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O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SUA IMPORTÂNCIA NA MICROEMPRESA

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ROBERTO DA COSTA AZEVEDO JÚNIOR
JOSÉ LUIZ PINHEIRO
HUMBERTO OLIVEIRA SILVA
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SUA IMPORTÂNCIA NA MICROEMPRESA
NITERÓI
2016
ROBERTO DA COSTA AZEVEDO JÚNIOR
JOSÉ LUIZ PINHEIRO
HUMBERTO OLIVEIRA SILVA
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SUA IMPORTÂNCIA NA MICROEMPRESA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Produção.
Orientador: Luiz Cescon
Niterói
2016
nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SUA IMPORTÂNCIA NA MICROEMPRESA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Produção.
Aprovado em: __/__/____
BANCA EXAMINADORA
Prof.ªTitulação Nome do Professor(a)
Prof.ªTitulação Nome do Professor(a)
Prof.ªTitulação Nome do Professor (a)
Dedico este trabalho...
À Sorte, pois eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu me dedico, mais sorte eu tenho.
AGRADECIMENTOS
A Deus pоr tеr mе dado saúde е força pаrа superar аs dificuldades.
A esta universidade, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro υm horizonte superior, eivado pеlа acendrada confiança nо mérito е ética aqui presentes.
Aos meus pais, pelo amor, incentivo е apoio incondicional.
Aos amigos da Anhanguera, companheiros dе trabalhos е irmãos nа amizade qυе fizeram parte dа minha formação е qυе vão continuar presentes еm minha vida cоm certeza.
A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеυ muito obrigado.
RESUMO
Este estudo versa sobre o planejamento estratégico em microempresas. Desta forma cabe indicar que o planejamento estratégico é um processo essencial dentro da organização na medida em que traça as diretrizes para a definição dos planos de ação que resultarão em vantagens competitivas e sustentabilidade para o futuro. O objetivo central deste estudo é definir como a elaboração do planejamento estratégico é compreendida na atualidade diante da sua importância para a manutenção e crescimento da microempresa. A metodologia empregada encontra-se pautada em pesquisa de referências bibliográficas. Concluiu-se que o planejamento estratégico se traduz como uma vantagem competitiva nas microempresas. 
Palavras-chave: Microemprensa; Planejamento estratégico; Vantagem competitiva.
ABSTRACT
This study deals with strategic planning in microenterprises. In this way it should be pointed out that strategic planning is an essential process within the organization insofar as traction as guidelines for a definition of action plans that result in competitive advantages and sustainability for the future. The main objective of this study is to define how an elaboration of the strategic planning is understood at present of its importance for the maintenance and growth of the microenterprise. A methodology used is based on research of bibliographical references. It was concluded that strategic planning translates as a competitive advantage in microenterprises.
Keywords: Microenterprise; Strategic planning; Competitive advantage. 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Características de decisões estratégicas	17
Figura 2 – Concepção do modelo básico de planejamento estratégico	18
Figura 3 – Planejamento com base em organizar	19
Figura 4 – Estrutura da estratégia de Andrews	20
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Formas de enquadramento e classificação de micro e pequenas empresas 	28
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃo	12
1.1 Problema De Pesquisa.	 13
1.2 Objetivos	14
2	O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO	15
2.1 Estratégia: Conceito	15
2.2 Planejamento: definições	18
2.3 O planejamento estratégico	19
3	MICROEMPRESAS	25
3.1 Caracterizando microempresas	25
3.2 O campo legal no tocante as microempresas	28
4	o PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E MICROEMPRESAS: UMA RELAÇÃO POSITIVA 	35
4.1 O planejamento é uma vantagem competitiva	35
4.2 As microempresas e seu crescimento: quando o planejamento se destaca para o alcance e permanência no mercado	37
CONsiderações finais	45
REFERÊNCIAS	46
1 INTRODUÇÃO
Na atualidade as microempresas estão se destacando progressivamente no cenário nacional, e desta forma torna-se necessário compreender que para que estas empresas se mantenham no mercado os seus responsáveis precisam estar atentos a toda dinâmica envolvida para a sua construção e permanência no mercado, sendo observado que o planejamento estratégico encontra-se em evidencia devido a sua importância para a realidade apontada.
Assim, nos dias atuais, toda empresa independente do seu tamanho, busca desenvolver planejamentos que estejam voltados para as suas metas, objetivo e missão, tendo como foco não apenas o presente, mas também o futuro que se segue. Nesta direção o planejamento estratégico se destaca neste universo, abrindo um leque de opções para a empresa na intenção de contribuir e fazer dar certo tudo o que for apontado dentro do referido planejamento. Ou seja, frente à evolução dos mercados, se configura como essencial que as empresas definam seus objetivos e estratégias, a fim de atingir melhores resultados, o que contribui diretamente para o seu posicionamento e crescimento no mercado.
Destaca-se que ainda não existe uma fórmula ou padrão para criar uma organização bem-sucedida ou uma organização de alto desempenho sustentável. Mas com o auxílio do planejamento estratégico a organização tende a progredir.
O planejamento estratégico é compreendido como um processo essencial dentro da organização na medida em que traça as diretrizes para a definição dos planos de ação que resultarão em vantagens competitivas e sustentabilidade no longo prazo. Entretanto, é preciso atentar para a importância deste ao se vislumbrar que este deve ser vivenciado como um processo contínuo.
Indo além, no tocante as microempresas, destaca-se ainda a necessidade de sobreviver e perpetuar um modelo de negócio em um ambiente globalizado, onde a concorrência é presente, e fatores somados às características internas do modo de gerir o empreendimento são fundamentais para a sua existência.
A metodologia escolhida para a construção deste estudo encontra-se pautada em pesquisa de referência bibliográfica de cunho qualitativo.
Logo, a construção deste estudo se justifica pela necessidade de discorrer sobre a importância do planejamento estratégico para as microempresas na atualidade, tendo como foco a sua manutenção/ crescimento no mercado. Todo planejamento torna-se válido, uma vez que ações planejadas tendem oportunizar resultados positivos.
O presente estudo encontra-se dividido em três capítulos, onde o primeiro buscou apresentar o que é o planejamento estratégico de forma ampla, ao ser colocado o que é estratégia, planejamento e posteriormente o significado de ambos os conceitos unidos com base para o melhor desempenho da organizações. Já o segundo capítulo esteve voltado para a apresentação do que é uma microempresa, como estas vem sendo observadas na atualidade, trazendo também a sua percepção acerca do meio legal. O último capítulo foi pensando e construído a partir da relação dos dois pontos discutidos anteriormente nos capítulos anteriores, ou seja, o terceiro capítulo trouxe uma discussão acerca da relação entre o planejamento estratégico no cenário das microempresas, onde se buscou identificar como essa relação pode ser positiva. 
Este trabalho de conclusão de curso buscou relacionar a importância do planejamento estratégico no cenário das microempresas, tendo como recorte principal a busca pela compreensão desta relação na atualidade, buscando assim identificar pontos positivos nesta relação, e fazerapontamentos que possam ser aproveitados tanto na prática quanto no cenário acadêmico. 
