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Cultivo de Anonáceas

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ANONACEAS 
 
É uma árvore de pequeno porte (4 a 5m de altura), com folhas de 6 a 7cm de 
comprimento, flores amarelo-esverdeadas, isoladas ou em cachos de 2 a 4. Os 
frutos são formados por numerosas protuberâncias, correspondentes às 
sementes. A polpa é branca ou creme, macia, doce e nutritiva; (b) Annona 
reticulata L. (condessa ou coração de boi): árvore mais vigorosa (6 a 7m de 
altura) e folhas mais largas que aquelas da fruta-do-conde, sendo desprovidas 
de pêlo, ao contrário dessa espécie. Os frutos são grandes, de casca lisa, polpa 
creme, pouco adocicada e de textura grosseira. Essas espécies originam-se da 
América Tropical. (c) Híbrido de anonas (A. cherimolia Mill. x A. squamosa L.) 
denominado atemóia, que apresenta características das duas espécies, com 
requisitos climáticos semelhantes à fruta-do-conde. Os frutos variam de 150 a 
750g, têm a casca levemente rugosa e apresentam polpa mais saborosa e maior 
proporção polpa/semente que aqueles da fruta-do-conde. Todas perdem as 
folhas no inverno. 
 
 
Cultivares: somente o híbrido atemóia tem cultivares definidos: Gefner (melhor 
por ser mais produtivo, responder bem às podas de verão; é de maturação 
mediana); African Pride (frutos mais tardios) e Bradley (frutos mais precoces, 
assimétricos e suscetíveis à rachadura). 
 
 
Clima e solo: adaptam-se bem aos diversos climas, principalmente atemóia; 
entretanto, não toleram geada nem temperaturas muito baixas, notadamente, as 
plantas jovens e as adultas em fase de florescimento e maturação dos frutos. 
Preferem inverno seco e precipitação bem distribuída no período vegetativo. As 
temperaturas médias mais convenientes variam de 10 a 20ºC (mínimas) a 22 a 
28ºC (máximas). O solo deve ser profundo, bem drenado e, preferivelmente, de 
textura leve, suprido de matéria orgânica. 
 
 
Práticas de conservação do solo: plantio em nível; terraceamento. 
 
 
Propagação: normalmente, é feita por sementes; entretanto, devem ser 
propagadas por enxertia, devido à grande variabilidade de plantas que aquele 
método proporciona, principalmente no caso do híbrido atemóia. A enxertia pode 
ser feita por borbulhia no verão ou garfagem no inverno. Os porta-enxertos mais 
indicados são: araticum-de-folha-miúda (Rollinia emarginata), fruta-do-conde e 
condessa (exceto para a própria espécie). Para a formação desses porta-
enxertos, os germinadores devem estar levemente sombreados, conter bastante 
matéria orgânica e ser submetidos ao controle contra podridão. Transplantar a 
muda para saco plástico grande, contendo uma mistura peneirada e esterilizada 
feita com 1m3 de solo fértil, 300 litros de esterco de curral bem curtido, 2kg de 
termofosfato e 0,5kg de cloreto de potássio; com 4 e 5 meses de idade estarão 
aptas à enxertia. 
 
 
Plantio: realizar meses chuvosos em solos muito bem preparados com arações 
profundas. As covas devem ter as dimensões de 40 x 40 x 40cm e ser 
preparadas 60 dias antes do plantio para assentamento e fermentação da 
matéria orgânica . Para prevenir doenças das raízes e colo, o plantio deve ser 
alto (5cm do torrão acima do nível do solo), colocando-se terra para formar um 
montículo para escoamento da água de chuva. 
 
 
Espaçamento: atemóia: 7 x 6m (quando feitas podas anuais) ou 9 x 7m. Demais 
espécies: 7 x 5 a 7 x 6m (plantas enxertadas) e 6 x 5m (pé-franco). 
 
 
Mudas necessárias: 140 a 215/ha para atemóia e 215 a 300/ha para as 
demais. 
 
 
Calagem e adubação: no mês anterior ao preparo das covas para plantio, 
aplicar calcário dolomítico de acordo com a análise de solo, para elevar a 
saturação por bases a 60%. 
 
