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Resumo de Bioquímica

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Bioquímica
Proteínas e Aminoácidos
Proteínas são os componentes celulares mais abundantes no corpo, que desempenham diversas funções: - Colágeno: sustentação, - Hemoglobina: transporte
Aminoácidos são as unidades que se juntam para formar as proteínas (unidades químicas das proteínas), tem o carbono alfa = centro quiral, o grupo amino (básico, recebe prótons +, nitrogênio ligado ao hidrogênio), um grupo carboxila (ácido, doador de prótons -, dupla ligação com oxigênio e um OH) e um grupo R (um radical que muda de um aminoácido pro outro), ou cadeia lateral.
Os peptídeos são açucares, que são proteínas. Ligações peptídica, o grupo amina de um aminoácido vai se ligar ao grupo carboxila de outro, fazendo com que se perca água (H2O)
A proteína tem bastante nitrogênio, e as bactérias nos ajudam a pegar o nitrogênio atmosférico e transformam em outras formam que podem ser absorvidas pelas plantas, normalmente na forma de nitrito ou nitrato, e nós vamos absorver comendo a planta, ou quem comeu a planta. Nos seres vivos, esta ligação não é feita por reação direta entre eles, mas através de um aparato complexo de síntese proteica que inclui ribossomos, ácidos nucleicos, várias enzimas e proteínas.
Os aminoácidos apresentam diversas funções no sistema biológico. Podem ser os componentes percursores de glicose e nucleotídeos, ou até mesmo neurotransmissores (transmitem impulsos nervosos entre os neurônios). 
O grupo amino e carboxila são grupos funcionais. Elementos chave: C, H, N, O (mas pode ter enxofre). Cadeia lateral – 20 tipos.
A presença do centro quiral origina duas formas de imagens especulares, que não podem ser sobrepostas. No ambiente natural, os Aminoácidos que ocorrem nas proteínas são todos da forma L.
Interações entre biomoléculas são estereosespecíficas. O primeiro aminóacido descoberto foi a asparagina.
São classificados de acordo com a cadeia R: Hidrofóbicos e Hidrofílicos • Divididos em 3 tipos: Neutros, Negativos (ácido – grupo carboxila), Positivos (básicos – grupo amina). Classificação segundo o grupo R.
Grupos R apolares:
Tem grupos R que não interagem com a água (hidrofóbicos) apresentando uma localização interna na molécula de proteína, tornando-a solúvel.
Não formam pontes de hidrogênio entre as moléculas, preferindo a interação hidrofóbica.
Cadeias laterais formadas por principalmente por hidrocarbonetos.
Gupos R polares neutros (não carregados):
Apresentam ligações por meio de pontes de hidrogênio, porém não tem tendência básica ou ácida, ou seja, não tem tendência a doar ou receber prótons
Gupos R polares positivos (básicos):
Apresentam um grupo amina ou um anel imidazol no radical e tendem a receber prótons.
Gupos R polar negativos (ácidos):
Apresentam um grupo carboxila no radical e tendem a doar prótons.
Aminoácidos
Essenciais: Corpo humano não sintetiza, deve ser adquirido através da dieta
Não essenciais: Sintetizados pelo corpo humano, naturais
Os aminoácidos apresentam dois grupos que são passíveis de sofrer protonação e desprotonação em soluções aquosas. As cargas elétricas dos aminoácidos dependem da solução em que elas se encontram. Podendo sofrer desnaturação com a mudança do pH. 
De 2 a 12 aminoácidos eles são dipeptídeos. De 13 a 20 são tripeptídeos. Mais de 20 são polipeptídeos. Acima de 10.000 (dodecapeptídeos) são proteínas.
Estrutura primária = estrutura linear. Estruturas formadas por pontes de hidrogênio, que vão se enrolando e tal, para formar a próxima. 
Estrutura secundária = forma de hélice, estrutura alfa hélice. Eles fazem pontes de hidrogênio ou de sulfeto, que vai adquirindo um formato tridimensional.
Estrutura terciaria = formato tridimensional. É a estrutura funcional da proteína.
