Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 1\62 Curso de Administração Disciplina: Logística Professor: José Carlos Meca Vital Apostila da disciplina: Logística do Curso de Logística, – ministrado pelo professor José Carlos Meca Vital. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 2\62 Sumário Curso de Administração ................................................................................................................. 1 Disciplina: Logística ....................................................................................................................... 1 Professor: José Carlos Meca Vital .................................................................................................. 1 Apostila da disciplina: Logística do Curso de Logística, – ministrado pelo professor José Carlos Meca Vital.................................................................................................................................. 1 1. Definição e como surgiu a Logística ........................................................................................... 3 2. Logística Empresarial ................................................................................................................ 8 3. As principais Operações e a Evolução da Logística ..................................................................11 4. Importância da Logística nas empresas de Produção; Comercio e Prestadora de Serviço ........17 5. A importância do MRP II, JIT, Kan Ban na Cadeia de Suprimentos ...........................................29 6. Profissional de Logística ...........................................................................................................41 7. Sistemas de Transporte ............................................................................................................42 8. Analise dos Modais ...................................................................................................................48 9. Compilação das principais áreas que compõem a Logística ......................................................54 10. Logística Reversa ..................................................................................................................57 11. Referências Bibliográficas .....................................................................................................62 Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 3\62 Capitulo 1 1. Definição e como surgiu a Logística O conceito da logística, existe desde a década de 40, inicial foi utilizada na guerra pelos EUA e relacionava-se a todos os processos de aquisição e fornecimento de materiais durante a segunda guerra mundial e foi utilizada em todos os sentidos para atender aos objetivos de combate. “É o processo de planejar, implementar, controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de materiais primas, estoques durante a produção e produtos acabados, e as informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender os requisitos do cliente”. Fonte: Council of Logistics Management – CLM/USA - www.clm1.org O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês Logistique e tem como uma de suas definições: “a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou administrativos”. Termo de origem militar - Livro “Da Guerra” de Carl Von Clausewits - Comandante Chefe do exército da Prússia o Agilidade nos deslocamentos / posicionamentos das tropas / provisões / munições - Padronização. O termo logístico tem sua origem no meio militar, estando relacionado a atividade de abastecimento de tropas: A análise histórica mostra que guerras foram ganhas ou perdidas em decorrência da eficiência ou não do sistema logístico: Derrota das tropas napoleônicas na Rússia. Durante a Segunda Guerra Mundial foram realizadas operações logísticas diversas com destaque para o dia “D” em 06 de junho de 1944. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 4\62 1.1. Surgimento da Logística 1.1.1. Antes de 1950 Até o 1950 as atividades de logística nas empresas tinham vários conflitos em virtude da sua divisão de responsabilidade. Geralmente o transporte estava sob o comando da gerencia de produção, estoques eram responsabilidade de marketing, finanças. Pedidos controlado por finanças ou produção. Neste período poucas empresas, sabiam quanto era o seu custo logístico. 1.1.2. Entre 1950 e 1970 Partir dos anos 50 e 60, as empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente. Foi então que surgiu o conceito de logística empresarial, motivado por uma nova atitude do consumidor e está variedade de produtos aumentou o custo logístico em função da manutenção dos estoques que a empresa precisa manter. Em 1970 ocorreu o aumento de preço no petróleo. A Disciplina surgiu em Harvard - década de 50: a. 1º livro editado: “Business Logistics” – Baseado no trabalho da marinha norte- americana durante a 2ª Guerra. b. Tratava sobre a unitização/sincronização entre transportes Rodoferroviário e Naval. c. Criação de navios especializados e padronizados para transporte dos mais variados tipos de suprimentos e materiais. 1.1.2.1 Ambiente produtivo na década de 1950 a. Realocação da estrutura industrial, gerencial e tecnológica montada durante a II Guerra Mundial; b. Popularização dos bens de consumo; c. Materiais e mão-de-obra representando a maior parcela dos custos de produção; d. Produção voltada para mercados locais; e. Fidelização a marcas. 1.1.2.2. Ambiente da Logística em 1960 Nos anos de 1960, a logística tinha principalmente, uma vertente operacional, isto é, era vista como sistema de atividades integradas. 1.1.3. Entre 1970 e 1980 Nos anos 1970, passou a ser caracterizada por ter uma área funcional e estratégica. Surgindo a consolidação dos conceitos como o MRP (Material Requirements Planning). Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 5\62 1.1.4. Em 1980 Já nos anos 1980, a logística passa a ser vista como serviço. Começam a aparecer os sistemas logísticos de informaçãoe a logística como “pipeline total” (fluxo de mercadorias). Após os anos 80, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações para moldes mundiais de operação. 1.1.5. Após 1990 Nos anos 1990, surge a “gestão da cadeia logística” – (Carvalho 2002, pg. 32). Finalmente, na atualidade, a função logística interage basicamente com quatro setores das empresas; criando uma rede logística: 1. Marketing, 2. Financias; 3. Controle da produção 4. Gestão de recursos humanos. 1.1.5.1. Interação dos quatro setores cria: a. Forte relação com o cliente; Abrangendo valores e aumento do “Market Share”; b. Contribui para a eficiência da produção; Aumento de produtividade e redução de custos; c. Vantagem competitiva: I. Concentrar no seu verdadeiro negócio, diferenciando a empresa positivamente, II. Formando parcerias e adquirindo, externamente, componentes e serviços. d. Otimização global de custos e de desempenho; São mais expressivos do que a soma dos possíveis ganhos de cada participante na cadeia de distribuição. e. Processo “ganha-ganha”. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 6\62 1.1.5.2. Final década de 90 e Início de 2000 Final da década de 90 e início do ano 2000; inicia a estabilização da economia em âmbito mundial; economia de mercado; globalização; recessão. 1.1.5.3. Principais Operações e Evoluções da Logística Com as mudanças do comportamento das pessoas e os eventos ocorridos no mundo, surge pontos importantes e que são trabalhados até os dias de hoje. 1.1.5.4. Século XXI No processo de evolução mundial e na economia brasileira onde ocorrem importantes mudanças; tais como: a. Fusões; b. Aquisições de empresas; c. Alianças estratégicas. Onde parte considerável destas mudanças relaciona-se com profundas alterações nos sistemas de valores de todos os segmentos da Economia. A busca da competitividade relaciona-se cada vez mais com a busca de um ótimo processo sistêmico que vai além das fronteiras das empresas. