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CENTRO de resistencia AEB

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Dental Press 1 Maringá, mar. 2004
Controle Vertical com uma combinação de 
Ativador - Ancoragem Occipital
Claude CHABRE*
Uma das principais queixas sobre a terapia do ativador é a falta de controle do crescimento facial inferior. Combinar 
o ativador com uma ancoragem occipital é a solução que tem sido proposta por vários autores para otimizar o 
tratamento funcional dos casos de classe II, enquanto mantém o controle positivo da extremidade facial inferior.
Resumo
A R T I G O T R A D U Z I D O
Traduzido de Vertical Control with a Headgear-Activator Combination. 
Journal of Clinical Orthodontics. v. 24, v. 10, p. 618-624, Outubro 1990. 
O APARELHO
O ativador rígido de acrílico (Fig. 1) consiste 
de duas partes: um splint “em forma de ferradu-
ra” cobrindo todos os dentes até a gengiva, e uma 
porção inferior adaptada lingualmente ao arco in-
ferior e o processo alveolar com longas asas, tanto 
quanto possível. A cobertura labial das bordas in-
cisais pode ser adicionada para prevenir a proclivi-
dade dos incisivos.
A relação interarcos é registrada através de uma 
mordida de cera. Horizontalmente, a mandíbula é 
posicionada para a frente, ao máximo da distância 
tolerada pelo paciente, e o clínico observa se não 
está excessivamente protrusiva, verticalmente. A 
separação do molar é normalmente de 4 à 6mm, 
mas pode ser maior nos casos de sobremordida an-
terior profunda.
O arco facial interior é totalmente encai-
xado na porção labial do splint superior, e os 
pequenos braços exteriores são curvados para 
cima, dependendo do ângulo desejado no plano FIGURA 1 - Aparelho de Ancoragem occipital-ativador.
Controle vertical com uma combinação de ativador - ancoragem occipital
Dental Press 2 Maringá, mar. 2004
oclusal (Fig. 1). A ancoragem occipital fornece 
700-800g de tração (Fig. 2).
O tratamento ativo leva normalmente cerca de 
10 meses, usando-se o aparelho à noite e durante 
algumas horas durante o dia (total de 12-24 horas 
por dia).
CONTROLE VERTICAL
O controle vertical é obtido de duas formas. Primei-
ro, o acrílico interoclusal em monobloco age como um 
bloqueador da mordida, prevenindo a erupção molar e 
a rotação mandibular no sentido horário.
Segundo, a inclinação do arco facial externo 
permite um controle preciso sobre a direção da 
força, de acordo com os seguintes princípios:
- Uma força atravessando o centro de resistên-
cia produz pura translação em sua direção.
- Uma força que passa a uma certa distância 
do centro de resistência gera um momento com 
um efeito de rotação combinado (do momento) e 
translação (da força).
De acordo com Teuscher, “toda unidade de te-
cido duro do sistema mastigatório aderida a sutu-
ras ou ligamentos periodontais possui seu próprio 
FIGURA 2 - Dois ajustes diferentes da ancoragem occipital no aparelho.
FIGURA 3 - Centros de resistência no complexo médio-facial (segundo Teuscher). 
1. Processo alveolar. 2. Maxilar.
centro de resistência”5. No complexo médio-fa-
cial, há dois centros de resistência: um no processo 
alveolar superior entre os pré-molares, um terço 
da distância dos ápices até as bordas incisais, e 
outro em alguma parte na região do maxilar em 
forma de losango, ao redor da sutura zigomatico-
maxilar (Fig. 3).
Alterando a direção do arco facial externo, é 
possível atingir diferentes efeitos biomecânicos 
tanto na unidade alveolar como na unidade esque-
letal. Os momentos podem ser positivo, negativo 
ou inexistente, resultando em rotação no sentido 
horário, rotação no sentido anti-horário ou pura 
translação, de acordo com os objetivos do trata-
mento.
CHABRE,C. 
Dental Press 1 Maringá, mar. 2004
CASO 1
Um menino de 9 anos de idade apresentou um 
padrão de crescimento mesiofacial, uma relação es-
queletal de Classe II, uma maloclusão de Classe II, 
Divisão 1 e uma mordida aberta anterior (Fig. 4).
O arco facial externo foi contornado para baixo 
de modo que a direção da força passasse atrás dos 
centros de resistência esqueletal e alveolar. Desta 
forma foram gerados os momentos positivos e a 
rotação no sentido horário (Fig. 5).
Após o uso do aparelho de ancoragem occi-
pital-ativador 14 horas por dia durante 10 meses 
(Fig. 6), o paciente demonstrou:
- Rotação do plano palatal no sentido horário, 
sem movimento da ENP e movimento para baixo 
da ENA.