Estrutura quaternária = várias estruturas terciarias.
Se mudar a temperatura ou mudar o pH, ocorre a desnaturação proteica, na maioria dos casos ela não volta a ser a mesma, porque perde o formato espacial. Ex: clara do ovo. A estrutura toda se perde.
A anemia falciforme é uma doença em que lá na estrutura primária um aminoácido é trocado por outro, então o formato muda.
Proteínas fibrosas tem várias estruturas secundarias e são pouco solúveis em água.
Proteínas globulares são como a hemoglobina.
Enzimas
A maior parte das Enzimas são proteínas, mas outras são riboenzimas (são RNAs dotados de atividade catalítica (capazes de clivar um grande número de moléculas de RNA)). Nem toda proteína é uma enzima.
Ajudam no diagnóstico e no tratamento, sua falta ou mal funcionamento pode causar doenças. Aceleram MUITO as reações químicas do organismo, já que reduzem a energia de ativação. Podem ser usadas na engenharia química, na de alimentos tb e na agricultura.
A maior parte das enzimas são proteínas notáveis, que catalisam reações químicas de forma eficiente. É a principal parte da bioquímica, por sua eficiente catalítica e por ser MUITO especifica.
Centro ativo + substrato = produto. Tipo uma chave e uma fechadura, o substrato (chave) se encaixa no sítio ativo (fechadura), que está na enzima (porta).
Quanto mais substrato, mais veloz vai ser a reação, mas tem um limite. Substrato demais, enzima de menos, dando uma estabilizada. Temperatura tb pode influenciar, a temperatura ambiente é ótima, só não pode aquecer muito, já que elas ainda são proteínas. Temperatura baixa deixa a reação mais lenta. O pH também altera a enzima, ela só trabalha em um pH específico. Se a enzima da saliva for pro intestino ela para de trabalhar, já que o pH fica muito ácido. Boca ácida também pode atrapalhar.
Enzimas sempre terminam com “ase”, tipo a maltase que quebra a maltose.
Pode ter encaixe induzido, a enzima pode mudar (um pouco) da sua conformação. Cofatores podem ajudar nisso, deixando na forma ativa.
Substratos se ligam por atrações fracas.
Sítio ativo = Fenda tridimensional formada por grupamentos que veem de diferentes partes da sequência linear de aminoácidos. Tudo depende do arranjo de átomos no sítio.
Mecanismos de Ação Hormonal
Os hormônios são mensageiros químicos dentro do corpo, um determinado hormônio leva a mensagem para determinadas células e dirá como essas células devem se comportar em um determinado momento.
São bem específicos também, para cada região do corpo. Esses hormônios são liberados na circulação e precisam de receptores na membrana plasmática, ou elas não respondem, então eles sempre têm células alvo.
- Manutenção do meio interno (metabolismo), - Integração e regulação do crescimento e desenvolvimento, - Controle e manutenção dos diferentes aspectos da reprodução (hormônios sexuais)
É sistema endócrino porque jogam o produto da sua secreção dentro do sistema sanguíneo.
Classificação: - Autócrino: a secreção autócrina ocorre quando uma célula secreta um mensageiro químico para atuar em seus próprios receptores.
- Paracríno: se refere a um hormônio produzido por uma célula para agir sobre células vizinhas a ela, sem que para isso ele tenha que atingir a corrente sanguínea.
- Endocríno: hormônio age em células distantes ao seu local de produção, chegando até lá pela circulação sanguínea.
Os receptores intracelulares são receptores localizados no interior do núcleo ou no citoplasma. Os hormônios que utilizam esse tipo de receptor são, em geral, moléculas pequenas e lipossolúveis (lembre dos lipídeos).
Os Extracelulares são receptores localizados na membrana plasmática, logo este tipo de hormônio não entra na célula. Os hormônios que utilizam esse tipo de receptor são, em geral, moléculas grandes e hidrossolúveis.
Estrutura e Função dos Carboidratos como Constituintes Celulares
É a principal fonte de energia para os seres vivos, quase todos são produzidos por meio da fotossíntese. Constituídos principalmente por C,H e O. Outros nomes: Hidratos de carbono, Glicídios, Sacarídeos, Oses, Osídeos, Glúcidas e Açúcares.
