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Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br BIBLIOTECA PARA O CURSO DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO Selecionamos para você uma série de artigos, livros e endereços na Internet onde poderão ser realizadas consultas e encontradas as referências necessárias para a realização de seus trabalhos científicos, bem como, uma lista de sugestões de temas para futuras pesquisas na área. Primeiramente, relacionamos sites de primeira ordem, como: www.scielo.br www.anped.org.br www.dominiopublico.gov.br SUGESTÕES DE TEMAS 1. INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS E PÂNICO 2. FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS; 3. OS INCÊNDIOS; 4. A FUMAÇA NOS INCÊNDIOS; 5. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO. 6. PROPRIEDADE E COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS 7. MATERIAIS BÁSICOS DE CONSTRUÇÃO; 8. RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS; 9. ESTRUTURAS DE CONCRETO; 10. ESTRUTURAS DE AÇO; Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 11. COMPORTAMENTO DE ESTRUTURAS DE MADEIRA FRENTE AO FOGO. 12. LEGISLAÇÃO, NORMAS, PROJETOS E PLANOS DE ENGENHARIA EM SCI 13. LEGISLAÇÃO, NORMAS E INSTRUÇÕES; 14. RESPONSABILIDADES CIVIL E CRIMINAL; 15. PROJETO DE ENGENHARIA EM SCI; 16. PLANOS DE SEGURANÇA; 17. PLANO DE INTERVENÇÃO DE INCÊNDIO – INSTRUÇÃO TÉCNICA DO CORPO DE BOMBEIROS; 18. IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DE INCÊNDIOS; 19. BRIGADAS DE INCÊNDIO. 20. SISTEMAS DE PREVENÇÃO, CONTROLE E COMBATE A INCÊNDIOS 21. ARQUITETURA, URBANISMO E A QUESTÃO DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS; 22. COMPARTIMENTAÇÃO E ISOLAMENTO; 23. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFICAÇÕES; 24. SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO; 25. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA; 26. CONTROLE DA FUMAÇA; 27. COMBATE COM EXTINTORES PORTÁTEIS; 28. COMBATE COM ÁGUA; 29. COMBATE A INCÊNDIO POR AGENTES GASOSOS. 30. COMPORTAMENTO HUMANO E PÂNICO EM INCÊNDIOS 31. GASES TÓXICOS; 32. PRINCIPAIS GASES TÓXICOS; 33. ÍNDICE DE TOXICIDADE; 34. EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS SOBRE O SER HUMANO; Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 35. LESÕES POR INALAÇÃO DE FUMAÇA; 36. AS CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO HUMANO; 37. A VISÃO DA PSICOLOGIA; 38. OS ESTUDOS SOCIOLÓGICOS; 39. COMPORTAMENTO HUMANO EM SITUAÇÕES DE RISCO; 40. A RESPOSTA FISIOLÓGICA E O COMPORTAMENTO HUMANO; 41. CARACTERÍSTICAS DOS OCUPANTES; 42. O ABANDONO DE EDIFICAÇÕES – MOVIMENTO, TEMPO E COMPORTAMENTO DAS PESSOAS; 43. O PÂNICO; 44. DEFINIÇÕES; SINTOMAS DO PÂNICO E REAÇÕES INSTINTIVAS; 45. CAUSAS DO PÂNICO; 46. CARACTERÍSTICAS DE PESSOAS EM PÂNICO; 47. PRIMEIROS SOCORROS EM INCÊNDIOS; 48. PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS: DICAS EMPÍRICAS. 49. GERENCIAMENTO DE RISCOS E MANUTENÇÃO APLICADA 50. RISCOS: TERMINOLOGIA ADEQUADA; 51. GERÊNCIA DE RISCOS; 52. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE RISCOS; 53. ANÁLISE GLOBAL DE RISCO; 54. AVALIAÇÃO DE RISCOS PELO MÉTODO GRETENER; 55. GERENCIAMENTO DE RISCOS APLICADO; 56. INCÊNDIO DE JATO; 57. DIMENSÕES DA CHAMA; 58. INCÊNDIO DE POÇA; 59. EXPLOSÃO DE NUVEM; Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 60. VULNERABILIDADE DAS PESSOAS; 61. VULNERABILIDADE DAS ESTRUTURAS METÁLICAS; 62. AUDITORIA INTERNA DE SEGURANÇA NA PREVENÇÃO DE RISCOS; 63. EVOLUÇÃO E CONCEITOS PARA AUDITORIA; 64. A AUDITORIA APLICADA À SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO; 65. MANUTENÇÃO APLICADA A SEGURANÇA; 66. DEFINIÇÕES, BENEFÍCIOS E FINALIDADES GERAIS DA MANUTENÇÃO; 67. CONCEITOS BÁSICOS EM MANUTENÇÃO; 68. O PLANEJAMENTO E O CONTROLE DA MANUTENÇÃO; 69. A MANUTENÇÃO NAS NORMAS BRASILEIRAS PARA SCI; 70. MANUTENÇÃO PREVENTIVA; 71. TRATAMENTO DE FALHAS EM SISTEMA DE SCI. 72. TÓPICOS ESPECIAIS EM SCI 73. A INSPEÇÃO PREDIAL; 74. ETAPAS PARA REALIZAÇÃO DE UMA INSPEÇÃO PREDIAL; 75. DOCUMENTOS A SEREM ANALISADOS NA INSPEÇÃO PREDIAL; 76. O SEGURO-INCÊNDIO; 77. DO NASCIMENTO AO SEGURO SAÚDE – BREVE HISTÓRIA; 78. SURGIMENTO DO SEGURO NO BRASIL; 79. O SEGURO-INCÊNDIO E O INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL; 80. A MATRIZ DE SINISTRALIDADE; 81. PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE; 82. INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS-GARAGEM; 83. PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS E ARQUIVOS HISTÓRICOS; 84. A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA DE INCÊNDIOS; 85. AÇÕES DO INVESTIGADOR SEGUNDO BRAGA E LANDIM; Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 86. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO; 87. COMPREENSÃO DA DINÂMICA DO INCÊNDIO; 88. INFORMAÇÕES PARA O LAUDO PERICIAL; 89. A IMPORTÂNCIA DA COLETA DE DADOS DE INCÊNDIOS PELOS BOMBEIROS. 90. TÉCNICAS AVANÇADAS DE MANUTENÇÃO 91. ANÁLISE VIBRACIONAL; 92. DO SURGIMENTO AOS DIAS ATUAIS; 93. CONCEITO E APLICAÇÕES; 94. O USO DA BANCADA RLAM; 95. FERROGRAFIA; 96. TRIBOLOGIA; 97. FERROGRAFIA; 98. O PROCESSO E TIPOS DE ANÁLISE DA FERROGRAFIA; 99. EXAME ANALÍTICO (AN); 100. EXAME QUANTITATIVO (DR); 101. TERMOGRAFIA; 102. APLICAÇÕES ELÉTRICAS; 103. APLICAÇÕES MECÂNICAS; 104. ULTRASSOM; 105. FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DO ULTRASSOM; 106. APLICAÇÕES DO ULTRASSOM; 107. COMPONENTES E FUNCIONAMENTO DE UM ULTRASSOM; 108. ESPECTROGRAFIA; 109. HIDRÁULICA E ANÁLISE DE PRESSÕES; 110. HIDRÁULICA; Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 111. BOMBAS HIDRÁULICAS; 112. BOMBAS DE ENGRENAGEM; 113. CALDEIRAS A VAPOR; 114. VASOS DE PRESSÃO; 115. LUBRIFICAÇÃO; 116. TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO; 117. CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES; 118. PROGRAMA DE LUBRIFICAÇÃO; 119. PNEUMÁTICA. 120. PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE 121. PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE: CONCEITUAÇÃO E IMPORTÂNCIA; 122. PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE; 123. CRITÉRIOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO E CONTROLE DE POLUENTES; 124. POLUIÇÃO E SUAS VÁRIAS FORMAS E CONTROLE BÁSICO; 125. POLUIÇÃO DO SOLO; 126. POLUIÇÃO DA ÁGUA; 127. POLUIÇÃO DO AR; 128. EIA, RIMA, AIA; 129. GERENCIAMENTO DO CONTROLE DA POLUIÇÃO; 130. AUDITORIA AMBIENTAL; 131. INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE POLUENTES PARA O MEIO AMBIENTE; 132. CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL; 133. IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL; 134. COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO COM A COMUNIDADE; Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 135. MONITORAMENTO DA POLÍTICA AMBIENTAL; 136. QUALIDADE DO AR E DA ÁGUA: PROCESSOS DE PURIFICAÇÃO DO SOLO, SERVIÇOS BÁSICOS DE SANEAMENTO EM CASOS DE EMERGÊNCIA; 137. DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS; 138. PROCESSOS DE PURIFICAÇÃO DA ÁGUA E DO SOLO; 139. SERVIÇOS BÁSICOS DE SANEAMENTO EM CASOS DE EMERGÊNCIA; 140. RESÍDUOS LÍQUIDOS OU ESGOTOS SANITÁRIOS; 141. ESGOTOS, COLETA E TRATAMENTO; 142. DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS – RESÍDUOS SÓLIDOS E DE CONSTRUÇÕES CIVIS; 143. GERAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO; 144. ASPECTOS LEGAIS, INSTITUCIONAISE ÓRGÃOS REGULAMENTADORES. 145. GESTÃO DA SEGURANÇA APLICADA À ENGENHARIA ELÉTRICA 146. SEGURANÇA DO TRABALHO; 147. EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO; 148. FUNDAMENTOS; 149. O SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (SGSST); 150. GRUPO GESTOR EM SEGURANÇA ELÉTRICA; 151. ACIDENTES, RISCOS E SEGURANÇA; 152. PROGRAMAS E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA; 153. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CPA); 154. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA); 155. PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO); 156. PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (PCMAT); Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 157. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP); 158. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA (PCA) E PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR); 159. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA (EPI – EPC); 160. LEGISLAÇÃO, INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO; 161. NORMA REGULAMENTADORA NR-10; 162. PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS; 163. CABINES DE TRANSFORMAÇÃO, ATERRAMENTO ELÉTRICO, PARA-RAIOS; 164. AMBIENTES ESPECIAIS, ELETRICIDADE ESTÁTICA, INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS; 165. EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS. 166. ÁREA DE UTILIDADES. 167. SUBESTAÇÕES; 168. MANUTENÇÃO PREVENTIVA E ENGENHARIA DE SEGURANÇA; 169. RISCOS NA ELETRIFICAÇÃO RURAL; 170. ACIDENTES COM CERCAS ENERGIZADAS; 171. MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL; 172. LEGISLAÇÃO E NORMAS RELATIVAS À PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS E GERAL. 173. EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 174. ANÁLISES DE RISCOS TECNOLÓGICOS AMBIENTAIS: perspectiva para o campo da saúde do trabalhador 175. CONFIABILIDADE DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO 176. O PAPEL DE GERENCIAMENTO DE RISCO NA PEQUENA EMPRESA Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 177. AS PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS E SUA RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE 178. AVALIAÇÕES E PERÍCIA - PATOLOGIAS EM CONSTRUÇÃO CIVIL 179. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS 180. SEGURANÇA DO TRABALHO: quedas em andaimes na construção civil 181. SEGURANÇA NO TRABALHO: uma abordagem dos perigos em espaço confinado na indústria do petróleo 182. MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT OU TPM EM UMA USINA DE AÇÚCAR E ÁLCOOL 183. O AMBIENTE E AS DOENÇAS DO TRABALHO 184. MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - TPM 185. ESPAÇO CONFINADO 186. A IMPORTÂNCIA DOS ASPECTOS ERGONÔMICOS NA CARACTERIZAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCOS EM AMBIENTES TECNOLÓGICOS INFORMACIONAIS 187. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS EM PRENSA E SIMILARES - PPRPS 188. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 189. SEGURANÇA DO SETOR ELÉTRICO EM EMPRESAS TERCEIRIZADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 190. A ENGENHARIA DE SEGURANÇA E SUA EVOLUÇÃO 191. CULTURA DA EMPRESA E A INSERÇÃO DO TRABALHADOR OS PROGRAMAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO 192. SEGURANÇA ELÉTRICA EM INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS 193. UMA ABORDAGEM DOS PERIGOS EM ESPAÇO CONFINADO NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO 194. MÉTODOS DE CONSCIENTIZAÇÃO DOS TRABALHADORES PARA UTILIZAÇÃO DE EPI´S 195. OS RUÍDOS EM SERRALHERIAS E A SEGURANÇA DO TRABALHO 196. AVALIAÇÃO DE RISCOS EM TRANSPORTE TERRESTRE DE INFLAMÁVEIS Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 197. EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA DA SEGURANÇA NO BRASIL 198. O USO DOS MODELOS FINANCEIROS PARA A OTIMIZAÇÃO DO SISTEMA PRODUTIVO 199. ERGONOMIA E SEGURANÇA NO TRABALHO 200. RISCOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS NO PROCESSO DE COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS 201. ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO E CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE 202. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO E APLICABILIDADE NO SETOR PÚBLICO 203. SEGURANÇA ELÉTRICA EM INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS 204. INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 205. A IMPORTÂNCIA DA APLICABILIDADE PRÁTICA DO SISTEMA DE GESTÃO E HIGIENE DO TRABALHO 206. A IMPORTÂNCIA DA APLICABILIDADE DA SAÚDE DO TRABALHADOR SOB O ENFOQUE DA ERGONOMIA 207. A IMPORTÂNCIA E A APLICABILIDADE PRÁTICA DA PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 208. O PAPEL DO GERENCIAMENTO DE RISCOS NA EFETIVAÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO 209. A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA DO COMPORTAMENTO NA SEGURANÇA COMPORTAMENTAL NO TRABALHO 210. CRESCIMENTO POPULACIONAL E A DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE 211. OS RUÍDOS EM SERRALHERIAS E A SEGURANÇA DO TRABALHO 212. SEGURANÇA DO TRABALHO NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 213. EFEITOS DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS NOS SERES HUMANOS 214. ERGONOMIA NAS EMPRESAS 215. O USO DO AR COMPRIMIDO EM CLÍNICAS ODONTOLÓGICAS Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 216. O PAPEL DO GERENCIAMENTO DE RISCO NA INSTALAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 217. ENGENHARIA DE SEGURANÇA DENTRO DAS ÁREAS ELÉTRICAS 218. ESPAÇO CONFINADO NR 33: DIFICULDADES DE SE ESTABELECER SE UM ESPAÇO DE TRABALHO É CONFINADO OU NÃO 219. SEGURANÇA E TRABALHO ONLINE - SAFETY AND WORK ONLINE 220. SEGURANÇA DO TRABALHO, RISCOS DE ACIDENTES E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 221. ACIDENTES DO TRABALHO: uma forma de violência 222. REPERCUSSÕES DA INTRODUÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS E AUTOMAÇÃO NAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO BRASIL 223. SÓ DE PENSAR EM VIR TRABALHAR, JÁ FICO DE MAU HUMOR": atividade de atendimento ao público e prazer-sofrimento no trabalho 224. UM NOVO OLHAR PARA OS ACIDENTES DE TRABALHO 225. ESTUDO SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO OCORRIDOS COM TRABALHADORES 226. O SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE ACIDENTES DO TRABALHO 227. INCIDÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO RELACIONADA COM A NÃO UTILIZAÇÃO DAS PRECAUÇÕES UNIVERSAIS. 228. ADESÃO AS MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br ARTIGOS PARA LEITURA, ANÁLISE E UTILIZAÇÃO COMO FONTE OU REFERÊNCIA Revista IBRACON de Estruturas e Materiais versão On-line ISSN 1983-4195 Rev. IBRACON Estrut. Mater. vol.4 no.2 São Paulo jun. 2011 http://dx.doi.org/10.1590/S1983-41952011000200007 DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO. APRIMORAMENTO DE ALGUMAS RECOMENDAÇÕES DO EUROCODE V. P. Silva Professor Doutor, Departamento de Engenharia de Estruturas e Geotécnica, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, valpigss@usp.br , Av. Prof. Almeida Prado, trav. 2, 271 Cid. Universitária, São Paulo, SP, Brasil RESUMO Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br A norma brasileira ABNT NBR 15200 está em fase de revisão. Algumas omissões sobre o dimensionamento de vigas, na versão de 2004 da norma, serão incluídas agora. Possibilidade de redução do c1 em casos em que haja reserva de segurança, dimensionamento distinto para laje nervurada unidirecional e aumento de c1 lateral em algumas situações são os casos de interesse neste trabalho. O Eurocode fornece recomendações a respeito desses itens, no entanto,não são consideradas adequadas aos costumes brasileiros de projeto. O objetivo deste trabalho é, por meio de análise térmica ou estrutural de vigas de concreto armado, propor alternativas às recomendações do Eurocode, visando normatizá-las, já nesta fase de revisão da norma brasileira. Palavras-chave: incêndio, dimensionamento, vigas, segurança contra incêndio. Texto completo apenas disponivel em PDF. Full text available only in PDF format. BIBLIOGRAFIA [01] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio. NBR 15200. Rio de Janeiro. 2004 [ Links ] [02] EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDIZATION (CEN). Eurocode 2: Design of concrete structures – Part 1.2: General Rules – Structural Fire Design. EN 1992-1-2. Brussels. 2004. [ Links ] [03] FIRE SAFETY DESIGN. TCD with Super Tempcalc. Lund: Fire Safety Design Ltd., 2000. Disponível emhttp://www.fsd.se/eng/index.html [acesso em 09.10.2002] [ Links ]. [04] INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 834: fire-resistance tests: elements of building construction: part 1.1: general requirements for fire resistance testing. 25 p. [ Links ] [05] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7480: Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado - Especificação. Rio de Janeiro, 2007. [ Links ] Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Rem: Revista Escola de Minas versão impressa ISSN 0370-4467 Rem: Rev. Esc. Minas vol.64 no.3 Ouro Preto jul./set. 2011 http://dx.doi.org/10.1590/S0370-44672011000300003 ESTUDO DA PRESCRITIVIDADE DAS NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO Study on the prescriptivity of Brazilian technical standards for fire safety Antonio Maria ClaretI; Domênica Loss MattediII ICoordenador do Laboratório de Análise de Riscos em Incêndio. Campus Universitário, Ouro Preto, MG. claretgouveia@uol.com.br IIArquiteta, Mestre em Construção Metálica pela Universidade Federal de Ouro Preto.domenicaloss@gmail.com Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br RESUMO A gestão da mudança do ambiente de projeto de segurança contra incêndio de normas prescritivas para o de projeto baseado em desempenho é um desafio atual das entidades envolvidas com a normalização técnica no País. O processo de mudança demanda a adesão de diversas categorias de profissionais e se constitui em um autêntico processo de educação. O trabalho descreve uma avaliação da prescritividade do conjunto de normas técnicas brasileiras com o objetivo de verificar o grau de dificuldade na implantação de normas baseadas em desempenho. A análise de prescritividade foi realizada empregando um método de análise discursiva, tendo como base a atribuição de pesos de prescritividade a categorias de comandos ou ações de projeto determinadas pelos textos normativos. Os resultados indicam que a maioria das normas tem grau de prescritividade mediano (grau II), menos de 10% entre as normas ABNT e 30% das instruções técnicas têm grau de prescritividade alto (grau III), sugerindo que a implantação futura de um ambiente de normalização baseado em desempenho deve ser feita de forma gradual e acompanhada de atividades de formação técnica dos profissionais. Palavras-chave: Normalização, prescritividade, processo de projeto, segurança contra incêndio, performance-based design. ABSTRACT Managing fire safety design so that it is according to prescriptive standards and accompanies ambient performance is the current challenge for entities dealing with the civil construction industry's standardization. It requires the adhesion of various professional categories and is, in itself, a constant educational process. This work presents an evaluation of the prescriptivity of a set of Brazilian technical standards for fire safety, aiming to measure their likely grade of implementation difficulty for performance in the ambient's design. The prescriptivity analysis was implemented using a discourse analysis technique based on weighing some categories of prescriptive commands against the standard's text. The results indicate that most of the rules have an average degree of prescriptivity (grade II); less than 10% of the ABNT and 30% of the Technical Instructions of Fire Brigades have the highest degree of prescriptivity (grade III), suggesting that performance based on ambient design must be implemented gradually, and should be accompanied by special training in Fire Engineering. Keywords: Standardization, prescriptivity, design process, fire safety, performance based design. 