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história da arte primeiro semestre

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Apostila de História da Arte
Pré-História
A Pré-História é uma época anterior à escrita, iniciada pelo aparecimento dos primeiros hominídeos, entre 1.000.000 até 4000 a.C.
Não há nenhum documento escrito revelando algo sobre esse período. Pesquisadores, antropólogos e historiadores, por meio da arqueologia, fizeram estudos para desvendar os povos que viviam nessa época. Nos primórdios da humanidade, a formação da Terra, de acordo com os cientistas, é de cinco bilhões de anos. Já o início da vida na Terra começou a se formar depois de um bilhão de anos
As primeiras manifestações artísticas foram encontradas na Idade da Pedra Lascada.
Idade da Pedra Lascada
O naturalismo era a forma dos primeiros artistas da Pré-História registrarem aquilo que viam.
 Muitos dos desenhos se assemelhavam aos desenhos infantis, mas as técnicas reproduzidas por eles não devem ser encaradas dessa forma. Como principal característica da arte, temos o naturalismo. Naquele tempo o artista desenhava aquilo que ele estava vendo, e isso pode ser notado através das pinturas deixadas nas cavernas, ou pinturas rupestres. Os animais, a natureza e tudo que eles podiam captar, eles reproduziam.
Uma das explicações sobre isso é que as pinturas eram feitas por caçadores que acreditavam em princípios mágicos: se fizessem a pintura de um animal na parede, poderiam capturá-lo no dia seguinte.
Técnicas na Idade da Pedra Lascada
Mãos em negativo: feitas com argila no interior das cavernas, começaram a desenhar e pintar animais. O motivo era que através da pintura de animais, feita por caçadores, eles poderiam capturá-lo no momento de sua caça.
Interpretação da natureza: suas imagens produzidas nas cavernas revelam traços de força e movimentos para figuras de animais selvagens, como os bisontes e traços mais leves e frágeis, como cavalos.
Escultura: as mulheres eram as mais reproduzidas nas esculturas. Nelas, encontramos uma mulher com ventre e quadris volumosos, seios grandes e a cabeça se juntava ao corpo. Ex.:
Vênus de Savinhano;
Vênus de Willendorf.
Instrumentos: utilizavam para fazer as pinturas óxidos minerais, osso, carvão, sangue de animais e vegetais e também o pó proveniente da trituração de pedras para fazer as mãos em negativo.
Idade da Pedra Polida
Homem começa uma revolução no último período da Pré-História (Neolítico ou Idade da Pedra Polida), por volta do ano de 10 000 a. C.
Nesse período eles criavam armas e instrumentos com pedra polida, fato que deu o nome ao período. Com êxito, é o período em que eles começam a domesticar animais e dão os primeiros passos na agricultura. Além disso, os objetos com cerâmica, a fiação, o artesanato e a arquitetura começam a compor o cotidiano do homem na Pré-História. Os povos passaram a formar famílias e foi feita a divisão do trabalho.
Técnicas da Idade da Pedra Polida
Técnica de tecer panos;
Fabricação de cerâmicas;
Arquitetura: construção das primeiras casas;
Técnicas para a produção do fogo;
Trabalho com metais.
A partir dessa revolução, os homens se transformaram em camponeses, trocaram o sentido de caça pela livre abstração e racionalização, ou seja, a arte deixou de ser natural e passou a ser mais geométrica e simples. Surgiu, então, a primeira transformação da história da arte. Nessa época, os trabalhos cotidianos eram representados e sentia-se a necessidade de dar movimento às imagens.
Vê-se nas imagens, a representação de danças, relacionadas as suas crenças, a criação de figuras leves, rápidos, pequenas e com pouca cor. A partir desses desenhos começou a surgir a escrita pictográfica.
Escrita pictográfica: a representação de seres e ideias, através do desenho.
Outro fato era a produção de cerâmicas: a beleza era considerada e não apenas a utilidade do objeto. Ex.: Ânfora em terracota, da Dinamarca, e o Vaso escandinavo em terracota, encontradas na Escandinava e na Sardenha.
Idade dos Metais
Geralmente, as esculturas em metais eram representadas por guerreiros, mulheres cheias de detalhes que mostravam roupas e armas utilizadas no período.
Os homens que antes moravam em cavernas passaram a construir suas próprias casas. As mais conhecidas são os nuragues, os dolmens.
Técnicas da Idade dos Metais
A técnica da cera perdida;
Método da forma de barro.
Monumentos em Destaque
Stonehenge na Inglaterra, considerada uma dos monumentos mais impressionantes do período, é um mistério;
Templo de Gdantija, em Malta;
Cromeleque do Alamendres, Portugal
Arte Rupestre
Conhecida também como gravura ou pintura rupestre, a arte rupestre surgiu durante o Paleolítico Superior (cerca de 40.000 a.C.) e simbolizava as manifestações artísticas dos povos antigos. Em 1902, pesquisadores concordaram que esses achados representavam a arte na pré-história.
Basicamente, eram representações gráficas, através de desenhos, símbolos e sinais, em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas. Esse tipo de arte é conhecido como a expressão artística mais antiga da história.
Extrato de folhas, sangue de animais e fragmentos de rochas eram utilizados para tingir na parede pinturas de seus próprios hábitos, como a caça de animais (acreditavam que a pintura de uma caça bem sucedida se refletiria na realidade), danças, lutas corporais e rituais.
Os costumes e a rotina do homem pré-histórico eram reproduzidos nas cavernas, de maneira individual, ou coletiva, até mesmo partos e relações sexuais eram registrados. Há estudos que investigam a possibilidade dessa atividade ser dotada de um sentido especial para o homem primitivo, pois a produção de arte rupestre se distanciava de suas aldeias.
A pintura rupestre não se limitava apenas a registros do cotidiano, mas abrangia também aspectos religiosos da pré-história. Círculos, espirais, cruzes e outros objetos geométricos eram pintados, tornando a interpretação disso mais complexa e misteriosa. Isso demonstra o desafio enfrentado por arqueólogos e paleontólogos envolvidos nas pesquisas a respeito.
Observa-se que naqueles tempos já havia noção de proporção na pintura e que o homem procurava destacar um objeto com diferentes tonalidades, apesar de ser totalmente desprovido de senso estético.
