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07 - UNIDADE V 2ª parte

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5.2.2 – RESPONSABILIDADE MÉDICA EMPRESARIAL – HOSPITAL, CLÍNICAS E CASAS DE SAÚDE.
Os hospitais realizam uma atividade de alto risco porque inevitavelmente as pessoas estão doentes e os tratamentos modernos são feitos em ritmo acelerado, num ambiente de alta pressão, envolvendo muitas tecnologias complexas e muitos profissionais.
Uma operação, por exemplo, de coração pode envolver uma equipe de até 60 pessoas, aproximadamente o mesmo número necessário para deixar um avião a jato pronto para voar. 
Doutrina e jurisprudência tradicionalmente enquadravam a responsabilidade dos estabelecimentos hospitalares no art. 1.521, IV, do Cód. De 1916 (art. 932, IV Cód. 2002), aquele dispositivo que disciplina a responsabilidade dos hotéis e das hospedarias.
Sustentava-se que a instituição hospitalar, além da obrigação de curar, de dar tratamento médico ao paciente, assumia com ele uma obrigação de hospedagem da qual lhe resultava uma presunção de responsabilidade que a tornava responsável por tudo aquilo que viesse a ocorrer ao paciente. 
Esta fundamentação perdeu a razão de ser em face do artigo 14 do CDC. Os estabelecimentos hospitalares são fornecedores de serviços, e, com tais, respondem objetivamente pelos danos causados aos seus pacientes, quer se tratem de serviços decorrentes da exploração de sua atividade empresarial, tais como defeito de equipamento, equívocos e omissões da enfermagem na aplicação de medicamentos, falta de vigilância e acompanhamento de paciente etc.
Esta responsabilidade dos hospitais, como se constata do texto do CDC tem por fundamento o fato gerador o defeito do serviço, que fornecido ao mercado, vem a dar causa a um acidente de consumo.
O serviço é defeituoso, diz o § 1º do art. 14 do CDC:
§ 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
5.2.3 – RESPONSABILIDADE DOS MÉDICOS E HOSPITAIS NO SEGURO DE SAÚDE:
Os planos de privados, comumente chamados de “seguro saúde”, alguns operam em regime de livre escolha de médicos e hospitais e reembolso das despesas médico hospitalares (é o seguro de saúde propriamente dito).
Outros planos operam mediante atendimento em hospitais próprios, credenciados, ou por um sistema, que inclui serviços próprios e rede credenciada.
No primeiro caso (regime de livre escolha) a responsabilidade será direta do hospital ou do médico, nada tendo a ver a seguradora de saúde com eventual deficiência da atuação deles.
No segundo caso (médicos ou hospitais próprios ou conveniados) a responsabilidade será também da seguradora. Se escolheu mal o preposto ou profissional que vai prestar o serviço médico, responde pelo risco da escolha.
A empresa locadora direta de serviços médico-hospitalares, credenciando médicos e hospitais para suprir as deficiências de seus próprios serviços, compartilha da responsabilidade civil dos profissionais e estabelecimentos selecionados. 
Pois bem, esta sistemática gera responsabilidade solidária entre todos os participantes da cadeia de fornecedores do serviço, quer pela disciplina do art. 34 do CDC, quer à luz do art 932, III do CC, que trata da responsabilidade do preposto.
5.2.3 – EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE MÉDICA:
Embora indiscutível que os estabelecimentos hospitalares são prestadores de serviços, parte da doutrina se recusa enquadrá-la no artigo 14, caput, do CDC por entender não ser possível responsabilizá-los pelos enormes reisco que os serviços médico-hospitalares muitas vezes representam. 
Como responsabilizar o hospital pelo insucesso de uma cirurgia efetuada com todos os cuidados em paciente idoso e de péssimas condições gerais de saúde?
Não há a menor incompatibilidade entre a responsabilidade dos estabelecimentos hospitalares e a responsabilidade objetiva estabelecida pelo CDC, mesmo em face de enormes riscos de certos tipos de cirurgias e tratamentos, tendo em vista que o hospital só responderá quando o evento decorrer de defeito do serviço. 
Lembra-se que mesmo na responsabilidade objetiva é indispensável o nexo de causalidade entre a conduta e o resultado.
Sendo assim, ainda que tenha havido insucesso na cirurgia ou outro tratamento, mas se não for possível apontar defeito no serviço prestado, não haverá que se falar em responsabilidade do hospital.
Entre as cláusulas que excluem a responsabilidade do prestador de serviço , o CDC refere-se à inexistência de defeito do serviço – “ o fornecedor de serviços não será responsável quando provar que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste” (art. 14, § 3º) – de sorte que , para afastar a sua responsabilidade, bastará que o hospital ou médico prove que o evento não decorreu de defeito do serviço, mas sim das condições próprias do paciente ou de fato da natureza.
