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Avaliação: CEL0637_AV_201301400173 » LITERATURA BRASILEIRA I Tipo de Avaliação: AV Aluno: 201301400173 - ANA CLAUDIA DOS SANTOS BRAZILIANO Professor: MARCIA PEREIRA DA VEIGA BUCHEB Turma: 9002/AB Nota da Prova: 4,5 Nota de Partic.: 1,5 Data: 10/06/2014 20:29:54 1a Questão (Ref.: 201301480399) Pontos: 1,0 / 1,5 Leia o poema abaixo, de Gregório de Matos Guerra: Discreta e formosíssima Maria, Enquanto estamos vendo a qualquer hora Em tuas faces a rosada Aurora, Em teus olhos e boca o Sol e o dia: Enquanto com gentil descortesia o ar, que fresco Adônis te namora, Te espalha a rica trança voadora, Quando vem passear-te pela fria: Goza, goza da flor da mocidade, Que o tempo trata a toda ligeireza E imprime em toda flor sua pisada. Oh, não aguardes que a madura idade Te converta essa flor, essa beleza, Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada. A partir do poema acima, discuta as seguintes questões na poesia de Gregório de Matos: a) A tematização do tempo e da vaidade; b) A questão da emulação, considerando o poema acima como uma apropriação de vários versos de outros dois poemas de Góngora. Resposta: A poesia de Gregório de Matos, trata da beleza da mulher frente ao seu tempo. Não importante em que estação ela esteja, mas o que realmente importa é a sua beleza, o seu frescor, a sua doçura, a sua mocidade. Gabarito: Espera-se que o aluno relacione a tematização do tempo à fugacidade, o que levaria ao questionamento da vaidade, sendo esta ideia recorrente na poesia barroca. O aluno também deve considerar a emulação uma prática constante da poética barroca, sendo não só permitida como desejável e diferenciá-la do plágio, categoria inexistente à época. 2a Questão (Ref.: 201301480395) Pontos: 0,5 / 1,5 Leia o trecho abaixo retirado do poema "À Santa Inês", de José de Anchieta: ¿À Santa Inês¿ (José de Anchieta) Cordeirinha linda, Como folga o povo, Porque vossa vinda Lhe dá lume novo. Cordeirinha santa, De Jesus querida, Vossa santa vida O Diabo espanta. Por isso vos canta Com prazer o povo, Porque vossa vinda Lhe dá lume novo. Nossa culpa escura Fugirá depressa, Pois vossa cabeça Vem com luz tão pura. Vossa formosura Honra é do povo, Porque vossa vinda Lhe dá lume novo. A partir do trecho acima, discorra sobre a poética de José de Anchieta. Resposta: Ele fala da mulher que era santa, que tinha uma vida voltada para as coisas de Deus. Da mulher que por onde passava deixava a luz de Deus iluminar porqualquer brecha escura. o povo se encantava com a sua formosura. Gabarito: A questão não é restrita, mas podemos apontar como elementos esperados na reflexão do aluno:a recuperação da estrutura lírica medieval, na poética voltada para a catequese de Anchieta; o emprego do lirismo, bem como do drama, como instrumentos de conversão; a tentativa de traduzir para o imaginário indígena categorias específicas da visão cristã europeia, como diabo e culpa através da associação de elementos relacionados ao medo no imaginário indígena, como o escuro; a falência desse projeto de transferência, uma vez que é impossível transferir imaginários e a produção de uma mitologia paralela, fruto do choque entre os dois mundos, como aludido por Akfredo Bosi, em Dialética da Colonização. 3a Questão (Ref.: 201301532880) Pontos: 0,5 / 0,5 Assinale a alternativa que se aplica ao ensino da literatura: o professor deve indicar apenas os clássicos da literatura deve preocupar-se exclusivamente com a biografia do autor devem ser promovidos debates e grupos de discussão para estudar as obras literárias apenas recentemente, no século XXI, passou a ser ministrada nas escolas o contato dos alunos com as obras não necessita de orientação 4a Questão (Ref.: 201301480314) Pontos: 0,0 / 0,5 A ideia da constituição da Literatura Brasileira como um sistema complexo e organizado em torno da consciência de uma tradição literária nacional e da tríade obra, público leitor e escritor foi postulada por: Por Afrânio Coutinho, em sua percepção das obras anteriores ao Arcadismo como manifestações literárias, e não como literatura brasileira. Tanto por Antônio Coutinho, como por Antonio Candido, em vista da defesa de ambos da literatura como sistema. Antonio Candido, em sua proposta da Literatura como sistema organizado em torno da dialética entre o local e o universal. Afrânio Coutinho, ao defender a consciência criadora nacional, já no Brasil Colônia. Por Antonio Candido, em sua defesa da transmigração e da consciência criadora já no Brasil Colonial. 