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 7\62 Neste contexto a Administração da Logística, ganha novas dimensões, integrando todas as atividades ao longo da cadeia de valores até ao cliente final. 1.1.5.4.1. Razões pela qual a logística vem despertando interesse a cada dia Rápido crescimento dos custos, principalmente os ligados ao transporte e armazenagem: a. Desenvolvimento de tecnologias capazes de administrar com eficiência a massa de informações necessárias para a análise de um problema logístico. b. Crescente grau de complexidade para a administração de materiais e da distribuição física de produtos. c. Distribuição de maior gama de produtos logísticos. Nota: Os custos sempre se apresentam como parte importante nos processos decisórios na administração logística. Variam muito de importância de indústria para indústria, de comércio para comércio, etc.... na medida em que se tenta balancear os custos básicos de operações de transporte e de manutenção dos estoques, de forma que isto resulte em custos totais relativamente baixos. A importância dos custos dentro da organização dependera principalmente das características físicas dos produtos e de que jeito a alta administração encara a logística dentro da corporação. 1.1.5.4.2. Estratégia da Logística nos dias de hoje Plano de comprometimento de recursos: financeiros e humanos, com vistas ao suprimento de insumos (matérias-primas, materiais auxiliares a produção, etc....), desde a aquisição do material junto ao fornecedor, parceiro até sua chegada a empresa, suporte ou apoio a produção (planejamento de produção / administração de estoques e movimentação interna) dos itens a serem produzidos pela empresa e a distribuição dos produtos acabados ao cliente final. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 8\62 Capitulo 2 2. Logística Empresarial A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de e o processo de planejamento, com eficiência das matérias primas e componentes, serviços e das informações relativas desde; o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender as exigências dos clientes. Agregando aos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável” (Ballou, Logística Empresarial, p.24). A logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem ao ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos dos clientes (Council of Logistics Management). O desenvolvimento da logística empresarial, se deu a partir da segunda metade do século XX. O custo de manutenção de estoque, surgiu a partir da década de 1950 em função que os mercados passaram a demandar uma maior variedade e qualidade dos produtos ofertados. 2.1. As três dimensões da Logística A logística tem três dimensões principais: a. Dimensão de Fluxo: Suprimentos, transformação, distribuição e serviço ao cliente. b. Dimensão de Atividades: Processos operacionais, administrativos, de gerenciamento e de engenharia. c. Dimensão de Domínios Gestão de fluxos, tomada de decisão, gestão de recursos, modelo organizacional. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 9\62 2.1.1. Exemplo: Um grão de milho que virá a ser Pipoca Ele crescerá em espiga no campo, será colhido e ensacado. O agricultor venderá a uma empresa, que por sua vez o repassará ao pipoqueiro: Todas as etapas ocorreram: processos produtivos, logísticos; administrativo: 1) O agricultor, realiza o processo produtivo: a) Primário: Plantar; colher; transportar da lavoura até o galpão para: secar, embalar saco de 60 kg e estocar: o milho de pipoca; b) Secundário: Vender o milho de pipoca produzido com qualidade. 2) Empresa compradora, realiza o processo produtivo: a) Transportar da lavoura até a empresa; b) Realizar os processos Produtivo: i) Limpeza do milho; ii) Embalar em pacote de 500 gr; iii) Embalar pacote com 24 unidades; iv) Armazenar.c) Realizar o processo de comercialização: i) Vender o milho de pipoca para os atacadistas e supermercado; ii) Emitir a nota fiscal; iii) Emitir as duplicatas; iv) Transportar até os compradores; v) Material armazenado no comerciante, foi um processo operacional de armazenagem. d) Pipoqueiro: i) Realiza o processo de comprar, transportar até a sua residência e armazenar adequadamente; ii) Transportar o carrinho de pipoca e os insumos até o ponto de venda; iii) Processo Produtivo e Distribuição: (1) Transformar o milho de pipoca: em pipoca com sal; (2) Embalar em saco de venda; (3) Receber e retornar o troco quando necessário. iv) Qualidade do Produto e do Serviço: O cliente elogiar o sabor da pipoca; Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 10\62 v) Marketing: (1) Demostrar higiene no local; (2) Atender com sorriso os clientes, (3) Cliente retornar a comprar. Vídeo: PIPOCA DO VALDIR - EMPREENDEDORISMO POPULAR 2.1.2. Analise do processo Logístico: Um Grão de Milho de Pipoca e o pipoqueiro Em todos os momentos foram demonstrado que em tudo, que fazemos existe um fluxo; tais como: controle de entrada, saída, controle gerencial, processo de decisão, lidar com estratégias, princípios de planejamento, Comunicação interna e externa, utilização dos recursos, arranjo físico, recursos humanos, métodos de trabalho e ferramentas, uma visão organizacional, todos os envolvidos no exemplo acima determinaram a sua estrutura, missão e valores do seu negócios, gerenciando com perspectiva para o presente e para o futuro, criando uma cultura para o seu negócio, no caso do pipoqueiro dando palestra da metodologia do processo de produção, qualidade, marketing e como ele realiza a sua venda com objetividade e eficiência, pois os clientes retornam para comprar. A importância de se introduzir o conceito de dimensões é fazer-nos lembrar, a cada passo dado na análise de um sistema logístico, que nunca podemos pensar de forma reducionista de causa e efeito: há muitas variáveis independentes que integram para provocar um efeito e devemos utilizar todas as ferramentas disponíveis para analisá-las. 2.1.3. Outra visão da Logística agregando valor: Principalmente na Produção É crescente a conscientização de que a Logística agrega valor: a. Lugar: Ex.: entrega de um produto qualquer e em qualquer lugar; b. Tempo: Ex.: distribuição de jornais; c. Qualidade: Ex.: ausência de avarias, de acordo com o especificado; d. Informação: Ex.: rastreamento de veículos, Sedex; compra por internet: o status on line do pedido até a sua entrega. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 11\62 Capitulo 3 3. As principais Operações e a Evolução da Logística 3.1. 1ª Fase da Logística 3.1.1. Características da 1ª fase da logística a. Controle de custos; b. Despachos econômicos (visão de transportes); c. Controle de estoque baseado no modelo EOQ (Lote Econômico): I. Subsistemas otimizados servindo de estoque pulmão. 3.1.2. Aspecto Geral Inexistência de sofisticados sistemas de comunicação e informática. 3.1.2.1. Fluxo do Processo de Venda: a. Vendas eram realizadas de forma manual, b. O vendedor analisava a disponibilidade do produto solicitado no depósito, c. Preenchia na sequência a nota fiscal de venda ou pedido, d. Encaminhava via papel ao depósito, e. Programava-se a entrega do pedido para o Cliente. 3.1.2.2. Fornecedor Na busca pela redução das despesas da empresa, comprava do fornecedor, que oferecessem: a. Menores preços, b. Melhores condições de entrega. 3.1.2.3. Aspectos Gerais Dessa forma, somente o ato de se fazer o pedido consumia bastante tempo e custos. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 12\62 Era gerado grandes volumes de estoques ao longo de toda a cadeia logística, levando a um crescimento ainda maior dos custos (Novaes, 2001). O nível de estoque era controlado de forma periódica através de práticas como a “Quantidade Econômica de Pedido”. Por meio desta, os estoques eram renovados de forma a minimizar o valor total gasto com custo de inventário, transporte e para elaborar o pedido. Não havia uma preocupação com os custos logísticos, neste momento estava sob o enfoque puramente corporativo. Cada empresa buscava reduzir ao máximo seus custos, mesmo em detrimento de outros elementos da cadeia de suprimentos. 