 
Adubação de plantio: adicionar à terra extraída e ao esterco (2kg de esterco de 
galinha ou 10kg de esterco de curral), 160g de P2O5, 90g de K2O e 200 a 500g 
de calcário dolomítico, todos bem misturados antes de colocados na cova. 
 
 
Adubação de formação: até o 3º ano, aplicações bimestrais no período 
chuvoso de 100 (na 1ª aplicação) a 600 g/planta (na última aplicação) de uma 
mistura de adubos contendo cerca de 10% de cada um dos nutrientes N, P2O5 e 
K2O. 
 
 
Adubação de produção: a partir do 4º ano, aplicar 1.800 g/planta de uma 
mistura de cerca de 8% de N, 3% de P2O5 e 9% de K2O, em três aplicações 
anuais (outubro, janeiro e março). Periodicamente (2 a 3 anos), fazer análise de 
solo, aplicando calcário dolomítico e sulfato de zinco (15 a 20g) se necessários 
e, se possível, aplicar anualmente matéria orgânico. 
 
 
Controle de pragas e doenças: a) broca-dos-frutos – o controle químico é 
pouco eficiente, além de prejudicar os polinizadores devendo-se adotar controles 
culturais como coleta e queima de todos os frutos atacados ou caídos no chão, 
ou, ainda, ensacamento dos frutos com papel manteiga; b) podridões de raízes e 
colo – plantio como aquele indicado anteriormente e poda de formação descrita 
a seguir; c) antracnose dos frutos novos – oxicloreto de cobre; d) cancro dos 
ramos – eliminação e queima de todas as partes atacadas. 
 
 
Podas: 
a) poda de formação – manter um tronco de 40 a 50cm, que proporciona maior 
aeração, próximo ao colo da planta para controle fitossanitário. Entre 50 a 70cm, 
formar três ou quatro pernadas bem distribuídas, deixando dois ramos de cada 
pernada, de 45 a 50cm; esses ramos podem emitir quatro brotos que deverão 
ser conduzidos de modo a proporcionar à copa a forma de taça. Nos ferimentos 
de corte, aplicar pasta cúprica contendo sal de cozinha; 
b) poda de produção – durante o verão (maior desenvolvimento das plantas), 
fazer poda leve, despontando os ramos escolhidos, de modo a ficarem com 40 a 
50cm de comprimento; desse modo, provoca-se a emissão de ramos de 
florescimento, visando às produções fora da época normal. Depois de 30 a 40 
dias ocorre o florescimento; c) poda de limpeza – abertura da copa e limitação 
de crescimento vertical: antes do novo período vegetativo eliminar ramos 
doentes, mal dispostos, em excesso e aqueles da parte superior da copa (se 
necessário). 
Controle de plantas daninhas: herbicidas ou roçadeiras nas entrelinhas e 
capinas manuais cuidadosas próximo às plantas. Devido às doenças, não usar 
grades ou implementos pesados que movimentem muito o solo e causem 
ferimentos às raízes ao colo das plantas. 
 
 
Desbaste dos frutos: eliminar os frutos em excesso, principalmente na atemóia, 
e aqueles doentes, com defeitos, atacados pela broca ou que se encontrem 
encostados aos outros (ocorre maior ataque de broca). 
 
 
Colheita: os frutos amadurecem 100 a 120 dias após o florescimento, com 
mudança na coloração da casca que passa de verde-amarelada para creme-
rosada na fruta-do-conde, de verde-amarelada para amarelo-avermelhada na 
condessa e de verde-clara-brilhante para verde-amarelada-pálida na atemóia. 
Esse ponto de colheita é fundamental para a qualidade do fruto. Ocorre de 
fevereiro a junho (pico em março e abril) para a atemóia e de dezembro a julho 
(pico em fevereiro e março) para as demais. 
 
 
Produtividade normal: em frutos comerciáveis/pé/ano: fruta-do-conde: 75 (pé-
franco) a 90 (enxertada); atemóia: 100. 
 
