Hipocalcemia Puerperal

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Hipocalcemia Puerperal em Vacas Leiteiras e em Cadelas
Acadêmicos:
Matheus V. M. A. Santos
Rodrigo T. G. Nascimento
Tallisson A. T. Rosa
Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde
Curso de Medicina Veterinária
Disciplina: Fisiologia Veterinária
 Hipocalcemia puerperal 
Vacas leiteiras
Também conhecida como:
Febre do Leite;
Hipocalcemia da Parturiente;
Eclâmpsia;
Tetania Puerperal;
Tetania da Lactação;
Paresia da Parturiente;
Paresia Puerperal;
Apoplexia das parturientes.
Etiologia
Hipocalcemia imediatamente, antes ou após o parto. (Otto, Clive, Douglas e Kenneth - 2002)
Comum em animais da raça Jersey em média 33% se comparado a outras raças.
Incidência: Rara antes da 3ª parição e maior por volta da 5 e 6ª parição. (Lucci .1997)
Definição
Doença que ocorre próximo ao momento do parto (24hrs) ou após ele (até 72hrs), sendo causada por hipocalcemia e caracterizada por fraqueza, decúbito e finalmente choque e morte.
Epidemiologia
Atinge vacas adultas de alta produção
Menor frequência em vacas de corte em lactação;
Rara em primeiros partos, comum em faixa etária de 5 a 10 anos
Fatores de Risco
Aumento da idade da vaca;
Bovinos de leite de alta produção;
Nutrição no período seco;
Perda excessiva de Cálcio no Colostro;
Absorção deficiente de Cálcio pelo intestino no momento do parto;
Mobilização de Cálcio dos estoques no esqueleto insuficiente.
					 		(Otto.2012)
Patogenia
A hipocalcemia não severa é comum na maioria das vacas.
Período crítico para equilíbrio do cálcio é quando o úbere se preenche de leite;
Mastite pode favorecer o aparecimento de H.P, Toxina do E. Coli.
Sinais Clínicos
Anorexia;
Atonia Ruminal;
Fezes escassas;
Inatividade; 
Fraqueza Muscular (decúbito esternal);
Torção lateral do pescoço;
Colapso circulatório;
Focinho seco;
Depressão Mental;
Hipotermia;
Bulhas Cardíacas fracas;
Midríase vagarosa;
Estase e timpanismo ruminais;
Decúbito Lateral;
Taquicardia;
Morte.
Tratamento
Administração imediata de Borogliconato de Cálcio a 23%.
Em média administração de 500ml dessa solução aumentará o Cálcio para 10mg/dl, considerando uma vaca com Cálcio sérico de 5mg/dl.
Prevenção
Reduzir ingestão de Cálcio no último mês da gestação; 
Fornecimento de dietas ricas em Cálcio imediatamente após o parto;
Uso de Sal aniônico acrescido de 150g/dia de Cálcio no período seco;
Atenção para o sal aniônico sozinho, hipocalcemia de ricochete.
Hipocalcemia Puerperal
em Cadelas
Hipocalcemia Puerperal
em Cadelas
Principais Causas:
Associada principalmente a hipocalcemia;
Comum em raças pequenas;
Mais comum em cadelas do que em gatas;
Uso inadequado do cálcio dietético;
Atrofia da paratireóide;
Perda de cálcio materno para esqueleto fetal e produção de leite.
						Peter Jackson -2005
Sinais Clínicos
Respiração ofegante;
Tremores;
Fasciculações musculares;
Fraqueza
Ataxia;
CCTCG;
Opistótono;
Morte.
Tratamento
Administração de Gluconato de Cálcio a 10% lentamente;
Manter monitorizado devido cardiotoxidade;
Atentar para bradicardia.
						Peter Jackson -2005
Prevenção
Evitar dietas ricas e pobres em cálcio durante a gestação;
Dieta ideal 1 a 1,8% de cálcio e 0,8 a 1,6% de fósforo.
Lactação relação cálcio:fósforo de 1:1
						Peter Jackson -2005
Referências
Obstetrícia Veterinária - Peter G. G. Jackson -2 ª ed. 2005
Medicina interna de Pequenos Animais - Nelson e Couto 2ª Ed. 2002;
Nutrição para Cães e Gatos - Ann Wortinger – 1ª Ed. 2009;
Doenças do Gado leiteiro- Willian C. Rebhun – 1ª Ed. 2000;
Nutrição e Manejo de Bovinos Leiteiros – Carlos de Souza Lucci - 1ª Ed. 1997;
Clínica Veterinária - D.C. Blood & O.M. Radostits, Clive C. Gay e Kenneth W. Hinchcliff – 9ª Ed. 2002;
Etiopatogenia e controle da hipocalcemia e hipomagnesemia em vacas leiteiras – Carlos N. Corbelllini – Argentina -1998 .