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SOLUÇÕES EXTRAJUDICIAIS DE DISPUTAS PROFESSORA DAYSE BRAGA 2016.2 EXERCÍCIO Nº03 
Quais os tipos de mediação e conciliação de acordo com a Lei 13.140/2015 e com o NCPC. Fundamente. 
R: A Lei nº 13.140/2015 disciplina minuciosamente a mediação (a conciliação é tratada
esparsamente) com sobreposição de muitas normas em relação ao CPC)
A Lei n.º 13.140/2015 forneceu um conceito para mediação:
“Art. 1º (...)
Parágrafo único. Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.”
A mediação não se aplica só para direitos disponíveis, mas também pode ser objeto de mediação os conflitos que versem sobre direitos indisponíveis que admitam transação.
Vale ressaltar, no entanto, que o consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público (§ 2º do art. 3º da Lei). Em outras palavras, se envolver direitos indisponíveis, o acordo celebrado entre as partes deve ser homologado em juízo, com parecer do MP.
É possível que haja mais de um mediador para atuar no mesmo caso, quando isso for recomendável em razão da natureza e da complexidade do conflito e desde que as partes concordem (art. 15 da Lei).
NOVO CPC
Diferente do que ocorria no Código de 1973, o novo CPC traz uma seção destinada a tratar sobre os Conciliadores e Mediadores judiciais, bem como traz no artigo 334 a parte procedimental da audiência de Conciliação ou Mediação.
Pode-se dizer que isso decorre da diretriz contida no artigo 2º do novel Estatuto, que abarcada dentro das normas processuais fundamentais, traz no seu parágrafo 3º o estímulo ao uso de meios de solução consensual de conflitos.
Tanto é assim, que nas ações envolvendo Direito de Família, por força do art. 695 e seus parágrafos do novo Código, o mandado de citação conterá apenas os dados para audiência de conciliação ou mediação e estará desacompanhado da petição inicial, tudo a propiciar ênfase ao início de tratativas e não ao exercício de defesa.
Por fim, é possível afirmar que tanto a mediação quanto a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras procedimentais, ou seja, o conciliador ou o mediador e as partes definirão a sua estrutura e desenvolvimento, que dependerá do tipo de disputa, do estilo do mediador e das partes, e do programa judicial em que o processo está inserido. 
Quem pode ser mediador e conciliador judicial? Fundamente. 
R: Para atuar como mediador judicial é preciso ser graduado há pelo menos dois anos em qualquer área de formação, conforme o art. 11 da Lei n. 13.140, de 26 de junho de 2015 (Lei da Mediação), que entrará em vigor no final deste ano.
Os tribunais têm autonomia para definir outros critérios para aceitação de conciliadores e mediadores. É necessário que os interessados entrem em contato com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) ou com os centros de conciliação dos tribunais.
A Resolução n. 125/2010 do CNJ, a Lei da Mediação e o Novo Código de Processo Civil (NCPC - Lei 13.105/2015) determinam que o mediador judicial e o conciliador devem ter capacitação, por meio de curso realizado por entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça.
Quem pode ser mediador e conciliador extrajudicial? Fundamente. 
R: O mediador extrajudicial não precisa ter formação superior, embora deva ser uma pessoa capaz, que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. A Lei 13.140 prevê que a mediação pode ser extrajudicial (antes do processo judicial) ou judicial (durante a existência do processo). No caso da primeira, as regras a serem aplicadas serão as estabelecidas em contrato firmado entre as partes, podendo ser observados aspectos como prazos para conclusão, local e hora para a realização da primeira mediação, critérios para escolha do mediador e penalidade para o caso de não comparecimento. Não existe conciliador na extrajudicial.
Dentre os tipos de mediação/conciliação citadas na questão 1, fale sobre o papel do advogado (obrigatório/facultativo). Fundamente. 
R: A presença do advogado, nas sessões de mediação, é fundamental. É ele que tem o contato prévio com o cliente. Assim, pode fazer os esclarecimentos necessários sobre esta forma de resolver conflitos, comentar as suas vantagens e prestar orientações jurídicas sobre o assunto antes e durante a sessão de mediação — especialmente na fase final do procedimento, que é a de discussão de um acordo. As orientações jurídicas somente poderão ser prestadas por advogados. Mediadores não podem
fazer quaisquer esclarecimentos legais durante a sessão — mesmo que sejam advogados. Por isso, a função do advogado na mediação precisa ser estimulada sempre por mediadores. Quando se trata de mediação, conciliação ou advocacia colaborativa, não é adequado que o advogado se comporte em uma sessão de mediação, por exemplo, como faria se estivesse diante de um júri. Ele não precisa
convencer ninguém de nada. É importante que seja colaborativo e não combativo como acontece nas ações judiciais. Para se ter uma ideia, o advogado já pode ser colaborativo quando o mediador faz a declaração de abertura na sessão. Os envolvidos, geralmente tensos, são informados como funciona a mediação e as demais
regras para uma boa condução do trabalho que será desenvolvido. Neste momento, as partes são protagonistas. São elas que relatam os fatos para o mediador, ao contrário do que acontece em uma audiência judicial. Se o advogado aproveita o momento para escutar ativamente as explicações e os relatos das partes, já ajuda a criar um ambiente de tranquilidade. Isso mesmo quando as partes já estão acordadas e, em tese, pacificadas. Afinal, a mediação não trabalha somente o acordo e sim interesses e sentimentos com foco prospectivo.
O principal objetivo da mediação é a facilitação do diálogo entre as partes para resolver a questão em jogo. É na mediação o local propício para o restabelecimento da comunicação. É neste sentido que os mediadores trabalham. Quando advogados chegam desarmados e colaborativos para a sessão de mediação, esse trabalho tem mais chances de evoluir e chegar a um desfecho esperado por todos. E, mesmo se não houver acordo, a mediação terá cumprido seu papel se a tensão entre as partes for ao menos reduzida na ocasião ou futuramente. Tanto o Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94), em seu artigo 2º, quanto a Constituição Federal, em seu artigo 133, reconhecem que o advogado é indispensável para a administração da Justiça. Também não há dúvidas sobre o papel relevante que os advogados podem exercer nas sessões de mediação.
5) A primeira audiência de mediação e conciliação judiciais é obrigatória ou facultativa? Explique e fundamente.
R: A regra é que a audiência seja obrigatória, mas ela pode não ser realizada quando: todas as partes envolvidas no processo (inclusive litisconsortes ativos e passivos) manifestem desinteresse na composição consensual; ou quando a lide não admitir autocomposição nem mesmo em tese.
Lembrando que apenas a manifestação de todos os interessados pode levar a não realização da audiência, não basta apenas o desinteresse de uma das partes como ocorre atualmente com o velho CPC/73.
O autor deve indicar que não quer a audiência logo na petição inicial, enquanto o réu poderá fazê-lo em petição autônoma, desde que com antecedência mínima de 10 dias da data da audiência.

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