Problema de Pesquisa
Com o surgimento de novas microempresas, e para que as mesmas consigam permanecer no mercado é necessário ter atenção para todos os campos que estão atrelados a dinâmica de uma empresa, mesmo que de pequeno porte. Nesta direção, o questionamento principal torna-se evidente quando se percebe a real necessidade de desenvolver um planejamento estratégico buscando alcançar o sucesso desejado antes mesmo do efetivo “nascimento” da empresa. Sendo assim, cabe neste estudo a seguinte inquietação: como a conscientização dos micros empresários sobre a utilização do planejamento estratégico pode contribuir para o aumento de ganhos em uma microempresa?
Objetivos do Trabalho
Geral:
Definir como a elaboração do planejamento estratégico é compreendida na atualidade diante da sua importância para a manutenção e crescimento da microempresa.
Específicos:
Identificar os pontos positivos na realização do planejamento estratégico;
Abordar a importância do planejamento estratégico nas microempresas;
Discorrer sobre microempresas e sua função no mercado.
2 O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
O planejamento estratégico é compreendido como uma importante ferramenta para a manutenção e crescimento de todas as organizações. Neste capítulo será apresentado o conceito do que é planejamento estratégico a partir da visão de autores conceituados como: Mintzberg, Chain Kim, Chiavenato e Sapiro, entre outros.
2.1 Estratégia: Conceito
Para compreender a relação do planejamento estratégico na atualidade, cabe inicialmente trazer ao texto o que é estratégia. Nesta direção, entende-se que a estratégia não é algo recente, pois, desde que o homem das cavernas se pôs a caçar, pescar ou lutar para sobreviver, a estratégia sempre esteve presente como um plano antecipado do que fazer para ser bem sucedido (CHIAVENATO e SAPIRO, 2004).
Santana (2005, p.1) define que: “A essência da estratégia de negócios está em criar e sustentar vantagens competitivas futuras mais rápido que os concorrentes.” Seguindo essa linha de identificar o que é estratégia, Johnson et al. (2011. p.25) conceituam que a estratégia: “é a orientação e o alcance um uma organização longo prazo, que conquista vantagens num ambiente inconstante por meio da configuração de recursos e competências com o intuito de atender expectativas dos stakeholders.”.
Com base nos ensinamentos de Mintzberg (2007, p.24) entende-se que “a palavra estratégia há tempos vem sendo usada implicitamente de diferentes maneiras, ainda que tradicionalmente tenha sido definida de uma única forma.” Ainda com base no autor citado, Mintzberg (2007), pode-se citar cinco definições de estratégias, sendo estas: plano, pretexto, padrão, posição e perspectiva. Neste contexto, vale trazer a seguir como cada uma das cinco definições citadas:
Estratégia como Plano: Algum tipo de curso de ação conscientemente pretendido, uma diretriz (ou um conjunto de diretrizes) para lidar com uma situação. (...) as estratégias têm das características essenciais: são criadas antes das ações às quais vão se aplicar e são desenvolvidas consciente e propositalmente;
Estratégia como Pretexto: é uma manobra específica para superar um oponente ou concorrente;
Estratégia como Padrão: Especificamente um padrão em uma corrente de ação;
Estratégia como posição: é um meio de localizar uma organização naquilo que os teóricos organizacionais gostam de chamar de ambiente, e assim, a estratégia torna-se a força mediadora – ou a de combinação – entre organizações e ambiente; 
Estratégia como perspectiva: Este tipo de estratégia olha para dentro da cabeça dos estrategistas coletivos, mas com uma visão ampla. Seu conteúdo consistindo não apenas de uma escolhida, mas também de uma maneira fixa de olhar o mundo.
Na visão de Porter (2004), a estratégia consiste em um conjunto de atividades de uma empresa que serão responsáveis pela entrega de um composto, cujo valor é único e diferente de seus concorrentes.
Kin (2015, p.58) acrescenta que a estratégia pode ser compreendida a partir de três vertentes, sendo:
Foco:Toda estratégia notável tem foco, e o perfil estratégico da empresa, ou sua curva de valor, deve mostrar isto com nitidez;
Singularidade: Quando a estratégia é formulada de forma reativa, como tentativa da empresa acompanhar a concorrência, ela perde sua singularidade; 
Consistente: A boa estratégia tem uma mensagem consistente e convincente.
Outro ponto importante versa sobre as características diretas do que é denominado como estratégias, conforme mostrado na figura 01: 
Figura 1: Características de decisões estratégicas
Fonte: Johnson et al. (2011, p.28).
	Diante do contexto apresentado pela figura 01, torna-se possível compreender que a formulação de estratégia se traduz como um processo amplo e que influencia diretamente todo o processo de planejamento. 
	Ao discorrer sobre a estratégia nas organizações pode-se observar que estas são fundamentais também para a realização do trabalho diário, uma vez que os desenvolvimentos das atividades precisam contar também com uma visão estratégica para fazê-lo e para a superação de qualquer adversidade que possa se apresentar. 
A formulação de estratégia também se apresenta como um processo de suma importância, pois formular requer atenção tanto ao ambiente externo quanto interno. Assim, buscou-se em Chiavenato e Sapiro (2004), a melhor compreensão acerca desta relação, onde a mesma pode ser observada com base na figura 2:
Figura 2: Concepção do modelo básico de planejamento estratégico
Fonte: (Chiavenato e Sapiro, 2004, p.43).
Acrescenta-se que com o passar do tempo, a estrutura da estratégia ganhou novos desdobramentos, e neste universo, novos autores foram apresentando novas colocações, e aprimorando para se chegar ao planejamento estratégico.
2.2Planejamento: definições
Assim como foi definido o que é estratégia, cabe a partir deste ponto trazer ao texto o entendimento sobre o que é e como se apresenta o planejamento, para que posteriormente seja apresentado a discussão acerca do planejamento estratégico. 
De acordo com Ribeiro (2008, p.15) o planejamento pode ser compreendido a partir de “definições de metas organizacionais, o estabelecimento de uma estratégia para alcançá-las e o desenvolvimento de uma hierarquia abrangente de planos para integrar e coordenar atividade.” Para além, torna-se pertinente sinalizar que todo planejamento para ser eficaz e atingir os objetivos traçados deve observar três ponto: organizar, influenciar e controlar, conforme indica a figura 3:
Figura 3: Planejamento com base em organizar
Fonte: Certo (2003).
	
	Destaca-se que o ato de planejar se traduz como um processo de suma importância para toda a estrutura organizacional. Ademais, o planejamento realizado de forma correta irá atentar para os três pontos acima evidenciados, e estes serão a base para que a organização alcance os objetivos traçados. 
Entretanto, na atualidade, observa-se que a temática estratégia e planejamento, com o passar do tempo, adquiriram novos contornos, e desta forma passou a apresentar novos desdobramentos, e desta forma chegou-se ao que é denominado na atualidade de planejamento estratégico. 
2.3 O planejamento estratégico
Antes de discorrer sobre o planejamento estratégico na atualidade, cabe citar a colocação de Ribeiro (2008, p.122), este que sinalizou que “uma das principais características que permeou o processo de formulação do planejamento estratégico foi a análise de ambiente para que fosse estabelecida a estratégia.” Neste cenário, vale apontar a estrutura estratégica de Andrews, que foi originalmente proposta por Ghemawat (RIBEIRO, 2008). [1: Kenneth Andrews foi um dos autores pioneiros sobre o tema da estratégia e um dos maiores disseminadores da concepção da estratégia como um ajuste entre a organização e o ambiente.]