 
Comercialização: logo após a colheita, os frutos são classificados, embalados 
em caixetas de madeira tipo uva e entregues nos entrepostos de venda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
nnona: principais espécies cultivadas, composta de 5 grupos: 
 
Guanabani: grupo das graviolas 
Bilaeflorae: anonas com ceras 
Acutiflorae: pétalas afiladas 
Annonellae: anonas anãs 
Attae: anonas comuns (A. squamosa, reticulata, cherimola e atemoya) 
 
Annonas: 118 espécies (108 da América Tropicale 10 da África Tropical) 
13 comestíveis; 
9 são normalmente cultivadas e 5 destas importantes: fruta-do-conde, 
atemoya, cherimoya, graviola e condessa. 
 
Importância Econômica: 
 
Cherimoya - importante em várias regiões: Chile, Espanha, Portugal, 
Califórnia. Pequenas áreas: Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Israel, 
África do Sul. 
 
Fruta-do-Conde - países e regiões tropicais como Brasil. 
 
Graviola - países americanos, Índia, países asiáticos. 
 
Atemoya - países tropicais e subtropicais, condições intermediárias entre 
fruta-do-conde e cherimoya. 
 
Cultivo no Brasil 
 
Fruta-do-conde 
10.000 ha (NE, SP e outros estados) 
produção = 80.000 t 
 
Graviola 2.500 ha 
 
Atemóia 500 ha 
 
Cherimóia 120 ha 
 
Produção em função das chuvas 
 
Fevereiro - Março - SP 
Abril - Maio - Bahia 
Junho - Julho - Alagoas 
 
MELHORAMENTO GENETICO - Objetiva: 
 
Qualidade interna do fruto: aroma, sabor, textura fina, não arenosa, sem 
fibras, semente solta, poucas e alto rendimento em polpa; 
 
Aparência do fruto: forma simétrica, desenho atrativo da casca, cor clara e 
brilhante, sem defeitos ou manchas; 
 
Consistência do fruto: casca dura, resistente ao ataque de insetos e sol, 
boa capacidade de armazenamento sob refrigeração; 
 
Resistência da planta: vigorosa, sadia, de bom crescimento, resistente a 
pragas e doenças, frio, sol e seca, compatibilidade com porta-enxertos; 
 
Viabilidade do pólen: ser fértil e efetivo; 
 
Flores: numerosas, com aroma atrativo e polinizadores; 
 
Facilidade de cultivo: adaptação a solo e clima, ramos não necessitem 
muita poda, fácil colheita, fruto mostre o ponto de colheita, sem amolecer; 
 
Época de produção: fora da época normal de colheita de outras cultivares 
ou espécies da mesma família - oferta durante ano inteiro; 
 
Produção: produtiva e sem alternância. 
 
FRUTA-DO-CONDE, Pinha ou Ata ( Annona squamosa L.) 
 
Origem: Antilhas na América tropical, provavelmente Ilha Trindade. 
 
Propagação: predominantemente sexuada, grande variação. 
 
Melhoramento: maior pegamento flores, menor taxa de malformação dos 
frutos, maior resistência a pragas e doenças, frutos com maior n.º de 
carpelos, lisos e de coloração verde-escuro, intercarpelos rosados, menor 
tendência a rachamento, doce, pouca ou nenhuma célula pétrea. 
 
Porte: pequeno, até 5 m, esgalhada. 
 
Sistema Radicular: pivotante, proporcionalmente maior que a parte aérea. 
 
Crescimento: SP em 6 meses/ano = 10-70cm, tronco e inserções frágeis. 
 
Folha: lanceolada, 5-15 x 2-6cm, cerosa, alternas, caem p/ liberar gemas. 
 
Flores: únicas ou em pencas, com 3 sépalas que recobrem as 3 pétalas. 
Na base interna numerosos estames e pistilos, gineceu com 50-150 
carpelos. 
 
Frutos: codiforme, arredondado, composto por segmentos salientes e 
individualizados (carpelos) lisos ou rugosos, verde escuro a amarelo-
esverdeado separados por tecido intercarpelar de cor creme até róseo. 
Internamente, carpelos de coloração branca consistente com e sem 
sementes e um enchimento de cor creme claro com células pétreas. 
 
Composição média: Frutos 250-350g, 53% casca e talo, 41% polpa 
comestível e 6% sementes (65), pH 4,5, brix 24º, SST 20-28%, acidez 0,3-
0,9%. 
 
Ciclo: novo após cada período de repouso, intensa brotação (folhas, ramos 
e flores) após a queda das folhas. 
 