- Movimentação para baixo do plano oclusal 
sem erupção dos molares superiores.
- Erupção e inclinação lingual dos incisivos su-
periores, resultando na correção da justaposição e 
mordida aberta anterior.
- Fechamento do eixo facial (CC-Gn) e rota-
ção mandibular anterior, com deslocamento do 
pogônio para frente.
- Inibição do crescimento maxilar para frente, 
resultando na correção da relação esqueletal de 
Classe II.
- Deslocamento para trás da dentição superior 
e deslocamento para frente da inferior sem incli-
nação dos incisivos, resultando na correção da ma-
loclusão de Classe II.
- Melhora no perfil do tecido mole.
CASO 2
Uma menina de 10 anos de idade apresentou 
um padrão de crescimento braquifacial, uma rela-
ção dentária e esqueletal de Classe II e uma mor-
dida profunda anterior (Fig. 7).
O arco facial externo foi ligeiramente contor-
nado para cima de modo que a direção da força 
passasse entre os dois centros de resistência. Isto 
gerou um momento negativo na unidade alveolar, 
FIGURA 4 - Caso 1. Antes do Tratamento
FIGURA 5 - Caso 1. A Direção da força passa atrás dos centros de resistência 
alveolar e esquelético, produzindo uma rotação horária da maxila e da denta-
dura superior.
produzindo rotação do arco superior no sentido 
anti-horário, e um momento positivo na unidade 
esqueletal produzindo rotação no sentido horário 
(Fig. 8).
Após o uso da combinação ativador-ancoragem 
occipital 14 horas por dia durante 11 meses (Fig. 
9), o paciente apresentou:
- Rotação do plano palatal no sentido horário 
Controle vertical com uma combinação de ativador - ancoragem occipital
Dental Press 2 Maringá, mar. 2004
FIGURA 6 - Caso 1. Após 10 meses de tratamento com Ancoragem-occipital-ativador. B. Superposição dos traçados sobre Ba-Na junto ao CC pré e pós-tratamento.
FIGURA 7 - Caso 2. Antes do tratamento.
FIGURA 8 - Caso 2. A direção da força passa entre os centros de resistência 
esqueletal e alveolar, produzindo rotação do maxilar no sentido horário e rotação 
da dentição superior no sentido anti-horário.
com movimento para baixo do ENA e nenhum 
movimento do ENP.
- Movimentação do plano oclusal para frente e 
para cima, com erupção dos molares superiores e 
intrusão paralela dos incisivos, resultando na cor-
reção da mordida profunda.
- Fechamento do eixo facial e rotação da man-
díbula no sentido anti-horário, apesar da ligeira 
erupção dos molares superiores.
- Deslocamento do maxilar para trás e cresci-
CHABRE,C. 
Dental Press 3 Maringá, mar. 2004
dade dos incisivos.
- Melhoras significativas no perfil do tecido 
mole através do crescimento do pogônio para 
frente: uma redução do sulco labial inferior e ali-
nhamento do lábio inferior.
mento da mandíbula para frente, resultando na 
correção da relação de Classe II.
- Ligeiro movimento distal do arco superior resul-
tando na intrusão e retração paralela dos incisivos.
- Desvio mesial do arco inferior sem proclivi-
FIGURA 9 - Caso 2. A) Após 11 meses de tratamento com ancoragem extrabucal - ativador. B) Sobreposição dos traçados pré e pós-tratamento sobre Ba-Na a CC
CASO 3
Uma menina de 12 anos de idade apresentou-
se com um padrão de crescimento braquifacial, 
uma relação dentária e esqueletal de Classe II, e 
uma mordida profunda anterior. (Fig. 10).
O arco facial externo foi contornado para cima 
de modo que a direção da força passasse acima dos 
dois centros de resistência (Fig. 11). Isto gerou mo-
vimentos negativose rotação no sentido anti-horário 
tanto do maxilar quanto do processo alveolar.
Após o uso pelo paciente do aparelho de anco-
ragem occipital-ativador 14 horas por dia durante 
nove meses (Fig. 12), a sobreposição indicou:
- Movimentação para cima e para frente do 
plano palatal, com movimento para baixo da ENP 
e movimento para cima da ENA.
- Movimentação para cima e para frente do 
plano oclusal, com erupção dos molares superio-
res e intrusão dos incisivos; movimentação dos 
planos palatal e oclusal resultando em correção da 
mordida profunda.
- Abertura do eixo facial e rotação posterior da 
mandíbula, com erupção dos molares superiores e 
movimento da ENP para baixo.