Como base para o entendimento da estrutura da estratégia de Andrews, cabe trazerao texto a figura 4:
Figura 4: Estrutura da estratégia de Andrews
Fonte: Ribeiro (2008, p.122).
	
Assim, cabe citar que:
O processo de planejamento estratégico, ou simplesmente processo estratégico – representa o resultado cumulativo de um longo aprendizado organizacional. As organizações utilizaram durante décadas o processo estratégico para alcançar várias finalidades, e ele foi sofrendo alterações e sofisticações gradativas com o passar do tempo, conforme a evolução do pensamento estratégico. A estratégia – fruto do processo estratégico – foi o caminho utilizado para alcançar de maneira bem-sucedida os objetivos previamente definidos pelas organizações (CHIAVENATO e SAPIRO, 2004, p.4).
Tendo em vista os ensinamentos de Chiavenato e Sapiro (2004) acrescenta-se que a implantação de um planejamento estratégico precisa acompanhar diversas etapas para que não se torne apenas uma etapa desligadas do restante da empresa. Ademais, ainda nesta perspectiva de compreensão, é preciso que o planejamento estratégico seja sempre pesando para alcançar um objetivo macro. 
O mercado também contribui imensamente para que exista a necessidade das organizações atuarem com base no planejamento estratégico. Assim, torna-se válido trazer ao texto a visão de Kotler (2000, p.63) que entende que o “planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado.”.
Ainda com o objetivo de descrever os desdobramentos do planejamento estratégico, cabe citar Matos (1999, apud Barbosa e Brondani, 2005, p.112), onde o autor aponta que o planejamento estratégico apresenta cinco características fundamentais, sendo: 
O planejamento estratégico está relacionado com a adaptação da organização a um ambiente mutável. Ou seja, sujeito à incerteza a respeito dos eventos ambientais. Por se defrontar com a incerteza tem suas decisões baseadas em julgamentos e não em dados concretos. Reflete uma orientação externa que focaliza as respostas adequadas às forças e pressões que estão situadas do lado de fora da organização; 
O planejamento estratégico é orientado para o futuro. Seu horizonte de tempo é o longo prazo. Durante o curso do planejamento, a consideração dos problemas atuais é dada em função dos obstáculos e barreiras que eles possam provocar para um almejado lugar no futuro;
O planejamento estratégico é compreensivo. Ele envolve a organização como uma totalidade, abarcando todos os seus recursos, no sentido de obter efeitos sinergéticos de todas as capacidades e potencialidades da organização. A resposta estratégica da organização envolve um comportamento global, compreensivo e sistêmico. A participação das pessoas é fundamental nesse aspecto, pois o planejamento estratégico não deve ficar apenas no papel, mas na cabeça e no coração de todos os envolvidos. São eles que o realizam e o fazem acontecer;
O planejamento estratégico é um processo de construção de consenso. Devido à diversidade dos interesses e necessidades dos parceiros envolvidos, o planejamento deve oferecer um meio de atender a todos na direção futura que melhor convenha para que a organização possa alcançar seus objetivos. Para isso, é preciso aceitação ampla e irrestrita para que o planejamento estratégico possa ser realizado através dessas pessoas em todos os níveis da organização;
O planejamento estratégico é uma forma de aprendizagem organizacional. Por estar orientado para a adaptação da organização ao contexto ambiental, o planejamento constitui uma tentativa constante de aprender a ajustar-se a um ambiente complexo, competitivo e suscetível a mudanças.
Logo, é possível entender que o objetivo do planejamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produtos da empresa de modo que gere lucros e crescimento satisfatórios.
Ainda buscando desenvolver a melhor compreensão acerca do planejamento estratégico, cabe citar Maximiliano (2009) uma vez que este autor ao tratar do planejamento estratégico entende que se traduz como um processo sistemático, ou seja, é uma sequência de análises e decisões que pode ser compreendido em um processo complexo e dinâmico, sendo:
Complexo – na prática, essas etapas podem ser cumpridas em qualquer ordem, ou simultaneamente, dependendo da situação e das pessoas. Em alguns casos, ou em determinados momentos, o processo de planejamento estratégico pode enfatizar uma ou outra etapa;
Dinâmico – a cada momento, a situação é diferente do momento anterior. As análises devem ser feitas continuamente, para acompanhar a evolução de todas as variáveis que afetam a organização. As decisões dos administradores criam novas situações, que precisam ser acompanhadas. Desse modo, o planejamento estratégico é um processo contínuo e não um procedimento burocrático periódico.
Indo além, torna-se pertinente identifica ainda que o planejamento estratégico é também caracterizado por outros pontos, conforme indica Mattar (2011):
Envolver toda a empresa;
Abranger em longo prazo (cinco anos ou mais);
Definir diretrizes gerais (missão, visão, valores e objetivos);
Definir estratégias amplas;
Ter como responsáveis pela elaboração e alta gerência junto com a alta direção.
No universo do planejamento estratégico se destaca que este apresenta relação com o desenvolvimento da missão, valores, metas, visão, objetivos estratégicos, entre outros. E ainda com base em Mattar (2011, p.183), pode apontar no texto o que cada ponto significa:
Missão: é a finalidade da existência de uma organização;
Visão: é o que a empresa espera ser num determinado tempo e espaço;
Valores: representam os princípios éticos que norteiam as ações da empresa;
Objetivo: é a manifestação de intenção a ser alcançada e pode ser estabelecido para qualquer período de tempo;
Meta: é a quantificação dos objetivos em período de tempo bem definidos.
De forma ampla, entende-se que o planejamento estratégico pode ser traduzido como eficaz quando apresenta resultados compatíveis com a missão e com os objetivos da organização. Porém, todos os pontos se entrelaçam para que o sucesso seja alcançado. 
	Salienta-se que o planejamento estratégico não se define por uma função, ou seja, este é amplo e capaz de compreender toda a organização. Nesta direção, é fundamental que toda empresa dispense tempo para a construção do seu planejamento estratégico, pensando não apenas no momento da criação da empresa, mas também em longo prazo. O que se faz hoje precisa refletir de maneira positiva no futuro da organização. 
O planejamento estratégico deve ser utilizado em todos os tipos de organização, e quando pensado para empresas, estas podem ser grandes ou microempresas, e independente do tamanho da mesma, é preciso ter o mesmo comprometimento para com a sua manutenção e prosperidade em termos de futuro.
De maneira geral, o planejamento estratégico pode ser entendido como uma metodologia gerencial que permite as organizações a estabelecer a direção a ser seguida, buscando sempre a sua manutenção no mercado e, consequentemente, seu crescimento para o futuro. 
As microempresas têm desenvolvido importante papel no cenário nacional, e para tanto estas devem estar atentas a sua atuação com base no planejamento estratégico. Diante desta perspectiva, indica-se que o próximo capítulo irá apresentar essa forma de empresa e seu campo legal. 
