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METABOLISMO DA GLICOSE E OUTROS MONOSSACARÍDEOS Profa. Graça Cunha E-mail: mgcc1954@gmail.com UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA - DBIOQ Cada célula é um sofisticado laboratório químico, onde ocorrem continuamente sínteses de novas moléculas destinadas ao crescimento, à substituição de partes danificadas, ou a serem enviadas para diversas zonas do organismo. Tudo isto requer energia contida nos alimentos e que a célula não pode utilizar diretamente dos alimentos. •INTRODUÇÃO Metabolismo – Atividade celular altamente coordenada com propósitos determinados, na qual cooperam muitos sistemas enzimáticos. Fases: CATABOLISMO (Degradação) ANABOLISMO (Síntese) Obs: Ambos ocorrem simultaneamente nas células e a velocidade de cada um é regulada independentemente. CARBOIDRATOS [Cn(H2O)n] : Poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, ou então substâncias que, por hidrólise, liberam esses compostos • Relações energéticas entre as vias catabólicas e anabólicas Nutrientes liberadores de energia Carboidratos Gorduras Proteínas Catabolismo Produtos finais pobres em energia Anabolismo Moléculas precursoras Aminoácidos Açúcares Ácidos graxos Bases nitrogenadas Energia química Macromoléculas celulares Proteínas Polissacarídeos Lipídeos Ácidos nucléicos Energética/Reserva Servem de depósitos temporários de Glicose, que é a principal fonte de energia. AMIDO GLICOGÊNIO Funções Biológicas dos Carboidratos CELULOSE ÁCIDO ACETILMURÂMICO QUITINA Estrutural Elementos estruturais e de sustentação das paredes celulares das plantas, bactérias e carapaças de alguns animais, respectivamente. Funções Biológicas dos Carboidratos •DEFINIÇÃO •LOCALIZAÇÃO BOCA LUZ INTESTINAL Processo de degradação de macromoléculas em moléculas menores capazes de serem absorvidas e utilizadas por um organismo. As enzimas que atuam neste processo são as digestivas. Carboidratos da dieta: Principais: amido, sacarose, lactose e celulose. Frações menores: glicogênio, maltose, glicose livre, frutose livre. Lactose: β-D-galactopyranosyl-(14)- β-D- glucopyranose Maltose: α-D-glucopyranosyl-(14)-β-D- glucopyranose Sucrose: α-D-glucopyranosyl-(12)- β-D-fructofuranose * * * * * * * * Absorção FIBRAS DA DIETA: Carboidratos não digeríveis; Não fornecem energia; Adicionam volume à dieta (10 – 15 X) coletando líquido na luz do intestino; Aumentam a motilidade intestinal; Reduzem a absorção de compostos tóxicos, incluindo certos carcinógenos; Diminuem o risco de constipação, hemorróidas, diverticulose e câncer de cólon; Acima de 20 – 35 g/dia não são recomendadas (podem ligar-se a microelementos como o Zn+2 e diminuir a absorção das vitaminas lipossolúveis). Hereditárias Diarréia severa Doenças intestinais Desnutrição Lesão da mucosa do intestino delgado causada por drogas EXEMPLOS: Lactase congênita – Predominante nos negros e índios sul Americanos. Lactase adquirida – Em consequência de patologias intestinais diversas, que levam a atrofia das vilosidades ou reações inflamatórias na mucosa intestinal. Deficiências de isomaltase e Sacarase – Comum em cerca de 10% dos esquimós da Groelândia. Tratamento, retirada da sacarose da dieta. •GLICÓLISE (Degradação da Glicose) •GLICONEOGÊNESE (Síntese de Glicose) •GLICOGÊNESE (Síntese do Glicogênio) •GLICOGENÓLISE (Degradação do Glicogênio) • Primeira via metabólica da molécula de glicose e outras hexoses • Invariavelmente todos os seres vivos (a exceção dos vírus) realizam esta via – Ocorre no citoplasma – Consiste na quebra parcial da molécula de glicose (6C) – Produção de 4 moléculas de ATP – Consumo de 2 moléculas de ATP – Liberação de 2 moléculas de piruvato (3C) INVESTIMENTO GERAÇÃO DE ENERGIA 1o ESTÁGIO 2o ESTÁGIO FRUTOSE GALACTOSE MANOSE APÓS A DIGESTÃO, ESSES MONOSSACARÍDEOS ENTRAM NA CORRENTE SANGUÍNEA, QUE OS TRANSPORTAM PARA VÁRIOS TECIDOS. GLICOSE GLICOSE 6-P FRUTOSE 6-P GLICERALDEÍDO-3-P PIRUVATO GALACTOSE MANOSE FRUTOSE FRUTOSE (Fígado) Deficiência da enzima 2: Galactosemia (retardo mental e de crescimento e, em alguns casos, morte por lesões hepáticas). Catarata (acúmulo de galactose no cristalino do olho, onde esse açúcar é reduzido a galactitol). GLICÓLISE Geração e consumo de NADH na via Glicolítica Alguns tecidos (cérebro, hemácias, medula renal, cristalino e córnea ocular, testículo e músculo esquelético em exercício) requerem um suprimento contínuo de glicose... Entre as refeições – Ocorre a hidrólise do glicogênio hepático que só mantém níveis adequados de glicose sanguínea por 8- 16 horas. Sabendo-se que: Qual a via que garantirá o suprimento de Glicose no organismo? 120g de glicose/dia Ocorre: Fígado (90%) Rins (10%) Precursores: Lactato Piruvato Intermediários do Ciclo do Ácido Cítrico Cadeias carbonadas dos aminoácidos, exceto lisina e leucina Glicerol Quando não houver disponibilidade de glicose (jejum prolongado ou exercício vigoroso). Via de síntese de Glicose a partir de precursores não glicídicos Mitocôndria malato-desidrogenase malato-desidrogenase 1. Primeiro contorno Piruvato carboxilase/ Biotina PEP-carboxiquinase Citoplasma Piruvato quinase • Conversão da frutose-1,6-bifosfato em frutose-6-fosfato Frutose-1,6-bifosfatase dependente de Mg2+ Essa reação é um importante sítio regulador da gliconeogênese; A frutose 1,6-bifosfatase é inibida por níveis elevados de AMP, o qual sinaliza um estado de baixa energia na célula; Níveis elevados de ATP e baixas concentrações de AMP estimulam a gliconeogênese. 2. Segundo contorno • Formação de glicose a partir da glicose-6-fosfato Glicose-6-fosfatase – apenas encontrada no fígado e nos rins 3. Terceiro contorno CUSTO ENERGÉTICO LÍQUIDO: 6 ATP Dois em cada uma das etapas catalisadas pelas: Piruvato-carboxilase Fosfoenolpiruvato-carboxiquinase Fosfoglicerato-quinase Considerando-se que o rendimento energético da glicólise (glicose em 2 Piruvatos) é de 2 ATP, o custo energético do ciclo “fútil”, no qual a Glicose é convertida em piruvato e ressintetizada, é de 4 ATP.
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