Função energética, genética (componente fundamental dos ácidos nucleicos), estrutural nos fungos e plantas, Lubrificante de articulações, Reconhecimento e coesão celular, Sinalização celular.
Divididos em doisgrandes grupos, focados no grupo carbonila: Poliidroxialdeídos (H-C=O) e Poliidroxicetonas (H=O). Grupo carbonila é aquele que não tem nenhuma ligação igual, mas sim quatro diferentes.
Não hidrolisáveis = monossacarídeos: Aldoses e Cetoses.
Hidrolisáveis = Oligossacarídeos (até 20 unidades de monossacarídeos), polissacarídeos (mais de 20 unidades de monossacarídeos).
Monossacarídeos são mais simples, apresentam 3 a 7 átomos de carbono. Aldeídos ou cetonas com dois ou mais grupos hidroxil. Cadeias de carbono unidas por ligação simples. 3 carbonos = triose. 4 = tetrose, 5 = pentose, 6 = hexose, 7 = heptose. Possuem um ou mais carbonos assimétricos - quirais (exceto diidroxiacetona).
Isômero D: centro quiral mais distante do C do carbonil, grupo hidroxil para a direita; Isômero L: centro quiral mais distante do C do carbonil, grupo hidroxil para a esquerda;
Epímeros: carboidratos que diferem apenas na configuração de um carbono.
Em soluções aquosas, monossacarídeos que possuem 5 ou mais carbonos apresentam estrutura molecular na forma de anel (cíclica). Anéis de seis membros: piranoses; Anéis de cinco membros: furanoses. Carbonos anômeros, ALFA PRA BAIXO E BETA PRA CIMA. Nós conseguimos quebrar melhor o alfa. ;) Ligações alfa 1-6 ou 1-4.
Dissacarídeos: Monossacarídeos unidos por ligação glicosídica (é bem parecido com a peptídica das proteínas)
Polissacarídeos: Polímeros com mais de 20 unidades de monossacarídeos; Homopolissacarídeos (iguais) Heteropolissacarídeos (diferentes).
Amido: Reserva energética dos vegetais, Polímero de glicose ramificado, Encontrado nas raízes, caules, sementes e folhas. Pode ter ligação entre o alfa.
Glicogêneo: Polímero muito ramificado formado por glicoses. Reserva energética dos animais, Localizado no fígado e nos músculos.
Celulose: Um dos compostos orgânicos mais abundantes da biosfera, Polímeros de glicose, Possui função estrutural na célula vegetal: composição da parede celular, Estrutura espacial muito linear – formação de fibras com grande força tênsil, Não digerida pelos seres humano.
Glicoproteínas: carboidratos se ligam covalentemente a proteína; •Glicanos menores, ramificados e variados.
Digestão dos carboidratos: Homogeneização mecânica e mistura dos alimentos com os fluídos do trato gastrointestinal. Secreção de enzimas digestivas. Absorção de nutrientes do trato gastrointestinal para a corrente sanguínea.
Digestão dos carboidratos: o processo de formação dos carboidratos é revertido e eles são convertidos em monossacarídeos. Tem o início na boca, com a amilase salivar. Termino com amilase pancreática e Dissacaridases.
Amilases: Convertem polissacarídeos em dissacarídeos (Amilase salivar e Amilase pancreática)
Dissacaridases: Convertem dissacarídeos em monossacarídeos (Maltase, Sacarase, Lactase e Isomaltase).
Deficiência de enzima digestiva. Exemplo: intolerância à lactose
Oxidação aeróbica e anaeróbica da glicose
A respiração é um processo de obtenção de energia que pode ser definido em aeróbia e anaeróbia. A respiração aeróbia recebe este nome porque necessita de oxigênio livre. Precisa também de matéria orgânica que pode ser aminoácidos, ácidos graxos e mais. Por hora falaremos um pouco da respiração a partir da Glicose, que pode ser dividida em duas fases: anaeróbia e aeróbia. 
