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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
JUSTIÇA AMBIENTAL – PAPAEL DO JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO
HAGNA LIRA
GOIANIA
2017
JUSTIÇA AMBIENTAL – PAPAEL DO JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
PRINCIPAIS PONTOS APRESENTADOS 
Leis ambientais
Funções
Obrigações
INTRODUÇÃO
	Nos últimos anos, a humanidade vem degradando o meio ambiente de forma cada vez mais preocupante, colocando em risco a sua própria sobrevivência. São inúmeros os problemas ambientais vividos nos últimos tempos, como escassez da água, aquecimento global, entre outros. Todos esses agravos ao meio ambiente fizeram com que a normas de proteção ambiental também fossem evoluindo ao longo dos anos. Pode-se afirmar que muito já se avançou no que tange à tutela ambiental, que sobretudo, é garantida pela Constituição da República de 1988. Proposto em Estocolmo, estabelece-se no Capítulo “VI-DO MEIO AMBIENTE”, em seu artigo 225 que: 
 	“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
	Além de prever esse direito ao meio ambiente equilibrado, a Constituição Federal impôs ao Ministério Público a árdua missão de proteção do meio ambiente, dotando-o de instrumentos importantes para sua atuação.
ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
	A atuação do Ministério Público na tutela do meio ambiente progrediu ao longo dos anos, na medida em que o ordenamento jurídico foi lhe atribuindo a função de proteção ambiental, dotando-o de instrumentos para o exercício efetivo da função.
	Em 1981, com a aprovação da Lei n. 6.938, foi instituída a Política Nacional do Meio Ambiente, com o objetivo de preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (art. 2º da Lei n. 6.938/1981).
	Referida legislação atribuiu ao Ministério Público da União e dos Estados a legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente (art. 14, §1º da Lei 6.938/1981).
	A efetividade dessa medida somente tomou força com a aprovação da Lei n. 7.347/1985 (Lei de Ação Civil Pública), a qual legitimou o órgão a propor a ação e também colocou sob sua responsabilidade um poderoso instrumento investigatório, o inquérito civil.
	Por meio do inquérito civil tornou-se possível a investigação do dano e a justa causa para a propositura da ação.
	Com a aprovação da Constituição Federal de 1988, o Ministério Público, de forma aperfeiçoada, obteve a competência para propor a ação civil pública para a proteção do ambiente.
	Com efeito o artigo 129, inciso III, da CF/88 dispõe que são funções institucionais do Ministério Público: “promover o inquérito civil e ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”.
	Dessa forma, o órgão ministerial passou a atuar de modo efetivo na esfera cível, a fim de garantir a proteção ao meio ambiente, que, por sua vez, foi estampada de forma clara no texto constitucional, em seu artigo 225, caput, senão vejamos:
	“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1988).
	O próprio cenário de degradação tem ocasionado maior atuação do Ministério Público na esfera ambiental.
	Em Minas Gerais, ao longo dos anos, a instituição tem-se evoluído de modo a garantir cada vez mais a atuação em prol do meio ambiente. E ainda conta com:
Promotorias Especializadas na Defesa do Meio Ambiente;
Coordenadorias Regionais das Promotorias do Meio Ambiente;
Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais (NUCAM), responsável por orientar os Promotores de Justiça em caso de significativo impacto ambiental; 
	Em relação à esfera penal, da qual o Promotor de Justiça é o legítimo autor, a atuação limitava-se ao Código Penal, Lei de Contravenções Penais e outras legislações esparsas, o que deixava muitas dúvidas.
	Visando a sanar essa deficiência no ordenamento jurídico, aprovou-se, em 1998, a Lei n. 9.605 (Lei dos Crimes Ambientais), a qual dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
	Assim sendo, o Ministério Público passou a ter todo o aparato para uma atuação efetiva em prol da proteção ambiental, tanto na esfera cível quanto penal, possuindo os Promotores de Justiça a missão de promover e defender os valores ambientais que garantam um meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações, de modo a contribuir para o processo de transformação social.
	Em suma, a atuação do Ministério Público na área ambiental realiza-se por meio da investigação via Inquérito Civil Público, do ajuizamento de Ações Civis Públicas e no processamento dos crimes ambientais.
PAPEL DO JUDICIÁRIO 
Em relação ao Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como órgão difusor de técnicas administrativas e com o objetivo de padronizar as formas de atuação, recomendou aos Tribunais (Recomendação nº 11/2007) a adoção de políticas públicas que visem a formação e recuperação de um ambiente ecologicamente equilibrado, além da conscientização dos servidores e jurisdicionados sobre a necessidade de efetiva proteção ao meio ambiente. São exemplos dessas políticas públicas: 
Utilização de papel reciclado e não clorado nos impressos do Poder Judiciário, sejam de natureza administrativa ou processual;
Instituição da coleta seletiva de resíduos, destinando recipientes individuais para plástico, papel, metal e vidro, e a ulterior doação do material coletado a entidades assistenciais que se responsabilizem pela correta utilização do material para a devida reciclagem; 
Aquisição de impressoras que imprimam, automaticamente, em frente e verso; 
Aquisição de bens e materiais de consumo que levem em consideração o tripé básico da sustentabilidade: ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável; 
Utilização sustentável da energia e dos combustíveis; e
Utilização de edifícios com observância da proteção ao meio ambiente.
Ainda no âmbito do CNJ, a Resolução nº 70/2009 classifica a Responsabilidade Social e Ambiental como atributo de valor para a sociedade. No ano de 2010, foi fixada, entre as metas do CNJ, a meta 6 —que estabelecia que os tribunais reduzissem em pelo menos 2% o consumo per capita de energia elétrica, telefone, papel, água e combustível.
A preocupação deve ser permanente e não de forma isolada somente no horário de expediente para cumprir recomendações do CNJ. Afinal, hoje o juiz não é mais visto somente como autoridade cuja função é de mero aplicador das leis. No passado, talvez bastasse esse papel ao magistrado. Mas não nesse contexto contemporâneo.  O juiz deve voltar seus olhos para os anseios e necessidades ambientais de toda a sociedade. E, enfim, dar exemplo de boas práticas sustentáveis. Como bem disse Gandhi: “Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”.
BIBLIOGRAFIA
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18565&revista_caderno=5
https://jus.com.br/artigos/31029/o-papel-do-poder-judiciario-no-meio-ambiente
 https://m2.jusbrasil.com.br/artigos/136283371/o-papel-do-poder-judiciario-no-meio-ambiente

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