Em outros países, é possível encontrar os sítios na Caverna de Les Trois-Frères, Complexo de Cavernas de Lascaux, ambos na França e a última uma das de maior reconhecimento mundial e patrimônio da Unesco, Caverna de Altamira, na Espanha e Vale Camonica, na Itália.
Apesar de ser considerado um patrimônio da humanidade, a arte rupestre não é devidamente preservada, principalmente a brasileira, pois sofre ação de queimadas e depredação turística. Veja algumas imagens da arte rupestre:
Idade Antiga   
O período da Idade Antiga se estende de 4000 a.C. 476 d.C. Já haviam vestígios de civilizações bastante avançadas, mostrando estruturas de sociedades escravistas e de servidão coletiva.
O povo era marcado por uma realidade mística: a religiosidade dos egípcios, as buscas gregas pela perfeição, o retorno da natureza humana até a fundação do cristianismo e a religião oficial do Império Romano, por exemplo.
Esse período iniciou com a escrita avançada e se estendeu até a queda do Império Romano do Ocidente.
Arte Egípcia
A arte egípcia por um lado, é marcada pela escrita avançada e pela religião. Ela foi capaz de determinar o modo de vida, as relações sociais e hierarquias, direcionando todas as formas de representação artística daquele povo.
Eles eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses e esses poderiam mudar o curso de vida de cada um. Acreditavam, também, na vida após a morte. Baseados nisso, vemos túmulos, estátuas e vasos que eram deixados com os mortos. Toda a arquitetura egípcia, como exemplo, as pirâmides, eram edificadas sob construções mortuárias, as chamadas tumbas. Elas eram idênticas às casas onde os faraós habitavam em vida. As pessoas de classe social mais importante eram sepultadas nas mastabas, que deram origem às grandes pirâmides.
A classe social era dividida entre sacerdotes e faraós, fazendo parteda classe alta, e de comerciantes, artesãos e camponeses, e mais abaixo ainda da camada estavam os escravos. Esse império se iniciou com Djoser o Antigo Império (3200-2200 a.C.) seu contribuição foi transformar o Baixo Egito no centro do reino. O império é dividido em:
Antigo Império: 3200 a 2300 a. C.
Médio Império: 2000 a 1580 a. C. - as convenções e o conservadorismo mostravam esculturas e retratos que representavam a aparência ideal e não a real das pessoas.
Novo Império: 1580 a 525 a. C.
Destaques que marcaram a imponência e poder do faraó:
A pirâmide de Djoser, na região de Sacará, construída pelo arquiteto Imotep;
Pirâmides do deserto de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos, sendo a maior a primeira.
Esfinge do Egito Antigo: uma representação do faraó Quéfren, a mais conhecida.
Pintura Egípcia
A arte, no período era padronizada, pois seguia critérios religiosos; assim, não se fazia uso da criatividade ou da imaginação. As pinturas eram anônimas e não registravam o estilo do artista, mas o faraó. A primeira regra a ser seguida era:
A lei da frontalidade: era obrigatória e consistia na representação de pessoas com o tronco de frente, os pés, a cabeça e as pernas ficavam de perfil. Portanto, não era uma arte naturalista. Na escultura, apesar das convenções, as estátuas eram representadas de acordo com os traços particulares da pessoa, principalmente a posição que ocupava na sociedade, o seu trabalho e traços raciais.
Depois, no Médio Império, o Egito apresentava suas esculturas e retratos com uma aparência ideal e não real, como, por exemplo, os reis. Já no Novo Império, o ápice do crescimento egípcio, é marcado pela reconstrução de templos inacabados.
Um novo tipo de coluna, nos templos mais conservados, Carnac e Luxor em homenagem ao deus Amon, se destacavam, pois eram trabalhados com papiro e a flor de lótus. Um dos monumentos que se destacaram foi o Túmulo da rainha Hatshepsut;
Arte Grega
A arte grega foi considerada livre, pois valorizava o homem, como sendo o ser mais importante do universo. A inteligência humana era superior à fé, encontrada na civilização egípcia. O dia a dia, a natureza e as manifestações dos gregos eram retratadas na arte. Eles procuravam o equilíbrio, o ritmo, a harmonia, pois estavam em busca da perfeição.
Suas características são buscar a beleza das coisas, a superioridade do homem, a razão e a democracia.
Contexto da Arte Grega
Sua civilização se deu entre o século XII a.C e X a. C.
Na formação inicial, participaram os aqueus, jônios, dórios e eólios, depois foram se reunindo em grupos, chamados 'pólis' grega, os povos da Grécia continental e das ilhas do Mar Egeu. No início, eram uma sociedade pobre, mas depois enriqueceram, tiveram contato com a cultura egípcia e desenvolveram a sua própria arte.
A arte grega começou a se manifestar em quatro períodos:
Período Homérico (776 a.C.);
Período Arcaico (século VIII a VI a.C.);
Período Clássico (século V a IV a.C.);
Período Helenístico (século III a II a.C).
Escultura Grega
A arte grega é marcada pela sua escultura, no final do século VII a.C. No Período Arcaico, eles começaram a esculpir e mostrar a influência que a escultura egípcia tinha sobre eles. Estátuas eram perfeitas. Inicialmente, o material era feito com mármore, cujo nome era Kouros, que significa homem jovem. O escultor fazia com que a estátua fosse um objeto belo e não somente a estátua de um homem.
O escultor valorizava a simetria natural, assim como os egípcios e ele esculpia a figura de homens nus eretos, numa posição frontal. Mas, como não havia regras rígidas para sua produção, a escultura evoluiu: a escultura possuía a cabeça mais levantada, como em pose, o corpo descansava sobre uma das pernas e o quadril era um pouco mais alto que o outro. Um exemplo disso é a escultura de Efebo de Crítios.
Como o mármore se quebrava facilmente, por ser pesado, foi substituído pelo bronze, mais leve e permitia dar mais movimento à escultura. Um exemplo é a escultura do Zeus Artemísio, em que braços e pernas traduzem movimento; porém, seu tronco era imóvel.
O problema da imobilidade do tronco, também feita na estátua Discóbolo, de Miron, foi resolvido por Policleto, em sua escultura Doríforo, mostrando um homem pronto a dar um passo.
Arquitetura Grega
A arquitetura grega tinha um único objetivo: proteger as estátuas dos deuses das ações do tempo.
Em seus templos, uma das características era a simetria entre a frente e os fundos (pronau e opistódomo, respectivamente). E foi a partir deles que se iniciaram as colunas, cujo modelo era de origem dórica ou jônica.