3 MICROEMPRESAS 
Caracterizando microempresas 
Ao adentrar a relação das microempresas e as empresas de pequeno porte evidencia-se que estas têm desempenhando um papel fundamental na economia brasileira. Nesta perspectiva, avalia-se que:
As pequenas empresas são consideradas essenciais ao crescimento e à maturação da economia. No processo de desenvolvimento, é significativa a contribuição que apresentam ao gerarem oportunidades para o aproveitamento de uma grande parcela de força de trabalho e ao estimularem o desenvolvimento empresarial (DEAKINS, 1996 apud HOFFMANN, HOFFMANN, CANCELLIER, 2008, 114).As micro e pequenas empresas têm sido destaque no cenário nacional, e desta forma devemos compreender que para que estas empresas se mantenham no mercado e cresçam progressivamente, os responsáveis financeiros necessitam estar atentos ao fluxo de caixa, pois de maneira geral este é o instrumento mais usado paraa programação financeira destas. Entretanto, nas pequenas empresas, a administração geralmente é feita pelo proprietário e/ou parente que muitas vezes não tem conhecimento aprofundado de técnicas administrativas, e isto se apresenta enquanto um obstáculo para a manutenção e crescimento destas no mercado.
Segundo Schell (1995 apud Oliveira, 2006, p.8), as pequenas empresas, além de um pequeno número de empregados, apresentam também as seguintes características:
Estrutura organizacional simples, com poucos níveis hierárquicos e uma grande concentração de autoridade;
Ocupa um espaço bem definido no mercado em que atua; 
Possui flexibilidade locacional, espalhando-se por todo o território nacional e desempenhando importante papel na interiorização do desenvolvimento;
Possui maior intensidade de trabalho;
O proprietário e a administração são altamente interdependentes, ou seja, em geral não há diferença entre os assuntos particulares e empresariais, pois é comum o empreendedor utilizar a mesma conta bancária de sua empresa; e
Existe predominância absoluta do capital privado nacional.
Ademais, algumas características são correspondentes as micro e pequenas empresas, sendo:
Empresa, em geral, é de propriedade de um indivíduo ou de um pequeno grupo de pessoas;·.
É administrada pelo(s) proprietário(s) de forma independente e, mesmo quando profissionalizada(s), este(s) conserva(m)-se como principal centro de decisões;
Seu capital é financiado basicamente pelo(s) proprietário(s);
Geralmente têm uma área de operações limitada à de sua localização ou, quando muito, à da região onde está situada; e
Sua atividade produtiva não ocupa uma posição de destaque ou predominância em relação ao mercado (OLIVEIRA, 2006, p.8).
Em todo tipo de empresa toda a verba disponível ou que esteja programada para entrada, ou seja, que será recebida precisa ser bem empregada. E tendo como base as micro pequenas empresas, sinalizamos que programada as necessidades financeiras e determinadas as fontes de recursos que serão captados, resta ao administrador financeiro a tarefa de distribuí-lo de forma inteligente e segura (ZDANOWICZ, 2000). 
Moreira et al. (2013, p.121) acrescentam que no que se refere as micro e pequenas empresas normalmente:
A fragilidade dessas empresas associada à falta de informações contábil-financeiras em seu processo de decisão faz com que estas tendam a apresentar uma situação de maior risco diante da concorrência, o que remete à necessidade de um controle mais eficaz que permita decisões mais estruturadas, de modo a conduzir à obtenção de melhores resultados.
Nesta perspectiva torna-se pertinente apontar no texto que a microempresa define-se como a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário, devidamente registrados nos órgãos competentes, que aufira em cada ano calendário, a receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (SEBRAE, 2016).
Indo além, acrescenta-se que:
As pequenas e micro empresas são uma das principais bases de sustentação da economia brasileira, quer pela sua enorme capacidade geradora de empregos, quer pelo representativo número de estabelecimentos desconcentrados geograficamente. Oferecem atuação complementar aos empreendimentos de grande porte; atuação estratégica no comércio exterior, possibilitando a diversificação na pauta de exportações e tornam a economia menos suscetível às variações que ocorrem na conjuntura comercial mundial. Possuem, ainda, a capacidade de gerar uma classe empresarial legitimamente nacional, aumentando a participação da economia privada na economia do país (DAHER, MINEIRO e DAMASCO, 2012, p.4).
	De forma ampliada, o que se verifica no cenário nacional é que as micro e pequenas empresas contribuem para o crescimento do país, pois apresentam um potencial que se destaca no tocante a geração de empregos e renda, sendo até mesmo observado como uma saída para o que vem acompanhando o país em relação ao amplo crescimento do desemprego nos últimos tempos. 
	Dentro deste contexto, Lakatos (1997, apud Santo, Alves e Almeida, 2007, p.60) indica que:
As pequenas empresas oferecem significativa contribuição na geração global do produto nacional; e têm alta absorção de mão-de-obra a baixo custo; atuação complementar aos empreendimentos de grande porte; atuação estratégica no comércio exterior, possibilitando a diversificação na pauta de exportações e tornando a economia menos suscetível às variações que ocorrem na conjuntura comercial mundial; e capacidade de gerar uma classe empresarial genuinamente nacional, aumentando a participação da economia privada na economia do país.
Ou seja, “o potencial de geração de empregos e de ocupação damão-de-obra é bastante desejável no cenário econômico atual, no qual o desemprego tornou-se um problema relevante” (DAHER, MINEIRO e DAMASCO, 2012, p.4).
Ainda com o objetivo de discorrer sobre a importância das micro e pequenas empresas Diplomata (2013) sinalizou que:
As microempresas e empresas de pequeno porte no Brasil estão representando grande importância econômica para o país, uma vez que tem se destacado na segmentação de comércio e serviços, com a geração de emprego e renda em nível nacional e regional, o que consequentemente provoca um fortalecimento do setor de produção, proporcionando resultados impactantes na economia nacional (DIPLOMATA, 2013, s/p).
Ao discorrer sobre o conceito e compreensão de como se apresentam as micro empresas e empresas de pequeno porte no Brasil, torna-se pertinente trazer ao texto a sua relação com o campo legal, ou seja, apontar o que diz a legislação que pauta a existências destas. 
O campo legal no tocante as microempresas 
As microempresas possuem características próprias e exclusivas que podem ser evidenciadas como: contribuição na geração do produto nacional, geração de renda, flexibilidade de localização e composição do capital de forma predominantemente nacional (OLIVEIRA, 2004).
Inicialmente, como forma classificar e diferenciar as micros e pequenas empresas cabe trazer ao texto a tabela 1:
Tabela 1: Formas de enquadramento e classificação de micro e pequenas empresas
Fonte: DAHER, MINEIRO e DAMASCO (2012, p.4). * 1: Dados da Lei complementar nº123; 2 Dados BNDS. 
Deve-se considerar, de acordo com a colocação de Ottoboni e Pamplona (2003) que pela estrutura organizacional e também pela forma de gerenciamento, as micro e pequenas empresas tornam-se muito vulneráveis às mudanças do ambiente, necessitando desenvolver medidas gerenciais eficazes, caso contrário perdem competitividade e acabam encerrando suas atividades.
E de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (2007) as microempresas e empresas de pequeno porte têm características específicas que as distinguem de organizações maiores. 
No tocante a fragilidade das micro e pequenas empresas aponta-se que estas são caracterizadas pelas suas altas taxas de mortalidade, o que tem sido um fator de grande preocupação para aqueles que operam no setor como instituições patronais, governos, instituições de apoio etc. (BRASIL, 2006).
	De acordo com Daher, Mineiro e Damasco (2012, p.3), ao pensar sobre o campo legal no tocante as micro e pequenas empresas, pode-se atentar que:
 A Lei Geral (BRASIL, 2006) é a maior conquista das micro e pequenas empresas do Brasil em sua história, pois estabelece e regulamenta os estímulos e incentivos para o setor através da introdução de um sistema mais simples e justo de pagamento de impostos e contribuições. Esta Lei Complementar nº 123 (BRASIL, 2006), aprovada em 14 de dezembro de 2006, com vigência a partir de 1º de julho de 2007, instituiu o EstatutoNacional da Microempresa (ME) e da Empresa de Pequeno Porte (EPP). 
