA ATA NOTARIAL – DO DEPOIMENTO PESSOAL – DA CONFISSÃO - DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA – DA TESTEMUNHAL - DA DOCUMENTAL - DA PERICIAL - DA INSPEÇÃO JUDICIAL DO ASPECTO PROBATÓRIO – art. 384, CPC – é uma prova híbrida, por ter uma forma documental (lavrada pelo tabelião), mas seu conteúdo é de prova testemunhal (por expor as impressões do tabelião). DA FORMA - a existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada pelo tabelião. DO INSTRUMENTO NOTARIAL – é dotado de fé pública, e pode se fazer constar informações representadas por imagens ou sons gravados em arquivos eletrônicos. (art. 384, P.U., CPC) EXEMPLOS DE FATOS REGISTRÁVEIS EM ATA NOTARIAL (a) Informações veiculadas pela internet: para conferir maior segurança quanto ao conteúdo de página da internet, o tabelião atesta haver consultado determinado endereço eletrônico, a partir de seu computador, em dia e hora anotados, descrevendo as informações ali constantes. (b) Diligências de constatação: (i) as cores da testeira e do uniforme de frentistas, para comprovar a concorrência desleal; (ii) o descumprimento de decisão judicial de obrigação de derrubar cercas e porteiras; (iii) as informações que foram prestadas ao consumidor por funcionários de empresas. (c) Declaração de testemunhas: A coleta de depoimentos testemunhais devem ser tomados seguindo o rito do Código de Processo Civil. É possível que as partes solicitem a um tabelião que registre a oitiva da testemunha em ata, para posterior juntada em juízo, como simples peça informativa. (d) Reuniões assembleares: é comum que os sócios ou acionistas requeiram a um tabelião que compareça à assembleia para registrar os fatos ocorridos durante sua realização, tais como número de presentes, discussões, deliberações etc. CONCEITO – (artigo 385, CPC) - é o meio de prova, pelo qual se realiza o interrogatório da parte no curso do processo (na audiência de instrução), com o fim genérico de permitir o esclarecimento dos fatos controvertidos da causa e o fim específico de provocar a confissão. A QUEM CABE – somente as partes no processo poderão prestar depoimento pessoal, além dos terceiros intervenientes que assumem a posição de parte na demanda. Deve ser requerida pelas partes ou determinada de ofício pelo juiz. DA PENA DE CONFESSO – art. 385, §1º, CPC – se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal, sob pena de confissão, caso não compareça ou se recuse a depor, será aplicada a pena. DO COMPARECIMENTO PESSOAL - Dentre os poderes do juiz ele poderá, a qualquer tempo, determinar o comparecimento pessoal das partes para esclarecimento dos fatos (não se confunde com o depoimento pessoal – não ocorrerá ‘pena de confesso’ - art. 139, VIII, CPC). PROCEDIMENTO Art.385, CPC - De ofício pelo Juiz, para o interrogatório das partes; Art. 385, CPC - Pela parte contrária, a fim de interrogar na audiência de instrução. LIMITES NO DEPOIMENTO DAS PARTES – art. 388, CPC – a parte não é obrigada a depor sobre fatos criminosos, protegidos pelo sigilo profissional, que promovam a desonra própria, do cônjuge ou de parente, e que coloque em risco a vida do depoente. DO DEPOIMENTO EM VIDEOCONFERÊNCIA – art. 385, §3º, CPC – residente em outra comarca, diversa daquela onde tramita o processo, o depoimento da parte poderá ser colhido por meio de videoconferência ou por outro recurso compatível. DOS FATOS ARTICULADOS – art. 387, CPC – a parte responderá pessoalmente sobre os fatos, sem servir-se de escritos anteriormente preparados, podendo ser permitido pelo juiz a consulta a notas breves. DO ATO PERSONALISSIMO – vigoram os princípios da pessoalidade e da indelegabilidade no depoimento pessoal, questionando-se sobre a possibilidade do depoimento por meio de procuradores (Daniel Assumpção diverge). Exceção: depoimento de pessoa jurídica, podendo se fazer representar por preposto. CONCEITO – arts. 389-395, CPC – quando uma parte admite a verdade de um fato contrário ao seu interesse e favorável ao adversário (art. 389, CPC). Exceção: quanto a fatos relativos a direitos indisponíveis (art. 