A fase anaeróbia é formada pela Glicólise, processo que ocorre no citosol (citoplasma) onde um molécula de glicose é decomposta em duas moléculas de piruvato, um açúcar mais simples. Ocorre sem a necessidade de oxigênio livre e por isso recebe o nome de anaeróbia, mesmo pertencendo a respiração aeróbia.
A glicólise consiste na transformação de uma molécula de glicose, ao longo de várias etapas, em duas moléculas de ácido pirúvico. Nesse processo são liberados quatro hidrogênios, que se combinam dois a dois, com moléculas de uma substância celular capaz de recebê-los: o NAD (nicotinamida-adenina-dinucleotídio). Ao receber os hidrogênios, cada molécula de NAD se transforma em NADH2. Durante o processo, é liberada energia suficiente para a síntese de 2 ATP.
O ácido pirúvico produto da glicólise vai até a mitocôndria onde perde uma molécula de CO2 se transforma em Acetil-CoA. Inicia-se então o Ciclo de Krebs. A degradação da glicose na respiração celular se dá em três etapas fundamentais: glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiração. A glicólise ocorre no hialoplasma da célula, enquanto o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória ocorrem no interior das mitocôndrias.
Ciclo de Krebs
Recebe este nome porque foi descrito pelo bioquímico Hans Adolf Krebs por volta de 1943. Este ciclo acontece dentro da matriz mitocondrial e inicia-se quando o piruvato é transformado em acetil CoA (coenzima A). A combinação do ácido acético com o oxalacetato presente na matriz mitocondrial resulta na formação do citrato.
Ocorre então uma série de reações químicas das quais serão formados: 6 moléculas de NADH, 2 moléculas de FADH, 2 moléculas de ATP e 4 moléculas de CO2.
As moléculas de ácido pirúvico resultantes da degradação da glicose penetram no interior das mitocôndrias, onde ocorrerá a respiração propriamente dita. Cada ácido pirúvico reage com uma molécula da substância conhecida como coenzima A, originando três tipos de produtos: acetil-coenzima A, gás carbônico e hidrogênios.
O CO2 é liberado e os hidrogênios são capturados por uma molécula de NADH2 formadas nessa reação. Estas participarão, como veremos mais tarde, da cadeia respiratória.
Em seguida, cada molécula de acetil-CoA reage com uma molécula de ácido oxalacético, resultando em citrato (ácido cítrico) e coenzima A, como mostra essa equação:
 1 acetil-CoA + 1 ácido oxalacético         1 ácido cítrico + 1 CoA
                  (2 carbonos)         (4 carbonos)                          (6 carbonos).
Analisando a participação da coenzima A na reação acima, vemos que ela reaparece intacta no final. Tudo se passa, portanto, como se a CoA tivesse contribuído para anexar um grupo acetil ao ácido oxalacético, sintetizando o ácido cítrico.
Cada ácido cítrico passará, em seguida, por uma via metabólica cíclica, denominada ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs, durante o qual se transforma sucessivamente em outros compostos. Analisando em conjunto as reações do ciclo de Krebs, percebemos que tudo se passa como se as porções correspondentes ao grupo acetil, anteriormente transferidas pela CoA, fossem expelidas de cada citrato, na forma de duas moléculas de CO2 e quatro hidrogênios. Um citrato, sem os átomos expelidos, transforma-se novamente em ácido oxalacético.
Os oito hidrogênios liberados no ciclo de Krebs reagem com duas substâncias aceptoras de hidrogênio, o NAD e o FAD, que os conduzirão até as cadeias respiratórias, onde fornecerão energia para a síntese de ATP. No próprio ciclo ocorre, para cada acetil que reage, a formação de uma molécula de ATP.
Cadeia Respiratória
Foram liberados quatro hidrogênios durante a glicólise, que foram capturados por duas moléculas de NADH2. Na reação de cada ácido pirúvico com a coenzima A formam-se mais duas moléculas de NADH2. No ciclo de Krebs, dos oito hidrogênios liberados, seis se combinam com três moléculas de NAD, formando três moléculas de NADH2, e dois se combinam com um outro aceptor, o FAD, formando uma molécula de FADH2.