Polinização: dicogamia protogínica (amadurecimento das estruturas 
femininas só depois das masculinas), autopolinização praticamente nula, 
entomofílica. 
 
Colheita: 110-120 dias; plantas bem nutridas até 4 ciclos de florescimento. 
 
Produtividade: média 3,2 t/ha, SP até 8,0 t/ha. 
 
ATEMOYA, Atemoia, Atemolia 
( Annona squamosa L. x Annona 
cherimola Mill) 
 
Propagação: predominantemente 
assexuada, enxertia e estaquia. 
 
Melhoramento: maior % pegamento, 
menor taxa de malformação frutos, 
maior resistência a pragas e doenças, frutos arredondados, simétricos, alta 
relação polpa/semente, produtividade, doces, baixa acidez, resistente. 
 
Porte: e conformação variável, até 10 m de altura e diâmetro, ramos fracos 
e longos. 
 
Crescimento: rápido e muito vigorosa quando bem nutrida, requer podas. 
 
Folhas: variam de forma em uma mesma planta, 10-20 x 4-8cm, caem no 
inverno. 
 
Flores: únicas ou em pencas, composta de 3 pétalas carnosas nas axilas 
das folhas recém nascidas ou em ramos do ano anterior. 
 
Frutos: formato variável com a variedade: cordiforme, cônicos ou ovados, 
lisos ou com protuberâncias, cor verde-amarelado, polpa branca, doce, 
ligeiramente ácida, sucosa, mais saborosa que a pinha, muitos carpelos 
sem sementes, em média com 150 a 500g. 
 
Ciclo: novo após cada período de repouso, intensa brotação após queda de 
folhas. 
 
Polinização: dicogamia protogínica, autopolinização praticamente nula, 
entomofílica. 
 
Colheita: aos 120 dias; variando com a variedade de março a agosto. 
 
Produtividade: média 100 frutos/ano, 6 a 8 caixetas/planta. 
 
GRAVIOLA (Annona muricata L.) 
 
Origem: América tropical, América Central e vales peruanos. 
 
Propagação: sementes ou enxertia. 
 
Melhoramento: maior % pegamento, menor taxa de malformação, maior 
tolerância pragas e doenças (brocas), frutos grandes, polpa c/ altos teores 
de açucares. 
 
Porte: pequeno, 3,5 a 8m, folhagem compacta e coloração verde intenso, 
ramos e inserções frágeis. 
 
Sistema Radicular: pivotante. 
 
Folhas: ovadas, elípticas, 5-18 x 2-7cm, cerosas, verde brilhante. 
 
Flores: únicas ou em pencas, formato subgloboso (capulho), em ramos ou 
no tronco, composta de 3 sépalas que recobrem 6 pétalas. Internamente: 
grande número de estames e pistilos e o gineceu. 
 
Frutos: compostos, ovóides e muito variável, grandes 1-10 kg, carpelos 
separados por sulco fino, casca verde-escura, quando desenvolvido verde-
clara brilhante, pseudo-espinhos recurvados, fácil de descascar, polpa 
suculenta, branca, odor agradável, rica em vitaminas A e C, com 95 a 180 
sementes/fruto. 
 
Ciclo: algumas regiões floresce e vegeta quase o ano todo, necessita de 
um período de estresse na formação e vingamento dos frutos. 
 
Polinização: dicogamia protogínica, autopolinização praticamente nula, 
entomofílica (Colatus truncatus). 
 
Colheita: aos 180 dias. 
 
Produtividade: média de 1,2 a 8 t/ha. 
 
CLIMA 
 
Limitante para exploração comercial, preferência climas amenos, áreas 
livres de geadas, com inverno seco e chuvas bem distribuídas, 
Temperatura-27 ºC e UR-80% favorecem melhor pegamento dos frutos. 
 
Cherimoia: requer climas subtropicais (clima seco e fresco), acima 600m 
altitude suscetível a geadas e frio quando não em repouso, altas 
temperaturas afetam o desenvolvimento e produção. 
 
Fruta-do-conde: requer climas tropicais (temperatura e umidade elevadas) 
requer um período anual de repouso. 
 