5a Questão (Ref.: 201301618205) Pontos: 0,5 / 0,5 A resposta católica à Reforma promovida por Martinho Lutero, no início do século XVI, que foi conhecida com contrarreforma ou Reforma Católica, foi iniciada no: a) Concílio de Trento e) Concílio de Constança c) Concílio de Latrão d) Concílio do Vaticano b) Concílio de Basileia 6a Questão (Ref.: 201301480315) Pontos: 0,0 / 0,5 Em sua "Carta a El-Rei Dom Manuel", Pero Vaz de Caminha relata a notícia do "achamento" da nova terra e expõe o seu potencial para a colonização. Sobre a carta de Caminha, podemos afirmar: O perceptível respeito à alteridade cultural dos índios, por parte de Caminha. A construção de inovações estilísticas na Carta de Caminha, motivo pelo qual tornou-se um texto fundamental. A aderência dos escritores modernistas à visão etnocêntrica expressa por Caminha, na carta. O teor literário da Carta de Caminha, pois foi escrita originalmente com o intuito de ser uma narrativa épica, seguindo as convenções poéticas da época. A fundação de elementos seminais no imaginário brasileiro, a partir da representação do índio e da natureza, que serão recuperados pelos românticos. 7a Questão (Ref.: 201301532888) Pontos: 0,5 / 0,5 Em relação aos Autos de José de Anchieta, NÃO se pode afirmar: são peças produzidas com o objetivo de introduzir o indígena nos rudimentos da fé tratavam da lírica amorosa, em métrica nova corroboravam com o processo de aculturação adaptavam a simbologia cristã ao idioma tupi eram dirigidas aos colonos que se estabelecem próximos às missões 8a Questão (Ref.: 201301498694) Pontos: 0,5 / 0,5 Leia o texto a seguir e depois responda ao solicitado. "Documento obtido pelo WikiLeaks e divulgado nesta quarta-feira (29/06/11) mostra que, na época da visita do papa Bento XVI ao Brasil, em 2007, o Vaticano estava preocupado com o crescimento dos evangélicos no país e recebeu críticas do Monsenhor brasileiro Stefano Migliorelli, que questionou a entidade sobre a falta de padres na América Latina." (trecho extraído de www.uol.noticias/internacional -29/06/11) Tomando por base o trecho da reportagem, podemos remeter nosso pensamento para a Escola Barroca da Bahia com a forte presença no Brasil do(s)/da(s): da Frota Armada da Companhia de Jesus das condições precárias de vida do estilo literário dos soldados portugueses 9a Questão (Ref.: 201301502840) Pontos: 0,0 / 1,0 Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos: Sua obra é síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré-românticas. Sua famosa sátira às autoridades portuguesas na Minas do chamado ciclo de ouro é prova de que seu talento não se restringia ao lirismo amoroso. Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida, o mais liberal, o que mais claramente manifestou as ideiasda ilustração francesa. Teve garnde capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos do poder local, valendo-se para isso dos artifícios que caracterizam o estilo de época. No seu esforço de criação da comédia brasileira, realiza um trabalho de crítica que encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX. 10a Questão (Ref.: 201301482913) Pontos: 1,0 / 1,0 Assinale a alternativa que aponta um traço temático do arcadismo presente no poema de Cláudio Manoel da Costa abaixo transcrito: XIV Quem deixa o trato pastoril amado Pela ingrata, civil correspondência, Ou desconhece o rosto da violência, Ou do retiro a paz não tem provado. Que bem é ver nos campos transladado No gênio do pastor, o da inocência! E que mal é no trato, e na aparência Ver sempre o cortesão dissimulado! Ali respira amor sinceridade; Aqui sempre a traição seu rosto encobre; Um só trata a mentira, outro a verdade. Ali não há fortuna, que soçobre; Aqui quanto se observa, é variedade: Oh ventura do rico! Oh bem do pobre! O poema desenvolve o tema da vida campesina equilibrada, em oposição às agruras da vida citadina. O poema apresenta a temática da existência equilibrada, característica da vida urbana. O poema discute o tema da transitoriedade da vida, acentuando seus aspectos espirituais. O poema discute a temática da tensão entre os aspectos espirituais e materiais da vida humana. O poema narra um idílio amoroso, enfatizando a paixão e a sensualidade.
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