1. Introdução Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Diversos países europeus e asiáticos, além dos Estados Unidos e do Canadá, encontram- se, hoje, na vanguarda da utilização dos conceitos e dos princípios do projeto baseado em desempenho ou, na literatura de língua inglesa, performance-based design (PBD). Nesses países, já existem edições autorizadas pelo poder público dos códigos de projeto baseados em desempenho (performance-based codes, PBC), cujo emprego é alternativo aos códigos de projeto tradicionais, essencialmente prescritivos. Mas, em geral, o cenário mundial é o da mudança progressiva do ambiente de projeto prescritivo para o de projeto baseado em desempenho (Meacham, 1997). Duas razões principais são aventadas para justificar a mudança do ambiente de projeto: a liberdade projetual e a optimização da relação benefício-custo. A liberdade projetual se caracteriza como a faculdade que se atribui aos profissionais de projeto de lançar mão de soluções criativas, empregar métodos de modelamento dos fenômenos e de cálculo das grandezas físicas que os representam, bem como de utilizar materiais e técnicas construtivas, respeitando unicamente os parâmetros de segurança definidos na regulamentação. As soluções prescritivas são gerais e, como tal, tendem ora a exceder a demanda específica de uma determinada edificação, ora a contemplá-la por falta, gerando situações em que não se conhece uma estimativa global do risco de incêndio resultante nos casos particulares (Mattedi, 2006). A optimização da relação benefício-custo significa a minimização do risco de danos à vida humana, ao meio ambiente e ao patrimônio para um dado nível de investimento em segurança. Beyler (2001) afirma que o maior desafio da segurança contra incêndio no século XXI será o da redução de custos. No Brasil, nas últimas décadas, observa-se uma constante preocupação com o custo de implantação de níveis mínimos aceitáveis de segurança contra incêndio nas edificações. Certamente todo o potencial de redução de custos da implantação de sistemas efetivos de segurança contra incêndio, conservando-se níveis mínimos aceitáveis de segurança cada vez mais elevados, para contemplar os anseios das sociedades contemporâneas, reside na introdução de normas de projeto baseadas em desempenho (Claret, 2007). Coerentemente com os demais projetos, os profissionais são autorizados a usar sua criatividade e conhecimento técnico para gerar as soluções que produzam maior segurança com o menor investimento; os sistemas de segurança deixam de ser simples acréscimos à edificação e ela passa a ser geneticamente segura. Mas essa mudança do ambiente de projeto tradicional para o PBDrepresenta diversos problemas, dois deles constatáveis à primeira vista: a adequação do aparato técnico à disposição dos profissionais de projeto e a aculturação desses profissionais com a nova filosofia de projeto. Evidentemente o primeiro problema tem sua solução fortemente dependente da pesquisa científica em Engenharia de Incêndio e não será abordado aqui. Esse trabalho focaliza apenas o segundo problema, buscando avaliar a dificuldade de implantação de um ambiente de projeto baseado em desempenho. O pressuposto para essa avaliação consiste em admitir que, tanto mais prescritivo o ambiente de projeto atual, maior a resistência à mudança para o PBD, ou seja, parte-se do princípio de que o hábito de uso de normas prescritivas representa uma restrição cultural à implantação do sistema normativo baseado em desempenho. A medida da prescritividade das normas brasileiras mais utilizadas nos projetos de segurança contra incêndio é feita por um método que se fundamenta na análise do discurso normativo. 2. Método proposto Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br O processo de implantação da normalização brasileira de segurança contra incêndio registra considerável atraso em relação ao de outros países desenvolvidos. Atrelada ao sistema de metrologia e qualidade industrial, a normalização técnica como um todo não era considerada, nos anos setentas, com a importância que deveria merecer. No caso particular da segurança contra incêndio, a implantação das normas técnicas e da infraestrutura laboratorial básica para a certificação de produtos somente ocorreu alguns anos após os grandes incêndios havidos em São Paulo e no Rio de Janeiro no biênio que compreende o início 1972 e o início de 1974 (Claret, 2000). Tratando-se de processo que demanda lenta aculturação em paralelo com imposição legal, o uso de normas prescritivas no Brasil sofreu expansão apenas no início dos anos noventa, justamente quando o processo de projeto baseado em desempenho ganhava seus contornos aplicativos na Europa e na América do Norte. De uma forma geral, a regulamentação prescritiva descreve como o edifício deve ser projetado, construído, protegido e mantido, considerando as necessidades dos usuários relativas à saúde, à segurança e ao conforto. Na maioria dos casos, as normas prescritivas conduzem a soluções padronizadas para diferentes situações de projeto, prescindindo de uma análise global do nível de segurança requerido e da interação entre os sistemas de segurança utilizados (Meacham, 2004). Os códigos baseados em desempenho expressam exigências amplas para uma edificação ou sistema construtivo em termos de metas sociais, objetivos funcionais e exigências de desempenho, sem que sejam mencionadas as soluções para alcançar tais exigências (SFPE, 2000). As proposições dos códigos de desempenho qualificam os níveis de risco aceitáveis ou toleráveis sob o ponto de vista da sociedade. Nesse caso, as soluções não estão prescritas nas normas técnicas. É de responsabilidade técnica e ética do projetista decidir com qual nível de segurança irá trabalhar e, assim, demonstrar que sua solução de projeto atende aos objetivos requeridos. Essas soluções tanto podem incorporar métodos prescritivos como se constituírem em soluções completamente inovadoras. Reflexos dos seus fundamentos, os textos, ou os "discursos", das normas prescritivas e de desempenho possuem características específicas e bem definidas que as distinguem. Sentenças prescritivas relativas à segurança contra incêndio estabelecem exigências mínimas ou máximas que são genéricas por ocupação, como, por exemplo, espaçamento máximo de detectores e chuveiros automáticos, resistência ao fogo mínima de elementos estruturais e construtivos e, ainda, distâncias máximas a percorrer. Por outro lado, as normas de desempenho tratam mais freqüentemente do aspecto qualitativo, expressando as necessidades sociais e o nível de comprometimento com a segurança contra incêndio. Então, o uso de termos como adequado, apropriado e razoável permite ao projetista flexibilidade e fornece diretrizes gerais para a escolha do nível de segurança a ser adotado (Custer & Meacham, 1997; Mattedi, 2006). Nesse trabalho, foram consideradas normas técnicas, elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e instruções técnicas do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP), todas com forte impacto sobre o processo de projeto de sistemas de segurança contra incêndio de edificações. Cabe ressaltar que a expressão "normas técnicas" é empregada nesse trabalho para definir o gênero ao qual pertencem as "normas convencionais" da ABNT e os "regulamentos e instruções técnicas" do CBPMESP. O critério de escolha das normas convencionais focalizou, principalmente, as normas de procedimento, que, por sua natureza, determinam certas condições de projeto. No âmbito das normas convencionais, foram analisadas 12 normas brasileiras (NBR's), especialmente as normas do Comitê Brasileiro (CB) de Segurança Contra Incêndio Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br (ABNT/CB-24). A inclusão da NBR 9077/93, vinculada ao CB-02, se justifica pelo fato de ela ser considerada, entre os profissionais de projeto, a "norma-mãe" que direciona toda e qualquer atividade projetual no que concerne a edificações. Quanto às normas regulamentares, foram analisadas 10 instruções técnicas (IT's) do CBPMESP, pelo fato de tratar-se de uma das regulamentações mais avançadas do País e cuja aplicação prevalece sobre as normas da ABNT. A Tabela 1 apresenta a relação das NBR's e das IT's analisadas. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Foram estabelecidos três graus de prescritividade com o objetivo de classificar as normas técnicas componentes do conjunto escolhido: grau I: baixa prescritividade; grau II: média prescritividade; grau III: alta prescritividade. O significado de cada um desses graus de prescritividade vem da noção de intensidade da restrição à liberdade de projetar que a norma técnica impõe ao profissional de projeto. Em síntese, se o projetista está vinculado a materiais e rotinas de cálculo específicas, descritas no texto normativo, entende-se que o seu grau de prescritividade é alto; se, por outro lado, a norma exige que se utilizem determinadas classes de materiais, definidas por suas propriedades físicas, ou faixas de dimensões ou, ainda, determinados grupos de materiais ou determinadas classes de métodos de cálculo, a prescritividade pode ser vista como mediana ou baixa, dependendo da extensão das restrições no texto normativo. Como meio para quantificar o grau de prescritividade, o método proposto consistiu no estabelecimento de classes de "ações" determinadas no discurso normativo. Uma "ação" ou um "comando" é conceituado como uma determinação normativa que vincula a atividade de projeto em certa extensão. Portanto uma "ação" ou um "comando" representa a imposição de limites a uma solução projetual. O exame do texto normativo permite identificar essas "ações" ou "comandos" que, inclusive, constituem o núcleo da rotina de projeto. Nesse trabalho, propõe-se o emprego de dois grupos de "ações" ou "comandos", o grupo f e o grupo g, que se encontram caracterizados nas Tabelas 2 e 3, respectivamente. As "ações" ou "comandos" constituintes do grupo f consistem em expressões que especificam exatamente um determinado campo de atuação do profissional de projeto. A especificaçãode um determinado método, de um determinado material (que a parede deva ser de concreto, por exemplo), de dimensões e distâncias (que a largura livre de uma passagem seja 1 m, por exemplo) ou, ainda, a especificação dos tipos de dispositivos ou equipamentos de segurança, quantidade e local onde devam ser instalados (caso típico dos extintores e dos chuveiros automáticos) são cláusulas que prescrevem exatamente qual deve ser a ação do projetista. Já os "comandos" ou "ações" do grupo g estabelecem limites (que a distância a percorrer não deva exceder a 25 m, por exemplo) ou, ainda, especificam uma classe de métodos de cálculo ou classe de materiais (que o material deva ser cerâmico, por exemplo). Em ambos os grupos, f e g, o impacto prescritivo do "comando" ou "ação" determinado pela norma técnica é avaliado pela atribuição de pesos, tanto maiores quanto maior a vinculação imposta ao projetista. As Tabelas 2e 3 mostram também os pesos atribuídos aos diferentes tipos de "comandos". Considera-se que as "ações" constituintes do grupo g sejam mais brandas no seu impacto na restrição à liberdade de projetar, mas percebe- se que esse "grau de prescritividade de uma dada ação normativa", considerada isoladamente, não depende exclusivamente de sua pertinência a um grupo ou a outro. Por exemplo, observa-se que o peso atribuído a g1 é maior que aquele atribuído a f3. A atribuição de pesos foi feita tomando por base os seguintes princípios: (a) A determinação de materiais representa uma restrição projetual de maior impacto que a determinação do método de dimensionamento que, por sua vez, tem prescritividade maior que a determinação de um método de execução. (b) A determinação de uma classe de materiais vem a ser de maior impacto na liberdade projetual que a determinação de uma classe de métodos de dimensionamento que, por sua vez, é mais restritiva que a determinação de uma classe de métodos executivos. O peso total de prescritividade é um número absoluto e não tem maior significado, porque o número de "comandos" ou de "ações" determinado por uma norma varia. Mas Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br um índice percentual de prescritividade absoluto, Ipa, de uma norma pode ser calculado imediatamente, considerando Desse modo, tem-se a informação de que, se uma norma emite C "comandos", Ipa comandos entre eles podem ser considerados de prescritividade alta, ou seja, podem significar grandes restrições à atividade projetual. Mas, em geral, sobre o projeto incidem simultaneamente as determinações de várias normas. Tomando como referência um conjunto de n normas técnicas que totalizem N "comandos" ou "ações" de projeto, sendo Ppi o peso total de prescritividade da norma i, seu índice de prescritividade relativo, Ipri, pode ser definido por Cada norma é avaliada isoladamente em primeiro lugar. Seja, por exemplo, uma norma técnica na qual se identifique um número C de "comandos", que devem ser pesquisados e classificados nos grupos f ou g, verificando-se a freqüência Fj com que cada tipo de "comando" (fj ou gj) compõe o texto normativo. A cada tipo de comando corresponde um peso de prescritividade pj, conforme as Tabelas 2 e 3. Portanto pode-se atribuir à norma considerada um peso total de prescritividade, Pp, que se define por Observa-se na eq. 2 que, ao dividir o peso total de prescritividade, Ppi, da norma i pelo produto do número de comandos pelo peso máximo de um comando, tem-se a quantificação do valor prescritivo daquela norma em relação ao valor prescritivo do conjunto das normas. Esse índice permite eliminar possíveis distorções referentes à quantidade de comandos e seus respectivos pesos de uma norma em relação às demais do conjunto. Finalmente, para obter uma medida normalizada dos índices de prescritividade relativos, situando-os na faixa arbitrariamente escolhida de 0 a 9, foi definido o índice de prescritividade normalizado, Ipn, dado por: Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Desse modo, os graus de prescritividade das normas ficam associados a índices de prescritividade normalizados de forma que: grau I (baixo): 0<Ipri<3,0; grau II (médio): 3,1<Ipri<6,0; grau III (alto): 6,1< Ipri< 9,0. 3. Análise As normas técnicas que compõem o conjunto de normas incidentes sobre um projeto de segurança contra incêndio foram examinadas com o objetivo de identificar os "comandos" e de classificá-los de acordo com os grupos de comandos descritos nas Tabela 2 e 3. Ao final do exame de cada norma, foi possível determinar o peso total de prescritividade (Pp), o índice de prescritividade absoluto (Ipa) e o índice de prescritividade normalizado (Ipni) de cada documento, conforme mostra a Tabela 4. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Conclui-se da análise dos índices de prescritividade relativa, Ipri, que tanto o conjunto de normas ABNT quanto o conjunto das Instruções Técnicas apresentam prescritividade média muito próximas (5,1 para o conjunto ABNT e 5,3 para o conjunto das IT's do CBPMESP). Esse resultado parece indicar que a demanda social por mais liberdade de projetar não se fez ainda notar no conjunto das normas convencionais, isto é, quando a sociedade se reúne para estabelecer uma norma, tendo a faculdade de elaborá-la de modo avançado, fá-la com o mesmo nível de restrição que a corporação de bombeiros, naturalmente mais restritiva nesse aspecto. Levando a um gráfico, Figura 1, os índices de prescritividade absolutos das normas ABNT e das instruções técnicas que compõem o conjunto analisado, considerada a ordem crescente, verifica-se que os textos das instruções técnicas tendem a ser ligeiramente mais prescritivos que os das normas técnicas ABNT. Isto permite concluir que, ressalvada a inexistência de correspondência entre as normas de um conjunto e de outro, o ambiente de projeto é igualmente prescritivo quando se usam as normas ABNT e as instruções técnicas. O índice médio de prescritividade absoluto é da ordem de 59%, o que faz supor uma forte vinculação da atividade de projeto às soluções determinadas pelos textos normativos. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Os índices de prescritividade absolutos revelam também semelhanças entre os textos normativos. Comparando-se, por exemplo, a partir da Tabela 4, a norma NBR 14432/00 e a IT 08/01, ambas relativas ao projeto de segurança de estruturas de aço em incêndio, verifica-se que o índice de prescritividade comum é 57%. De fato, no que tange às "ações' de projeto determinadas por essas normas técnicas, elas são muito semelhantes, sendo que a norma ABNT descreve o método de projeto simplificado e a instrução técnica apenas o referencia. É interessante observar a identidade entre os índices de prescritividade absolutos das normas NBR 9077/93 e da IT 11/01, ambas relativas ao projeto de saídas de emergência, tendo índice de prescritividade absoluto igual a 70%. Essa ocorrência e outras mais que podem ser encontradas em análise mais pormenorizada, revelam que a matriz das normalizações brasileiras de segurança contra incêndio é comum, havendo completaidentidade entre os textos normativos no que tange a seu caráter prescritivo. De acordo com os resultados constantes da Tabela 5, verifica-se (vide Tabela 2) que há uma predominância, tanto entre as normas NBR's, quanto entre as IT's, do grau II de prescritividade, que corresponde ao índice de prescritividade normalizado situado no intervalo de 3,1 a 6,0. