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AULA 1 CINESIOTERAPIA E REEDUCACAO FUNCIONAL RESPIRATORIA

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02/05/2016 
1 
Profa. Alessandra B. Burkle 
 
UNICESUMAR 
REEDUCAÇÃO FUNCIONAL 
RESPIRATÓRIA 
 A base fundamental da RFR é a integração ou 
reintegração sensorial dos movimentos realizados 
pelo tórax e pelo abdome nas fases da respiração. 
 
 A RFR visa fornecer ao paciente um suporte muscular 
respiratório e a melhora da mobilidade 
toracoabdominal. 
 
 É imprescindível a orientação da inspiração pelo 
nariz e a expiração pela boca. 
 
1. Respiração diafragmática 
 Objetivos 
 Melhorar o padrão respiratório; 
 Melhorar a ventilação pulmonar (+ base); 
 Reduzir a FR. 
 Indicações 
 Pacientes com processos agudos e crônicos que 
provocam redução de volumes pulmonares; 
 Para iniciar um programa de reabilitação pulmonar. 
TÉCNICA 
 Paciente em DD com joelhos flexionados e pés apoiados no 
tablado, 
 Aplica-se um estímulo manual na região abdominal (pelo 
fisio ou o próprio paciente) solicitando uma inspiração 
nasal de forma suave e profunda com deslocamento anterior 
da região abdominal. 
 Expiração oral, suave e com frenação labial. 
 Após adequadamente aprendida,evolui-se em outros 
decúbitos: DLD, DLE, sentado e por fim ,em pé. 
Exercícios respiratórios diafragmáticos Respiração diafragmática 
02/05/2016 
2 
2. EXERCÍCIOS PASSIVOS E 
LOCALIZADOS 
 Consistem em realizar respiração: 
 
 Localizada (só costal, só diafragmática, mista, no 
hemitórax direito, no hemitórax esquerdo, etc.), 
conjuntamente com a palpação e a pressão manual, 
exercidas pelo fisioterapeuta nas regiões para onde se 
pretende direcionar ou inibir a respiração do paciente. 
 
 As estimulações diafragmática e costal, fazem parte desses 
exercícios passivos localizados e visam, entre outros 
aspectos, direcionar a respiração para uma região 
específica do tórax ou abdome. 
3. EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO 
MUSCULAR RESPIRATÓRIO 
 Primeiramente deve-se traçar claramente quais são os 
objetivos: fortalecimento dos músculos inspiratórios 
(diafrágma) ou dos músculos expiratórios (abdominais) 
 Pode ser realizado por meio da respiração contra-
resistida: 
 contra um peso, 
 contra a mão do fisioterapeuta, 
 contra o próprio divã ou leito, ou no decúbito prono. 
 Também é possível através dos: 
 Padrões respiratórios (Ex: Inspiração fracionada) 
 Incentivadores respiratórios (Ex: Threshold) 
3. EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO 
MUSCULAR RESPIRATÓRIO 
Músculos inspiratórios Músculos expiratórios 
Cuidado 
com a 
alavanca! 
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS 
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS 
 Muitos são os incentivadores respiratórios: 
 
 São exercitadores respiratórios que tem como 
objetivos: 
 
 Reexpansão pulmonar; 
 
 Desinsuflação pulmonar; 
 
 Aumento da permeabilidade de vias aéreas; 
 
 Fortalecimento dos músculos respiratórios. 
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS 
 
 Caracterizam-se por serem equipamentos portáteis, 
em geral de plástico ou material semelhante, e de 
baixo custo. 
 
 
 São de fácil manuseio, descartáveis, e podem ser 
utilizados tanto em adultos como em crianças. 
02/05/2016 
3 
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS 
 Todos os incentivadores respiratórios fundamentam-se 
no oferecimento de uma resistência (carga) à 
respiração espontânea do paciente 
 
 Essa resistência pode ser exercida por: 
 carga pressórica alinear ou 
 carga pressórica linear 
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS DE 
CARGA PRESSÓRICA ALINEAR 
 Oferecem uma resistência desconhecida ou variável 
durante todo o movimento respiratório, pois não há 
conhecimento prévio da pressão a ser exercida pelo 
paciente; 
 
 Podem ser divididos em: 
 Incentivadores a fluxo 
 Incentivadores a volume 
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS DE 
CARGA PRESSÓRICA ALINEAR 
 A fluxo: 
 
 Quando os pacientes inspiram em fluxos inspiratórios 
suficientemente altos, as bolas ou esferas elevam-se, 
fornecendo incentivo visual ao paciente. 
 
