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AC. Saude na familia

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Vacinação
As ações de vacinação são coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde que tem o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenças imunopreveníveis no território brasileiro. 
CALENDÁRIOS DE VACINAÇÃO 
O Calendário de vacinação brasileiro é aquele definido pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS) e corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país.  Atualmente é constituído por 12 produtos recomendados à população, desde o nascimento até a terceira idade e distribuídos gratuitamente nos postos de vacinação da rede pública. Confira abaixo os três calendários de vacinação:
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O AC e o domínio dos profissionais
O autocuidado, malgrado o prefixo “auto”, foi considerado domínio dos profissionais de saúde e do sistema de saúde, em um movimento mais amplo da medicina que teve seu auge nas décadas de 1950-60, inicialmente na Europa e EUA. 
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Conceitos de AC
 - o autocuidado compreende todas as ações e decisões de uma pessoa para prevenir, diagnosticar e tratar sua doença e todas as atividades individuais dirigidas à manutenção e melhoria da sua saúde. Inclui as decisões de utilizar tanto o sistema formal como o informal para essas ações (COPPARD, 1985).
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Conceitos de AC
 - Orem (1991), define o autocuidado como “a prática de atividades que uma pessoa inicia e realiza por sua própria vontade para manter a sua vida, saúde e bem estar”. Ela afirma ainda que o autocuidado é uma conduta aprendida e que é o resultado de experiências cognitivas culturais e sociais. 
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O AC e a Promoção da Saúde
 
 O movimento do ac concretizado na Primeira Conferencia Internacional de Promoção da Saúde com a publicação da Carta de Ottawa, (Brasil, 2001) em novembro de 1986, orienta uma releitura de alguns aspectos desses conceitos, principalmente quanto ao entendimento de que o autocuidado não pode mais ser concebido como “as ações dirigidas primordialmente para a modificação de estilos de vida prejudiciais à saúde”, mas alertando para os valores e determinantes sócio-econômico-culturais que deverão ser o ponto de partida do processo.
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O autocuidado a deficiência e o envelhecimento
A adoção do autocuidado como estratégia de cuidado nas situações de deficiência e velhice harmoniza-se com as atividades propostas para a efetivação da promoção da saúde em termos de desenvolvimento de atitudes pessoais e da aquisição de habilidades e conhecimentos que permitam adotar condutas favoráveis à saúde (QUINTERO, 1994) 
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A prática do ac
Deve-se reconhecer que a maioria dos idosos e deficientes vivendo em comunidade, não só têm a capacidade física e cognitiva para aprender formas de autocuidado e praticá-las, mas também são capazes de transmiti-las a outrem. 
Entretanto, os profissionais de saúde e mesmo os idosos/def questionam algumas vezes essa competência devido a concepções equivocadas e estereótipos que relacionam velhice/def com incapacidade e perda de interesse pela vida.
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A prática do ac
Por outro lado, é freqüente “roubarmos” às pessoas idosas/def a capacidade de autocuidado, em nome da eficiência e proteção.
Em favor da importância do autocuidado para os idosos, nunca é demais lembrar que enquanto o número de doenças tende a aumentar com o envelhecimento, a correlação da capacidade funcional com a idade não é considerada tão importante. Muitos idosos/def permanecem em seus lares e mantêm sua capacidade funcional para o autocuidado mesmo com idade muito avançada. (WHO 1980 citado por DEAN 1986)
CUIDADO EM SAÚDE
conjunto de saberes, práticas e/ou intervenções voltado à promoção, preservação ou recuperação da saúde dos indivíduos e da coletividade. 
visa qualificar a vida e/ou proporcionar alivio de um sofrimento ocasionado por uma circunstância ou patologia.
engloba desde iniciativas singulares de auto- cuidado desenvolvidas pelos próprios indivíduos, até atividades ofertadas de forma organizada pelos sistemas de saúde.
a oferta do cuidado constitui-se em finalidade última dos sistemas de saúde.
Carmen Lavras/PESS/NEPP/UNICAMP
Carmen Lavras/PESS/NEPP/UNICAMP
ALGUNS DIFERENCIAIS ENTRE AS DIMENSÕES DO “CUIDADO” E DA “CLÍNICA”
Cuidado
Pressupõe a abordagem integral do processo saúde/doença.
Exige saberes e tecnologias de vários campos do conhecimento.
Pressupõe a participação integrada de diferentes profissionais.
Considera o usuário como sujeito social e como sujeito de seu próprio processo terapêutico.
Valoriza a participação social. 
