Buscar

Dança na escola ENSINO MÉDIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CURSO DE DANÇA - LICENCIATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DANÇA NO ENSINO MÉDIO 
 
 
 
 
Livia Marafiga Monteiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Maria, setembro de 2016. 
Dança na Escola – Ensino Médio 
 
Quando pensamos em Dança na Escola logo surgem questionamentos e 
até mesmo respostas óbvias das pessoas. Se pedirmos para os alunos 
responderem o que acham que será estudado na disciplina de Dança, quase 
sempre suas respostas girarão em torno de técnicas específicas de Dança. 
Aliás, no senso comum o que mais encontramos são pessoas com ideias pré-
estabelecidas sobre Dança e quase sempre subestimando, não por maldade, 
mas sim por falta de conhecimento, as múltiplas facetas que a Dança aborda 
dentro do seu vastíssimo universo. Se analisarmos essa falta de conhecimento 
ou sensibilidade, na visão dos indivíduos, não somente em relação à Dança, 
mas para as Artes no geral chegamos constatação do quanto estamos 
defasados nos ensino e fomento das Artes nas Escolas, e do quanto é urgente 
mudarmos essa realidade. Conhecer Arte, também significa que os alunos 
apropriem-se de valores culturais estéticos inseridos nas práticas de produção 
e apreciação artísticas, fundamentais para a formação e o desempenho social 
do cidadão. 
 
Algo que considero extremamente relevante dentro das possibilidades de 
trabalho com Dança dentro das Escolas são os temas transversais. É algo que 
pode ser explorado juntamente com os alunos, em forma de troca de ideias 
fomentando assim debates que podem ser enriquecedores para formação da 
cidadania. Dança e relações de gênero, etnia, violências, drogas, pluralidade 
cultural, deficiências, classe social, idades, mídia entre muitos outros temas 
podem ser explorados e trazidos para o universo da Dança no sentido de 
enriquecer sua prática. 
faz referências interessantíssimas de, não só as possibilidades justificadas de 
se trabalhar a dança na escola em diferentes contextos, mas também sobre 
como desenvolver esse trabalho. 
questão da formação do professor de artes no geral estando, muitas vezes, 
despreparado para a prática pedagógica, no caso da dança não basta ser um 
bom artista para ser um bom professor. Tomando como exemplo, acho 
importante que professores de cursos superiores de Licenciatura em Dança 
tenham alguma passagem em escolas ou tenham desenvolvido algum trabalho 
com crianças e adolescentes, para que assim sejam os exemplos diretos de 
alguém que, de fato, vivenciou ou vivencia as práticas educativas da dança nos 
locais onde ela realmente acontece e/ou acontecerá, e onde será nosso campo 
de atuação. 
 
vem ao encontro de algumas questões levantadas por mim como sendo 
extremamente relevantes no processo de ensino/aprendizagem nas escolas, 
podendo ser pensadas em termos gerais, mas que no contexto do ensino da 
dança encaixam-se perfeitamente. 
pude constar a presença marcante da ideia de trabalharmos nas escolas 
incentivando a autonomia e o posicionamento crítico dos alunos, respeitando 
sua cultura, conhecimentos e individualidade. 
 
traz abordagens relativas a avaliação da arte, explicando como ela aparece 
sendo avaliada em diversos contextos e fazendo uma análise mais 
aprofundada da importância da mesma nas escolas no sentido de formação de 
um público de arte que, futuramente, saberá analisar e interpretar obras gerais 
sem a necessidade de que críticos especializados o façam por ele. Mais uma 
vez pode-se notar o caráter de busca de autonomia dos indivíduos, já que 
quando avaliam a arte tornam-se conhecedores dos seus gostos 
(autoconhecimento). Algo que também me chamou a atenção nesse texto foi 
quando a autora fala sobre a avaliação emitida pelo professor de Arte, seja por 
meio de notas ou outros dispositivos. Do quanto, muitas vezes a maneira com 
que o professor avalia os alunos é equivocada, seja por obrigação de ter que 
dar um retorno, e talvez isso aconteça por falta de criatividade e disposição 
para buscar inovações, ou como o texto menciona a existência de professores 
que fazem uma avaliação pessoal sobre os alunos em detrimento da avaliação 
de seu conhecimento, seja por falta de preparo, ou como a autora fala, por pura 
incompetência ou preguiça. 
 
 
 
O professor que trabalha Dança na Escola irá deparar-se com uma 
diversidade infinita de corpos e múltiplas possibilidades para o 
desenvolvimento de seu trabalho. Entre os muitos desafios que o professor 
encontrará, um de seus papéis é o de explorar os tipos de corpos existentes 
em cada escola, sendo eles diferentes por seu período histórico, cultura, 
localização geográfica, crenças e valores de uma época ou religião. Sendo 
assim o professor de dança na escola poderá contribuir para o aprimoramento 
das habilidades básicas, dos padrões fundamentais do movimento, no 
desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação com o mundo. O 
uso da dança como prática pedagógica favorece a criatividade, além de 
favorecer no processo de construção de conhecimento sendo o professor um 
facilitador desse processo. 
 
O corpo historicamente e dentro de um contexto geral, sempre foi visto e 
analisado sob uma perspectiva de diversos tabus e preconceitos, sendo assim 
o ensinar dança nas escolas desde as séries iniciais contribuirá para que os 
alunos vivenciem e adquiram consciência do próprio corpo, tornando as 
expressões mais naturais, os movimentos mais espontâneos favorecendo 
definitivamente para a construção de indivíduos futuramente bem resolvidos 
com seus próprios corpos, para que não sejam adultos reprimidos. Creio ser 
fundamental a participação ativa do professor nas aulas no sentido da busca 
por obter a maior aproximação possível dos alunos, despertando a confiança 
através da afetividade e da atenção. 
 
O professor deve ser além de educador, um intermediador do processo 
dança/arte, onde o prazer pelo movimento e pela interação do corpo e da 
mente se torna evidente, numa tentativa de fazer de um aluno, um intérprete de 
seus movimentos próprios, estimulando a descoberta pessoal de suas 
habilidades, contribuindo de maneira decisiva para a formação de cidadãos 
críticos autônomos e conscientes de seus atos, visando a uma transformação 
social. Para isso o professor necessita de uma formação constante que não 
termina nos bancos universitários com a graduação, mas que continua ao 
longo de toda sua trajetória como professor, e a dança por ser uma área de 
conhecimento recente talvez exija mais estudo/pesquisa por parte dos 
professores. 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BRAZIL, F.; MARQUES, I. Arte em questões. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2014. 
 
DEMO, P. Professor do Futuro e a Reconstrução do Conhecimento. 
Petrópolis: Vozes, 2005. 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática 
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011. 
 
STRAZZACAPPA, Márcia; MORANDI, Márcia. Entre a arte e a docência: a 
formação do artista da dança. Campinas: Papirus, 2006.

Outros materiais