 Exemplos: 
 Respiron 
 Triflo 
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS DE 
CARGA PRESSÓRICA ALINEAR 
 A volume: 
 
 Possuem um sistema de pistão em que um êmbolo ou disco 
deve ser elevado a um volume inspiratório predeterminado 
 
 A câmara que abriga o êmbolo tem marcações que permitem 
visualizar o volume que deve ser atingido 
 
 O paciente deve ser orientado a manter o êmbolo estável no 
volume desejado pelo maior tempo possível 
 
 Exemplos: 
 Voldyne 5000 (Adulto) 
 Voldyne 2500 (Pediátrico) 
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS DE 
CARGA PRESSÓRICA LINEAR 
 São considerados incentivadores fluxo-independentes ou 
de carga linear pressórica; 
 
 O fluxo de ar só é gerado quando uma pressão 
preestabelecida é realizada pelo paciente; 
 
 Geralmente possuem uma válvula que permite a entrada 
de ar apenas quando o paciente realiza um esforço 
inspiratório capaz de vencer a resistência oferecida por 
uma mola ou sistema de pesos; 
 
 Exemplo: 
 Threshold (inspiratório ou IMT e expiratório ou PEEP) 
02/05/2016 
4 
THRESHOLD THRESHOLD 
 O principal objetivo é treinar a resistência muscular 
respiratória; 
 
 Emprega-se uma carga conhecida que geralmente 
compreende um percentual da força muscular 
respiratória máxima (obtida na manovacuometria) do 
indivíduo (Ex: 40%, 60%, 80% da Pimáx). 
INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS 
 Existem outros tipos de incentivadores respiratórios, 
com ênfase na expiração (incentivadores expiratórios) 
 
 Exemplos: 
 Thera pep 
 Flutter e Shaker 
THERA PEP 
FLUTTER / SHAKER 
 Oscilação oral de alta frequência: 
alternativa terapêutica para 
promover desobstrução 
brônquica. 
 Efeitos: 
 Tixotrópico 
 Promove descolamento e 
deslocamento da secreções 
brônquicas. 
 Em seu interior existe um canal, 
onde consta uma pequena esfera 
de aço, sendo um resistor limiar 
pressórico gravitacional (peso 
por bola ou peso fixado). 
 
FLUTTER / SHAKER 
 Em seu interior existe um canal, 
onde consta uma pequena esfera 
de aço, sendo um resistor limiar 
pressórico gravitacional (peso por 
bola ou peso fixado). 
 
 A repercussão oscilatória é 
transmitida a árvore 
traqueobrônquica. 
 
 
 
02/05/2016 
5 
FLUTTER / SHAKER 
 A posição adotada é a 
sentada, com inclinação 
anterior do corpo em 30°. 
 No leito, a posição inicial é 
a de flowler, sendo a 
inclinação anterior 
analisada de acordo com o 
caso. 
 O tempo de aplicação vem 
sendo limitada entre 10 a 
15 min diários (ANALISAR 
O CASO!) 
 
FLUTTER / SHAKER 
 CONTRA-INDICAÇÕES: 
 
 Qualquer paciente, adulto ou criança, que não consiga 
gerar fluxo expiratório suficiente para produzir níveis de 
oscilação; 
 Broncoespasmo; 
 Doença cardíaca descompensada; 
 DPOC descompensado; 
 Tuberculose pulmonar em atividade; 
 Traumas torácicos e faciais, queimaduras faciais. 
Técnica de empilhamento de ar  Nas DNM, a perda progressiva da força dos músculos 
inspiratórios gera um distúrbio ventilatório do tipo 
restritivo. 
 As inspirções cada vez mais superficiais leva a 
alterações mecânicas da caixa torácica, do 
parênquima pulmonar e pode evoluir para uma 
insuficiência respiratória. 
 Objetivo da técnica: 
Maximizar a Capacidade Residual Funcional, 
Manter ou aumentar a complascência 
pulmonar, 
Prevenir ou reverter atelectasias. 
 Também chamada de air 
stacking 
 
 Técnica: realização de 
acúmulos de insuflações (de 
2 a 4 insuflações), através de 
uma máscara oronasal ou 
bucal conectado a um AMBU. 
 
 Mantém-se o volume 
inspirado por 6 segundos 
com a glote fechada, 
expirando posteriormente. 
PADRÕES RESPIRATÓRIOS 
02/05/2016 
6 
PADRÕES RESPIRATÓRIOS 
Quando temos um paciente: 
 
 Estável, motivado, disposto e encorajado a colaborar, 
 O emprego de padrões de respiração com a inspiração a 
grande volumes pulmonares pode traduzir como 
resposta, uma eficiente expansão pulmonar impedindo 
assim o aparecimento de shunt intrapulmonar e de 
atelectasia 
1. INSPIRAÇÃO FRACIONADA OU 
EM TEMPOS 
 A inspiração profunda feita de uma só vez pode não 
ser suficiente para que o paciente desenvolva uma 
plenitude inspiratória com finalidade expansiva; 
 
 O uso de várias inspirações em um mesmo ciclo 
ventilatório pode desempenhar um papel muito 
importante na terapia; 
 Promove: melhora da complacência tóracopulmonar 
e no incremento da capacidade inspiratória. 
 