Clínica
Incide predominantemente sob as fases de prevenção, cura e reabilitação
Assenta-se no modelo biomédico
Valoriza o conhecimento e a participação de cada profissional individualmente, mesmo que de forma complementar .
Atendimento Domiciliar
 É o cuidado prestado no domicílio, para pessoas com problemas agudos, e que em função disto estejam temporariamente impossibilitadas de comparecer à Unidade Básica de Saúde (UBS).
Acompanhamento Domiciliar
 Pessoas que necessitem contatos freqüentes e programáveis com os profissionais da Equipe: 
• portador de doença crônica c/ dependência física
• fase terminal
• idosos com dificuldade de locomoção ou sozinhos
• egressos do hospital, que necessitem acompanhamento por condição incapacitante
• problemas de saúde, incluindo doença mental, o qual determine dificuldades de locomoção ou adequação ao ambiente da Unidade de Saúde.
Internação Domiciliar
 Pacientes com problemas agudos ou egressos de hospitalização, que exijam uma atenção mais intensa, mas que possam ser mantidos em casa, desde que disponham de equipamentos, medicamentos e acompanhamento diário pela equipe da UBS e a família assuma parcela dos cuidados.
Vigilância Domiciliar
 Decorrente do comparecimento de um integrante da equipe até o domicilio para realizar ações de promoção, prevenção, educação e busca ativa da população de sua área de responsabilidade, geralmente vinculadas à vigilância da saúde que a Unidade desenvolve:
• Ações preventivas: visitas a puérperas, busca de recém-nascidos,
Busca ativa dos Programas de Prioridades, abordagem familiar para diagnóstico e tratamento,
• Acompanhamento de Egressos Hospitalares: a assistência domiciliar pode ser importante instrumento para prevenção de reinternações, bem como para abordagem de problemas recorrentes de saúde.
OBJETIVOS 
Geral: vigilância, assistência e promoção da saúde no domicílio, dentro dos princípios do SUS, numa área adscrita.
Específicos: a partir de sua necessidade, estando em consonância com a finalidade para a qual atividade foi proposta.
COMPLEXIDADE
Não é específico;
A demanda pode ser gerada pelo sistema de saúde;
Cuidados assistenciais e sociais;
Articulação entre os níveis de atenção;
Integração com outros recursos da assistência;
Participação do cuidador.
RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO
ACS
Profissional da equipe de saúde lotado na Unidade: médico, dentista, auxiliar ou técnico de cirurgião dentista, enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem, nutricionista, farmacêutico, psicólogo, assistente social, outro.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Idosos;
Dificuldade de locomoção à Unidade (acidentado, distúrbios psicológicos, questões sociais ou ambientais);
Pacientes egressos de internação hospitalar, com necessidades de cuidados domiciliares;
Portador de doença crônica, com deficiência física;
Consentimento da família;
Paciente terminal;
Morar na área adscrita.
CUIDADOR
Pessoa com ou sem vínculo familiar, capacitada para ajudar o paciente em suas necessidades e atividades cotidianas.
Merece um enfoque na atenção.
Geralmente abdica da sua vida para a realização do cuidado.
Importante entender suas dificuldades.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Não aceitação da família;
Se a dificuldade de locomoção for sanada; 
Mudança;
Óbito.
DESAFIOS
Realizar a assistência integral à saúde do indivíduo, que beneficie também a família e a comunidade;
Resgatar
e potencializar esta modalidade de assistência;
Transformar o modelo médico e hospitalo-centrado em usuário centrado;
Implementar a educação permanente em saúde numa abordagem mais cuidadora e humanizada;
Incorporar instituições de ensino num processo de trabalho focado na realidade;
Trabalhar pelo máximo de contato multiprofissional: diversos saberes;
DIFICULDADES
Perfil profissional adequado;
• Não há remuneração diferenciada;
• Difícil acesso aos domicílios e condições climáticas por vezes desfavoráveis;
• Violência urbana;
• Cultura hospitalocêntrica;
• Sentimento de impotência das equipes frente à miséria vivenciada.
PLANEJAMENTO
Ter claro o objetivo da visita;
Fazer ‘anamnese’ com o solicitante sobre o motivo da solicitação;
Avaliar o prontuário previamente;
Fazer uma análise crítica(devo optar pela visita domiciliar?, quais os motivos que justificam a visita domiciliar?, que profissional vai?, qual a duração da visita?, qual deve ser a freqüência das visitas? );
Avaliar o grau de urgência;
Anotar endereço pontos de referência;
Levar material e medicações apropriados;
Levar formulários próprios para o registro do atendimento.