3.2. 2ª Fase da Logística Integração rígida entre subsistemas, mas com otimização dois-a-dois sistemas. 3.2.1. Características da 2ª fase da logística a. Maior oferta de produtos; b. Crise do petróleo; em 1970, com aumento de preço, afetou a logística; c. Maior integração entre pedidos de fabricação e despacho; d. Processo de decisão mais integrado; e. Maior importância dada ao profissional de logística; f. Otimização parcial (dois-a-dois); g. Uso crescente dos recursos de informática. 3.2.1.1. Aspectos Gerais Nessa fase, começou a se verificar uma certa inversão de valores no contexto social. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 13\62 A sociedade não se mostrava mais satisfeita com a padronização de produtos, exigindo, portanto, uma maior variedade de opções. Exemplo: Henry Ford – Todo carro era preto. Dessa forma, aos poucos foram sendo verificadas mudanças nos sistemas produtivos, que foram se tornando mais flexíveis, de forma a proporcionar maior leque de opções. No passo em que cresceram as variedades de cada produto, aumentaram também as suas concentrações em estoques. Esta influência surgiu a partir da década de 1950, onde os produtos, passaram a necessitar de uma maior variedade e com qualidade. Esta maior variedade, elevou os custos de logística e a manutenção dos estoques. Diante de todas essas mudanças, os elementos chaves passaram a ser a otimização de atividades, assim como seu planejamento, na busca da racionalização integrada da cadeia de suprimentos. Apesar do planejamento logístico já possuir nessa fase um alcance que vai além das fronteiras organizacionais, abrangendo também clientes e fornecedores, tal planejamento era caracterizado por ser ainda bastante rígido, não permitindo correções em tempo real. 3.3. 3ª Fase da Logística Integração flexível entre subsistemas com otimização global. Formando um duto flexível, adaptável às alterações externas. 3.3.1. Características da 3ª fase da logística a. Satisfação dos clientes; b. Estoque zero (Just in Time); c. Prazos mais curtos possíveis; d. Custos baixos; Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 14\62 e. Grande competitividade; f. Integração total da logística; g. Uso intensivo da informação e da informática. 3.3.1.1. Aspectos Gerais A terceira fase, começou no final da década de 1980, e ainda está em fase de implementação em muitas empresas, é caracterizada pela mudança de natureza do planejamento, que passou a assumir um caráter mais flexível, respondendo melhor às necessidades instantâneas do processo. A integração dinâmica e flexível foi verificada ao longo da cadeia de suprimentos, envolvendo não só as relações internas da empresa, mas também o relacionamento entre a empresa e seus fornecedores e clientes. Tal relacionamento ainda se dava, no entanto, de dois em dois, entre as entidades da cadeia logística. Nesta fase desenvolveu o importante conceito de Logística Integrada, foi bastante influenciada pelo emprego de poderosas tecnologias de informação e sistemas de comunicações, que contribuíram para uma grande revolução na forma de se tratar as informações. A mudança no nível de integração foi favorecida pela adoção do EDI (Intercâmbio eletrônico de dados), que conduziu à flexibilização do processo de programação e a troca de informações on line. As informações, que antes só apresentavam alguma funcionalidade no tratamento histórico, passaram a ser essenciais para atualização de dados em tempo real. As melhorias no sistema de controle de estoque foram propiciadas pela introdução do código de barras em supermercados. Esta tecnologia possibilitou o aumento do nível de integração entre o setor de vendas com depósitos e centros de distribuições. A coleta de dados, assim como a troca de informações, antes realizada de forma manual, sujeita a procedimentos demorados e muitas fontes de erro, passaram a serem realizadas de forma automática, com o emprego de tecnologias de captura de dados operantes em radiofrequência (Bowersox, 2001). Exemplo de forma automático: OEE - Eficiência Global de Equipamento. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 15\62 3.4. 4ª Fase da Logística Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Em alguns casos já não se distingue claramente as fronteiras entre os subsistemas. 3.4.1. Características da 4ª fase da logística a. Uso da postergação; b. Empresas ágeis; c. Combinação de hardware e software; d. Uso crescente de compras eletrônicas para diminuir estoques; e. Transportes otimizados e monitorados em tempo real; f. Compromisso com as questões ambientais: Logística Reversa. Exemplo: Injeção Plástica. 3.4.1.1. Aspectos Gerais Na quarta e última fase, que se estende até os dias atuais, o pensamento logístico assumiu uma visão mais estratégica no meio empresarial. Nesta fase ocorreu bastante influência dos efeitos da globalização. Diante desse novo contexto, em que a Logística passou a ser vista como poderosa arma estratégica na conquista de novos mercados, se desenvolveu o importante conceito de Supply Chain Management. Conceito este, que propiciou uma integração ainda mais forte entre todos os elementos da cadeia produtiva, levando-os a atuar de forma conjunta, visando alcançar um objetivo comum que gerasse benefícios a todos. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 16\62 Dessa forma, pretendia-se reduzir custos e desperdícios; reduzir estoques que se acumulam ao longo dos vários elos da cadeia de suprimentos; melhorar a qualidade de serviços ao consumidor final e minimizar o ciclo de vida do pedido. Enquanto nas fases anteriores da evolução logística, podia-se perceber um papel bem delimitado entre os vários elementos que compunham a cadeia logística, na quarta fase, tal separação já não é mais tão nítida. De forma que se pode observar um certo grau de interseção entre as operações envolvidas ao longo da cadeia logística. Esta fase é denominada, segundo o estudo proposto por John Kent e Daniel Flint, como a Era do Supply Chain. Na medida em que a logística abandonou seu caráter operacional, migrando para o nível estratégico, passou a ser denominada de Logística Integrada. Verificou-se assim, uma maior preocupação do processo logístico como um todo, envolvendo maior controle de toda a cadeia produtiva entre fornecedores, distribuidores e consumidores. É nessa fase, que também se verifica maior influência do movimento de qualidade total, e conceitos do sistema de Produção Enxuta, através de práticas como o JIT (Just in Time) e Kan ban. Tais técnicas e procedimentos contribuíram para um grande avanço da qualidade e produtividade, sobretudo, nos países industrializados de economia de mercado (Fleury, 2003). Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 17\62 Capitulo 4 4. Importância da Logística nas empresas de Produção; Comercio e Prestadora de Serviço 4.1. Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM - Supply Chain Management) Cadeia de Suprimentos é um “Conjunto de empresas vinculadas direta ou indiretamente ao processo de suprimentos ou de distribuição de uma empresa-foco”. (Lambert, 2001). Este sistema tem como objetivo; administrar de forma integrada, o fluxo total dos canais de abastecimento ou distribuição desde o fornecedor até o último elemento da cadeia. Este conceito vem revolucionando as relações na produção de bens e serviços. O conceito de Supply Chain Management, surgiu como uma evolução natural do conceito de Logística Integrada. A Logística Integrada representa uma integração das atividades interna e o Supply Chain Management representa a integração das atividades externa, pois estende a coordenação dos fluxos de materiais e de informações aos fornecedores e ao cliente final. 