Importante sinalizar que aConstituição abriga diretrizes e princípios voltados para a proteção e para o fomento das micro e pequenas empresas. Ao reconhecer sua vulnerabilidade às condições do ambiente jurídico, o constituinte determinou ao legislador que lhes prescrevesse tratamento diferenciado e favorecido, visando a incentivá-las com a simplificação, a redução e, inclusive, com a eliminação de obrigações e exigências administrativas, tributárias, previdenciárias ou creditícias (arts. 146, 170 e 179) (ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE, 2006).
O Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Lei Complementar nº 123, de 2006, veio responder a essas determinações de nossa lei maior, equilibrando múltiplos interesses e necessidades que constituem a sociedade brasileira, ao instituir um regime jurídico, tributário e administrativo caracterizado, sobretudo pela simplicidade e propicio ao desenvolvimento, a produção, a distribuição, a inclusão social e a cidadania.
Destaca-se que a Lei complementar nº123 de 14 de dezembro de 2006, teve uma republicação em atendimento ao disposto no art. 5º da Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011.
Para compreender sobre a Lei complementar nº123/2006, vale citar o art. 3º que versa sobre os feitos desta:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e (...);
II- de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário, ou seja, sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; (BRASIL, 2006). 
Ainda de acordo com a Lei complementar nº123/2006, cabe citar aos arts. 51 e 52 que apresenta elucidam sobre a temática das obrigações trabalhista:
Art. 51.  As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas:
I - da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências;
II - da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro;
III - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem;
IV - da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho”; e
V - de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas (BRASIL, 2006).
Art. 52.  O disposto no art. 51 desta Lei Complementar não dispensa as microempresas e as empresas de pequeno porte dos seguintes procedimentos:
I - anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS;
II - arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações;
III - apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP;
IV - apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED (BRASIL, 2006).
	Outro ponto que se destaca no tocante as micro e pequenas empresas é que: 
Art. 72.  As microempresas e as empresas de pequeno porte, nos termos da legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões “Microempresa” ou “Empresa de Pequeno Porte”, ou suas respectivas abreviações, “ME” ou “EPP”, conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da sociedade. (Vide Lei Complementar nº 155, de 2016)  Vigência (BRASIL, 2006).
	O Decreto nº 6.038, de 7 de fevereiro de 2007 Institui o Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, e dá outras providências. E como forma de melhor compreender este Decreto, cabe citar o seu art. 1º: “Fica instituído o Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, denominado Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), nos termos do art. 2º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.”.
	Torna-se pertinente identificar, com base no que versa o referido Decreto, que os aspectos tributários são amplamente considerados, sendo escrito:
Art. 3º Compete ao CGSN tratar dos aspectos tributários da Lei Complementar nº 123, de 2006, especialmente:
I – apreciar e deliberar acerca da necessidade de revisão dos valores expressos em moeda na Lei Complementar nº 123, de 2006;
II – elaborar e aprovar seu regimento interno, no prazo máximo de trinta dias após sua instalação; 
III – estabelecer a forma de opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e empresa de pequeno porte, fixando termos, prazos e condições; (BRASIL, 2007).
	
Já, o Decreto nº 6.174, de 1º de agosto de 2007, Institui e regulamenta o Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e dá outras providências.
Acrescenta-se ao texto as atribuições do fórum permanente que se destina as microempresas e empresas de pequeno porte:
Art. 2º O Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte tem as seguintes atribuições: 
I – articular e promover, em conjunto com órgãos do governo federal, a regulamentação necessária ao cumprimento dos aspectos não tributários do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, bem como acompanhar a sua efetiva implantação, atos e procedimentos dele decorrentes;
II – assessorar, formular e acompanhar a implantação das políticas governamentais de apoio e fomento as microempresas e empresas de pequeno porte; 
III – promover a articulação e a integração entre os diversos órgãos governamentais e as entidades de apoio, de representação e da sociedade civil organizada que atuem no segmento das microempresas e empresas de pequeno porte;
IV – articular e acompanhar a implantação e o desenvolvimento das ações governamentais voltadas para as microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive no campo da legislação, propondo atos e medidas necessárias;
V – propor os ajustes e aperfeiçoamentos necessários à efetiva implantação
da política de fortalecimento e desenvolvimento deste segmento; e
VI – promover ações que levem à consolidação e harmonização dos diversos programas de apoio às microempresas e empresas de pequeno porte (BRASIL, 2007).
Reconhecer a importância das deste Fórum é fundamental para o crescimento de mercado destas microempresas, uma vez que neste espaço são discutidas ações que contribuem amplamente para a consolidação destas no cenário nacional. 
Ainda no ano de 2007, foi apresentado outro decreto, sendo o Decreto nº 6.204, de 5 de setembro de 2007, este veio na direção de regulamentar o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações públicas de bens, serviçose obras, no âmbito da administração pública federal. Assim, pode-se apontar que:
Art. 1º Nas contratações públicas de bens, serviços e obras, deverão ser concedidos tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte, objetivando:
I – a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional;
II – ampliação da eficiência das políticas públicas; e
III – o incentivo à inovação tecnológica.
Parágrafo único. Subordinam-se ao disposto neste decreto, além dos órgãos da administração pública federal direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União (BRASIL, 2007). 
	Outro ponto que de destaca no referido decreto, é: “Art. 10”. Os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte deverão estar expressamente previstos no instrumento convocatório (BRASIL, 2007).
	No ano de 2008 entrou em vigor o Decreto nº 6.451, de 12 de maio de 2008. Este veio regulamentar o art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a constituição do Consórcio Simples por microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional. Desta forma, cabe esclarecer com base em seus artigos que: 
Art. 1ºAs microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) poderão constituir, nos termos do art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, consorcio simples, por tempo indeterminado, tendo como objeto a compra e venda de bens e serviços para os mercados nacional e internacional.
§ 1º A microempresa ou empresa de pequeno porte não poderá participar simultaneamente de mais de um consorcio simples. 
§ 2º O consorcio simples não poderá ser concomitantemente de venda e de compra, salvo no caso de compra de insumos para industrialização. 
	
No capítulo II Decreto nº 6.451/2008, coube a explicação acerca dos requisitos gerais e de formação de consórcio SIMPLES, assim, pode-se atentar ao que expressa art. 2º:
Art. 2º O consórcio simples não tem personalidade jurídica e as consorciadas somente se obrigam nas condições previstas no respectivo contrato, respondendo cada uma por suas obrigações, sem presunção de solidariedade, salvo se assim estabelecido entre as consorciadas (BRASIL, 2008).
	De maneira geral, e como forma de compreender a abrangência do Decreto nº 6.451/2008, evidencia-se que:
Art. 7º Aplicam-se ao consórcio simples, quanto à substituição tributária e à retenção na fonte de impostos e contribuições, as normas relativas às microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional, proporcionalmente à sua participação no consórcio simples (BRASIL, 2008).