392, CPC). ELEMENTOS: (a) reconhecimento de um fato alegado pela parte contrária; (b) voluntariedade da parte que reconhece o fato; (c) prejuízo ao confitente decorrente de seu ato. EFICÁCIA DE CONFISSÃO – requisitos: 1. o confitente deve ter capacidade plena (art. 213, CC) 2. inexibilidade de forma especial para a validade do ato jurídico 3. Disponibilidade do direito relacionado ao fato confessado. ESPÉCIES DE CONFISSÃO – art. 389, CPC – pode ser judicial (feita nos autos – espontânea ou provocada – realizada pela parte ou representante), ou extrajudicial (realizada fora do processo, escrita ou oral). INDIVISIBILIDADE DA CONFISSÃO – art. 395, CPC – A confissão, em regra, é indivisível. Por tanto, não pode a parte invocar a confissão como prova, aceitando-a no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável. IRREVOGABILIDADE ANULAÇÃO DA CONFISSÃO – art. 393, CPC – a confissão é irrevogável mas pode ser anulada, se decorreu de erro de fato ou de coação. Para tanto, é exigível a propositura de uma ação anulatória (legitimidade exclusiva do confitente, podendo ser transferida para seus herdeiros se falecer após a propositura). CONCEITO – meio de prova utilizado para a parte provar a veracidade de alegação de fato por meio de coisa ou documento que não esteja em seu poder. EXIBIR - significa colocar em contato visual com o juiz; após, será determinada a devolução ao seu possuidor. Pode ser dirigida contra a parte ou contra terceiro. LEGITIMIDADE PARA REQUERER - genericamente conferido ao juiz (Art. 396, CPC); a parte (art. 397, CPC - decorrente do poder instrutório – sob forma de petição autônoma juntada a qualquer tempo, ou na petição inicial ou contestação). MOMENTO PROCESSUAL – somente poderá ocorrer após a citação do réu, em regra, na fase instrutória do processo. Nota: sendo o réu o interessado na exibição, poderá requerer na oportunidade de defesa PROCEDIMENTO EM FACE DA PARTE 1. o pedido pode ser instaurado por um sujeito do processo (art. 397, CPC) 2. deverá conter a individuação da coisa ou documento a ser exibido, a finalidade da prova e as razões do requerente para afirmar que se encontra em poder da parte solicitada; 3. realizado o pedido, o requerido será intimado para resposta em 05 dias; 4. nessa resposta pode o requerido exibir ou afirmar que não possui o documento ou coisa, ou ainda se fundar no art. 404, se escusando em exibir; 5. se o requerido apresentar escusas do art. 404, permite-se ao requerente provar fato contrário; 6. após resposta, havendo necessidade de prova, será designada audiência específica; 7. colhidas as provas, o juiz decidirá o incidente; 8. se o requerido não apresentar as provas, ou sendo a recusa considerada ilegítima pelo juiz, este aplicará sanção (material) prevista no art. 400, CPC (presunção de veracidade dos fatos alagados pelo autor). 9. da decisão é cabível o recurso de agravo de instrumento (art. 1015, VI, CPC). PROCEDIMENTO EM FACE DE TERCEIRO 1. o pedido pode ser instaurado (art. 319-320,CPC), citando-se o terceiro para resposta no prazo de 15 dias (art. 401. CPC); 2. pode o terceiro elaborar sua defesa com qualquer alegação (material ou processual); 3. poderá ainda alegar as prerrogativas do art. 404, CPC, devendo ser designada audiência específica; 4. a seguir, o juiz deverá decidir a questão (combatível por agravo de instrumento - art. 1015, CPC). 5. se o juiz acolher o pedido de exibição ordenará o terceiro que proceda o respectivo depósito emcartório ou em outro lugar designado, no prazo de 05 dias. Nota: em não cumprindo a ordem judicial, sujeitar-se-á à busca e apreensão da coisa ou documento, ou ainda multa. CONCEITO DE DOCUMENTO – é toda coisa capaz de representar um fato, abrangendo a reprodução de sons, imagens, estado de fato, ações e comportamentos – tendo representação imediata do fato. DOCUMENTOS QUANTO À ORIGEM – 1. Público (art. 405, CPC) - lavrado por oficial público competente, no exercício de suas funções – há presunção legal de autenticidade (fé pública). 