4.1.1. A gestão da cadeia de suprimentos; como um todo pode proporcionar uma série de maneiras pelas quais é possível: a. Aumentar a produtividade, b. Contribuir significativamente para a redução de custos, c. Identificar formas de agregar valor aos produtos. 4.1.2. Principais barreiras a serem vencidas para se atingir o SCM; são: a. Modernização organizacional das empresas. b. Implementação de sistema interligando todos os parceiros. c. Sistemas de custos adequados. d. Transparência de informações entre os parceiros da cadeia Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 18\62 4.2. Visão de Gestão de Cadeia de Suprimentos SCM: Gestão ESTRATÉGICA de fluxos de materiais e de informações! 4.2.1. Este sistema gera: a. Controle total de inventário. b. Fluxo contínuo de matéria-prima, produtos em processo e produto acabado. c. Dependênciamútua entre os elementos da cadeia: Resultado e Parceria. d. Melhoria de desempenho e aumento de produtividade do sistema global. e. Redução do custo logístico. 4.2.2. Visão geral da gestão da Cadeia de Suprimentos No primeiro plano estariam a redução de estoques, compras mais vantajosas, a racionalização de transportes, a eliminação de desperdícios, etc. O valor, por outro lado, seria criado mediante prazos confiáveis, atendimento no caso de emergências, facilidade de colocação de pedidos, serviço pós-venda, etc. Exemplo: A Empresa IBM na Cidade de Hortolândia – SP, tem uma unidade que realiza compra, realizando o processo de completo de importação. 4.2.2.1. Mudança Cultural na Busca de Resultado É preciso antes de tudo quebrar as barreiras organizacionais resultantes da prática do gerenciamento por departamentos, que se caracteriza pela perseguição de, objetivos e metas funcionais em detrimento de uma visão sistêmica, onde o resultado do conjunto é mais importante que o resultado das partes. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 19\62 Implica em abandonar o gerenciamento de funções individuais dando ênfase ao gerenciamento dos processos centrais de negócios criando equipes multidisciplinares. É antes de tudo uma mudança de ponto de vista e postura, nos levando na realidade a uma visão muito mais simples do processo produtivo e da sua empresa como um todo. 4.2.2.2. Sete Processos de negociação considerados importantes para o sucesso de implementação do SCM 1. Relacionamento com clientes (atração e retenção), 2. Serviço aos clientes, 3. Administração da demanda, 4. Atendimento de pedidos, 5. Administração do Fluxo de Produção, 6. Compras/Suprimentos, 7. Desenvolvimento de Novos Produtos. Dessa forma, focando nos processos chave de negócio, independentemente da organização departamental da empresa ou mesmo da utilização de empresas parceiras, pode-se definir uma cadeia onde valor é sucessivamente e consistentemente agregado ao seu produto. Permitir que este processo todo se desenvolva com facilidade e controle, focando sempre o valor a ser agregado para o cliente, é o principal conceito do SCM. 4.2.3. Cadeia de Suprimentos – Tempo de atendimento e o Cliente assume o controle 4.2.3.1. Tempo de Atendimento: a. Esta é uma gestão crítica da cadeia de suprimentos, devido que os ciclos de vida dos produtos estão cada vez mais curtos; b. Usuários finai cada vez mais dispostos a aceitar um produto substituto se a primeira escolha não estiver disponível de imediato. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 20\62 4.2.3.2. Porque o Cliente assume o Controle? a. O Cliente, está mais exigente com o Produto ou serviço; b. O produto, não tem nenhum valor até que esteja nas mãos do cliente e funcionando. 4.3. CADEIA DE SUPRIMENTOS - PRINCIPAIS PROCESSOS Gerenciar o relacionamento com os clientes, fornecedores e todos os intermediários tem se tornado um desafio e também um diferencial competitivo. A solução para este problema envolve muitos aspectos, mas passa necessariamente pela busca de maior coordenação e sincronização, através de um processo de troca de informações e que tem como base a cooperação. O SCM é exatamente este esforço de coordenação na integração dos processos de negócios interligando seus diversos participantes. 4.3.1. As empresas que conseguiram implementar as melhores práticas de SCM indicam ganhos significativos; tais como: a. Redução média de 30% nos prazos de entrega, b. Redução de até 80% na falta de estoques, c. Aumento de receitas e possibilidade de customização de produtos, d. Ciclo de desenvolvimento de produtos reduzido em até 50%. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 21\62 Como nos lembra Philip Kotler, com o SCM, o sucesso de uma empresa não depende mais apenas do grau de excelência com que cada departamento desempenha seu trabalho, mas também do grau de excelência da coordenação das diversas atividades departamentais. Frequentemente, os departamentos das empresas agem para maximizar seus lucros, e não os lucros da empresa ou o lucro dos clientes. 4.3.2. Gestão de Relacionamento com o Cliente a. Gestão do Serviço ao Cliente 1. Mostra a imagem da empresa perante o cliente; 2. Disponibilidade de Assistência em toda as etapas; 3. Informações em tempo real das etapas do processo e previsão das próximas etapas; 4. Produção – Expedição – Distribuição – Desembaraços. b. ECR – Efficient Consumer Response (Resposta Eficiente ao Consumidor) 1. Melhor atendimento ao Cliente pela diminuição de risco de ruptura de estoques (falta de produto); 2. Reposição automática; partindo de informações em tempo real – Passagem pelos pontos de vendas; 3. Redução da interface; humana, telefone, e-mail, pedidos e confirmações; 4. Áreas de estocagem de retaguarda se transformando em Áreas de Exposição e Venda; 5. Exigência de contratos e com condições preestabelecidas, referente a programação de entregas; 6. Desafio, como fazer este processo com Empresas Globais. Fonte: www.ecrbrasil.com.br Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 22\62 4.3.2.1. Fornecedor Internacional - Relacionamento com o Cliente a. Distribuidor ou Filial – Local; b. Armazém alfandegado com nacionalizações parciais; c. Operadores Logísticos, que tenham capacidade de armazenagem, distribuição e fazem gestão do processo; 4.3.2.2. Processo VMI - Vendor Managed Inventory (Inventario Gerido pelo Fornecedor) É um sistema em que o fornecedor se responsabiliza pela gestão dos níveis de estoques nos clientes. O fornecedor tem acesso aos dados relativos ao estoque (vendas ou consumo) do cliente e assume, ele próprio, as decisões sobre o reabastecimento. O VMI integra-se na cadeia de abastecimento como forma de estabelecer uma real colaboração e partilha de informação entre o fornecedor e o cliente e com isso, não só permite reduzir os níveis de estoque ao longo da cadeia de suprimentos como proporciona uma redução de custos (Mishra et al., 2004, p. 445). No sistema de Vendor Managed Inventory, o fornecedor toma as decisões sobre o nível de estoque mais indicado para cada um dos produtos, os limites previamente estabelecidos, assim como as políticas de estoques apropriadas para manter estes níveis. Inicialmente, as sugestões apresentadas pelo fornecedor deverão ser analisadas e aprovadas pelo analista de materiais, um dos objetivos do VMI é o de eliminar falhas nos pedidos específicos do analista de materiais (Simchi- Levi et al., 2003, p. 154). 4.3.2.3. Escopo VMI – Focada na Distribuição Externa Logística_________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 23\62 4.3.3. Gestão de Relacionamento com a Demanda Demanda: É a quantidade de produto ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido, durante uma unidade de tempo. A demanda pode ser interpretada como procura, mas nem sempre como consumo, uma vez que é possível demandar (desejar) e não comprar um produto ou serviço. A quantidade de um produto que os compradores desejam e podem comprar é chamada de quantidade demandada. 