Ordem Dórica: simples e maciça.
Ordem Jônica: mais detalhada e com mais leveza.
Ao longo da evolução da arquitetura, os elementos que compunham as colunas, junto com o entablamento poderiam variar, tanto é que foi criado um capitel coríntio para ser colocado no lugar de um capitel da ordem jônica, para enriquecê-la, por exemplo.
Havia um espaço chamado frontal, um telhado grego ornamentado por esculturas e ficava tanto na parte da frente quando na de trás do templo. Outra decoração se encontrava nas métopas, que eram decoradas com relevos de esculturas. E também, no friso, que possuía o problema por ser longo, mas foi resolvido no Parthenon, quando o escultor utilizou o tema de uma procissão em honra à deusa Atena.
Pintura Grega
A pintura foi utilizada para decorar a arquitetura, nas métopas, substituindo as esculturas, e principalmente na cerâmica. Havia um equilíbrio entre os vasos e a pintura.
Anteriormente, esses vasos eram usados em rituais religiosos para armazenar coisas, depois passaram a simbolizar um objeto artístico. Pessoas e cenas mitológicas eram representadas na pintura, com uma técnica onde o pintor fazia as imagens em preto e com um instrumento pontiagudo.
Assim, os vasos produzidos mostravam a harmonia existente entre as cores, os desenhos e o espaço utilizado para a pintura.
O maior pintor da arte grega foi Exéquias, que teve como uma das principais e famosas obras "Aquiles e Ajax jogando". Dispondo os personagens de forma harmoniosa.
No ano 530 a.C., um discípulo dele revolucionou a forma de pintar em vasos: deixou o fundo negro e as figuras ficaram vermelhas, na cor do barro cozido, dando mais vivacidade às imagens.
Período Helenístico
No final do século V a.C., após a morte de Felipe II, rei da Macedônia, que dominou as cidades estados da Grécia, seu sucessor, Alexandre, O Grande, construiu um vasto império. Com sua morte, o seu império foi dividido em vários reinos que, segundo os historiadores receberam o nome de helenístico.
Nesse período, no século IV a.C., as características da escultura são:
Naturalismo: representada pela idade, personalidade, emoções e sentimentos;
Representação: a escultura traduzia a paz, a liberdade, o amor, etc;
Nu feminino: as figuras esculpidas de mulher, anteriormente eram sempre vestidas;
Princípio de Policleto: opor membros tensos aos relaxados combinando-os com o tronco, garante movimento e sensualidade. Ex.: Afrodite de Melo, Vênus de Milo, com uma nudez parcial e esse princípio.
As esculturas eram representadas em grupos: na segunda metade do século III a. C. Ex.: a cópia romana de 'O Soldado Gálata' e sua mulher, o original grego se perdeu. Feita de forma a ser bela vista de todos os ângulos e revelando uma carga de dramaticidade.
Obras Famosas do Período
Afrodite de Cnido, esculpida por Praxíteles;
Afrodite de Cápua, de Lisipo, representando a sensualidade de uma deusa com os troncos despidos;
Vitória de Samotrácia, marcou o século III a. C. Pela mobilidade, traduzida pelo vento, em suas vestes e com asas abertas, significando vitória.
Características da Arquitetura
O sentimento cidadão e democrático foi substituído pelo individualista;
Casas com mais conforto e espaço, no século IV a.C.;
O coro foi substituído pelo desempenho dos atores;
Mudança na estrutura dos teatros: o palco sofreu uma remodelação, no século II a.C., os atores eram representados isolados e destacados, aproximando-semais do público. Desenvolveu-se mais tarde, com os romanos. Ex.: Teatro de Priene, no século II a. C.
Arte Romana
De acordo com os historiadores, a civilização romana teria surgido em 753 a.C., cercada por lendas e mitos.
Assim, a arte romana teria sido influenciada pela cultura etrusca, arte popular que retratava o cotidiano; e pela cultura greco-helenística, expressando o ideal de beleza, entre os séculos XII e VI a.C., em diferentes regiões da Itália.
Ela foi importante, pois representou e, até hoje representa, o legado artístico dos romanos. Uma das áreas mais expressivas foi a arquitetura com a construção de anfiteatros, templos, aquedutos, muralhas, dentre outras construções que mostram a magnitude do que foi a civilização romana.
Arquitetura Romana
Uma das características da arquitetura veio da arte etrusca, por meio do uso do arco e da abóbada nas construções. Essas estruturas diminuíram a utilização das colunas gregas e aumentaram os espaços internos. Antes, se as colunas não fossem usadas, o peso do teto poderia causar tensões nas estruturas. O arco ampliou o vão entre uma coluna e outra e a tensão do centro do teto era concentrado de formas homogênea.
No final do século I d.C., Roma havia superado as influências desenvolvendo criações próprias.
Nas moradias romanas, as plantas eram rigorosas e eram desenhadas sob um retângulo. As estruturas gregas, eram admiradas pela elegância e flexibilidade e foram implantadas nessas moradias, o peristilo (espaço formado por colunas isoladas e aberto na lateral).
Os templos, tinham uma arquitetura diferente: no pórtico de entrada, havia uma escadaria, as laterais se diferenciavam da entrada e não tinham a mesma simetria. Utilizada pelos gregos, acrescentaram, então, os peristilos. Ex.: Maison Carré, em Níves – França, feita no final do século I a.C. As colunas laterais tinham ideia de um falso peristilo.
Para fugir da inspiração grega, romanos criaram templos, valorizando os espaços interiores, como exemplo o Panteão, em Roma, construída durante o reinado do Imperador Adriano. Ele é o primeiro templo pagão ocupado por uma igreja cristã, devido a sua estrutura arquitetônica.
Teatro Romano
Foram criados os anfiteatros, com o uso das abóbadas e arcos; um espaço era amplo e suportava muitas pessoas. O público se encontrava no auditório, sendo possível construir os edifícios em qualquer lugar. O evento que eles mais gostavam eram as lutas dos gladiadores e não era necessário um palco para apreciar o espetáculo. Em um espaço central elíptico era circundado pela arquibancada, com grande número de fileiras. Um grande exemplo é o Coliseu, em Roma, uma das sete maravilhas do mundo moderno.