	Diante da apresentação das Leis e Decretos, o que se pode observar é que as micro e pequenas empresas encontram-se cada vez mais respaldadas no cenário nacional, o que contribui amplamente para o crescimentos destas e, consequentemente, para a geração de renda e emprego. 
Para além, diante da base legislativa referente as micro e pequenas empresas até aqui apresentada, é possível recorrer a esta para afirmar a importância e as vantagens de ter um negócio dentro dessas modalidades de sociedades econômicas, onde evidencia-se com base em Diplomata (2013):
Vantagens na apuração e recolhimento dos impostos em um regime único (Simples Nacional);
Vantagens no cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias;
Vantagens no cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias.
Tendo como base ainda os ensinamentos de Diplomata (2013, s/p), torna-se pertinente apontar que:
As vantagens da microempresa e empresa de pequeno porte são um aspecto importante para o crescimento desta modalidade de sociedade no Brasil, uma vez que as mesmas tem por objetivo a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, comprovando com isso a principal razão para os sucessos dos pequenos níveis de empreendimentos do país.
	
O campo legal oportuniza um direcionamento de como as micro e pequenas empresas devem atuar, mais também implicam diretamente no tocantes as vantagens que seus empreendedores podem conseguir ao atuarem dentro do meio legal, de forma correta, fazendo com que seu negócio seja cotidianamente observado como indicativo de crescimento e prosperidade. 
	Para tanto, o planejamento acerca do trabalho realizado com base nas micro e pequenas empresas é uma parte de suma importância para a sua manutenção no mercado, ponto este que será apresentado no próximo capítulo. 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E MICROEMPRESAS: UMA RELAÇÃO POSITIVA
O planejamento estratégico é analisado pelos autores como um processo que deve compor toda e qualquer instituição, uma vez que este se configura como eficaz na busca de permanência no mercado, assim como, um elemento fundamental no que tange a competitividade no cenário empresarial. 
4.1 O planejamento é uma vantagem competitiva 
	A vantagem competitiva pode ser adquira de maneiras distintas, entretanto, e inicialmente, destaca-se que o planejamento no interior das instituições, sejam estas de pequeno ou grande porte, precisa ser compreendido como um ponto de total importância para a manutenção e crescimentos destas no cenário econômico. 
Ribeiro (2008) entende que devem as microempresas adotar o Planejamento Estratégico para:
Implantar organização, direcionamento e controle; 
Maximizar seus objetivos; 
Minimizar suas deficiências; e 
Proporcionar a eficiência.
	De maneira sucinta, pode-se avaliar que no que se refere aos desafios sobre a competitividade no cenário de micro e pequenas empresas, que este pode ser de fato uma oportunidade valiosa no que tange aos negócios, pois, tende a ampliar a participar das empresas no cenário loca, e até mesmo nacional. 
	Assim, vale dizer que são etapas necessárias para se colocar em prática o Planejamento Estratégico: 
Definir o negócio: dar um significado único para as suas atividades da empresa, a fim de evitar que ela seja percebida de maneira imprecisa; 
Definir a visão de futuro, com o propósito de criar a imagem da empresa em um estado futuro ambicioso e desejável, relacionado essa imagem com a máxima satisfação dos clientes; 
Definir a missão. Missão tem como origem o vocábulo “mitere”, que significa, a que foi enviado. É a razão de ser da empresa; 
Definir os valores ou princípios filosóficos que regem as ações e decisões da empresa, segundo os quais ela age (RIBEIRO, 2016, p.1).
Para além, Ribeiro (2008) ainda pontuou que o planejamento estratégico deve ser realizado com base em diversas etapas compreendidas no interior das organizações, sendo preciso realizar:
Análises do ambiente interno e ambiente externo devem‐se estabelecer estratégias de longo prazo: conjunto de ações que se pretende desenvolver num horizonte temporal acima de 02 anos; 
Planos de curto prazo: conjunto de ações que se pretende desenvolver num horizonte temporal de 01 a 02 anos; e 
Metas: quantificação das ações dos planos para o cumprimento da missão da empresa.  .
Souza e Qualharini (2007, p.8) destacam que:
É mister que a utilização do planejamento estratégico no ambiente das Pequenas Empresas, apoiado por um Plano de Negóciobem estruturado, pode viabilizar a manutenção e prosperidade de um modelo de negócio. Uma das primeiras preocupações diz respeito à ponderação do conhecimento por parte dos gestores de pequenas empresas em referência às ferramentas e metodologias deste tipo. 
	
Toda estratégia, sendo bem definidas se configuram como vantagens no mercado. Logo, uma microempresa ao recorrer à utilização de um planejamento estratégico deve se preocupar em traçar meios que atendam de fato ao cenário que esta vivenciando, assim como, deve ter como objetivoo alcance de um futuro próspero. 
Indica-se que traçar o planejamento estratégico fora da realidade que se vivencia se traduz com um erro, pois é preciso ter uma análise interna e externa para saber o que e como buscar o crescimento e manutenção no mercado. 
Dentro destes aspectos, vale trazer ao texto Souza e Qualharini (2007, p.9) que especificam:
A grande maioria das organizações de pequeno porte tende a ignorar a necessidade e os benefícios de apoiarem seus processos decisórios no respaldo do Planejamento Estratégico essencialmente por julgarem-se incapazes de absorver mais esta atividade.
Ademais, como forma de transformar o planejamento estratégico em vantagem competitiva, deve-se como recomendação inicial para micro e pequenas empresas que não adotam um Planejamento Estratégico como ferramenta de suporte decisório.
Na atualidade o planejamento estratégico tornou-se uma ferramenta de gestão empresarial amplamente utilizada pelas organizações, entretanto, nas micro e pequenas empresas a utilização desta ferramenta ainda se configura como raro. O que de fato precisa ser um quadro superado, tendo em vista que ao recorrer ao planejamento estratégico tais empresas, sejam micro ou pequenas, tendem a ganhar competitividade no mercado. 
4.2 As microempresas e seu crescimento: quando o planejamento se destaca para o alcance e permanência no mercado
	
	Ao compreender que o planejamento estratégico contribui diretamente para o crescimento e manutenção das microempresas no mercado, 
	Para que o planejamento estratégico de fato se destaque, com foco na permanência no mercado é preciso que seja mantido o que foi traçado, assim como, que quando necessário seja alterado para que a microempresa de seguimento a busca pelo seu crescimento e manutenção no mercado. 
Ao abordar que o planejamento pode ser alterado, não se traduz em mudar o que se espera da microempresa, mais sim, em adequar aos fatos que se apresentam. Tendo em vista a crise que o país vem vivenciando no contexto econômico, as microempresas vêm sendo observadas cada vez mais como um campo a ser ampliado, pois, a literatura vem demonstrando que este é um segmento em crescente construção. 
Manter o que foi traçado é essencial, para tanto, o planejamento estratégico, deve ser monitorado sistematicamente, tendo como objetivo principal:
Que as empresas não voltem a ser levadas ao cotidiano caracterizado pela urgência e pela realização de atividades que não dão sentido à sua existência e que ainda ameacem a sua permanência em um mercado altamente competitivo (RIBEIRO, 2016, p.2).
	A falta de planejamento e desconhecimento da importância deste se configura como um ponto negativo para as microempresas, pois, todo empreendimento, independente do seu porte precisa ter um planejamento para que o cotidiano não seja um fazer pelo fazer, sem perspectivas de futuro. 