OS ACADÊMICOS EM ESTÁGIO NA EQUIPE DEVM SER PREPARADOS PARA A VISITA DOMICILIAR 
Múltiplos e complexos determinantes do processo saúde-doença e muitas situações temidas e emoções raramente abordadas nos cursos médicos podem ser vivenciadas e elaboradas em poucas horas: violência, miséria, carência, desapontamento, desinteresse, impotência, fracasso, rejeição e desconfiança. 
Prepará-los para uma perspectiva interdisciplinar e intersetorial, para que tenha uma visão ampliada do paciente inserido na sua família e contexto sociocultural.
Um estranho à minha porta: preparando estudantes de medicina para visitas domiciliares - Ana Teresa de Abreu Ramos-Cerqueira; Albina Rodrigues Torres; Sueli Terezinha Ferreira Martins; Maria Cristina Pereira Lima
ALGUMAS TENTATIVAS DE SISTEMATIZAR A VISITA DOMICILIAR
ESCALA DE COELHO
Escala de risco familiar baseada na ficha A do SIAB que utiliza sentinelas de risco avaliadas na primeira VD pelo ACS.
Instrumento simples de análise do risco familiar, não necessitando a criação de nenhuma nova ficha ou escala burocrática.
A relação morador/cômodo é importante indicador na avaliação do risco
DADOSDA FICHA A
ESCORE
ACAMADO
3
DEFICIÊNCIA FÍSICA
3
DEFICIÊNCIA MENTAL
3
SANEAMENTO RUIM
3
DESNUTRIÇÃO (GRAVE)
3
DROGRADIÇÃO
2
DESEMPREGO
2
ANALFABETISMO
1
MENOR DE 6 MESES
1
MAIOR DE 70 ANOS
1
HAS
1
DIABETES MELLITUS
1
RELAÇÃO > QUE 1
3
MORADOR/ iguala 1
2
CÔMODO < que 1
0
INTERPRETAÇÃO DA ESCALA DE COELHO
ESCORE 5 OU 6: R1
ESCORE 7 OU 8: R2
MAIOR QUE 9: R3
R1 – risco MENOR
R2 – risco MÉDIO
R3 – risco MÁXIMO
ROTEIRO PARA VISITA DOMICILIAR 
 
Paciente alvo: sexo, idade, estado civil, escolaridade, emprego, situação de saúde (patologias) tratamentos, historia pregressa. Queixas do momento. Exame físico. Tratamento atual. Impressão do paciente sobre a sua situação de saúde, expectativas.
Cuidador: se há, quem é, qual o vinculo com o paciente-alvo, qual o conhecimento sobre a doença do paciente e suas expectativas. Saúde do cuidador.
Estrutura familiar: esboçar um genograma com quem reside no domicilio, sexo, idade, escolaridade e situação de saúde e de vida.
Necessidades de cuidado e tratamento: verificar quais medicamentos compra, quais recebe da unidade, se há outra necessidade(material de curativo, fralda, etc)
Medicamentos: como são as condições de estoque, quem administra, dificuldade de leitura, como fica escrito horários, etc.
Alimentação: quem prepara e administra. A que horas o paciente come, relação com horários de medicação.
Ferramentas sociais envolvidas: há alguma ajuda ao paciente do tipo religiosa, política ou outras.
Domicilio: como é o quarto do paciente, como é o banheiro, quem o ajuda a se deitar e ir ao banheiro. Estado de conservação, como é feita a limpeza, necessidade e uso de cama e cadeiras especiais.
Fontes de prazer do paciente: como são as atividades diárias do paciente, o que ele fica fazendo o dia todo. Do que o paciente gosta? Restrições que a doença trouxe.
Metas: ao final traçar uma lista das necessidades do paciente em ordem de prioridade e prazos, tentar esboçar um plano de cuidados.