Pintura Romana
Os pintores romanos usaram, ao mesmo tempo que o realismo, a imaginação, dando origem à obras que ocupavam grandes espaços, enriquecendo mais a arquitetura. A maioria das pinturas originou-se da cidade de Pompeia e Herculano e foram soterradas pela erupção de um vulcão. Elas desencadearam quatro estilos de pintura:
1º estilo - Não era considerada uma pintura: as paredes eram pintadas com gesso, dando impressão de placas de mármore;
2º estilo - Descobriu-se que a ilusão com gesso poderia ser substituída pela pintura: os artistas pintavam painéis, com pessoas, animais, objetos sugerindo profundidade;
3º estilo - Valorização dos detalhes: no final do século I a. C., a realidade das representações foi trocada por detalhes;
4º estilo - Volta da profundidade, dos espaços: a ilusão dos espaços foi combinada a delicadeza, dando origem ao quarto estilo. Ex.: sala da casa dos Vetti, em Pompeia.
Escultura Romana
Na escultura, os romanos eram muito diferentes dos gregos em alguns aspectos. Apesar de apreciarem a arte, eles não representavam o ideal de beleza, mas a cópia fiel das pessoas, buscando retratar traços particulares. Um exemplo disso é a estátua do imperador romano, Augusto, criada por volta de 19 a.C. Numa cópia do Doríforo, dos gregos, o artista detalhou as feições reais do Imperador, a couraça e as capas romanas. Essa preocupação também foi encontrada em relevos esculpidos, pois eles buscavam representar acontecimentos e pessoas que participaram dele. Ex.:
Coluna de Trajano: construída no século I da era cristã, apresenta a luta do imperador romano com os exércitos romanos na Dácia.
Coluna de Marco Aurélio: construída um século depois, retrata a vitória dos romanos sob um povo da Alemanha do Norte.
Sem dúvida, os romanos contribuíram muito com a arte, tendo um espírito prático e apto para construir teatros, templos, casas, aquedutos, etc. No início do século III, eles começaram a enfrentar lutas internas, por causa da entrada dos povos bárbaros. A preocupação com a arte diminuiu e no século V, o Império Romano entrou em decadência e foi dominado pelos invasores germânicos.
Arte Paleocristã
Surgiu após a morte de Jesus Cristo, onde seus discípulos começaram a espalhar os seus ensinamentos. Inicialmente, a mensagem foi espalhada apenas pela Judeia, província romana e depois se espalhou pelo Império Romano. Nesse período, houveram várias perseguições aos cristãos, que se iniciou no ano de 64, no governo do Imperador Nero e a mais violenta delas ocorreu entre 303 e 305 no governo de Diocleciano.
Devido a essas perseguições, os primeiros cristãos faziam a arte nas catacumbas, nas paredes e tetos, nos sepulcros, onde eram colocados os mártires.
Primeiro, as pinturas somente representavam a cruz (sacrifício de Jesus), a palma (martírio), a âncora (salvação) e o peixe (suas letras em grego são as iniciais do nome de Jesus) que eram os símbolos dos cristãos.
Logo depois, começaram a surgir cenas do Antigo e Novo Testamento, sendo que, em destaque, os artistas retratavam Jesus Cristo. A arte não era feita por grandes artistas, mas por pessoas comuns, convertidas à religião. Com o final das perseguições em 313, o Imperador Constantino se converteu à religião e permitiu que ela fosse livre e professada. Assim em 391, no governo do Imperador Teodósio, o cristianismo foi oficializado como a religião do império.
Os primeiros templos começavam a surgir com o nome de basílica, mantidos até hoje e eram feitos com mosaicos e pinturas na parede com os ensinamentos de Jesus. Havia, também, a necessidade de ampliação do espaço, já que o número de convertidos aumentara.
Um exemplo de templo, é a Basílica de Santa Sabina (construção: 422-432), em Roma. Essa arte, marca um novo período da história que se inicia simples, nas catacumbas, e se mostrará firme no decorrer da Idade Média.
Arte Bizantina   
Constantinopla foi fundada em 330, pelo Imperador Constantino. Lá se localizava Bizâncio, uma antiga colônia grega que abrigava várias culturas (greco-romano e oriental), dando origem ao termo bizantino para designá-las.
O império foi dividido em 395, pelo Imperador Teodósio:
Império Romano do Ocidente - a capital Roma, foi tomada pelos bárbaros completamente em 476 - início da Idade Média.
Império Romano do Oriente (Império Bizantino) - se manteve até 1453 com a tomada dos turcos da capital Constantinopla - início à Idade Moderna.
O império Bizantino teve suas manifestações no ápice, no governo do Imperador Justiniano, cujo reinado foi entre os anos de 527-565.
 
Características da Arte Bizantina
Expressão de poder, grandiosidade e riqueza. Ex.: Basílica de Santa Sofia, construída no governo de Justiniano;
O imperador era considerado sagrado e representante de Deus na Terra;
Uso da frontalidade, proveniente da arte egípcia, dava ideia de autoridade e respeito ao personagem;
Toda representação era rigorosamente recomendada pelos sacerdotes para os artistas: local das mãos, pés, dobras das roupas, etc., assim como o local dos personagens;
Personalidades oficiais, como o Imperador Constantino, era representado como personagens sagrados, como Jesus Cristo e seus apóstolos, e vice versa (Cristo aparecia como rei, etc.);
As basílicas eram construídas em planos quadrados sobre uma grande cúpula e havia equilíbrio entre as partes.
Ainda no governode Justiniano, quando ele quis reunificar o Império Romano, século VI, iniciaram-se as guerras. A cidade de Ravena era ponto estratégico para conquista da Península Itálica, que foi conquistada em 540, e Ravena se tornou domínio bizantino na Itália. A cidade, antes da presença do Imperador, já havia tido contato com a cultura bizantina. Um grande exemplo disso é a construção do mausoléu da Imperatriz Gala Placídia.
Foi no governo dele que as obras bizantinas eram mais amadurecidas pela arte e após a sua morte, em 565, as dificuldades para manter o império unido eram nítidas. Ele permaneceu até o fim da Idade Média, com a tomada dos turcos, na invasão de Constantinopla, a capital.
Outros destaques: Criação de ícones, quadros que representam figuradas sagradas, cuja técnica utilizada era a têmpera (mistura dos pigmentos a uma goma orgânica, como a gema do ovo) ou encáustica (diluição dos pigmentos em cera derretida e aquecida no momento da aplicação), em alguns eram inseridas joias e pedras preciosas.