4.3.3.1. Como conduzir a Demanda na Cadeia de Suprimentos a. Busca equilibrar as necessidades dos clientes; com a capacidade de todas as empresas; b. O fluxo de abastecimento; inicia com o pedido do cliente e caminha em direção aos fornecedores de matéria prima e componentes; c. Gerenciar estoque; é um desafio; devido que ele é um recurso financeiro e muitas vezes ele fica parado e também tem as variações de inventario; d. Economia aquecida; as empresas necessitam colocar velocidade no seu atendimento; e. Economia desaquecida; as empresas necessitam buscar redução nos seus custos; f. Integração dos agentes – importância das informações: 1. A internet, faz a ponte do desejo do consumidor em tempo real ao fornecedor de matéria prima e todos os agentes da SCM, participando da decisão de aceitar ou não. 2. A visibilidade dos estoques em tempo real, pode facilitar o planejamento e controle da produção; abastecimento e a distribuição dos produtos acabados; 4.3.3.2. Principais preocupações da Gestão de Demanda a. Incertezas da demanda: 1. A atualização da demanda; inicia no varejista e se propaga pela cadeia de suprimentos, com intensidade alta ou baixa e precisa ser rapidamente entendida por todos. 2. Sazonalidade; impacto devido a tendência o uso de novos produtos. I. Exemplo: Dia das Crianças – Brinquedo ou aparelhos eletrônicos? Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 24\62 3. Quando ocorre um desvio na demanda; precisa ser acordado na cadeia de Suprimentos; como proceder com os benéficos ou prejuízos. I. Se o mercado não estiver comprador; privilegiar as redes maiores com uma margem de lucro menor. b. Criar alternativas para aumentar a capacidade produtiva: 1. Da empresa; 2. Dos Fornecedores. c. Considerar os riscos e as incertezas e minimiza-los: 1. Transmitir e receber informações seguras e confiáveis; d. Instabilidade da economia mundial: 1. Quais são os efeitos da instabilidade; 2. Quem pode se aproveitar do momento? 4.3.4. Principais processos relacionados com a Produção O processo leva em conta as analises: a. Instalações levando em consideração: 1. A sua localização; 2. Se tem mão de obra adequada ao negócio; 3. Energia (ocorre oscilação quando o número de empresa é maior que a linha de transmissão); 4. Disponibilidade de agua (dependendo do processo de produção, precisa de muita agua); 5. Incentivos fiscais; 6. Legislação ambiental; 7. Infraestruturas básicas de saneamento e tecnologia, b. Equipamentos e Tecnologia: 1. Compatibilidade com o restante da cadeia; 2. Restrições de movimentação; 3. Limites de produção (capacidade produtiva). c. Controle e Qualidade: 1. Informações sobre os itens produzidos; Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 25\62 2. Laboratórios com os equipamentos necessários para o seu segmento; 3. Produzir de acordo com as especificações técnicas do produto. d. Fluxos e Módulos de Fornecimento e Expedição: 1. Frequência de entrega das matérias primas e componentes; 2. Frequência de entrega dos produtos acabados; 3. Gestão dos Armazéns; 4. Equipamentos adequados. e. Flexibilidade e agilidade para Adaptações: princípios dos e As 1. Agilidade; reagir com rapidez a mudanças bruscas de demanda ou suprimentos; 2. Adaptação; atender no tempo adequado as demandas e suas estratégias; 3. Alinhadas; quando suas ações colaboram no interesse de todos os elos da cadeia de suprimentos, objetivando maximizar o desempenho. f. Lotes de produção: Mínimos, Máximos e Econômicos. 4.3.3.1 Postponement É um conceito logístico no qual as operações de distribuição e manufatura não são realizadas ou personalizadas até a identificação da quantidade ou localização da demanda. O objetivo, é diminuir os riscos da produção especulativa (operações empurradas), aliando custos e variedade de produtos em uma mesma estratégia, permitindo que a organização atenda às necessidades específicas de seus clientes resultando em ganhos em termos de vantagem competitiva, contribuindo para que a empresa mantenha seus clientes atuais e atrair novos consumidores. Em sua essência, o postponement consiste em adiar no máximo possível qualquer deslocamento ou configuração final de produtos e serviços, até que a localização da demanda (ou ponto de consumo) seja conhecida, ao mesmo tempo em Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 26\62 que sua configuração só acontece quando as preferencias do consumidor são conhecidas. 4.3.3.1.1 Tipos de Postponement a. Etiquetagem: Empresas que comercialização o mesmo produto com outras marcas, ou para mercado interno e exportação. b. Embalagem: Empresas que adaptam a mercadoria ao pedido. c. Montagem: Empresas que retardam a finalização do produto no aguardo do pedido e diferenciação de acabamento 4.3.4 Principais Processos: Relação com Fornecedores No mundo globalizado a integração com os fornecedores e seus fornecedores, é de suma importância para o sucesso de uma cadeia de Suprimentos. 4.3.4.1 O Processo leva em conta as seguintes etapas: a. Prospecção; onde se encontram os principais fornecedores, a sua relevância, a sua importância, tipo de empresa, infraestrutura e acionistas; Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 27\62 b. Desenvolvimento e Homologação das; amostras, testes, informações comerciais (difícil no mercado internacional), certificações; c. Aproximação e Relacionamento Comercial; representantes ou via direta, compra de um lote experimental, clientes ou fornecedores em comum (Triangulações). d. Bases Comerciais: Política de Preços, contratos, metas de desempenho, qualidade e garantias; e. Troca de Informações e Tecnologia; acesso ao Sistema de Gestão (SAP), bando de dados, visibilidade de estoques, troca de tecnologias de produção;4.3.4.2 Gestão da Cadeia de Suprimentos- É um conceito mais amplo que Logística a. A concorrência no mundo globalizado não é mais entre as empresas; mas entre todos os agentes que contribuem para um produto ou serviço; b. A cadeia de suprimentos inovou; quando passou a considerar nos seus controles o relacionamento dos processos com um único em trazer a rentabilidade e a sustentabilidade para todos os envolvidos; c. Provocou mudanças consideradas nas relações; dos que estavam envolvidos no processo onde as opiniões são opostas sobre o mesmo assunto; 1. Confiança, 2. Cooperação, 3. Reconhecimento, 4. Metas acordadas. 4.3.5 Principais Processos: Relação com o Desenvolvimento do Produto e Comercialização O processo leva em conta as seguintes etapas: a. Receber e Incorporar as informações, referente as sugestões dos integrantes da cadeia; sendo necessário que seja escolhido um elo para trabalhar as informações e distribui-la. b. Colher o Feed Back do mercado; a imagem do produto ou serviço, referente ao nível de qualidade; c. Como atender; via direta, distribuidores, canais de contato com o mercado; Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 28\62 4.3.5.1. Desenvolver novo produto com preço adequado O processo leva em conta as seguintes etapas: a. Atender as exigências; dos clientes e legislações; b. Atender os prazos de validade, avarias, empilhamento e reparos; c. Cuidados necessários com os descartes; que interfiram no meio ambiente; d. Definir a responsabilidade das atividades referente as; rotas, infraestrutura e a documentação exigidas; e. Criar diferenciais competitivos; 4.3.6 Cadeia de Suprimentos – Elementos Externos e as Interferências 4.3.7 Resumo - Cadeia de Suprimentos Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 29\62 Capitulo 5 5. A importância do MRP II, JIT, Kan Ban na Cadeia de Suprimentos As duas ferramentas parecem ser opostas: o MRP II tem como fundamento o cálculo para o planejamento dos recursos de produção para as necessidades dos itens comprados e o JIT trabalha no sistema de planejamento e controle interno “puxado”, onde originou o Kan Ban. 5.1. MRP II – Planejamento dos Recursos de Produção (manufacturing resources planning) 5.1.1. Evolução do MRP: Planejamento de Necessidades de Materiais; para o MRP II 5.1.2. MRPII - Planejamento dos Recursos de Produção (manufacturing resources planning), É um sistema lógico de cálculo que converte a previsão de demanda em programação da necessidade das matérias primas e os componentes. A partir do conhecimento de todos as matérias primas e os componentes de um determinado produto, parâmetros e os tempos de obtenção de cada item; podemos; com base na visão de futuro das necessidades, calcular o quanto e quando se deve obter de cada item, de forma que não haja falta e nem sobra no suprimento das necessidades da produção. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 30\62 Princípio: “explode” os dados de demanda, analisa as restrições de fornecimento e produção, utiliza os estoques e a estrutura de cada produto. 5.2. Lista de Material - Estrutura de Produto - BOM (Bill Of Material) A estrutura de produtos descreve todas as relações entre os itens pai e filho, compondo o produto com as matérias primas, subconjuntos e componentes necessários para produzir um produto final. A responsabilidade de manter a estrutura atualizada é da Engenharia de Produto e de Processo. A estrutura do produto possibilita obter a lista de insumos necessários, tais como; matérias-primas, componentes e mão de obra necessária. Exemplo 01: Estrutura do produto “A”. Exemplo 02: Relação entre - Itens “pais” e itens “filhos” Item-pai é um item de estoque que tem componente. B D E C A B c A D E C Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 31\62 Cada um destes itens componente é um item-filho do item-pai. Se o item-filho tem itens componentes, ele é também um item-pai destes, que são, por sua vez, seus itens “filhos”. 5.2.1. Low Level Code – Código de Nível mais Baixo É um procedimento que no MRP II ((Manufacturing Resource Planning ou Planejamento dos Recursos de Manufatura); adota para determinar qual a sequência em que o procedimento do cálculo de necessidade de materiais é executado. Alguns itens podem ser componentes de mais de um produto. No processo de cálculo regenerativo do MRP II; o processamento é feito percorrendo as estruturas de produtos de forma hierárquica, o sistema iria planejar o mesmo componente várias vezes. O low level code serve para fazer frente a essa ineficiência. Este mecanismo consiste em identificar, para cada item, qual é o nível mais baixo em que aparece, em qualquer estrutura de produto cadastrada. 5.2.2. Importâncias da estrutura Com base na estrutura existem trabalhos que são oriundos da estrutura e se as mesmas não estiverem atualizadas poderá interferir: a) No processamento do modulo de MRP II (Manufacturing Resource Planning ou Planejamento dos Recursos de Manufatura), considera: I. Estruturas dos produtos II. Parâmetros cadastrado no item; tais como; múltiplo da embalagem, lead time, lote econômico e outros. ....Nível 0 ......Nível 1 .......Nível 2 B D E C A Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 32\62 III. Consumos estabelecidos nas estruturas, para realizar as compras necessárias, para produção dos produtos planejados. b) Na elaboração da ordem de produção, ela é elaborada conforme está a relação do item pai e filho: I. Gerando baixa nas matérias primas e componentes. II. Gerando base para o custo dos semielaborados. 5.2.3. Exemplo de como elaborar a estrutura de uma Mesa com Rodas 5.2.4. Exercício 01: Elaborar a estrutura do Arroz Branco Tipo 1 Nota: Modo convencional 5.2.5. Exercício 02: Elaborar a estrutura da Caneta Transparente Azul Elaborar a estrutura da caneta, conforme os parâmetros abaixo: 1) O Corpo transparente; será fabricado internamente e a matéria prima utilizada é: PS. Cristal – un. grama – Qtde: 5 a) A tampografia com a marca: Caneta Ponta Fina; será utilizada: Tinta Branca – un. grama – Qtde: 5 2) O conjunto da carga; será produzido internamente e os itens que compõem o conjunto serão comprados. a) Na estrutura considerar o consumo de: Tinta Azul - un. grama - Qtde:15 3) O Rebite Plástico (usado na parte traseira da caneta); será fabricado internamente e a matéria prima utilizada é: ABS Azul – un. grama – Qtde: 10. 4) Os demais itens que compõem a caneta serão comprados. 5.3. Recursos necessários para processar o MRP II - Planejamento dos Recursos de Produção (manufacturing resources planning) 5.3.1. Modulo MPS - Planejamento Mestre de Produção (Master Production Schedule) Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 33\62 O plano mestre é a declaração do que a Empresa pretende produzir, levando em consideração o mix de produto e o período de produção de cada modelo, com horizontes firmes e outros como previsão. O período firme: refere-se ao mês subsequente ao que está se planejando e os três próximos meses são previsão, com base na demanda e nas políticas de estoque da empresa. O processamento leva em consideração: a. Produtos vendidos; b. Políticas de estoques; c. Expectativas de vendas (demanda). 5.3.2. Estoque do item: 5.3.2.1. No processamento é utilizado o estoque contábil. 5.3.3. Políticas do item: 5.3.3.1. Estoque de segurança; 5.3.3.2. Múltiplo da embalagem; 5.3.3.3. Lead time; 5.3.3.4. Outros... 5.4. JIT – Just in Time: Hora Certa O sistema Just in time (JIT) é uma técnica japonesa criada por Taiichi Ono, na Toyota Motor Company, que significa: produzir no tempo certo de atender as necessidades de produção, ou seja, colocar o componente certo, no lugar certo e na hora certa de produzir. 5.4.1. Origem do JIT Esta ferramenta surgiu no Japão, no início dos anos 50, sendo dado o credito do desenvolvimento para a Empresa Toyota Motor Company, onde procurava um sistema de gestão, para coordenar a produção, devido que eles pretendiam produzir modelos diferente de automóveis e a flexibilidade para produzir lotes pequenos, Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 34\62 comparado com as Empresas norte americanas, após a segunda guerra mundial, com qualidade e com o mínimo de atraso na entrega. A adesão desta ferramenta, de produzir somente o que o mercado necessitava, iniciou o seu uso nos anos 70, onde os automóveis produzidos pela empresa Toyota, passou a assumir uma posição competitiva no mercado. O JIT, tomou um direcionamento expressivo e demonstrou que além de ser uma ferramenta de gestão de produção, ultrapassava as barreiras de: gestão de materiais, gestão de qualidade, organização física dos meios produtivos, melhoria da engenharia de processos, organização do trabalho e gestão de recursos humanos. 5.4.2. Origem do Kan Ban O JIT, tinha como característica fundamental de “puxar” a produção a partir da necessidade, produzindo nos momentos e somente os itens necessários, nas quantidades e no tempo certo, desta forma surgiu o método “Kan Ban”, nomenclatura dado aos “cartões”, utilizado como ordem de produção e a movimentação entre os processos de produção e abastecimento da linha de produção. 5.4.3. Redução de Estoque e Desperdício Este sistema proporciona a redução de estoque e desperdício, devido que produz somente os itens necessários nas fases produtivas, na quantidade e no tempo certo e os cartões sendo movimentados de um posto ao outro e após o abastecimento na linha de produção, o próprio cartão inicia novamente o novo ciclo produtivo do item. Nas empresas onde implanta-se o JIT, o estoque de matérias primas, tem o mínimo possível, e para que isso seja possível, os fornecedores precisam estar comprometidos e treinar toda a cadeia de suprimentos, para que ocorra as entregas dos lotes pequenos no tempo certo, conforme planejado. A redução de fornecedores para este processo é importante para atingir a frequência das entregas com qualidade. A diminuição do estoque com a implantação do JIT é uma questão de tempo, devido que após implantar o item e as rotinas e elas serem executadas com precisão, os estoques são diminuídos automaticamente. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 35\62 5.4.4. Objetivo do JIT O objetivo do JIT é otimizar o sistema de produção, desenvolver políticas, procedimentos adequados e atitudes responsáveis, para que atinja as metas planejadas, obtendo a relação de confiança entre: fornecedor, produção e cliente e este processo precisa estar em constante processo de melhoria continua. 5.4.5. Responsável pelo Controle da Produção e o Planejamento No sistema JIT os colaboradores são os responsáveis pelo controle de produção. 5.4.5.1. Controle da Produção Com base no estoque e os cartões; o colaborador elabora a sequência do planejamento dos itens que serão produzidos na sua máquina; por isto; é importante ele ficar atento ao controle da produção da sua máquina e o mix de produção do produto acabado que está em andamento e as mudanças de modelos que estarão entrando. 5.4.5.2. Planejamento da Produção O planejamento da produção, estará direcionando a carga de trabalho diário estável para a máquina em questão, possibilitando um fluxo continuo dos materiais. 5.4.6. Custo de Produção em função do JIT O ponto principal para produzir lotes pequenos é o equilíbrio, entre os custos de transportes e os custos de preparação dos maquinas. Os custos de transporte, englobam o custo de armazenagem, manutenção das matérias primas e a entrega para os clientes. Os custos de preparação de maquinas, precisa analisar: a. O EOQ " (Economic Order Quantity – quantidade econômica a encomendar); b. Baixar o tempo de preparação das maquinas. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 36\62 Exemplo: 1) Toyota em 1971 – Maquina Prensa 800 toneladas para moldar capôs e para choques a) Em 1971, demorava 1 hora para preparar a prensa; b) Após 5 anos de muito trabalho e pesquisa, o tempo foi reduzido para 12 minutos; i) Neste mesmo período os concorrentes americanos necessitavam de 6 horas. c) Após novos estudos a Toyota, conseguiu reduzir o tempo abaixo de 10 minutos. i) Junto com esta redução veio as melhorias de processo, onde de um lado entra a chapa a ser moldada e do outro lado a peça produzida desliza para o seu armazenamento ou segue para o próximo processo produtivo. 5.4.7. Requisitos básicos para implantação do JIT Para implantar o JIT, necessita que a empresa de uma forma geral ela modifique a forma de pensar e agir. Segue abaixo alguns pontos importantes: 1) Comprometimento da alta administração; Ela precisa acreditar e apoiar as dificuldades que terá no início do processo, devido que estará modificando a cultura da empresa em termos de planejamento, estoque e principalmente demonstrar que os colaboradores não iramperder o seu emprego. Refazer os procedimentos; internos, com os parceiros e os clientes, para que todos trabalhem em única sinergia. 2) Indicadores de avaliação de desempenho; Deve-se revisar os indicadores e a forma que são tabulados nos setores, para ficarem claros e com critérios coerentes, para obter dos colaboradores uma competitiva positiva e motiva-los para obter bons resultados e principalmente não parar a linha de produção. 3) Estrutura organizacional; Deve-se modificar a responsabilidade do planejamento, qualidade, controle de estoque, passando do PCP (planejamento e controle de produção) para a produção, ficando a cargo do PCP, todo o apoio necessário para. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 37\62 4) Organização do trabalho; Deve dar autonomia aos colaboradores, nos aspectos de planejamento e na comunicação entre os setores produtivos e estimular o trabalho em equipe. 5) Conhecimento dos processos; Necessita que seja reavaliado constantemente os fluxos de materiais e produtivos, para eliminar os desperdícios e as atividades que não agregam valor, simplificando os fluxos para que todos os colaboradores entendam e trabalhem junto com a Engenharia de processo, para melhorar os processos produtivos e na redução do set up (trocas de moldes ou ferramentas) dos itens a serem produzidos. 6) Ênfase nos fluxos; Analisar, simplificar e interagir as atividades, administrativas e na produção, observando: a) Estabelecimento de sistemas simples de controle da produção, Baseados no relacionamento cliente-fornecedor entre as células; alocação da responsabilidade pela célula à sua equipe. b) Implementação passo a passo do sistema Kan ban, Célula a célula, com estoques de segurança temporários, eliminando-os gradativamente, assim como o sistema tradicional de controle; c) Definição clara da responsabilidade pela qualidade de cada célula, Fornecendo técnicas de medida e avaliação e qualidade; d) Criação de uma estrutura organizacional leve, Com a passagem de funções da mão-de-obra indireta para a mão-de-obra direta; e) Estabelecimento de medidas de avaliação de desempenho das células coerentes com a filosofia JIT, Como: taxas diárias de rotação de estoques, lead time representativo da célula, percentual diário de atendimento do programa de produção, atingindo as metas diárias de qualidade em peças defeituosas por milhão, entre outras. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 38\62 5.4.8. Fator humano na implantação e continuidade do JIT O colaborador necessita ser estimulado, a realizar com sucesso as atividades que envolvem a sua máquina, deixando claro a sua responsabilidade e a importância do seu trabalho e as consequências de uma falha no processo que ele realiza. O gestor precisa estar; presente e conversando com os colabores para que eles percebam que o trabalho está constantemente sendo analisando. Desta forma ele irá se antecipar e passar os problemas que ele está ocorrendo. 5.4.9. Vantagens do JIT Segue abaixo algumas vantagens: 1) Custos; Além dos custos tradicionais que são atribuídos, neste processo podemos analisar com mais profundidade, o custo da mão de obra, custo da matéria prima, a sucata, manutenção, set up, produtividade do equipamento, devido que é colocado o colaborador fixo para o equipamento para obter o melhor rendimento do equipamento e consequência uma melhora nos indicadores. 2) Qualidade, Os colaboradores são treinados no equipamento e no processo de produção e qualidade. Desta forma a expectativa é que o indicador de qualidade seja melhorado a cada dia, devido que se inicia o processo de melhoria continua e trabalhar na solução dos problemas, reduzindo as não conformidades, atuando na causa raiz. 3) Flexibilidade do sistema JIT, A flexibilidade de mix de produção na mesma máquina, ocorre pelas melhorias de processo, qualidade e principalmente pela redução do ciclo produtivo de cada item proporcionando aumento de produtividade e com isto pode-se reduzir a manutenção de níveis de estoque, devido que a mudança de um item para outro ocorrera de uma forma simples e rápida. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 39\62 As regras do Kan Ban é a visibilidade, tanto referente ao estoque e um fluxo bem definido e itens com problemas operacionais que impedem a implantação do item, primeiro necessita ser solucionado os problemas, para incluir o item na lista dos itens confiáveis no Kan Ban. 5.4.10. Sistema Kan ban É um sistema de controle de processo de reabastecimento nível de piso de fábrica que transmite informações da produção aos postos de trabalhos interligados, reduzindo o tempo espera, diminuindo o estoque, melhorando a produtividade e tornando o fluxo do processo contínuo e ininterrupto. A tradução literal é “registro visível - cartões” de controle de produção e inventário no piso de fábrica. Este método de controle de produção e do inventário no piso de fábrica oferece as informações para controlar a produção uma maneira harmoniosa, regulando o fluxo de materiais. 