Através de sofisticados métodos de rastreamento de substâncias, os bioquímicos demonstraram que os hidrogênios liberados na degradação das moléculas orgânicas e capturados pelos aceptores acabam por se combinar com átomos de oxigênio provenientes do O2 atmosférico. Dessa combinação resultam moléculas de água.
Antes de reagirem como o O2, porém, os hidrogênios, percorrem uma longa e complexa trajetória, na qual se combinam sucessivamente com diversas substâncias aceptoras intermediárias. Ao final dessa trajetória, os hidrogênios se encontram seus parceiros definitivos, os átomos de oxigênio do O2. Esse conjunto de substâncias transportadoras de hidrogênio constitui a cadeia respiratória.
 
Se os hidrogênios liberadosna degradação das moléculas orgânicas se combinassem direta e imediatamente com o O2, haveria desprendidamente de enorme quantidade de energia em forma de calor, impossível de ser utilizada. Para contornar esse problema, as células utilizam um mecanismo bioquímico que permite a liberação gradual de energia. Tudo se passa como os hidrogênios descessem uma escada, perdendo energia a cada degrau. Liberada em pequenas quantidades, a energia pode ser, então, utilizada na síntese de moléculas de ATP, a partir de ADP e fosfatos.
Aceptores de hidrogênio da cadeia respiratória
As moléculas de NAD, de FAD e de citocromos que participam da cadeia respiratória captam hidrogênios e os transferem, através de reações que liberam energia, para um aceptor seguinte. Os aceptores de hidrogênio que fazem parte da cadeia respiratória estão dispostos em sequência na parede interna da mitocôndria.
O último aceptor de hidrogênios na cadeia respiratória é a formação de moléculas de ATP, processo chamado de fosforilação oxidativa. Cada molécula de NADH2 que inicia a cadeia respiratória leva à formação de três moléculas de ATP a partir de três moléculas de ADP e três grupos fosfatos como pode ser visto na equação a seguir:
1 NADH2 + ½ O2 + 3 ADP + 3P      1 H2O + 3 ATP + 1 NAD 
Já a FADH2 formado no ciclo de Krebs leva à formação de apenas 2 ATP.
1 FADH2 + ½ O2 + 2 ADP + 2P      1 H2O + 2 ATP + 1 FAD
Tudo é um processo complexo que ocorre nas cristas mitocôndriais.
O processo de respiração aeróbica, é muito mais eficiente que a da fermentação: para cada molécula de glicose degradada, são produzida na respiração, 38 moléculas de ATP, a partir de 38 moléculas de ADP e 38 grupos de fosfatos. Na fermentação, apenas duas moléculas de ATP são produzidas para cada molécula de glicose utilizada. A eficiência da respiração em termos energéticos é, portanto, dezenove vezes maior do que a da fermentação (o ácido láctico acumula-se no interior da fibra muscular produzindo dor, cansaço e cãibras).
A respiração aeróbica é um processo muito mais complexo que a fermentação. São necessários cerca de 60 passos metabólicos a mais, além dos nove que compõe a glicólise, para que uma molécula de glicose seja totalmente degradada a CO2 e H2O, em presença de O2.
Estrutura, Transporte e Armazenamento de Lipídios
Nos 60 a 150g de lipídios ingeridos diariamente, cerca de 90% são constituídos de triacilgliceróis 10% dos lipídeos da dieta correspondem ao colesterol, ésteres de colesterol, fosfolipídios e ácidos graxos livres. 
As principais fontes de Ácidos Graxos essenciais são: Óleos vegetais; Peixes; Óleos de peixes; Ostras; Camarão; Caranguejo; Margarinas; Ovo de galinha; Sementes; Folhas.
Função dos Lipídios: 
Armazenamento de energia: gordura e óleos;
Elementos estruturais das membranas biológicas;
Antioxidante;
Emusificantes no trato digestivo;
Hormônios e mensageiros intracelulares;
Isolantes Térmico.