Idade Média
 Esse período, conhecido com Idade Média ou Idade das Trevas, iniciou-se em 476 e terminou em 1453. A Igreja Católica influenciou bastante na arte medieval. Ensinamentos da Bíblia eram reproduzidos nas pinturas, nos vitrais das igrejas, em livros e esculturas. Eles eram criados para ensinar a população sobre religião, pois a maior parte das pessoas eram analfabetas, sendo a educação, um privilégio apenas da nobreza. Depois da morte de Carlos Magno, as atividades culturais deixaram de ser o centro do Império, sendo realizadas apenas nos monastérios.
Período Românico
Arte Românica 
Características da Arte Românica:
Na época, era utilizado a abóbada, dois pilares e paredes grossas com pequenas aberturas (janelas);
Leveza e repouso originários das construções. Algumas davam a impressão de estar no céu.
As igrejas românicas são grandes e sólidas e, por esse motivo, eram chamadas de fortaleza de Deus.
Arquitetura Românica
Havia dois estilos que se destacavam:
Abóbada de berço – um semicírculo simples, chamado de arco pleno, que era ampliado pelas paredes. Suas desvantagens eram a pouca luminosidade, por causa das janelas pequenas, o excesso de peso do teto, provocava desabamentos e era impossível a abertura de grandes vãos.
Abóbada de arestas – criada para superar o estilo anterior, essa abóbada possui uma interseção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas sobre pilares. Com esse estilo de abóbada não havia mais o problema da má iluminação e do peso do teto.
Contra- forte - Pilar de alvenaria que reforça um muro ou parede; gigante. (O contraforte pode ser aplicado diretamente contra o elemento a sustentar [muro ou parede], ou receber seu empuxo por meio de arcobotantes.).
No Ocidente, não foram construídas grandes cidades. As pessoas preferiam a vida nos campos, nos vilarejos e nesses locais eram construídas as igrejas. Como o poder não vinha mais da nobreza, nesse período, a igreja que fazia a produção dos trabalhos artísticos.
Nessa época, havia muitos analfabetos e através das pinturas e esculturas feitas nas igrejas, as pessoas podiam entender um pouco das histórias bíblicas e comunicá-las a outros fiéis.
Período Gótico 
Arte Gótica
O primeiro e grande exemplo de arquitetura gótica pode ser encontrado na França, na abadia Saint Denis, uma igreja construída por volta de 1140.
As características dessa arquitetura são:
A entrada, diferente da românica, que possui apenas um portal, enquanto a gótica possui três portais que dão entrada para o interior da igreja;
Todas as igrejas do século XII e XIV têm a rosácea, uma janela redonda encontrada no portal central;
Tudo é voltado para o céu, para Deus, por exemplo, as torres que possuem pontas agulhadas;
Os arcos góticos ou ogivais permitiram a construção da abóbada de nervuras, assim como os pilares, que proporcionaram paredes menos grossas para suportar a estrutura. Com a utilização desses arcos as igrejas puderam ser mais altas;
Uso dos vitrais;
Os tímpanos eram trabalhados minuciosamente com esculturas que narravam histórias e as colunas eram outro fator que atraía a atenção de um visitante;
Uso do arcobotante, arcos que transmitem o peso de uma abóbada para os contrafortes externos.
Escultura Gótica
Estando relacionada à arquitetura, nas grandes igrejas, é um manifestação artística que enriquecia mais as construções. Os ensinamentos eram dados muitas vezes através delas. As obras que se destacam são a estátua do Cavaleiro Medieval, mostrando a cultura da cavalaria e os seus traços. Encontramos algumas esculturas assinadas, no século XIII, como por exemplo, as de Giovanni Pisano, um artista italiano que esculpiu várias esculturas em igrejas. Um dos exemplos de suas obras está na escultura da Virgem e o Menino, livre de colunas ou qualquer outro suporte.
Manuscritos ilustrados e iluminura
Dentre os objetos preciosos, durante o século XII até o século XV, surgiram os manuscritos ilustrados. Em pergaminhos de livros, eram feitas as ilustrações. Eram elaborados com delicadeza e passavam por uma técnica especial.
Esses manuscritos eram preparados, principalmente, para os burgueses e aristocratas, representantes da classe rica da época. Eram feitas por artistas leigos nos mosteiros e estavam relacionadas aos livros da Bíblia. Uma delas foi a Bíblia chamada de moralizada, que possuía algumas passagens, compostas por ilustrações.
Pinturas Góticas
Às vésperas do Renascimento, a pintura gótica surgiu nos séculos XII, XIV e início do século XV. Geralmente, as pinturas buscavam representar os seres com realismo e tratavam de temas religiosos. Os principais artistas do período foram os que deram início à pintura do Renascimento:
Giotto - os santos eram reproduzidos como seres humanos com simplicidade. A visão humanista, na qual o homem é o centro de todas as coisas, começava a surgir nas pinturas dos artistas. As obras mais importantes foram os Afrescos da Igreja de São Francisco de Assis, localizada na Itália e o Retiro de São Joaquim entre os Pastores.
Jan Van Eyck - ele retratava a vida da sociedade da época, registrando as paisagens urbanas e as suas características e detalhes. As obras mais importantes são O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do Chanceler Rolin.
Idade Moderna
Idade Moderna é o período compreendido entre 1453 a 1789 - data que marca o início da Revolução Francesa.
Os principais acontecimentos que marcaram o período foram expansão marítima, reforma religiosa, renascimento, absolutismo, iluminismo, revolução francesa.
Essa arte acontece em meio a grandes transformações, com parte da história do Ocidente. Em 1453, temos a queda do Império com a tomada dos turcos pela capital Constantinopla. Esse foi um período de muitas transições, de revoluções e substituição do sistema feudal para o sistema capitalista.
O Renascimento, sem dúvida, foi um dos movimentos que mais influenciou a arte moderna. E não somente, a arte, mas nas áreas científicas, filosóficas, literárias, urbana e comercial.
No final da Idade Média, a arte moderna já se iniciava, sendo uma forma de preparação para o renascimento de um novo marco na história da arte.
Renascimento
Na Itália, a partir do século XIV, o renascimento se inicia de 1300 a 1650. Esse foi um período marcante na história e representou muito mais do que a simples volta da arte greco-romana.