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 4. Conclusões A partir desses resultados, pode-se concluir que a grande incidência das normas e instruções técnicas de grau II representa um universo de média prescritividade. Isso significa que, em geral, esses documentos interferem de forma significativa na tomada de decisões e na liberdade projetual, conduzindo a soluções padronizadas e pouco flexíveis. A não ocorrência de nenhuma norma ABNT ou instrução técnica do CBPMESP no grau I, baixa prescritividade, reafirma a conclusão de o ambiente de projeto de segurança contra incêndio no Brasil ser tipicamente prescritivo com grau mediano de prescritividade, isto é, os profissionais de projeto são vinculados a grupos de materiais, de processos de cálculo e de dimensões projetuais predeterminados pelo órgão normativo. Registram-se apenas uma norma ABNT e três instruções técnicas no grau de prescritividade III. Isto ocorre porque seus comandos são fortemente determinantes da conduta profissional ao mesmo tempo em que essas normas têm considerável importância no conjunto de normas analisadas. Portanto o cenário normativo brasileiro atual faz supor certo grau de dificuldade na mudança da filosofia normativa prescritiva para a baseada em desempenho. Mas, sendo necessária a implementação de normas baseadas em desempenho no País, como resultado de uma demanda gerada pela inserção em uma economia globalizada e pela demanda pela optimização da relação benefício-custo, os resultados desse trabalho sugerem uma implementação gradual com um período relativamente longo de convivência entre normas prescritivas e normas baseadas em desempenho. Amplo treinamento por parte dos profissionais de projeto e das autoridades fiscalizadoras constitui também um aspecto importante para concretizar essa realidade. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 5. Referências bibliográficas BEYLER, C. L. Fire Safety Challenges in the 21st century. Journal of Fire Protection Engineering, v. 11, n. 01, p. 4-15, fev. 2001. [ Links ] CLARET, A. M. Resistência ao fogo de estruturas: alternativas técnicas para a redução do custo da proteção passiva. Ouro Preto: LARIN, 2000. 12p. (Relatório Interno). [ Links ] CLARET, A. M. Análise de risco de incêndio em sítios históricos. Brasília: Programa Monumenta, 2007. 103p. (Cadernos Técnicos 5). [ Links ] CUSTER, R. L. P., MEACHAM, Brian J. Introduction to performance-based fire safety. Quincy: National Fire Protection Association, 1997. 260 p. [ Links ] MATTEDI, D. L. Uma contribuição ao estudo do processo de projeto de segurança contra incêndio baseado em desempenho. Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto, 2006. 208 f. (Dissertação de Mestrado em Construção Metálica). [ Links ] MEACHAM, B. J. 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Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Data: 26/10/2011 / Fonte: Revista Emergência Os objetivos fundamentais da segurança contra incêndio são: minimizar o risco à vida e reduzir a perda patrimonial. Entende-se como risco à vida a exposição severa à fumaça ou ao calor dos usuários da edificação e, em menor nível, o desabamento de elementos construtivos sobre os usuários ou equipe de combate. A principal causa de óbitos em incêndio é a exposição à fumaça tóxica ou asfixiante que ocorre nos primeiros momentos do sinistro. Assim, a segurança à vida depende, prioritariamente, da rápida desocupação do ambiente em chamas. Edifícios de pequeno porte, de fácil desocupação, exigem menos dispositivos de segurança e a verificação da estrutura em situação de incêndio pode ser dispensada. Edifícios de maior porte, em que há dificuldade de se avaliar o tempo para desocupação e que um eventual desabamento pode afetar a vizinhança ou a equipe de combate, exigem maior segurança e verificação das estruturas em incêndio. Um sistema de segurança contra incêndio consiste em um conjunto de meios ativos (extintores, hidrantes, detecção de calor ou fumaça, brigada Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br contra incêndio, etc.) e passivos (resistência ao fogo das estruturas, escadas de segurança, compartimentação, etc.). O nível mínimo de segurança contra incêndio, para fins de segurança à vida ou ao patrimônio de terceiros, geralmente é estipulado em códigos ou normas. É intrínseco ao ser humano exigir segurança em seu local de moradia e de trabalho. Eis porque a segurança contra incêndio é correntemente considerada no projeto hidráulico, elétrico e arquitetônico. Atualmente, sabe- se que esta consideração deve ser estendida também ao projeto de estruturas de edificações de maior porte ou risco, em vista de os materiais estruturais perderem capacidade resistente em situação de incêndio. Leia o artigo completo na edição de outubro da Revista Emergência. Valdir Pignatta e Silva, Fabio Domingos Pannoni, Edna Moura Pinto e Adilson Antônio da Silva *Este artigo foi publicado originalmente no livro "A Segurança contra Incêndio no Brasil" com o título "Segurança das Estruturas em Situação de Incêndio", de Silva et al. (2008). Nesta edição, publicaremos a primeira parte do artigo. http://revistaincendio.com.br/ ABNT/CB-024 - Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br ABNT/CB-024 – SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO SUPERINTENDENTE: José Carlos Tomina Secretaria Técnica: Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo Secretária: Rosane Servare Praça Clóvis Bevilacqua, 421 - 3 sobreloja 01018-001 - São Paulo - SP Fone: (11) 3396-2324 - Fax: (11) 3396-2035 mailto: cb24@abnt.org.br ÂMBITO DE ATUAÇÃO: Normalização no campo de segurança contra incêndio compreendendo fabricação de produtos e equipamentos, bem como projetos e instalação de prevenção e combate a incêndio e serviços correlatos; análise e avaliação de desempenho ao fogo de materiais, produtos e sistemas dentro dos ambientes a eles pertinentes;medição e descrição da resposta dos materiais, produtos e sistemas, quando submetidos a fontes de calor e chama, sob condições controladas de laboratório, no que concerne a terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades. Excluindo-se a normalização de equipamentos de proteção individual que é de responsabilidade do ABNT/CB-32. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Decreto nº 897, de 21/09/76 e Legislações complementares • • Disponibilizamos para consulta o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP), Decreto nº 897, de 21 de setembro de 1976, que tem por propósito estabelecer os requisitos de segurança indispensáveis para as edificações construídas no território do Estado do Rio de Janeiro bem como as suas legislações complementares mais utilizadas. Clique AQUI para ler ou baixar em formato PDF o COSCIP Legislações Complementares: Decreto-Lei Estadual N° 247 – 21/07/1975 – Atribui competência ao CBMERJ para realizar estudos, planejar, executar e fiscalizar normas que disciplinam a segurança das pessoas e seus bens contra incêndio e pânico em todo o Estado do Rio de Janeiro. Decreto Estadual N° 35.671 – 09/06/2004 – Segurança Contra Incêndio e Pânico nas Edificações anteriores ao Decreto n° 897/76. Lei Estadual nº 938, de 16/12/85 - Dispõe sobre medidas que garantam a segurança de assistentes de espetáculos públicos e dá outras providências. Lei Estadual nº 1535, de 26/09/89 - Medidas que orientem os frequentadores de recintos fechados em caso de acidentes. Lei Estadual nº 1587, de 14/12/1989 - que dispõe sobre a fabricação e o uso de para- raios radioativos e dá outras providências. Lei Estadual nº 1866, de 08/10/91 - Proíbe a comercialização de fogos de artifício, artefatos pirotécnicos e dá outras providências. Lei Estadual nº 2026, de 22/07/92 -Proíbe a realização de espetáculos que impliquem maus tratos aos animais. Lei Estadual nº 2460, de 08/11/95 - Torna obrigatória a abertura de portas no sentido de dentro para fora em locais de reunião de público. Lei Estadual nº 2780 de 04/09/1997 – Obriga os condomínios fechados ao aumento das entradas para acesso de viaturas do Corpo de Bombeiros. Lei Estadual nº 2803 DE 07/10/1997 – Veda utilização e instalação subterrâneas para armazenamento ou transporte de combustíveis ou substâncias perigosas. Lei Estadual nº nº 3021, de 23/07/1998 – Autoriza a realização de rodeios e vaquejadas no Estado. Resolução SEDEC nº 109, de 21/01/1993 – Ficam aprovadas as Normas Técnicas n° EMG BM/7 001 e 002/1993. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Resolução SEDEC nº 111 de 09/02/93 – Define o Órgão próprio para a fiscalização dos estabelecimentos de diversões públicas. Resolução SEDEC nº 112, de 19/03/1993 – Fixa os valores a serem pagos pelos Estabelecimentos de Ensino do CBMERJ. Resolução SEDEC nº 124, de 17/06/1993 – Ficam aprovadas as Normas Técnicas n° EMG BM/7-003, 004 e 005-1 Resolução SEDEC nº 125 – 29/06/1993 - Aprova a Norma Técnica n° EMG BM/7 006. Resolução SEDEC nº 135, de 16/09/1993 – Somente a Diretoria de Serviços Técnicos (DGST), emitirá o Laudo nos casos que estabelece. Resolução SEDEC nº 136, de 30/09/1993 - Preenchimento do Documento de Arrecadação de Emolumentos. Resolução SEDEC nº 142, de 15/03/1994 - Baixa instruções complementares para execução do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP), dando nova redação à Portaria-002/78, e às Notas Técnicas, Normas Técnicas e Ordens de Serviço emitidas após a vigência do mesmo, até o ano de 1992 Resolução SEDEC nº 148, de 25/05/1994 – Define normas de procedimentos na análise dos projetos de edificações. Resolução SEDEC nº 166, de 10/11/1994 – Baixa instruções suplementares ao Decreto n° 897/1976 - COSCIP. Resolução SEDEC nº 169, de 28/11/1994 - Baixa Instruções complementares para a apresentação de projetos de segurança contra incêndio e pânico na Diretoria Geral de Serviços Técnicos do CBMERJ Resolução SEDEC nº 180, de 16/03/1999 – Aprova a utilização das tubulações de cobre nas instalações preventivas. Resolução SEDEC nº 278, de 21/12/2004 - Dá nova redação aos dispositivos da Resolução N° 112. Resolução SEDEC nº 279, de_11/01/2005 – Dispõe sobre a Avaliação e a Habilitação do Bombeiro Profissional Civil. Resolução SEDEC nº 284, de_25/04/2005 – Institui o novo Documento de Arrecadação de Emolumentos do Corpo de Bombeiros - DAEM, e dá outras providências. Portaria CBMERJ nº 383, de_10/03/2005 – Regulamenta os dispositivos da Resolução n° 279/2005, que trata a Avaliação e a Habilitação do Bombeiro Profissional Civil. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br A NOCIVIDADE NO TRABALHO: contribuição da ergonomia Ada Ávila Assunção Francisco de Paula Antunes Lima ASSUNÇÃO, A.A.; LIMA, F.P.A.. A contribuição da ergonomia para a identificação, redução e eliminação da nocividade do trabalho In: MENDES, R. Patologia do Trabalho. 2.ed. atualizada e ampliada. São Paulo: Atheneu, 2003. vol.2, parte III, cap.45, p.1767-1789. OS LIMITES DA EPIDEMIOLOGIA E DA HIGIENE PARA SE COMPREENDER A NOCIVIDADE NO TRABALHO A maioria das pesquisas sobre as causas dos problemas de saúde no trabalho se contentam em identificar os fatores de risco de uma doença, ou aqueles que possam alterar um estado de saúde. O conceito clássico designa risco como um fator cuja presença está associada a uma maior probabilidade de que determinada doença venha a se desenvolver. Mas quando se trata da prevenção dos danos à saúde dos trabalhadores, considerar a nocividade como fator é um erro conceitual, não sem poucas conseqüências na elaboração de medidas preventivas. Dentro do objetivo de melhorar a saúde no trabalho, de prevenir os acidentes, vigiar as instalações perigosas, de construir sistemas de trabalho que não seriam apenas destinados aos jovens homens em boa saúde, mas também às mulheres, aos velhos, aos incapazes fisicamente (Wisner, 1993)68, a listagem ou os check-lists de fatores de risco é insuficiente. Primeiramente, este instrumento não considera a ação de homens e mulheres reunidos por objetivos semelhantes em situações de trabalho. Desconsiderando a ação individual e coletiva dos trabalhadores, não apreende os complexos mecanismos de evitação do risco, seja pela elaboração de estratégias individuais (Gaudart, 1996)19, seja pela elaboração de estratégias coletivas (Assunção, 1998-3; Pueyo & Gaudart, 1997-51). O mais usual dos instrumentos de análise de postos de trabalho são as listas de verificação (ou check lists). Estas listas tem uma série de vantagens: são facilmente utilizáveis e bastante completas quanto aos itens considerados, pois sistematizam a experiência e o conhecimento já consolidado. Além de funcionarem como instrumentos de medida e de avaliação, servem de Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br ajuda à memória, evitando que se esqueça algum item importante na fase de análise ou de controle dos riscos. Entretanto, o que constitui sua principal vantagem é também a sua principal fraqueza. Quanto mais geral um instrumento, menos ele permite identificar problemas específicos dasituação de trabalho e dos modos operatórios. Assim, uma lista extensa de fatores que podem causar as LER, por exemplo, permite ver apenas o que já é conhecido e comum a todos os postos de trabalho, mas não aquilo que é específico aos postos em questão. Para usar um exemplo do cotidiano, é mais ou menos como aquelas pessoas que, para resolver seus problemas de visão, eram obrigadas a escolher uns óculos no conjunto exposto na banca do feirante. Certamente elas conseguiam enxergar melhor, mas não tão bem quanto poderiam se tivessem lentes corretivas personalizadas. Da mesma forma, na análise ergonômica do trabalho é necessário desenvolver técnicas de observação específicas e não usar check lists padronizados. Mas por que os check lists não funcionam e apenas fornecem, na verdade, uma visão grosseira e deturpada das condições de trabalho? Em primeiro lugar, quem os utiliza corre o risco de só enxergar o que a lista permite ver, isto é, o que ela já contém. Dessa forma, deixa-se de lado tudo o que pode ser diferente do que já se conhece sobre o problema a ser analisado. É evidente que esse tipo de análise deixa escapar a causa de novos problemas ou então a especificidade de cada situação de trabalho, incluindo o próprio trabalhador no que ele tem de singular. O uso de check lists comporta outros vícios inerentes ao próprio instrumento. Além de incluir apenas o que já se sabe sobre um problema, os check lists pretendem servir de instrumentos de avaliação e medida do risco de um determinado posto de trabalho, quando se trata de uma relação multifatorial. Aqui, a deficiência advém precisamente da extensão exagerada dos itens considerados. Quando se inclui um item que não é pertinente àquele posto, tende-se a diminuir a probabilidade da situação ser considerada de risco. Todos os fatores se eqüivalem. No caso das LER, por exemplo, a repetitividade é comparada ao uso de luvas, manipular materiais congelados ou estar submetido a vibração. Não se analisa como esses fatores se associam e se relacionam num posto de trabalho e atividade específicos, mas apenas se estão presentes ou não numa situação de trabalho. O que se ganha em facilidade e amplitude, perde-se em acuidade e profundidade necessárias para entender a complexidade da situação de trabalho. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br O princípio subentendido do check-list é que o parâmetro de comparação adotado passa a ser um posto de trabalho no qual estariam presentes todos os fatores desfavoráveis - na verdade um posto que não existe em lugar algum -, quando de fato se verifica que a presença de apenas um fator, dependendo da sua intensidade, pode desencadear as LER, e que há fatores que são preponderantes, notadamente o ritmo de trabalho e as posturas estáticas. Assim, mais importante do que reconhecer a presença de riscos, é saber como um fator determinado, afeta o corpo do trabalhador. Isto só é possível quando se entende como as pessoas trabalham, isto é, quando se compreende o que é a atividade de trabalho. Visto sob este ângulo, risco e condição insegura são relações, e não um fator ou uma condição em si. Pois, em primeiro lugar, os fatores de risco presentes nos ambientes de trabalho se combinam quando eles agem sobre o organismo. E além disso, um fator de risco tem repercussões variadas sobre o corpo. Em segundo lugar, os fatores de risco podem ter consequências sobre vários aspectos da vida do indivíduo. Por exemplo, as perturbações do sono e os problemas familiares em caso de trabalho noturno. Em terceiro lugar, a maioria dos estudos sobre os riscos à saúde dos trabalhadores repousa sobre a observação de grupos populacionais definidos pela sua exposição ou pela patologia profissional. O objetivo é estabelecer uma relação entre os fatores de risco (químicos, físicos, biológicos e ou ligados à organização do trabalho) e as doenças diagnosticadas. E quando não se conhece nenhum e nem outro, o que fazer diante das queixas ditas inespecíficas? OS LIMITES DA SEGURANÇA DO TRABALHO A análise e a prevenção de acidentes tem se apoiado essencialmente na confiabilidade dos sistemas técnicos, o que permitiu elevar o patamar de segurança naqueles setores onde há condições favoráveis à sua aplicação, como a aeronáutica, aeroespacial e nuclear1. Desta forma, pelo menos em setores considerados estratégicos, pôde-se chegar a uma taxa relativamente reduzida de acidentes (ver PERROW, 1984-49; REASON, 1990-52; AMALBERTI, 1996-2). Todavia, não há mais avanços significativos nesta área desde os anos 