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1 Segunda Prova de BC 1425 - 11 de agosto de 2010 Professor Antonio Cândido Faleiros Nome: Caros alunos: Façam uma prova limpa, com uma letra legível e explicitem o raciocínio usado. Poderão resolvê-la a lápis com gra te escura e responder as perguntas usando caneta. Resolva as questões seguindo a seqüência dos enunciados. Boa prova. 1. (a) Encontre o vetor de coordenadas de p = 2 � x + x2 em relação à base S = fp1; p2; p3); onde p1 = 1 + x; p2 = 1 + x2; p3 = x+ x2: (b) Considere o espaço vetorial real P2(R) dos polinômios de grau menor ou igual a dois com o produto interno hp;qi = R 1�1 p(x)q(x)dx: Seja � o ângulo entre os polinômios p(x) = 1+ 4x e q(x) = 2� 3x2: Calcule o cos �: Resolução: (a) 2� x+ x2 = a(1 + x) + b(1 + x2) + c(x+ x2) = (a+ b)+ (a+ c)x+ (b+ c)x2: Assim, a+ b = 2 a+ c = �1 b+ c = 1 cuja solução é a = 0; b = 2 e c = �1: Assim, (p)S = (0; 2;�1): (b) Vamos calcular os elementos necessários para calcular o cos �: kpk2 = Z 1 �1 (1 + 4x)2dx = 38 3 ; kqk2 = Z 1 �1 (2� 3x2)2dx = 18 5 hp;qi = Z 1 �1 (1 + 4x)(2� 3x2)dx = 2 e assim, cos = hp;qi kpk kqk = 2 r 3 38 r 5 18 2. Considere a base S = fv1; v2g de R2; onde v1 = (1; 1) e v2 = (1; 0) e seja T : R2 ! R2 o operador linear tal que T (v1) = (1; 2) e T (v2) = (3; �1): Encontre T (x; y) e use esta fórmula para obter T (2; �3): Resolução: Vamos decompor o vetor (x; y) na base S; escrevendo (x; y) = c1(1; 1) + c2(1; 0) e, resolvendo para c1 e c2; obtemos c1 = y e c2 = x� y: Portanto, (x; y) = y(1; 1) + (x� y)(1; 0) = yv1 + (x� y)v2; 2 de modo que T (x; y) = yT (v1) + (x� y)T (v2) = y(1; 2) + (x� y)(3;�1) = (3x� 2y; 3y � x) Assim, T (x; y) = (3x� 2y; 3y � x) T (2;�3) = (12;�11): 3. Considere o espaço vetorial R4 com o produto interno euclidiano. Seja o subespaço S do R4 gerado por v1 = (1; 1; 1; 1); v2 = (1; 2; 4; 5); v3 = (1;�3;�4;�2): Determine uma base ortogonal para S cujos vetores possuem apenas coordenadas inteiras. Resolução: Os três vetores são linearmente independentes. Podemos constatar este fato de modos diversos. Um deles, consiste em colocar os vetores nas linhas de uma matriz A = 24 1 1 1 11 2 4 5 1 �3 �4 �2 35 que, ao ser escalonada resulta em R = 24 1 1 1 10 1 3 4 0 0 7 13 35 que possui três linhas linearmente independentes. Como o espaço linha de R é igual ao espaço linha de A; suas três linhas são linearmente independentes. Para obter uma base ortogonal, usamos o processo de Gram-Schmidt. De nimos w1 = v1 = (1; 1; 1; 1); em seguida tomamos w2 = v2 � �12w1 = v2 � hw1; v2ikw1k2 w1 = (�2;�1; 1; 2) e, nalmente, w3 = v3 � �13w1 � �23w2 = v3 � hw1; v3ikw1k2 w1 � hw2; v3ikw2k2 w2 = 1 10 (16;�17;�13; 14) : Multiplicando w3 por 10; obtemos o terceiro vetor, u3 = (16;�17;�13; 14) que tem coordenadas inteiras e o conjunto fw1; w2; u3g é ortogonal, com todas as coordenadas inteiras. Resposta: a base ortogonal cujos vetores possuem coordenadas inteiras é formada pelos vetores (1; 1; 1; 1); (�2;�1; 1; 2); (16;�17;�13; 14) : 3 4. Seja A = 24 1 2 �1 23 5 0 4 1 1 2 0 35 : (a) Encontre uma base para o espaço nulo de A: (b) Encontre uma base do espaço linha formada apenas por linhas de A: Resolução: (a) O espaço nulo de A é o espaço solução do sistema homogêneo Ax = 0: Escalonando A; obtemos R = 24 1 2 �1 20 �1 3 �2 0 0 0 0 35 e a solução geral de Rx = 0 é x1 = �5x3 + 2x4 e x2 = 3x3 � 2x4 ou, na forma matricial, x = 2664 x1 x2 x3 x4 3775 = 2664 �5x3 + 2x4 3x3 � 2x4 x3 x4 3775 = x3 2664 �5 3 1 0 3775+ x4 2664 2 �2 0 1 3775 de onde concluímos que uma base do espaço nulo de A é o conjunto formado pelos vetores2664 �5 3 1 0 3775 e 2664 2 �2 0 1 3775 (b) Para obter uma base do espaço linha de A; um dos caminhos consiste em escalonar A; que foi feito no item anterior, fornecendo R = 24 1 2 �1 20 �1 3 �2 0 0 0 0 35 e assim, uma base do espaço linha de A é o conjunto formado pelas matrizes� 1 2 �1 2 � e � 0 �1 3 �2 � 5. Encontre uma base para o complemento ortogonal do subespaço do R3 gerado pelos vetores v1 = (1; �1; 3); v2 = (5; �4; �4); v3 = (7; �6; 2): Resolução: Seja S o subespaço gerado por v1; v2; v3: O Complemento ortogonal de S é o subespaço vetorial do R3 de nido por S? = fx = (x1; x2; x3) : hx;vi = 0; para todo v em S g: Entretanto, para x ser ortogonal a todo vetor v de S; basta ser ortogonal aos vetores que o veram. Assim, basta que hx;v1i = 0; hx;v2i = 0; hx;v3i = 0 o que resulta no sistema linear x1 � x2 + 3x3 = 0 5x1 � 4x2 � 4x3 = 0 7x1 � 6x2 + 2x3 = 0 4 ou, na forma matricial, 24 1 �1 35 �4 �4 7 �6 2 3524 x1x2 x3 35 = 24 00 0 35 Escalonando o sistema obtemos24 1 �1 30 1 �19 0 0 0 3524 x1x2 x3 35 = 24 00 0 35 cuja solução geral é x1 = 16x3 e x2 = 19x3: Todo elemento de S? é da forma (16x3; 19x3; x3) = x3(16; 19; 1) mostrando que este subespaço é unidimensional e uma base é f (16; 19; 1) g:
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