Cientificamente, o homem buscava abrir o pensamento e formular hipóteses e teorias, deixando o lado religioso e valorizando mais o homem. Foi nesse período que surgiu o Humanismo.
A Arquitetura Renascentista
A arquitetura buscava a ordem e equilíbrio, um exemplo é a igreja de Saint Peter, em Roma. Eles queriam se livrar da grandiosidade buscada pelas catedrais góticas. Foi estabelecido, portanto, princípios matemáticos, que faziam com que o observador enxergasse a arte de qualquer ponto que observasse.
Um exemplo que encontramos é na reformulação da abóbada da catedral de Florença, feita pelo arquiteto Brunelleschi, em 1420. Através da geometriae suas regras, uma nova arquitetura pode mostrar a harmonia e a constância em que o homem produzia a sua arte.
A Pintura Renascentista
Na pintura renascentista, o homem, por meio das técnicas que já haviam sido feitas na arte gótica, começaram a fazer uso do realismo, da perspectiva e do claro - escuro. Faziam isso através dos princípios da matemática e da geometria e, através do volume e as técnicas anteriormente citadas. A pintura se aproximava do realismo. Cada artista possuía seu estilo e individualidade e não estavam presos às regras como os artistas da Idade Antiga.
Artistas famosos
Masaccio (1401- 1428) - foi o primeiro artista a reproduzir a realidade através da pintura.
Fra Angelico (1387- 1455) - esse artista seguiu o mesmo estilo das pinturas de Massacio, mas devido a sua religião cristã suas obras ganharam religiosidade. As principais foram: O Juízo Universal e Deposição (o ser humano se mostra submisso à vontade de Deus), Anunciação (as figuras começam a ganhar volume).
Paollo Uccello (1397- 1475) - em suas obras, busca representar o mundo de acordo com seu conhecimento científico da época e também na utilização de princípios matemáticos. Principais obras: São Jorge e o Dragão (retratando as fantasias medievais), Batalha de São Romão (os cavalos parecem refrear no momento da largada, dando ideia de movimento).
Pierro della Francesca (1410- 1492) - ele utilizava princípios geométricos, excluindo os sentimentos humanos e valorizando o jogo de claro-escuro. Principais obras: Ressurreição de Jesus (o grupo de figuras pintadas compõe uma pirâmide), o díptico (tipo de quadro) que retrata o Duque Frederico de Montefeltro e sua esposa Battista Sforza (redução das figuras às suas formas geométricas)
Botticelli (1445- 1510) - a beleza era proveniente da graça divina, dos deuses e as pinturas apresentavam um ar gracioso. Principais obras: Nascimento de Vênus (ele transforma a deusa do amor no símbolo de pureza e verdade), A Primavera (representação paganismo e jogo de cores).
Leonardo da Vinci (1452-1519) - foi um pesquisador e contribuiu para diversos trabalhos, que auxiliaram no estudo da perspectiva, da anatomia humana e das proporções matemáticas. Dominou a técnica de luz e sombra e da perspectiva. Principais obras: O afresco da Santa Ceia, Anunciação, Gioconda e Santana, A Virgem e o Menino, A Virgem dos rochedos.
Michelangelo (1475-1564) - foi aprendiz de um renomado pintor de Florença e logo aos 13 anos, já entendia sobre o padrão grego de beleza e a filosofia de Platão. Suas obras apresentavam imagens do Antigo Testamento, com o foco na criação do homem.
Rafael Sanzio (1483-1520) - um dos melhores pintores que soube reproduzir o ideal de beleza grega, assim como, as suas regras. Era um exemplo para o ensino acadêmico de pintura, ele transmitia um equilíbrio e segurança por meio de suas obras. Uma das características era não exagerar no detalhes e valorizar os espaços entre as figuras. Principais obras: A Libertação de São Pedro, A Transfiguração e a Escola de Atenas.
Escultura na Renascença
Os artistas que se destacaram foram: Michelangelo, citado anteriormente, e Verrocchio.
Andréa del Verrocchio (1435-1488) - foi o primeiro escultor a utilizar o jogo de luz e sombra nesse tipo de arte. A sua principal obra foi Davi, um personagem bíblico, que enfrentou um gigante, chamado Golias. A escultura foi feita em bronze e ele destacou o heroísmo do personagem para melhor enfatizar a força que vinha de dentro dele. Esse fato não pode ser percebido na arte grega.
Barroco
Iniciou-se na Itália e através dessa arte, os ensinamento cristãos puderam ser espalhados de uma forma diferenciada. Ela surgiu no século XVII e suas características enfatizaram as transformações ocorridas na Idade Moderna.
Foi no século XVI que ocorreu a Reforma Protestante, originando os Estados Nacionais e os governos absolutos, onde cada nação deveria se libertar do poder que a igreja católica possuía no período.
Eles reagiram com a Contrarreforma, se fortalecendo e fazendo belas composições arquitetônicas, como as igrejas. O Barroco não demorou muito a chegar às Américas e foi através dele que a razão, proposta pelo renascimento, começou a se diluir. A grande característica da arte barroca é o uso das emoções.
Pintura Barroca na Itália
Disposição de elementos dos quadros, que sempre forma uma composição em diagonal;
Contraste de claro-escuro nas cenas, o que intensifica a expressão dos sentimentos;
Realismo, retratando não só a vida na burguesia, mas a vida do povo simples.
Principais Pintores do Barroco
Tintoretto (1515-1549), pintou temas religiosos, mitológicos e retratos, sempre com duas características bem marcantes: focou nos corpos, mais do que os seus rostos; a luz e a cor têm grande intensidade. O conjunto que formava personagens e as cores deveriam ser vistas primeiro e depois os detalhes.
Caravaggio (1573-1610), ele procurava retratar vendedores, os músicos ambulantes, as pessoas comuns. Para ele, não havia diferença entre a beleza do povo e das classes ricas. Havia pinturas em que ele utilizava a luz para chamar a atenção das pessoas. Por essa característica, foi considerado o criador do estilo iluminista.
Andréa Pozzo (1642-1709) pintou em tetos de igrejas e de palácios. Usava um efeito decorativo, detalhista e suas obras davam a ideia de que o céu estava perto ou se abrindo.
Escultura Barroca
Há a exaltação de sentimentos. As formas procuram expressar os movimentos e recobrem-se de efeitos decorativos. Predominam as linhas curvas, os drapeados das vestes e o uso do dourado. Os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.