 É a adição de hidrogênio nas insaturações dos ácidos graxos insaturados, permitindo transformar óleos em gorduras plásticas, como a transformação de óleo vegetais em margarina, tornando as gorduras mais rígidas ou reduzindo a suscetibilidade a rancidez.
Em geral a hidrogenação é conduzida de forma incompleta (HIDROGENAÇÃO PARCIAL). Desde modo, uma parcela das duplas ligação remanescentes podem trocar a configuração de “cis” para “trans”, que são responsáveis pela maior incidência de doenças cardiovasculares, já que aumentam o LDL (“ruim”) e diminuem o HDL (“bom”).
Nutrição X Doença Cardiovascular:
Ácidos Graxos Saturados: elevam o colesterol LDL.
• Ácidos Graxos w-6: reduzem o colesterol LDL e o HDL.
• Ácidos Graxos w-3: reduzem os triacilgliceróis plasmáticos e reduzem o risco de formação de trombos.
Proporção ideal entre w-6 e w-3 está entre 1:1 e 4:1
• Ácidos Graxos Monoinsaturados: reduzem o colesterol LDL e aumentam o colesterol HDL.
• Ácidos Graxos Trans: aumentam LDL-colesterol e diminuem HDL-colesterol. 
Sais biliares: São sintetizados no fígado e liberados no intestino delgado • Em jejum, são armazenados na vesícula biliar • Contribuem para a digestão e absorção de lipídeos.
Quilomícrons
Consistem em moléculas grandes de lipoproteínas sintetizadas pelas células do intestino, formado em 85-95% de triglicerídeos de origem alimentar (exógeno), pequena quantidade de colesterol livre, fosfolipídeos e 1-2% de proteínas. Uma vez que possui muito mais lipídeos do que proteínas, os quilomícrons são menos densos do que o plasma sanguíneo, flutuando nesse líquido, conferindo um aspecto leitoso ao mesmo, levando a formação de uma camada cremosa quando este é deixado em repouso.
VLDL (very low density lipoprotein)
São lipoproteínas de grande tamanho, porém menores do que os quilomícrons, sintetizadas no fígado. Sua composição compreende 50% de triglicerídeos, 40% de colesterol e fosfolipídeos e 10% de proteínas, especialmente a Apo B-100, Apo C e alguma Apo E.
Este tipo de lipoproteína tem como função transportar os triglicerídeos endógenos e o colesterol para os tecidos periféricos, locais onde serão estocados ou utilizados como fontes de energia. Igualmente aos quilomícrons, são capazes de turvar o plasma.
LDL (low density lipoprotein)
O LDL, que são as lipoproteínas de baixa densidade, são partículas diminutas que, mesmo quando em grandes concentrações, não são capazes de turvar o plasma. Aproximadamente 25% desta lipoproteína são composta por proteínas, em particular a Apo B-100 e pequena quantidade de Apo C, o resto é composto por fosfolipídeos e triglicerídeos. O LDL é a lipoproteínas que mais transporta colesterol para locais onde ela exerce uma função fisiológica, como, por exemplo, para a produção de esteroides. Em sua grande maioria, são produzidos a partir de lipoproteínas VLDL.
HDL (high density lipoprotein)
As lipoproteínas HDL são partículas pequenas, compostas de 50% por proteínas (especialmente a Apo A I e II, e uma pequena parcela de Apo C e Apo E), 20% de colesterol, 30% de triglicerídeos e vestígios de fosfolipídeos. Esta lipoproteína se divide em duas subclasses distintas: HDL 2 e HDL 3. Estas subclasses são distintas em tamanho, composição e densidade, principalmente no que diz respeito ao tipo de apoproteínas. Possuem a função de carrear o colesterol até o fígado diretamente, ou transferem ésteres de colesterol para outras lipoproteínas, em especial as VLDL. A HDL 2 é conhecida pelo papel protetor na formação de aterosclerose.