Atemoya: exigências intermediárias. 
African Pride - Temperaturas amenas, igual e maior crescimento vegetativo 
e produtividade 
PR-3 - semelhante a fruta-do-conde 
Gefner - intermediária 
 
Graviola: tipicamente tropical ou subtropical úmido, não suporta frio 
Ventos fortes danificam frutos, escurecimento da casca, chilling em pinha, 
quebra de galhos em geral e tombamento de plantas em cherimóia 
 
SOLO 
 
- solos profundos 
- drenados 
- textura leve ( arenosos são recomendados ) 
 
Fruta-do-conde = sistema radicular até 6 m de profundidade 
 
Atemóia e Cherimóia - sistema radicular superficial 
 
VARIEDADES 
 
Fruta-do-conde: inexistem variedadesmelhoradas no Brasil 
Há um tipo sem sementes (mutação), pouco produtivo e frutos pequenos 
 
Cherimóia: inexistem variedades comerciais selecionadas p/ Brasil 
White, Lisa, Booth, Fino de Jete, Golden Russet, Campa, outras. 
 
Atemoya: diversos híbridos naturais interessantes no mundo 
 
Gefner - carpelos pequenos, salientes, individualizados na extremidade 
superior, 150-650g, poucas sementes, copa aberta, maturação mediana 
 
Bradley - carpelos individualizados e separados, com 150 a 450g, poucas 
sementes, maior % de frutos defeituosos, copa compacta, precoce 
 
African Pride - carpelos bem unidos e saliências, com 250 a 750g, poucas 
sementes, copa semelhante a Bradley, tardia 
 
PR-3 - carpelos grandes e salientes na extremidade superior, com 250 a 
750g com muitas sementes, copa compacta, mediana 
 
Graviola: vários acessos no Brasil sendo avaliados no mundo 
Seleções: Graviola A, B, Blanca, FAO II, Lisa, Morada, Graviola I e II 
 
PORTA-ENXERTOS 
 
Fungos de Solo: Phytophthora, Pythium, Calonectria, Rhizoctonia, 
Cylindrocladium e bactérias Pseudomonas. 
 
Pinha - desenvolvimento rápido no viveiro, induz a plantas compactas, 
recomendado para FC e atemoya. 
 
Condessa - rápido no viveiro, produz plantas vigorosas, maior 
desenvolvimento do tronco do PE/copa, rachaduras e casos de morte 
(incompatibilidade). 
 
Araticum-de-folha-miúda - de clima ameno, desenvolvimento lento, induz 
a plantas compactas, aparentemente sem problemas de incompatibilidade, 
tolerante a Phytophthora. 
 
Anona glabra - induz a ananicamento e recomendada para áreas úmidas 
 
Porta-enxertos recomendados: 
 
Cherimoia: condessa, araticum, pinha, cherimoia 
Fruta-do-conde: pinha, condessa, (atemoia, anona do brejo) 
Graviola: condessa, anona do brejo, araticum, biribá, graviola 
Atemoia: condessa, araticum, atemoia 
 
PROPAGAÇÃO 
 
Recomenda-se enxertia e alguns casos por semente. 
 
Cherimoia: borbulhia em janela, T normal, garfagem de topo e lateral 
Fruta-do-conde: T invertido, placa, garfagem e escudo 
Atemoia: borbulhia em placa, garfagem 
Graviola: borbulhia T normal e placa, fenda cheia e garfagem inglês 
simples 
 
ESPAÇAMENTO 
 
Em função das condições climáticas locais, espécie e porta-enxerto. 
 
Cherimoia: USA e Espanha 5x7 a 7x7, Br 6x8 m 
Fruta-do-conde: 4x6 a 5x7 m 
Graviola: 4x4,5; 6x7,5; 7x8; 8x8 m 
Atemoia: 6x4 em pinha, 6x7 a 6x8 m 
 
CONSÓRCIOS: 
 
PLANTIO 
 
Análise de solo e calagem p/ V%= 70-80 
Preparo do solo: subsolagem, aração e gradagem 
 
COVA 
 
Sulcar nas linhas 
Aplicar 
200g calcário/m.linear 
30 litros esterco curral curtido/cova 
10g Bórax e 20g Sulf. Zinco / cova (solos baixo teor) 
ou Covas 40 x 40 x 40 cm 
Molhar 
Aguardar 30 dias 
Plantar 
Irrigar 
 
 
 