Principais Artistas do Barroco
Bernini (1598-1680) foi um dos mais completos artistas do Barroco, pois era arquiteto, urbanista, pintor, escultor e decorador. Principais Obras: O baldaquino e a cadeira de São Pedro e a obra que desperta maior emoção religiosa - Êxtase de Santa Tereza, escultura feita para uma capela da igreja de Santa Maria della Vittorio, em Roma.
Arquitetura Barroca
Teve seu início no século XVII e realizou-se principalmente nos palácios e igrejas.
Quanto ao estilo da construção, os arquitetos deixam de lado os valores de simplicidade e racionalidade, típicos da Capela Pazzi, de Brunelleschi, por exemplo, e insistem nos efeitos decorativos, pois no Barroco "todo muro se ondula e dobra para criar um novo espaço"
Rococó
Rococó, do francês rocaille que significa concha, era uma maneira utilizada para decorar jardins com conchas e rochas.
É a fase do Barroco compreendida entre 1710 e 1780, quando os valores decorativistas e ornamentais são exaltados tanto pelos artistas quanto pelos apreciadores da arte.
Houve a expressão de sentimentos agradáveis e a procura do domínio da técnica de uma execução perfeita. Teve início na França, no século XVIII e difundiu-se a seguir por toda a Europa. No Brasil sua manifestação se deu no mobiliário, conhecido como" estilo de Dom João V".
Principais diferença entre Barroco e Rococó
Entre este estilo e o Barroco, temos algumas diferenças:
• As cores fortes no Barroco são agora suaves e de tom pastel;
• As linhas retorcidas ficam de lado e há a busca de formas mais leves e delicadas.
A arte da classe alta da época
Com os problemas do cotidiano, muitos artistas procuravam na arte, amenizar as situações conflitantes do seu dia a dia. Eles a faziam para a sociedade rica da época, que se preocupavam muito com a ornamentação dos espaços. As obras foram se distorcendo com a morte de Luís XIV, século XVII, na França, momento em que a aristocracia pagava e protegia os artistas para atender às suas necessidades.
Arquitetura Rococó
Manifestou-se principalmente na decoração dos espaços interiores. Essa decoração era detalhada e bem ornamentada e um exemplo são suas salas e os salões. Os artistas procuravam fazer uma arquitetura diferenciada nessas áreas, com formato oval, paredes com pinturas luminosas e suaves, espelhos, florais,etc. Já por fora dos edifícios, eles amenizavam na decoração. Exemplos: O Hotel de Soubise, construído por Germain Boffrand e decorado por Nicolas Píneau, o Petit Trianon.
Existem lugares da Europa que não sofreram a diferenciação entre o Barroco e o Rococó, pois o Barroco veio aos poucos atingindo os outros países e conseguindo se consolidar, apenas, no século XVII. Nesse período, os artistas já estavam influenciados com o Rococó. Como um exemplo de obras arquitetônicas temos: Palácio Episcopal e a igreja de Vierzehnheiligen, projetado pelo arquiteto Balthazar Neumann e pintura no teto por Giambattista Tiepelo, o mais importante dos decoradores do Rococó.
Pintura Rococó
Na pintura, ao invés de criaturas mitológicas ou temas religiosos, eles retratam cenas mundanas, compondo o plano de fundo, os parques e os jardins, assim como, os espaços internos de luxo. Eles procuravam dar uma ar mais luminoso a obra e nesse período, surgiu a técnica do pastel. Com essa técnica, é possível fazer efeitos delicados e leves nas roupas femininas, na pele, nos cabelos e outros pontos.
Principais Pintores do Rococó
Antoine Watteau (1684-1721) por causa de seus quadros amorosos, ele se tornou um dos pintores que mais retratou o estilo. Essas cenas que ele reproduzia não se limitava a temas religiosos e históricos. Principal obra: Embarque para Citera que mostra a elegância dos nobres do século XVIII.
Jean-Baptiste Siméon Chardin (1699-1779), em melhor situação econômica que Watteau, seus quadros, saiam do mundo da fantasia e procuravam retratar a vida da burguesia da época. Em seus quadros era utilizado uma composição nítida e única de todos os elementos.
Escultura no Rococó
Na escultura, esse estilo, veio substituir a energia da arte barroca por linhas suaves. Por meio dela, são retratadas as pessoas mais influentes da época. Houve, também, a criação de estatuetas decorativas, quando os cientistas Tischirnhaus e Boettger inventaram a porcelana. Os escultores decorativos que se destacam são: François Boucher e Étienne Maurice Falconet, que criaram modelos de pequenas estatuetas reproduzindo temas mitológicos, etc.
Idade Contemporânea
A Idade Contemporânea é o período que inicia na Revolução Francesa (1789), fato esse que modificou toda a história política e social da França, com as diversas manifestações artísticas que surgiram, e vai até os dias atuais. Os principais acontecimentos que marcaram a Idade Contemporânea foram:
- Revolução Francesa;
- Primeira Guerra Mundial;
- Segunda Guerra Mundial;
- Guerra Fria.
A globalização já estava acontecendo e o iluminismo, uma corrente filosófica que acreditava na razão do homem e não na religiosidade se propagou. Foi também nesse período que ocorreram as Grandes Guerras e a revolta de artistas através da arte.
Neoclassicismo
Entre o século XVIII e XIX, no final de um e início do outro, surgiu o estilo chamado Academicismo (nas academias mantida pelo governo europeu, seria ensinada as concepções da arte greco-romana) ou Neoclassicismo (volta da arte greco-romana), na França.
De acordo com os neoclassicistas, só haveria arte, se os artistas resgatassem os ideais gregos e renascentistas. Dessa forma, a arte nesse período era considerada bela.
Nas escolas de belas-artes, os alunos deveriam conhecer a arte do período antigo e por isso era produzida baseada na técnica e nas convecções gregas e romanas.
Arquitetura Neoclássica
Em todas as partes, via-se a arte grega e o renascimento. Um exemplo está nas edificações, como em casas ou em templos religiosos, colunas, frisos, estátuas, planta dos edifícios com forma de cruz, etc. As obras arquitetônicas que mais se destacaram foram:
A Igreja de Santa Genoveva, projetada por Jacques Germain Soufflot, um dos primeiros arquitetos do estilo, e;
A Porta de Brandemburgo, localizada em Berlim, projetada pelo arquiteto Karl Gotthard Langhans.