5.3 – RESPONSABILIDADE DE OUTROS PROFISSIONAIS
Em linhas gerais, os princípios pertinentes à responsabilidade médica aplicam-se às profissões assemelhadas ou afins, como a do farmacêutico, do veterinário, do enfermeiro, do dentista etc.
Como prestadores de serviços que são, têm responsabilidade subjetiva fundada no art. 14 , § 4º, do CDC, desde que atuem na qualidade de profissionais liberais.
5.3.1 – RESPNSABILIDADE DOS DENTISTAS:
Com relação aos médicos, a regra é a obrigação de meio. No que diz respeito aos dentistas, a regra é a obrigação de resultado. E assim o é porque processos de tratamento dentário são mais regulares , específicos e os problemas menos complexos.
A obturação de uma cárie, tratamento de um canal, a extração de um dente, etc., embora exijam técnica específica, permitem assegurar a obtenção do resultado esperado.
Por outro lado, é mais frequente nessa área de atividade profissional a preocupação com a estética. A boca é uma das partes do corpo mais visível,e, na boca, os dentes. Ninguém desconhece o quanto influencia negativamente na estética a falta dos dentes da frente, ou os defeitos neles existentes.
Consequentemente, quando o cliente manifesta interesse pela colocação de aparelho corretivo dos dentes, de jaquetas de porcelana, e modernamente, de implante de dentes, está em busca de um resultado, não lhe bastando mera obrigação de meio.
Tem-se, ainda, em conta que o menor defeito no trabalho, além de ser logo por todos percebido, acarreta intoleráveis incômodos ao cliente.
5.3.2 – RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO:
A advocacia , dada a relevância do seu papel social, foi colocada na CF (art. 133) entre as FUNÇÕES ESSENCIAIS DA JUSTIÇA, ao lado do MP e da DP.
Múltiplos são os aspectos da advocacia em ração das inúmeras áreas sociais em que atua, uma decorrência da própria função social do Direito. 
Com efeito, sendo o Direito uma ciência social, um sistema de normas para disciplinar a vida em sociedade, a advocacia se faz presente em todas as áreas onde o Direito atua.
Temos a advocacia pública e a privada.
Múltiplas são as áreas de atuação da advocacia privada, merecendo destaque a que é exercida com VÍNCULO TRABALHISTA (advogados empregados de empresas privadas, clubes, sociedade de advogados, associações etc.) e a exercida por PROFISSIONAL LIBERAL, advogado que atua por conta própria, sem qualquer subordinação profissional.
5.3.2.1 – ASPECTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO:
A regra geral com relação a responsabilidade do advogado é aquela que se encontra no art. 32 do ESTATUTO “O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa”.
Tem, portanto, responsabilidade objetiva, não lhe sendo aplicável nenhuma cláusula geral de responsabilidade objetiva das muitas previstas no sistema brasileiro de responsabilidade civil.
A responsabilidade subjetiva é assim chamada porque exige culpa como elemento. A conduta culposa do agente erige-se em pressuposto principal da obrigaçãode indenizar, o que importa dizer que nem todo comportamento do agente será apto a gerar o dever de indenizar, mas somente aquele que estiver revestido de certas características previstas na ordem jurídica.
É a inobservância do dever de cuidado que tornas a conduta culposa, ´- o que evidencia que a culpa é , na verdade, uma conduta deficiente, quer decorrente de uma deficiência de vontade, que de inaptidões ou de deficiências próprias ou naturais.
Exprime um juízo de reprovabilidade sobre a conduta do agente, por ter violado dever de cuidado quando , em face das circunstâncias específicas do caso, devia e podia ter agido de outro modo.
Todos que exercem a advocacia, além de se sujeitarem ao regime do ESTATUTO, ficam também sujeitos ao REGIME PRÓPRIO a que subordinam.
Assim, no caso de danos causados a terceiro pela ADVOCACIA PÚBLICA, o ente (União Estado ou Município), responde direta e objetivamente perante a vítima, com ação regressiva contra o advogado público no caso de dolo ou culpa deste , conforme art 37, § 6º da CF.
Com relação ao ADVOGADO EMPREGADO sob regime jurídico da CLT que presta serviços e atua em juízo em nome do empregador, se for deficiente e causar prejuízo a terceiro, o empregador responde diretamente com ação regressiva contra o advogado no caso de dolo ou culpa deste , consoante o art. 932, III e 933 do CC.
5.3.2.2 – RESPONSABILIDADE DE SOCIEDADE DE ADVOGADOS
ART. 17 estatuto – a sociedade e o sócio
5.3.2.3 – RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO PROFISSIONAL LIBERAL.
5.3.2.3.1 – RESPONSABILIDADE POR OMISSÃO
5.3.2.3.2 – OBRIGAÇÃO DE MEIO E DE RESULTADO – ERRO PROFISSIONAL
5.3.2.3.3 – OBRIGAÇÃO DE RECORRER
5.3.2.3.4 – PERDA DE UMA CHANCE
5.3.2.3.5V –OFENSA IRROGADA EM JUÍZO
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