70, quando a taxa de acidentes nos setores mencionados atingiu um patamar que gira em torno de um evento por milhão. Se esta taxa for comparada à frequência de acidentes em outros setores, é evidente que houve um relativo progresso da segurança. Não obstante, os acidentes que ocorrem são considerados inaceitáveis, em parte precisamente devido à imagem Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br de segurança que lhes é associada. Além disso, o caráter catastrófico desses eventos (em alguns casos acarretando também danos e efeitos prolongados sobre o meio ambiente) faz com que a baixa frequência seja pouco significativa, devido ao aumento da gravidade dos acidentes. Mais recentemente, ao reconhecer as limitações das técnicas de confiabilidade, a engenharia de segurança começou a se interessar pelo fator humano, tentando estender ao comportamento humano os mesmos princípios e modelos utilizados para analisar os dispositivos técnicos, o que, evidentemente, não resolverá de todo o problema, porquanto, quando muito, se chegará ao mesmo impasse anterior (para uma análise crítica das técnicas de confiabilidade aplicadas à análise do erro humano ver Reason,1990-52). Entretanto, nessa tentativa enviesada há o reconhecimento de que o “fator humano” constitui um elo fundamental na operação dos sistemas sociotécnicos. Este breve balanço serve apenas para indicar que a prevenção de acidentes encontra-se diante de limites que colocam em xeque a prática convencional da engenharia de segurança. De modo geral, esses limites se manifestam nos seguintes aspectos, internos e externos à segurança propriamente dita: 1) supremacia da produção e do lucro a curto prazo em relação à segurança; 2) limitações da legislação e da normatização para garantir uma melhoria contínua da segurança dos sistemas produtivos; 3) ineficácia das prescrições de comportamentos e de procedimentos seguros, como tentativa de evitar os ditos “erros humanos”; 4) ação meramente corretiva quando se trata de “acidentes normais” e de riscos latentes inerentes aos sistemas complexos. Cada uma dessas limitações constitui, ao mesmo tempo, um limite do conhecimento, da formação e da prática da engenharia de segurança. Além das pressões sociais e de interesses específicos em jogo, esses setores possuem outras características que favorecem o desenvolvimento e a aplicação de técnicas sofisticadas de confiabilidade: base técnica desenvolvida (incluindo os processos de fabricação de componentes), facilitando o controle em toda a cadeia produtiva; custo elevado das instalações e das perdas decorrentes de possíveis acidentes, fazendo com que a balança da análise custo/benefícios penda na direção da prevenção. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 1. Supremacia da produção e do lucro a curto prazo em relação à segurança É uma questão antiga se a produção e o lucro são compatíveis com boas condições de trabalho e com a segurança.Comumente esta questão é colocada na forma de análise de custos e benefícios, através da qual se tenta demonstrar que a segurança se paga. Noutros termos, as melhorias de condições de trabalho deveriam ser consideradas como um investimento, em pé de igualdade com qualquer outro investimento produtivo, e não como um custo que apenas onera a produção. Todavia, os esforços direcionados à demonstração dessa compatibilidade e de convencimento dos empresários nunca deram resultados. A análise de custos x benefícios não aumenta a segurança, ao contrário, coloca-lhe peias, pois assume como pressuposto que as ações voltadas à segurança devem se pautar pelos cálculos de retorno financeiro. Se uma melhoria de condições de trabalho não propicia o retorno esperado ou se o retorno for muito incerto, então não se justificaria o investimento. Somente uma crença metafísica na compatibilidade total entre boas condições de trabalho e produtividade poderia justificar os investimentos, mas a realidade tem desmentido esse princípio em várias situações práticas, onde outros critérios acabam prevalecendo no momento de tomada de decisão. Assim, dependendo do custo da mão-de-obra, quando ela é muito barata é mais vantajoso, e tolerável segundo uma perspectiva puramente econômica, conviver com um número elevado de acidentes: considera-se “natural” convivermos com piores condições de trabalho no Brasil do que na Europa. O risco é parte inerente da atividade humana. O domínio do homem sobre a natureza só se desenvolve quando objetos desconhecidos são explorados. Não há como fazê-lo sem assumir uma certa dose de risco. De certa forma, o risco é o preço que se paga ao desenvolvimento da própria capacidade humana de tornar a vida mais confortável e mais segura. Todavia, esta argumentação abstrata não justifica a distribuição desigual dos riscos e das responsabilidades entre trabalhadores e os tomadores de decisão. Esse é o ponto falho da ideologia do “risco social”, que tolera os acidentes em nome do progresso econômico. Segundo Celso B. Leite, ex-secretário da Previdência Social, os acidentes e doenças do trabalho deveriam ser considerados como um “risco social”, sendo inadequada a concepção de risco profissional que acarreta a responsabilidade civil da empresa. De acordo com o autor, a concepção de que “são as máquinas da empresa que ferem ou matam os Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br empregados acidentados (...) pode ter tido suas razões de ser, mas hoje está ultrapassada, não só pelo seu teor de paternalismo mas também porque a mecanização das atividades é um imperativo do desenvolvimento tecnológico”. Sendo assim, afirma que “o risco profissional constitui de fato o inevitável <<risco do progresso>>, inerente ao anseio humano por recursos mecânicos e técnicos sempre mais avançados.” (Leite, 1977)28. Se não é possível o progresso sem acidentes, talvez seja possível com menos acidentes, ou mesmo diminuir o ritmo do desenvolvimento tecnológico para avaliar e controlar melhor os riscos. Não se trata, aqui, de contrapor utopias às necessidades econômicas, mas apenas reconhecer que a taxa de acidentes não é algo inevitável, inerente ao progresso técnico, mas sim socialmente determinada, segundo critérios de tolerância de cada época. Uma área particularmente crítica é precisamente aquela que está na dianteira do progresso técnico: a ciência. Nem sempre os próprios cientistas e seus auxiliares estão protegidos dos riscos decorrentes de suas atividades (contaminação por substâncias tóxicas e radioativas, ou por microorganismos etc.). Mas também aqui não é inevitável que esses riscos sejam assumidos pelos “trabalhadores da linha de frente”. Um certo controle social poderia minimizar os efeitos imprevisíveis desta atividade que está no limiar do conhecimento2. Assumir riscos também faz parte das atividades cotidianas que se desenrolam em qualquer processo produtivo. O que difere em cada atividade ou situação é a gravidade dos riscos e das consequências das decisões, o que também altera a forma de se estabelecerem compromissos entre objetivos conflitantes. Em certas situações os efeitos de decisões equivocadas podem ser corrigidos sem acarretar maiores consequências, em outras não se pode permitir o erro. Trabalhar implica necessariamente suprir as lacunas do que foi prescrito e, diante do real, para ser eficiente o trabalhador assume a responsabilidade por certas decisões (ver Quadro 4- Acidente do manobrista de locomotiva). Parte dessa realidade do trabalho é, hoje, reconhecida e incentivada através da melhoria contínua, do aumento do desempenho e da busca incessante de recordes de produção. O mundo da produção é invadido por performances esportivas: se fala em times e equipes, em bater recordes e em premiações. Mas quem arbitra o jogo? Quem decide o risco aceitável? Hoje, o maior obstáculo para a prevenção é que estas questões nem mesmo são colocadas: cada vez mais os móbiles da eficiência predominam sobre a segurança e sobre a prudência. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 2. A prática prevencionista como simples aplicação de leis e normas A intervenção da engenharia de segurança tem se limitado às exigências legais. Esse viés profissional do engenheiro de segurança está relacionado, entre outras coisas, ao próprio surgimento da profissão no Brasil, no bojo de uma série de medidas que procuravam conter o escândalo dos recordes de acidentes de trabalho nos anos 60 e 70. Os serviços de segurança internos à empresa e a presença do engenheiro de segurança se tornaram obrigatórios por força de lei, o que favorece um certo desvio da prática prevencionista. A reserva de mercado do engenheiro de segurança tem como contrapartida a ação nos limites do previsto na lei e de forma apenas legal. Não importa se a prevenção está sendo efetiva, importa se a lei está sendo cumprida. Há uma série de procedimentos, todos criados com as melhores intenções, que se tornam meros rituais uma vez que são incorporados à legislação e tornados obrigatórios na prática da engenharia de segurança e de outras profissões relacionadas à saúde ocupacional. O caso da NR-17, com a fixação de limites para entrada de dados, é paradigmático: desde que o número de toques esteja abaixo do limite legal, os novos casos de lesões por esforços repetitivos são descaracterizados e atribuídos a outras causas não relacionadas ao trabalho. O mesmo ocorre com a obrigatoriedade dos mapas de risco, do PCMSO e do PPRA, cumpridos apenas de forma ritualística e muitas vezes sem benefícios diretos para a segurança e a saúde do trabalhador. Ser engenheiro de segurança corresponde cada vez mais a saber de cor a pequena “bíblia verde”, o livro que contém as portarias e normas regulamentadoras. A discussão em torno de alterações das normas mobiliza mais tempo e esforço do que qualquer outra ação em prol da segurança. Não se pretende, aqui, menosprezar a importância da legislação e de seu aperfeiçoamento, mas sim colocar em questão o fato de que a aplicação da lei tenha se tornado a maior habilidade dos engenheiros de segurança. 