2. Privado – são aqueles que não são lavrados por oficial público, sendo emanado ou assinado por qualquer pessoa. FORÇA PROBANTE DOS DOCUMENTOS - quando autêntico, é prova que goza de enorme prestígio, pela grande força de convencimento que encerra - como meio de prova, é indispensável que seja subscrito por seu autor e que seja autêntico. (arts 413-425, CPC) FONTES DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS (a) judiciais - quando elaborados por escrivão, com base em atos processuais ou peças dos autos; (b) notariais - quando provenientes de tabeliães ou oficiais de Registros Públicos, e extraídos de seus livros e assentamentos; (c) administrativos - quando oriundos de outras repartições públicas. DECLARAÇÃO DE FALSIDADE – cessa a fé do documento público ou particular quando declarada judicialmente a sua falsidade. A falsidade consiste em: formar documento não verdadeiro; alterar documento verdadeiro (art. 427, CPC) AUTENTICIDADE DE DOCUMENTO PELO ADVOGADO – art. 425, IV, CPC – fazem a mesma prova que os originais as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas autênticas pelo advogado. AUTENTICIDADE DE DOCUMENTO – art. 411, CPC – quando o tabelião reconhecer a firma do signatário – quando a autoria estiver identificada por outro meio – quando a parte contrária não impugnar. DOCUMENTOS VICIADOS EM SUA FORMA – art. 426, CPC - quando o documento contiver, em ponto substancial e sem ressalva, entrelinha, emenda, borrão ou cancelamento, o juiz apreciará fundamentadamente a fé que deva merecer como meio de prova. CESSAÇÃO DA FÉ DO DOCUMENTO PARTICULAR – art. 428, CPC – quando impugnada a sua autenticidade – assinado em branco, havendo preenchimento abusivo (parágrafo único, art. 428). ARGUIÇÃO DE FALSIDADE – art. 430, CPC – deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 dias, contados a partir da intimação da juntada do documento aos autos. Cabe produção de prova pericial. PRODUÇÃO DE PROVA DOCUMENTAL – art. 434, CPC – incumbe às partes instruir a Petição Inicial ou a Contestação com os documentos probatórios. FATOS SUPERVENIENTES E DOCUMENTOS NOVOS – Art. 435, CPC – podem ser juntados a qualquer tempo. JUNTADA DE DOCUMENTOS E AUDIÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA – Art. 437, CPC – caso sejam juntados documentos novos aos autos, o juiz ouvirá a outra parte no prazo de 15 dias. Nota – se não houver oferta de pronunciamento da parte contrária, deverá esta se manifestar no primeiro momento que falar nos autos (art. 278, CPC). DOCUMENTOS ELETRÔNICOS – art. 439, CPC – a sua utilização dependerá de sua conversão à forma impressa e da verificação de autenticidade. CONCEITO – é aquela obtida por meio de depoimento verbal, prestado em juízo, de pessoa estranha ao processo que relata o que se encontra em sua memória a respeito dos fatos litigiosos. TESTEMUNHAS – são as pessoas que vêm a juízo depor sobre o fato controvertido. ADMISSIBILIDADE – art. 442, CPC – é prova sempre admissível, salvo quando os fatos são provados por documento ou confissão da parte, ou quando somente por documento ou por exame pericial puderem ser provados. PROVA TESTEMUNHAL COMPLEMENTAR – Art. 444, CPC – nos casos em que a lei exigir a prova escrtita, será admitida prova testemunhal como complementar quando houver começo de prova escrito pela pessoa contra quem se quer fazer prova. INCAPACIDADE, IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO – Art. 447, CPC – NÃO podem depor como testemunha: os incapazes (§1º), os impedidos (§2º) e os suspeitos (§3º). DA PRODUÇÃO DA PROVA TESTEMUNHAL – Art 450, CPC – Rol de testemunhas – o prazo para apresentação: após o saneamento do processo (art 357, §4º, CPC) ou na audiência de saneamento (art 357, §5º, CPC). Nota: o rol conterá a qualificação da testemunha de acordo com o art. 450, CPC. SUBSTITUIÇÃO DA TESTEMUNHA – Art. 451, CPC – depois de apresentado o rol que tratam os §§4º e 5º do art 357, CPC, podem ser substituídas as testemunhas que falecerem, que não forem encontradas e que não estejam em condições físicas para depor. MOMENTO PARA O DEPOIMENTO – Art. 453, CPC – na Audiência de Instrução e Julgamento. Exceções: depoimento antecipado (vide produção antecipada de prova – arts. 381 a 383 CPC); por carta ou videoconferência. DA INTIMAÇÃO E DO COMPARECIMENTO – Art. 455, CPC – cabe ao advogado da parte intimar ou informar a testemunha por ele arrolada sobre a audiência – a inércia na intimação importa desistência da inquirição da testemunha. NÃO COMPARECIMENTO INJUSTIFICADO DA TESTEMUNHA INTIMADA – caso ocorra, injustificadamente, deverá ser conduzida (condução coercitiva) e responderá pelas despesas do adiamento (§5º, art. 455, CPC). PRINCÍPIO DA INCOMUNICABILIDADE – Art. 456, CPC – as testemunhas são inquiridas separadamente, primeiro as do autor (essa ordem pode ser invertida), e uma não ouvirá o depoimento das outras. DA QUALIFICAÇÃO E CONTRADITA DA TESTEMUNHA – Art. 457, CPC – é exigida a qualificação formal da testemunha. A Contradita (§1º) - significa o ato de impugnar a testemunha, mediante a arguição da sua incapacidade, impedimento ou suspeição. Acolhida a contradita, o juiz dispensará a testemunha ou a ouvirá como mero informante. TESTEMUNHAS REFERIDAS – Art. 461, CPC – são aquelas pessoas, estranhas à causa, mencionadas no depoimento pessoal do Autor ou Réu, ou no depoimento de qualquer testemunha, como conhecedoras dos fatos litigiosos. NOTA: As testemunhas referidas não integram o número limite estabelecido para as testemunhas permitidas (art. 357, §6º, CPC). DA ACAREAÇÃO – Art. 461, II, CPC – é a confrontação de depoimentos realizada mediante a colocação de duas testemunhas divergentes, ou da parte e uma testemunha, frente a frente, na presença do juiz, tentando estabelecer a verdade dos fatos. INQUIRIÇÃO DE AUTORIDADES – Art. 454, CPC – serão inquiridas em sua residência ou onde exercem sua função. DESPESAS REALIZADAS PELA TESTEMUNHA – Art. 462, CPC – a testemunha pode requerer ao juiz o pagamento das despesas realizadas para comparecer a audiência – sendo arbitrada à parte que arrolou a testemunha. CONCEITO – é prova que tem como objetivo esclarecer fatos que exijam um conhecimento técnico específico para a sua exata compreensão. TIPOS DE PROVA PERICIAL – Art. 464, CPC - Exame (é a perícia que tem por objeto bens móveis, pessoas, coisas e semoventes); Vistoria (é a perícia que tem por objeto bens imóveis); Avaliação (é a perícia que tem por objeto a aferição de valor de determinado bem, direito ou obrigação). INDEFERIMENTO DA PROVA PERICIAL – Art. 464, §1º, e 472, CPC – quando a prova do fato não depender de conhecimento técnico – for desnecessária em relação a outras provas produzidas – a verificação for impraticável – as partes já tiverem apresentados pareceres técnicos elucidativos. NOMEAÇÃO DO PERITO – Art. 465, CPC - nomeação é feita pelo juiz. HONORÁRIOS PERICIAIS – Art. 465, §3º, CPC – as partes poderão manifestar-se sobre a proposta apresentada pelo perito no prazo comum de 05 dias. PRAZO PARA ENTREGA DO LAUDO PERICIAL – Art. 465, CPC - Fixado pelo Juiz quando da nomeação do perito. Deverá ser respeitada antecedência mínima de, pelo menos, 20 dias antes da instrução(Art. 477, CPC). DA ESCOLHA DO PERITO – Art 471, CPC – as partes podem, de comum acordo, escolher o perito. SUBSTITUIÇÃO DO PERITO – Art. 468, CPC – o perito poderá ser substituído quando este se recusar (art. 156, CPC); por impedimento ou suspeição (Art. 138, III); quando carecer de conhecimento técnico ou científico art. 468, CPC, I); quando deixar de cumprir o encargo. (art. 468, CPC, II) CONCEITO – Art. 481, CPC - É o meio legal de prova, por cujo intermédio se dá o exame direto de pessoa ou coisa pelo magistrado. OBJETO DA INSPEÇÃO – Tudo o que pode ser percebido pelos sentidos. Ex. o excesso de barulho de máquinas; a poluição ambiental. A ASSISTÊNCIA POR PERITO – Art. 482, CPC – O juiz poderá ser assistido por perito; não se trata de prova pericial, apenas de um auxílio técnico. LOCAL DA INSPEÇÃO – Art. 483, CPC – o juiz irá ao local onde se encontra a pessoa ou a coisa, podendo, inclusive, ser fora da sede do juízo. ASSISTÊNCIA DAS PARTES – Art. 483, PU, CPC – As partes têm direito a assistir a inspeção.
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