Oxidação de Lipídios
Adipócitos contêm lipases, enzimas que catalisam a hidrólise dos triacilglicerídeos (TAG), liberando AGL para serem transportados para os locais onde serão usados como combustível 
Vantagens em usar TAG para armazenamento de energia:
TAG são mais reduzidos do que os polissacarídeos: oxidação de 1 g de TAG libera mais energia do que 1 g de açúcares
TAG são hidrofóbicos: ao armazenar gordura como combustível não precisa carregar o peso extra da água de hidratação (2 g de água por grama de polissacarídeo)
O corpo humano consegue armazenar na forma de glicogênio menos do que a quantidade de energia utilizada em 1 dia.
Beta oxidação
Metabolismo regulado por hormônios: GLUCAGON e ADRENALINA (Promovem degradação de lipídeos). INSULINA (Promove síntese de lipídeos).
O local de oxidação é a matriz mitocondrial.
Local de oxidação dos ácidos graxos: Matriz mitocondrial, e contém três etapas:
1. Mobilização dos ácidos graxos armazenados no tecido adiposo (Lipólise)
2. Ativação e transporte de AGL para dentro das mitocôndrias
3. β-oxidação (ou Ciclo de Lynen) = formação de acetil-CoA que pode ser utilizada no ciclo de Krebs para produção de energia
Produção de corpos cetônicos
Local de síntese: FÍGADO
Produzidos a partir da acetil-CoA quando esta excede a capacidade oxidativa do fígado
São transportados pelo sangue e utilizados nos tecidos periféricos
A produção e exportação de corpos cetônicos do fígado permite a oxidação contínua de ácidos graxos, mesmo quando a acetil-CoA não está sendo oxidada no ciclo de Krebs
O cérebro pode utilizarde corpos cetônicos como fonte de energia em períodos de jejum
Diabetes melito
Quando não tratado leva à superprodução de corpos cetônicos
Baixos níveis de insulina promovem a degradação dos ácidos graxos em acetil-CoA, que não entra no ciclo de Krebs pois os intermediários foram drenados para uso na gliconeogênese
Nestas condições, inicia-se a produção de corpos cetônicos, que excede a capacidade de oxidação pelos tecidos
O aumento de corpos cetônicos na circulação sanguínea diminui o pH do sangue, causando acidose
Ex: em diabéticos não tratados, a [] de corpos cetônicos no sangue pode ser 90 mg/mL, sendo o nível normal < 3 mg/mL
Metabolismo de Proteínas
As proteínas são sintetizadas constantemente a partir de aminoácidos e degradadas novamente no organismo, numa reciclagem contínua. Os aminoácidos não utilizados imediatamente após a síntese protéica são perdidos, já que não ocorre estocagem de proteínas. Desta forma, o total de proteínas no corpo de um adulto saudável é constante, de forma que a taxa de síntese protéica é sempre igual à de degradação.
Ciclo da uréia
A degradação da proteína leva a uma perda diária de nitrogênio protéico pela uréia excretada, em quantidade aproximada de 35 a 55g/dia.
Qualquer aminoácido que não seja utilizado pelo organismo é degradado. O processo de remoção do grupo amino libera amônia, substância extremamente tóxica, que então é convertida em um composto não tóxico (uréia) excretado pela urina. 
Ou seja, o ciclo da uréia é o principal processo de eliminação de amônia, tendo início na mitocôndria, necessitando de 4 adenosinatrifosfato (ATP) para excretar, pelos rins, duas moléculas de amônia na forma de uréia.
O descarte do nitrogênio é feito de 2 formas: 
1ª – remoção do grupo amino dos aminoácidos, que ocorre por 2 vias: a transdeaminação (transaminação ligada à deaminação oxidativa) e a transaminação 
2ª - formação de uréia pelo ciclo da ornitina, que consome 1,5 ATP para cada molécula de uréia formada
Este ciclo ocorre nos hepatócitos, na mitocôndria e no citossol.
No fígado, existe uma enzima chamada glutamato desidrogenase, encontrada na mitocôndria. Essa enzima é responsável pela incorporação da amônia como grupo amino no alfa-cetoglutarato, formando o glutamato e o NADPH é usado como coenzima, com consumo de ATP. Esta mesma enzima utiliza o NAD como coenzima para catalisar a reação reversa.

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