	Logo, Souza e Qualharini (2007, p.9) evidenciam que:
Compensa investir no desenvolvimento do Planejamento Estratégico para ampliar as chances de manutenção dos modelos de negócio ao longo do tempo, pois minimamente as pequenas empresas terão a seu lado maior agilidade para reagir às adversidades vivenciadas, quando previamente detectadas. 
	De forma geral, a literatura mostra que o modelo de micro e pequenas empresas tendem a gerar em torno do cenário familiar, e este pode ser um processo de embates quando pensado nestas em nível de um empreendimento capaz de gerar lucros para o presente e futuro. Ou seja, planejar, desenvolver estratégias pode ser observado como um ponto mais difícil, e esta constatação encontra respaldo no texto de Souza e Qualharini (2007) onde estes descrevem que uma adequada abordagem dos fatores característicos das pequenas empresas deverá contemplar que nas empresas deste tipo: 
Os recursos são altamente limitados; 
A estrutura organizacional tende a ser simples e nem sempre é definida claramente; 
Os sistemas de controle geralmente são informais; 
Reduzido número de níveis hierárquicos e centralização de decisões; 
O acesso à tecnologia de processo é limitado; 
Satisfazem mais facilmente as necessidades de especialização; 
O acesso às fontes de capital de giro e às inovações tecnológicas quase sempre é insuficiente; 
Dificuldades para recrutamento e manutenção de mão-de-obra.
Pode-se verificar, a partir das características acima apresentadas que as microempresas ainda na atualidade, precisam de maior atenção sobre o processo de planejamento estratégico e seus rebatimentos em seu interior, uma vez que este contribui de forma ampla para o alcance de sua permanência e manutenção no mercado. 
As microempresas tendem a ter uma característica familiar, e neste cenário, acabam não apresentam estratégias empresarial definidas, ou seja, tendem a apresentar mais o que os proprietários gostariam, não tendo como suporte uma análise acerca de mercado, acerca do que e como podem crescer diante, em muitos casos, de um cenário cada vez mais competitivo. 
Assim, o planejamento estratégico torna-se um modelo a ser seguido também pelas microempresas, mesmo que sejam estas de cunho familiar. Contudo, alguns fatores tendem a enfraquecer essa realidade, tais quais:
O pequeno porte;
A falta de recursos para a contratação de profissionais;
 Falta de recursos para contratar serviços de consultorias para suprir a falta de conhecimento administrativo;
O excesso de tarefas operacionais no dia-a-dia;
A centralização de poder, entre outros.
O planejamento estratégico tendo a ser eficaz, e coloca a microempresa em patamar de competitividade, pois deixa de adotar apenas o que é de “vontade de seu proprietário” e passar a traçar meios que atendam o que análise de mercado externo apresenta. É fato que a visão do proprietário deve ser levada em consideração, até mesmo porque este ponto tende a ser um meio de manter a característica do que foi planejado nos seus lançamentos, entretanto, dentro de uma dinâmica empresarial, é preciso ter um olhar além, é necessário que se veja e pense sobre o mercado, sobre o presente, o futuro, o meio, e principalmente os consumidores. 
Destaca-se que “a ausência de um plano estratégico corporativo implica ainda na ausência de perspectiva para crescimento, manutenção ou mesmo adequação do modelo de negócio (SOUZA e QUALHARINI, 2007, p.10)”.Entretanto, pode-se ainda dizer com base em Alves et al. (2013, p.81) “o planejamento estratégico é pouco utilizado pelas pequenas empresas, pois a maioria das metodologias existentes foi desenvolvida para grandes empresas, desconsiderando as particularidades das pequenas empresas.”
O crescimento das microempresas depende também do planejamento que estas traçam, e assim é observado que “o planejamento estratégico auxilia a pequena empresa a manter seu foco no que realmente é importante para ela” (ALVES ET al., 2013, p.83).
Com base no planejamento estratégico, as microempresas tendem a desenvolverem maior interação com o que avaliam como ambiente externo, sendo possível nesta dinâmica desenvolver o planejamento a partir da verificação de ameaças e oportunidades ambientais, onde se apreende também sobre os pontos fracos e fortes da organização. Assim, deve ser feito o planejamento estratégico. 
Ademais, Terence (2002, apud Alves (2013, p.83) complementa que:
A elaboração do planejamento estratégico na pequena empresa vai depender de uma primeira analise sobre a realidade que a empresa se encontra, sobre suas limitações e características, e após essa analise, o pequeno empresário vai encontrar-se mais propenso a elaborar as estratégias necessárias.
	A realidade que a microempresa vivencia se traduz como o ponto de partida para que seja desenvolvida qualquer estratégia para a mesma. Consequentemente, todo o planejamento caminha na mesma base. Logo, para a realização do planejamento estratégico é preciso que o responsável por esta etapa tenha total conhecimento tanto da história base desta microempresa, assim como esta se encontra no momento, pois, também não é observado como inteligentetraçar um planejamento que se verifica ser impossível de alcançar. 
	Ou seja, a situação atual da microempresa tende a influenciar diretamente na forma que o planejamento estratégico será moldado. Indo além, torna-se pertinente apontar que deve o profissional responsável pelo planejamento estratégico saber de fato aonde a microempresa quer chegar, para que o planejado seja seguido e, consequentemente, alcançado. 
	Presente e futuro são pontos de destaque no momento que são traçadas as estratégias para uma microempresa. As ferramentas utilizadas para este processo devem ser escolhidas pelo profissional responsável. Contudo, e conforme já indicado, a literatura pouco falar de metodologias específicas para estratégias de microempresas, sendo preciso em diversos casos se apropriarem de modelos para grandes empresas, fazendo recortes que caibam no cenário estudado. 
	É pontuado por Alves et al. (2013, p.87) que:
Os empresários que gerem as empresas de pequeno porte direcionam seu tempo para as tarefas do dia-a-dia, inviabilizando a realização do planejamento justamente pela falta de tempo, mas os mesmos não descartam a importância de se planejar afirmando que as empresas de pequeno porte não se podem dar o luxo de não planejar, afinal, a realização do planejamento pode ajudar as empresas a prever riscos e obstáculos.
	Os obstáculos tendem a estarem no caminho de todo tipo de organização, entretanto, quando pensado diretamente sobre a dinâmica das microempresas, os obstáculos podem ser mais prejudiciais se não houver o preparo necessário para transpor essa barreira. Assim, o planejamento estratégico novamente ganha destaque, uma vez que ao planejar não se vislumbra apenas os frutos positivos, mais também os aspectos negativos que podem surgir, entretanto, já com as possíveis respostas para a superação da dificuldade que aparecer. 
	Os profissionais envolvidos na realidade de microempresas precisam atentar que o independente do seu tamanho esta emprega, é fonte de sustente de algumas pessoas, é uma empresa, e deve ser tratada com total cuidado e responsabilidade. Por este motivo também o planejamento estratégico tem ganhado cada vez mais notoriedade e importância no cenário atual, pois este tipo de empresas contribui de forma ampla para a geração de economia no país. 
	O planejamento estratégico tende a esgotar as possibilidades de ações que podem ser apresentadas e vivenciadas pelas microempresas, pautando e resguardando assim o seu crescimento e, consequentemente, sua manutenção no mercado. Entretanto, ainda na atualidade, vem sendo percebido que em diversos casos, por serem estas de cunho familiar, ocorrem erros/ falhas pela falta do profissional qualificado para de fato realizar todo o levantamento de dados que sejam pertinentes para um planejamento adequado e eficaz em curto e longo prazo. 