INSPIRAÇÃO FRACIONADA OU EM 
TEMPOS 
 Técnica: 
 
 O paciente deve realizar uma inspiração suave e curta, por via 
nasal, interrompida por curtos períodos de apnéia pós-
inspiratória e programada para 2, 3, 4 ou 6 tempos 
repetitivos. 
 A expiração é oral e pode ser realizada até o repouso 
expiratório . 
 
INSPIRAÇÃO FRACIONADA OU 
EM TEMPOS 
2. SOLUÇOS INSPIRATÓRIOS 
 Técnica: 
 Consiste em uma inspiração subdividida em inspirações 
curtas e sucessivas, sem apnéia pós-inspiratória, até 
completar a máxima capacidade inspiratória e a 
capacidade pulmonar total (CPT), podendo a última 
inspiração ser efetuada por via oral; 
 A expiração deverá ser suave e por via oral. 
 
 Promove: reexpansão das zonas basais, 
aumentando a CRF e o VRI. 
3. APNÉIA MÁXIMA PÓS-
INSPIRATÓRIA 
 Promove: É um regime ventilatório no qual se 
incrementa consideravelmente o tempo da apnéia 
pós-inspiratória, objetivando assim, melhorar a 
difusão pulmonar, favorecer a hematose, 
distribuindo melhor a ventilação pulmonar; 
 
 Técnica: a inspiração deve ser nasal, lenta, suave e 
uniforme até atingir a capacidade inspiratória 
máxima, seguindo-se uma apnéia variável de 3 a 10 
segundos, para em seguida ocorrer a expiração oral, 
lenta, contínua, sem esforço até atingir o VRE 
máximo. 
02/05/2016 
7 
3. APNÉIA MÁXIMA PÓS-
INSPIRATÓRIA 4. EXPIRAÇÃO ABREVIADA 
 Consiste em ciclos intemitentes de inspirações 
profundas, intercalados com pequenas expirações 
 
 Técnica: 
 
 1a. Fase: O paciente inspira pelo nariz suave e 
profundamente. Em seguida expira uma pequena 
quantidade de ar; 
 
 2a. Fase: Volta a inspirar profundamente a partir do 
término da fase 1. Expira novamente uma pequena 
quantidade de ar; 
 
 3a. Fase: Volta a inspirar profundamente a partir do 
término da fase 2, expirando completamente. 
EXPIRAÇÃO ABREVIADA EXPIRAÇÃO ABREVIADA 
 A relação I:E é igual a 3:1, razão pela qual, através de 
volumes de ar acumulativos, atingimos a CPT; 
 
 Promove: 
 Promove os efeitos pulmonares através da expiração, a 
qual por ser incompleta faz com que a CRF aumente, 
mantendo assim o alvéolo com um maior volume 
(AZEREDO, 2000). 
 
5. FRENO LABIAL 
 Técnica: 
 Inspiração nasal, lenta; 
 Apnéia pós-inspiratória; 
 O paciente mantém os dentes cerrados e/ou os lábios 
franzidos, expirando lentamente. 
 Objetivo: 
 Melhora o nível de oxigenação por manutenção de 
pressão positiva nas vias aéreas. 
 Atenua-se a velocidade de fechamento das vias aéreas 
durante a expiração,permitindo maior expiração do 
volume de ar. 
6. Padrão para broncoespasmo 
 Padrão 1:1 ou pingue-pongue 
 C0nsiste na realização de um padrão ventilatório de 
alta freqüência e baixa amplitude, observando a 
relação inspiração/expiração de 1:1, 
 Com baixos volumes pulmonares 
 Promove o esvaziamento pulmonar homogêneo e 
diminui a capacidade residual funcional, o 
broncoespasmo e o trabalho respiratório. 
02/05/2016 
8 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 AZEREDO, Carlos Alberto Caetano. Fisioterapia 
respiratória no hospital geral: expansão, 
reexpansão, recrutamento alveolar. São Paulo: 
Manole, 2000. 
 AZEREDO, Carlos Alberto Caetano; MACHADO, 
Maria da Gloria Rodrigues. Fisioterapia respiratoria 
moderna. 2. ed. ampl. rev. Sao Paulo: Manole, 
1993. 
 COSTA, Dirceu. Fisioterapia respiratoria basica. 
Sao Paulo: Atheneu, 1999.

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