5.4.10.1. Prioridades dos cartões, através das cores 5.4.10.2. Função do Kan ban Pela sua característica de “puxar a produção”, o Kan ban apresenta algumas funções especiais: a. O processo de fabricação é acionado apenas quando necessário, não permitindo a produção com estoque para previsão futura. b. Permite o controle visual e o andamento do processo, podendo ser acionado pelo operador. c. Garante a distribuição programada das ordens de produção, evitando o excesso ou falta de material para a produção, controlando, dessa forma, o inventário. d. Possibilita a entrega de material de acordo com o consumo. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 40\62 5.4.10.3. Pontos Positivos: a. Comprometimento da alta gerência; b. Relação com a ferramenta “Redução de Set up”; c. Nivelamento da produção; d. Disseminação e aceitação da ferramenta entre os operadores; e. Relação do conhecimento das ferramentas com o plano de carreira; f. Planejamento autônomo por parte dos operadores / Facilitadores; g. Critérios de definição de prioridade: amadurecimento do conceito da ferramenta; h. Menor entropia na cadeia interna de valor da planta 5.4.10.4. Pontos Negativos: a. Cobrança excessiva em melhoria de rendimento; b. Falta de padrão dos lotes de matéria prima; c. Falta de controle de envio; d. Falta de embalagem; e. Frustração dos envolvidos pela utilização da ferramenta em ambientes não preparados e desfavoráveis; f. Falta de aderência da ferramenta na média e alta gerência: “perda de poder” g. Faltade conhecimento da ferramenta da média gerência; h. O comprometimento do colaborador de: logística, ferramenta e colaboradores da linha de montagem, onde todos precisam estarem na mesma sintonia; i. Manutenção do sistema (cálculos e quadros) exige mais tempo e recurso que o sistema tradicional; j. Comunicação clara; do Kan ban da fábrica com o abastecimento dos fornecedores; k. Falta de treinamento operacional para os novos colaboradores. 5.4.10.5. Quadro de movimentação do Cartão de Kan Ban Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 41\62 Capitulo 6 6. Profissional de Logística O profissional de logística tem como responsabilidades fornecer todos os recursos para a execução das atividades da empresa, bem como transporte, materiais, armazenamento de mercadorias, processamento de pedidos, armazenamento de informações, e outros. O papel principal do setor de logística é planejar, implementar e controlar o fluxo e armazenamento eficiente e econômico das matérias-primas e da produção, bem como deter todas as informações referentes, além de ser responsável pelo planejamento da distribuição, controlando tudo, da produção ao consumo. 6.1. Atividades envolvidas na logística A logística é dividida em dois tipos de atividades: as principais e as secundárias (Carvalho, 2002, p. 37): 6.1. Atividades Principais As atividades principais; são aquelas que contribuem com a maior parcela do custo da logística, sendo essenciais para a coordenação e a realização das atividades de logística. 6.1.1. Transportes Esta é uma atividade que todas as empresas, acompanham de perto em função do abastecimento dos insumos que ocorre no dia-a-dia da, e tem um peso de aproximadamente de dois terços na formação do custo logístico. Os tipos de transportes mais utilizado são: rodoviário, ferroviário e aeroviário. Na administração de transporte tem como atividade principal; decidir qual é o melhor método de transporte, roteiros e a utilização da capacidade dos veículos. 6.1.2. Manutenção de Estoques; 6.1.3. Processamento de Pedidos. 6.2. Atividades secundarias a. Armazenagem; b. Manuseio de Proteção; c. Suprimentos; d. Programação e Planejamento de Produção; e. Sistemas de Informação. Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 42\62 Capitulo 7 7. Sistemas de Transporte Os sistemas de transportes, tem um impacto na formação de custos dos produtos e interferindo na formação de preço de venda, chegam a patamares que vão dos 5 a 7% e representam algo em torno de 14% a 16% de nosso PIB), na credibilidade dos serviços e nas demais variáveis do sistema logístico, o sistema de transporte é um dos itens de maior importância dentro da cadeia logística, pois representa em muitos casos o valor mais expressivo dentro da cadeia de custos. A função primordial dos órgãos de transporte é justamente utilizar custos, prazos e qualidade para oferecer um serviço que atenda as expectativas de quem está utilizando os sistemas de transporte, a um preço competitivo, além de criar maior possibilidade de expansão dentro do mercado de atuação. 7.1. Comparativo Internacional – Matriz de Transportes COMPARATIVO INTERNACIONAL - MATRIZ DE TRANSPORTES 81% 46% 43% 43% 37% 24% 8% 43% 53% 32% 50% 62% 11% 11% 4% 25% 13% 14% RÚSSIA CANADÁ AUSTRÁLIA EUA CHINA BRASIL Ferroviário Rodoviário Hidroviário Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 43\62 7.2. Comparativo: Principais tipos de Transporte de Cargas no Brasil 7.3. Modalidades de Transportes A estrutura de oferta de transporte de cargas no Brasil é composta pelos seguintes modais: rodoviário, ferroviário, Aquaviário (subdividido em marítimo ou de cabotagem, e hidroviário ou do interior) e aéreo. Cada um dos modais tem suas próprias características, seus prós e contras, sendo que a operação intermodal (conhecida também de multimodal) é muito pouco utilizada dentro do território nacional. 7.3.1. Integração das Modalidades de Transportes A integração é utilizada em larga escala nas diversas modalidades de transporte existentes, tendo como grande desafio e a chave para a expansão do setor de transportes ao longo dos próximos anos. Observação: Cada modalidade de transporte tem um papel a desempenhar, dentro de suas características e vantagens específicas. Itens como: qualidade, eficiência, baixo custo, confiabilidade e segurança, dever ser objetivos gerais a serem perseguidos para o conjunto de operações dentro do território nacional. Apesar do modal terrestre dominar a maior parte do sistema de transporte, é importante frisar que modalidades como a ferroviária, e a de cabotagem (Cabotagem 61,1%20,7% 13,6% 4,2% 0,4% Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário Aéreo Logística _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Apostila Elaborada pelo Professor – Vital, José Carlos Meca Pág. 44\62 é a navegação entre portos marítimos de um mesmo país, sem perder a costa de vista), já começam a fazer frente a este tipo de transporte, principalmente em distâncias mais longas e cujo a quantidade de produtos a serem transportados sejam elevadas e necessitem de disponibilidade de equipamentos para transporte em determinadas épocas (por exemplo a soja e minérios). 7.4. Multimodalidade Transporte Multimodal de Cargas; é regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino, sendo executado sob a responsabilidade única de um Operador de Transporte Multimodal. O Transporte Multimodal de Cargas compreende, além do transporte em si, os serviços de coleta, unitização, desunitização, movimentação, armazenagem e entrega de carga ao destinatário, bem como a realização dos serviços correlatos que forem contratados entre a origem e o destino, inclusive os de consolidação e desconsolidação de cargas. 7.4.1. Detalhes da Multimodalidade a. A integração logística perfeita de todos os modais; b. Importante instrumento de viabilização de vendas para os micros, pequenos e médios exportadores; c. Instrumento estratégico fundamental para uma política de exportação competitiva, se o País a quiser ter, para dar ferramental adequado ao empresário que precisa concorrer lá fora com gigantes do comércio internacional. 7.4.2. Vantagens da Utilização do Transporte Multimodal a. Contratos de compra e venda mais adequados; b. Melhor utilização da capacidade disponível da nossa matriz de transporte; c. Utilização de combinações de modais mais eficientes energeticamente; d. Melhor utilização das tecnologias de informação; e. Ganhos de escala e negociações do transporte; f. Melhor utilização
Compartilhar