	E seguindo esta linha de raciocínio, vale trazer novamente ao texto, Alves et al. (2013, p.87), quando estes autores sinalizam que “além de planejar, é necessário que a pequena empresa consiga seguir o que foi proposto.” ·.
	Acompanha o que foi planejado também deve ser uma ação comum no cotidiano de trabalho, uma vez que estratégias defasadas tentem a trazer prejuízos e não lucros. Assim:
Partindo do pressuposto de que o acompanhamento deve ser um mecanismo que permita a empresa controlar e acompanhar o seu planejamento, a empresa deve manter o controle para que possa mensurar até que ponto o seu planejamento está alinhado com o que é esperado pela empresa, serve também para detectar os possíveis desvio entre o que se foi traçado e o que foi alcançado (ALVES et al., 2013, p.88).
	O papel do planejamento estratégico nas microempresas deve ser compreendido como fundamental, pois, através deste pode-se verificar o que está dentro do esperado, assim como, pode-se encontrar falhas que alteram diretamente o que esta planejada, sendo desta forma, possível construir alterações que atendam ao que se apresenta. 
	A discussão acerca da importância do planejamento estratégico frente às microempresas vem demonstrando que:
Mesmo que a cultura das pequenas organizações seja ainda pela não utilização do planejamento estratégico, seja por qual motivo for, o que pode trazer um otimismo para quem espera ainda uma gestão mais qualificada para as pequenas empresas, é identificar na pesquisa que os empresários conseguem reconhecer que o planejamento estratégico traz benefícios para as organizações que o utiliza (ALVES ET al., 2013, p.94).
	Ao ser identificado que o planejamento estratégico apresenta benefícios diretos para as microempresas, pode-se ainda citar que deveriam estas investir neste aspecto, uma vez que passariam a:
Ter embasamento suficiente que possibilite a tomada de decisão e a diminuição de possíveis falhas; 
Manter o espírito empreendedor vivo, o que muitas vezes acaba por diminuir em função do crescimento e complexidade da organização.
	Entretanto, com todos os pontos positivos apresentados no que tange ao desenvolvimento e prática do planejamento estratégico no interior das microempresas, retorna-se ao aspecto de que a implantação formal desta feramente ainda é algo limitado devido ao conhecimento restrito dos gestores, pois em diversos casos os referidos gestores são os donos e não possuem conhecimento abrangente sobre planejamento, e devido ao custo de contratação de uma consultoria, tende a passar direto por essa parte, não sendo observado por este como um aspecto essencial para o seu crescimento e manutenção. 
	Ser competitivo não significa apenas ter o melhor ou ter o melhor material a ser ofertado. Estes são pontos que compõem a análise de construção para uma microempresa se tornar competitiva. 
	O que irá tornar a microempresa competitiva em longo prazo é a forma de planejar sua dinâmica, o que se espera em logo prazo, o que se busca no presente e o que se seja alcançar mais a frente. 
	Montar uma microempresa não é mais um cenário composto de muitos obstáculos, o SEBRAE vem oferecendo cada vez mais conhecimento e possibilidades para que quem deseje entrar neste universo esteja mais preparado para enfrentar as adversidades que podem surgir. Entretanto, é preciso que as microempresas sejam vivenciadas como algo que pode crescer prosperar e quem sabe ultrapassar o status de micro. 
	Na economia as microempresas têm papel de destaque, pois contribuem com o crescimento econômico, manutenção de emprego, superação de desemprego, entre outros fatores. Contudo, é urgente a sinalização sobre a importância do planejamento estratégico como busca de manutenção do que vem sendo proposto e também por ser reconhecido que esta é uma metodologia que contribui para a permanência no mercado. 
O grande desafio de quem comanda as microempresas encontra-se pautado em assimilar as mudanças na forma de pensar e agir dentro e fora de sua organização. Entender que fatores externos e internos se correlacionam que o cliente é a grande engrenagem da organização e atender às suas necessidades é o grande objetivo são pontos que devem ser observados e levados amplamente em consideração para que sejam então construídos estratégias de atuação. 
	No universo das microempresas o planejamento estratégico começa, ainda que timidamente, a ser realizado como processo contínuo de interação entre empresa e ambiente, fato justificado em parte pela complexidade, abrangência e qualificação exigidas dos empreendedores – gestores. De uma forma geral, as próprias características das empresas de menor porte ao lado das condições adversas especialmente enfrentadas, contribuem de forma decisiva a serem mais susceptíveis às adversidades empresariais, fiscais e decorrentes do mercado ou ramo de atuação (SOUZA et al., 2007).
Ainda com base em Souza et al. (2007, p.2) pode-se citar que:
As pequenas empresas encontram, em sua grande maioria, na limitação de capital seu principal entrave, assim, enfatiza-se a importância por um adequado planejamento financeiro incluso no plano de negócios, antes do início das atividadesempresariais propriamente ditas.
Apesar das limitações que se apresentam no contexto das microempresas, e, sua maioria estas ou já são esperadas, ou podem ser previstas, o que consequentemente, contribui para que sejam superadas. Logo, mais uma vez dá-se ênfase ao processo de planejamento estratégico. 
Acrescenta-se ainda que a necessidade de sobreviver e perpetuar um modelo de negócio em um ambiente globalizado fatores somados às características internas dos modelos de negócio e associados ao ramo de atuação resulta na obtenção de maior competitividade no mercado, determinante à sobrevivência do empreendimento (SOUZA et al., 2007).
	Diante do texto traçado ao longo deste capítulo, foi possível identificar que o planejamento estratégico deve ser amplamente utilizado pelas microempresas, tendo em vista que este se traduz como uma ferramenta de suma importância para o seu crescimento e permanência no mercado. 
5. CONsiderações finais
Após a construção deste estudo pode-se concluir que o planejamento estratégico apresenta ampla importância para a manutenção das microempresas. Neste tocante, pode-se afirmar que planejamento estratégico e microempresa se traduz como uma relação positiva para os donos do negócio, assim como, para o mercado.
Evidencia-se que os objetivos foram alcançados, uma vez que foi identificado, com destaque para a atualidade, que o planejamento estratégico contribui para o crescimento da microempresa. Assim como, foram relatados pontos positivos que indicam sobre a necessidade da existência do planejamento. 
Foi possível também apresentar um panorama sobre as microempresas frente a função que exercem no mercado, tendo em vista que estas ao serem administradas de forma correta podem ser observadas como vantajosas e com indicativos de crescimento/ manutenção no mercado atual. 
Concluiu-se que o planejamento estratégico é de fato uma vantagem competitiva e que deve ser implementado dentro dos limites de cada microempresa, mais que deve existir e ser prático, pois, conforme mostrou a literatura, planejar é essencial. 
Vale dizer que este estudo não se esgota. Ou seja, aponta-se a necessidade de dar seguimento ao mesmo, em momento distinto, como forma de acrescentar saberes. 
6. REFERÊNCIAS
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______. Decreto nº 6.174, de 1º de agosto de 2007.
______.Decreto nº 6.204, de 5 de setembro de 2007.
______. Decreto nº 6.451, de 12 de maio de 2008
______. Lei Complementar nº123, de 14 de abril de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm Acesso em: 28-05-2016.
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