Frente da ficha de visita domiciliar – Fonte: Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da Família:
reflexões para um olhar ampliado do profissional (Artur Oliveira Mendes e Fernanda Araújo de Oliveira)
Verso da ficha de visita domiciliar – Fonte: Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da Família:
reflexões para um olhar ampliado do profissional (Artur Oliveira Mendes e Fernanda Araújo de Oliveira)
Escala de Avaliação Individual – ABCDE
Knupp – RMMFC do HMOB
Esta escala tem uma abordagem individual, não familiar, para a definição de prioridades na visita domiciliar. Avaliação de 5 itens:
A = autonomia 
B = base/risco social
C = cuidador
D = doença x restrição de locomoção 
E = especialidades, interconsultas
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DA FAMÍLIAS – Plano Diretor MG
FATORES SÓCIO-ECONÔMICO
Nenhum dos fatores de risco – 0
Presença de um dos fatores de risco – 1
Presença de dois fatores de risco – 2
Presença de três ou mais fatores de risco - 3
CONDIÇÕES OU PATOLOGIAS PRIORITÁRIAS
Nenhum dos fatores de risco – 0
Presença de um dos fatores de risco – 1
Presença de dois fatores de risco – 2
Presença de três ou mais fatores de risco - 3
PONTUAÇÃO FINAL PARA CLASSIFICAÇÃO POR GRAU DE RISCO
CRITÉRIOS SÓCIO-ECONÔMICOS
Nenhum dos fatores de risco
Presença de um dos fatores de risco
Presença de dois fatores de risco
Presença de três ou mais fatores de risco
P
0
1
2
3
CRITÉRIOS CLÍNICOS
Nenhum dos componentes tem alguma condição ou patologia
0
0
1
2
3
Apenas 1 dos componentes tem 1 patologia ou condição
1
1
2
3
4
2 ou mais componentes têm 1 patologia ou condição
2
2
3
4
5
1 ou mais componentes têm concomitantemente 2 ou mais condições ou patologias
3
3
4
5
6
INTERPRETAÇÃO
PONTUAÇÃOTOTAL
GRAUDE RISCO
0
SEM RISCO
1
RISCO BAIXO
2 – 3
RISCO MÉDIO
Maiorou igual a 4
RISCO ALTO
A excelência do atendimento
Não transformar a visita domiciliar em um trabalho de caridade. 
O profissional deve ter objetivos claros ao adentrar a casa do paciente.
O atendimento médico deve ser de excelência: avaliação do estado mental, avaliação clínica completa, ter em mente planos terapêuticos, propedêuticos, medicamentosos, e um plano de ação interdisciplinar eficaz, não permitindo que as dificuldades inerentes ao atendimento em domicílio prejudique a qualidade da atenção.
Os profissionais devem ter espontaneidade.
 Atrair os problemas progressivamente.
Valorizar as informações nos silêncios 
A visita domiciliar enquanto ferramenta da equipe cumpre o seu papel na saúde:
Responde aos 4 princípios básicos da Atenção Primária e aos 3 princípios doutrinários do SUS:
Princípios da APS: Acessibilidade, Longitudinalidade, Integralidade, Coordenação
Princípios Doutrinários do SUS: Universalidade, Eqüidade na assistência, Integralidade da assistência.
CONCLUSÕES
PRIVILÉGIO: Oportunidade de observar e analisar o sujeito por inteiro, dentro de sua realidade, suas nuances e particularidades, possibilitando intervenções mais efetivas.
A visita domiciliar tem um potencial transformador muito grande.
Humaniza o profissional.
Dá bastante satisfação pessoal.
Responsabilidade: Fazer pontes adequadas e eficazes entre todas as esferas da assistência, para garantir a continuidade do cuidado. A casa está na esfera central de todas as ações, está no centro de todos os níveis.
BIBLIOGRAFIA
SAVASSI, LCM; DIAS, MF. Visita Domiciliar. Grupo de Estudos em Saúde da Família. AMMFC: Belo Horizonte, 2006. Disponível em http://www.smmfc.org.br/gesf/gesf_vd.htm [acesso em 29/01/2009]
SAVASSI, LCM; DIAS, MF; DIAS,
MB; SÁ, MMG, SÁ, MJ. Relatoria do GESF:
 Módulo Visita Domiciliar. Grupo de Estudos em Saúde da Família. AMMFC: Belo Horizonte, 2006 (Relatório, 20p). Disponível em
 http://www.smmfc.org.br/gesf/relatoriavd.pdf [acesso em 29/01/2009]
www.geocities.com/lsavassi/visita.pdf 
Mendes, AO; Oliveira, FA. Visitas domiciliares pela equipe de Saúde da Família: reflexões para um olhar ampliado do profissional. Rev Bras Med Fam e Com. Rio de Janeiro, v.2, n° 8, jan / mar 2007/ pág 253 a 260
Plano Diretor – MG . Oficina 2 e 3
Um estranho à minha porta: preparando estudantes de medicina para visitas domiciliares - Ana Teresa de Abreu Ramos-Cerqueira; Albina Rodrigues Torres; Sueli Terezinha Ferreira Martins; Maria Cristina Pereira Lima
www.saude.gov.br/dab
www.geocities.com/lsavassi

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