- Crescimento reduzido da mandíbula para 
frente e movimento distal do maxilar, resultando 
na correção da relação esqueletal de Classe II.
- Movimento distal da dentição superior e mo-
vimento para frente da dentição inferior, com ligei-
ra proclividade dos incisivos.
- Melhora no perfil do tecido mole após corre-
ção da relação dentária anterior.
Controle vertical com uma combinação de ativador - ancoragem occipital
Dental Press 4 Maringá, mar. 2004
FIGURA 11 - Caso 3. A direção da força passa acima dos centros de resistência 
esqueletal e alveolar, produzindo rotação do maxilar e da dentição superior no 
sentido anti-horário.
FIGURA 12 - Caso 3. Após nove meses de tratamento com a ancoragem occi-
pital-ativador. B. Sobreposição dos traçados sobre Ba-Na junto ao CC. pré- e 
pós-tratamento.
FIGURA 10 - Caso 3. Antes do Tratamento.
DISCUSSÃO
Um ativador sozinho cria um sistema de força 
que passa atrás dos centros de resistência tanto do 
maxilar como do processo alveolar superior. Isto gera 
movimentos negativos que resultam na rotação dos 
planos palatal e oclusal no sentido horário.
O movimento oclusal pode piorar uma mordi-
da profunda já existente. A erupção molar resulta, 
então, em rotação mandibular posterior, que inibe 
a capacidade do ativador em estimular o cresci-
mento da mandíbula para frente.
CHABRE,C. 
Dental Press 5 Maringá, mar. 2004
O controle vertical é crucial porque é ele que 
dita a posição final do queixo no perfil. O método 
de Teuscher de direcionar a força da ancoragem 
occipital, ilustrado neste artigo, é uma tentativa de 
“simular graficamente os resultados ortodôntico-
ortopédicos de diferentes tipos de tração extra-
oral aplicados na dentição superior”5.
Abaixar o arco facial externo aumenta o efeito 
de movimentação do ativador, aumentando, assim, 
a sobremordida anterior e reduzindo o tamanho 
facial posterior. Este efeito deve ser evitado nos 
casos de braquicefalia, mas pode ser usado em 
benefício dos tipos dolicofacial e mesiofacial com 
tendências a mordida aberta anterior (Caso 1).
Quando a direção da força passa entre os dois 
centros de resistência, há uma ligeira rotação do 
plano palatal no sentido horário e uma rotação do 
plano oclusal no sentido anti-horário, diminuindo 
a sobremordida anterior e aumentando ligeira-
mente a altura facial posterior. Este efeito vertical 
posterior pode ser atribuído tanto à erupção dos 
molares superiores como à relativa estabilidade da 
ENP. O eixo facial permanece inalterado e fecha 
levemente, permitindo a total liberdade de cres-
cimento da mandíbula. Este tratamento é indica-
do em casos com mordida profunda moderada e 
padrões ligeiramente dolicofaciais ou mesiofaciais 
(Caso 2).
Quando o arco facial externo é contornado 
para cima, tanto o plano palatal como o plano 
oclusal são rotacionados no sentido anti-horário. 
A intrusão anterior subseqüente e a erupção mo-
lar normal resultaram na melhora da mordida pro-
funda anterior e um aumento na dimensão facial 
posterior. O movimento da mandíbula para frente 
é inibido, apesar do efeito do ativador. Tal efeito 
é indicado aos pacientes braquifaciais com mor-
dida profunda anterior e tamanho facial inferior 
pequeno (Caso 3).
Agradecimento: O autor deseja agradecer aos Drs. 
E. Lejoyeux e J. Cendron por sua cooperação na tradu-
ção deste manuscrito.
REFERÊNCIAS
1. CHABRE, C. Les forces extra-buccales appliquees sur plaques, 
gouttieres et activateurs. Cahiers Odonto-Stomatol. 11:9-15, 
1979.
2. GAUMOND, G. Hiperpropulsor activator. J Clin Orthod, 
20:405-411, 1986.
3. PFEIFFER, J.P.; GROBETY, D. Simultaneous use of cervical 
appliance and activator: an orthopedic approach to fixed 
appliance therapy. Am J Orthod, 61:353-373, 1972.
4. TEUSCHER, U. Direction of force application for Class II, 
division I treatment with activator-headgear combination. Stu-
dieweek 1980, Nederlandse Vereniging voor orthodontische 
Studie.
5. TEUSCHER, U. An appraisal of growth and reaction to extra 
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6. CHABRE, C. Analyse des modifications provoquees par un 
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9. VAN BEEK, H. Combination headger-activator. J Clin Orthod, 
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