2 Para uma proposta de controle social das inovações industriais, ver Castleman (1979)10. Além dessa deturpação evidente da prática prevencionista, as ações nos limite da lei reforça a ideia de culpabilidade. Dessa forma voltamos à época da caça às bruxas, do bode expiatório, e nos afastamos do espírito das luzes que caracteriza a produção incessante de conhecimento necessário para fazer face a eventos incertos e imprevisíveis como são os acidentes. Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro– Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br 3. Ineficácia das prescrições de comportamentos e de procedimentos seguros A engenharia de segurança é essencialmente fundada em normas e prescrições de atos seguros. Por isso, a maior parte das análises desemboca na identificação de atos inseguros. O acidente corresponde ao ato inseguro, a causa é substituída pela culpa ou responsabilidade penal, o inquérito policial substitui a análise das circunstâncias e do processo de produção. Não é a conclusão quanto aos atos inseguros que leva à prevenção baseada em mudanças de atitude e de comportamento, mas a sim a concepção racionalizante de que o comportamento humano é determinado exclusivamente pela consciência e que, portanto, o acidente decorre da falta de consciência do risco. O caso do acidente com o manobrista de locomotiva descrito no quadro 4 mostra os limites desta concepção. Se o trabalhador não usa o cinto de segurança não se procuram as causas objetivas e as circunstâncias que o levaram a se comportar desta forma: a análise esbarra na classificação de ato inseguro e de imprudência. Quando deveria estar à frente da legislação, aperfeiçoando-a, a prevenção anda, em verdade, a reboque do direito. O caso do mapa de risco é típico. Criado no seio do movimento operário italiano como um elemento de um conjunto de instrumentos de controle social da exposição a riscos ocupacionais, tornou-se, no Brasil, um instrumento burocrático e um simples meio de comunicação que enfeita paredes de escritórios e galpões, aos quais ninguém mais presta atenção e nem poderia prestar, tão atarefados estão com a produção. É hoje o símbolo maior do fetiche da consciência do risco, como se a regulação do comportamento decorresse direta e unicamente da consciência dos indivíduos. Mais ainda, o mapa de risco reflete um princípio cartesiano-racionalista extremado: todos os riscos podem ser identificados, quantificados e localizados fisicamente no ambiente de trabalho. Não se consideram as interações entre riscos, que podem se potencializar, sua evolução temporal e tampouco os determinantes não materiais das situações de trabalho. Escapam a esta técnica de análise e de registro os “acidentes normais”3 e os “riscos latentes” (Reason, 1990)52, que não são diretamente visíveis ou que resultam de interações complexas entre falhas menores. 4. Ação corretiva quando se trata de “acidentes normais” (sistemas complexos) Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br Os engenheiros e técnicos de segurança são treinados para aplicar técnicas, não para desvendar casos, interpretar e propor novas explicações e evidenciar a complexa trama causal dos acidentes. De modo geral, somos treinados a ver os acidentes como eventos anormais, e não a ver nos eventos normais do cotidiano a origem potencial e latente dos acidentes. A prevenção encontra-se, assim, diante de um paradoxo: os “acidentes normais” reduzem a prática de segurança a uma ação meramente corretiva; só analisamos e agimos após o fato ocorrido. Os engenheiros se tornam bombeiros correndo atrás do prejuízo e apagando incêndios. Podemos ainda falar de prevenção se é necessário esperar que certos tipos de acidentes ocorram para somente então admitir sua possibilidade? Se a resposta é afirmativa, então é necessário reconhecer que a casualidade passa uma rasteira na causalidade e voltamos às explicações dos acidentes como fatalidade, a fortuna contra a qual os homens nada podem fazer. Na prática, os acidentes que continuam ocorrendo, apesar dos programas de prevenção, são considerados como decorrentes da fatalidade, de eventos fortuitos imprevistos e imprevisíveis. No entanto, é bem possível que, tal como em uma crônica de uma morte anunciada, eles tenham se manifestado através de sinais aos quais não foi atribuída nenhuma importância. Os engenheiros de segurança e as técnicas convencionais não são capazes de explicar esses eventos, nem de aprender com eles, o que seria possível caso a análise evidenciasse alguns princípios gerais, permitindo se antecipar a outros acidentes que possuem uma mesma natureza. 3 O termo “acidentes normais” foi cunhado por Perrow (1984)48 para caracterizar acidentes de grandes proporções que ocorrem quando o sistema está funcionando bem ou quando apresenta falhas menores. Esses acidentes decorrem da complexidade dos sistemas, cujas intrincadas relações criam situações que fogem ao controle dos operadores e que também não podem ser antecipadas pelos especialistas em segurança. Há, aqui, uma defasagem entre a produção de novos conhecimentos, teorias e metodologias de análise e sua assimilação pela prática. A pesquisa própria, isto é, por iniciativa dos técnicos e engenheiros, e a incorporação de novas teorias à prática de prevenção avançam lentamente e apenas como casos isolados. A aprendizagem constante, o interesse em investigar as causas dos acidentes, a preocupação em desvendar a trama complexa dos acidentes normais, em vasculhar o palheiro em busca das agulhas que são os incidentes e os mecanismos de regulação cotidianos, em identificar e Rua Dr. Moacir Birro, 663 – Centro – Cel. Fabriciano – MG CEP: 35.170-002 Site: www.ucamprominas.com.br e-mail: diretoria@institutoprominas.com.br desarmar as bombas-relógio que são os acidentes latentes, nada disso instiga os prevencionistas que se limitam a aplicar as normas para deixar a sua consciência jurídica dormir em paz. A atividade de trabalho é contextualizada Uma dos aspectos que ajuda a explicar a diferença entre o trabalho prescrito e o trabalho real é que a atividade se realiza sempre em contextos específicos. Apesar da tentativa de se controlar todos os fatores intervenientes na produção, sempre ocorrem incidentes e variações que mudam a situação de trabalho: a matéria-prima não é fornecida a tempo ou na qualidade desejada; as ferramentas se desgastam, as máquinas se desregulam ou quebram; colegas faltam ou entram novatos na equipe; os modelos de produtos se modificam; etc. Mesmo se todos esses parâmetros fossem controlados e mantidos dentro de margens de segurança aceitáveis, ainda assim haveria algo que sempre muda, o próprio trabalhador: hoje está mais cansado do que ontem, não dormiu direito, está preocupado com a falta de dinheiro, neste ano está evidentemente mais velho do que no ano anterior, mas também mais experiente, aprendeu como fazer esta montagem que era considerada difícil, desenvolveu mais uma habilidade etc. Portanto, longe de ser um conjunto de regras conhecidas de antemão, a atividade é um conjunto de regulações contextualizadas, no qual tomam parte tanto a variabilidade do ambiente quanto a variabilidade própria ao trabalhador. Por isso, para se entender o que é o trabalho de uma pessoa, é necessário observar e analisar o desenrolar de sua atividade em situações reais, em seu contexto, procurando identificar tudo o que muda e faz o trabalhador tomar micro-decisões a fim de resolver os pequenos mas recorrentes problemas do cotidiano da produção. Estas situações são tão numerosas, e dependentes das circunstâncias, que os trabalhadores as esquecem tão logo o que as motivou desapareça. Por esta razão, a análise ergonômica do trabalho requer um longo tempo de observação, acompanhando o trabalhador durante a realização de suas tarefas e em situações variadas. A atividade de trabalho funda-se sobre regulações subconscientes Um outra dificuldade para compreender a atividade de trabalho é que várias das habilidades desenvolvidas pelos trabalhadores tornam-se automatismos, isto é, hábitos de comportamento que são eficazes, mas que são colocados
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