Pintura do Neoclassicismo
A pintura é inspirada na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, principalmente em Rafael, um pintor que se destacou por usar o equilíbrio entre as cores. As Revoluções Francesa e Industrial, causaram grandes mudanças nas artes nesse período. Geralmente as obras expressavam fortes emoções e um realismo, fazendo da obra uma grande influência para a época.
Principais Pintores
Jacques Louis David (1748-1825) - pintou fatos relacionados à vida do Imperador Napoleão, se tornando pintor oficial. As características encontradas em suas obras foram: realismo, emoção, sentimentos, o imperador, etc.
Jean Auguste Dominique Ingres (1780-1867), através de David, que o influenciou no período, suas obras possuíam cenas da mitologia grega e da história, assim como retratos e pessoas nuas que deixavam muita crítica. Ele soube retratar a fisionomia da sociedade da época.
Romantismo
Os românticos se caracterizam por estar em oposição à arte neoclássica. Eles queriam se libertar das regras e valorizar o estilo do artista na obra. Ela se caracteriza por aderir os sentimentos, a imaginação, o nacionalismo e a natureza, através das paisagens.
Presenciamos um contraste entre o estilo anterior e o Romantismo que surgiu por volta do século XIX. Século agitado por mudanças social, políticas e culturais causadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa.
Pintura Romântica
Suas características se aproximam da arte barroca:
Dinamismo, através de uma composição em diagonal;
Valorização das cores e dos contrastes claro-escuro;
Busca das emoções humanas e de fatos da história da época.
Principais Artistas do Romantismo
Francisco José Goya y Lucientes (1746-1828) - o artista mostrou por meio de retratos, o povo, as personalidades da época, a guerra, as cenas históricas. Como a pintura de certos temas vinham a se consolidar dentro do estilo, ele buscou um modo de represetar a história de modo mais geral. Como disse, Lionello Venturi, " a pintura de Goya é um simbolo eterno da revolta popular contra a opressão".
Eugène Delacroix (1799-1863) - esse artista teve o privilégio de viajar com a comitiva do embaixador da França, afim de retratar e documentar os hábitos das pessoas daquela terra. Ele mostra a multidão, uso das cores e luzes e um foco nas obras de carater político.
Paisagem Romântica
Apesar de já ser bem desenvolvida no século XVIII, foi nesse estilo que atingiu o seu ápice, principalmente na Inglaterra. Suas características são: realismo, utilização das cores da natureza, da luz, e outras, sendo essa última característica um preparo para as obras dos impressionistas.
Joseph Mallord William Turner (1775-1851) - representou a natureza, suas cores brilhantes, variando entre os tons. Dentre as obras, se destacam: O Grande Canal, Veneza e Chuva, Vapor e Velocidade.
John Constable Constable (1776-1837) - voltados para obras da natureza, retrata os lugares em que ele mesmo nasceu e viveu. Com a luz em suas obras, conseguiu um efeito vivo e sereno. Dentre elas, podemos destacar: A Carroça de Feno.
Realismo
O Realismo surge entre 1850 e 1900. Fruto das artes produzidas na Europa. Ele foi influenciado pela industrialização que dominava a época.
O homem contemporâneo entendeu que precisava ser realista, tendo uma visão mais técnica e deixando um pouco de lados as emoções humanas.
Pintura Realista
A pintura busca retratar a objetividade com que os cientistas retratavam os fenômenos, esquecendo, assim, os temas antigos, históricos e a imaginação. Sendo parte da criação, apenas, aquilo que é real. É nesse período que surge a "pintura social" que retrata os problemas dos trabalhadores da sociedade contemporânea.
Principais Pintores do Realismo
Gustavo Coubert (1819-1877) - criador da pintura social, mostrando temas que retratavam o cotidiano, as classes sociais mais pobres e os trabalhadores do século XIX.
Édouard Manet (1832-1883) - suas obras retratavam mais a classe alta da época. Algumas de suas obras foram criticadas, por seguir as normas clássicas. Elas ganham luminosidade, inovação e outros destaques. Elas foram as precursorasdo impressionismo. Algumas delas foram: Tocador de Pífaro, Almoço no Ateliê e Bar de Folies-Bergère.
Arquitetura Realista
Em busca de atender os novos desejos e necessidades das pessoas, provenientes da industrialização, os arquitetos foram capazes de criar cidades que tivessem fábricas, armazéns, lojas e outros estabelecimentos, para adequar tantos os trabalhadores, quanto a classe da época.
Escultura Realista
Na escultura, o realismo dominou os artistas, sendo que as obras eram mostradas com elas são. Eles retratavam a sociedade e o contexto político da época.
Principais Escultores do Realismo
Auguste Rodin (1840-1917) - as obras desse artistas buscaram representar os pequenos gestos humanos, destacando as emoções, o romantismo e o lado mais natural do realismo. Suas obras foram alvo de muitas críticas.
Impressionismo
Movimento artístico que mudou a arte do século XX. As pessoas puderam apreciar as obras do período, numa exposição em Paris, em abril de 1874, mas ela foi mal vista por seus observadores.
Principais Características do Impressionismo
Registro das alterações que a luz provocava nas cores da natureza;
As pinturas deveriam representar a cor que a luz do sol refletia nos objetos, pois elas se alteram com a luz;
Figuras sem contorno;
Sombras luminosas e coloridas;
Utilização da lei de cores complementares para dar contraste às imagens;
Não deve haver mistura de cores para formar diferentes tonalidades e cores.
Pintura no Impressionismo
Principais Pintores do Impressionismo
Monet, citado no estilo anterior. Obras principais: Impressão, pôr do sol e La Grenouillière.
Pierre Auguste Renoir (1841-1919) - sua forma de pintar era otimista e alegre. Ele buscava retratar a vida da sociedade de Paris no fim do século. Suas principais obras foram: Baile no Moulin de la Galette.
Edgar Degas (1834-1917) - ele valorizava o desenho, pintava poucas paisagens e o que ele mais gostava era pintar espaços interiores. Exemplo de obras: Ensaio de Balé, No Palco, etc.
Em 1886, dois artistas Georges Seurat e Paul Signac realizaram a última exposição do estilo. Seus trabalhos deram origem ao Pontilhismo e o Divisionismo, cuja técnica em tela era representar uma figura através de minúsculos pontos.

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