 
PODA 
 
- Formação: 40 cm (somente no inverno) 
- 3 - 4 pernadas 
- encurtamento de ramos (no inverno) 
- conformação da copa - compacta (poda verde no verão) 
- Anualmente: poda de limpeza e abertura da copa 
=> Inicio da brotação, após repouso hibernal 
Graviola: poda de limpeza após a colheita 
 
DESBASTE 
Atemoia: frutos com 1,5 a 3 cm, deixar 80 e 60 frutos nas 2 safras do ano 
FC: frutos com 1,5 cm, deixar 50 e 30 frutos 
 
PRAGAS E DOENÇAS 
 
Broca-do-tronco: Cratosomus spp 
Coleoptero, galerias no tronco, exudação de escura e serragem 
Controle: injeções com inseticidas nos orificíos e pulverizações dirigidas 
 
Broca-do-fruto: Cerconota anonella 
 
Lepidoptera, roe a casca e penetra na polpa, qualquer tamanho, 
deformação, enegrecidos, caem 
Controle: catação de frutos, pulverizações dirigidas 15 em 15 dias 
 
Broca-da-semente: Bephratelloides maculicolis 
Hymenoptera, perfura da casca e faz postura diretamente nas sementes, 
larva destroi fruto, sai do fruto vespa adulta 
Se fecundada = machos e fêmeas 
Se não fecundada = machos 
Controle: pulverizações dirigidas 15 em 15 dias 
 
Cochonilhas: Fosforado com óleo mineral 
 
Mosca-branca, Ácaros 
 
Não pulverizar durante as floradas 
 
Nematoide: Radopholus similis 
 
Antracnose: Colletotrichum gloeosporioides 
Frutos a partir do florescimento e folhas 
Frutos novos pretos e presos na planta = mumificados 
Controle: Cúpricos e Benomyl 
 
Cancrose: Calonectria rigidiuscula 
A partir de bifurcação de ramos até morte do ramo 
Controle: eliminação e queima do ramos 
 
Outras: Cercosporiose, Botryodiplodia 
 
Fungos de Solo: raízes e tronco 
Phytophthora nicotianeae 
Pythium sp 
Rhizoctonia solani 
Cylindrocladium 
 
outros 
bactérias Pseudomonas Para aumentar a produtividade, é fundamental 
fazer a polinização artificial. Conforme explica o agrônomo,a graviola tem 
uma característica própria,chamada de dicogamia. “Seria um desencontro da 
parte feminina da flor com a parte masculina, o que não impossibilita, mas 
dificulta a polinização em larga escala”, diz. 
Outro entrave é que, como a flor da gravioleira é muito fechada, o vento e 
outros agentes polinizadores naturais praticamente não influenciam na 
fecundação das flores. “Para contornar esse problema, deve-se fazer 
polinização artificial”. 
 
 A técnica consiste em utilizar pincéis comuns, impregnados de pólen. 
“Embora se trate de uma operação lenta e delicada, o resultado é bastante 
positivo.” Isso gera frutos bem formados e uniformes, assim é possível 
padronizar até as embalagens e vender a fruta in natura para mercados mais 
distantes. 
 
 A polinização artificial é feita, geralmente, nas primeiras horas, da 
manhã,quando as flores estão semi-abertas e o gineceu apresenta-se 
pegajoso,o que facilita a aderência do grão de pólen e gera um bom fruto. 
Como se trata de uma técnica trabalhosa, não é necessário polinizar 
absolutamente todas as flores. “Ideal é fazer a polinização das flores situadas 
na parte mais interna dos galhos”, “Flores que ficam nas extremidades dos 
ramos prestam-se mais para a coleta do pólen porque estão mais expostas aos 
raios solares recebem menor fluxo de seiva”. “Se fossem polinizadas, há 
menor chance de dar frutos tão bons quanto os dos ramos internos”. 
 
Inseticida natural 
 Também se desenvolve um eficiente manejo da broca da graviola. Faz-se o 
controle da praga com um produto biológico, aplicando-se uma solução feita 
com folhas de nem, planta originária da Índia, com características repelentes 
de insetos. “Hoje colhemos frutos sadios, sem perfurações nas cascas.” 
 
 
Odairplantas.com.br @ 2011 Todos Os Direito

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