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Disciplina: Direito Civil Prof.: João Aguirre Aula: 03 Monitor: Samuel MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I. Anotações II. Exercícios III. Lousas I. Anotações TEMA: VÍCIOS DA VONTADE 1. ERRO 2. DOLO 3. COAÇÃO 4. ESTADO DE PERIGO 5. LESÃO TEMA: COAÇÃO (ARTS. 151 A 155, CC) A coação está caracteriza pela violência. Mas qual é o tipo da violência? A violência pode ser: Física: não há vício do consentimento porque não há manifestação da vontade (o negócio é nulo); Moral: nela há vício do consentimento e o negócio é anulável no prazo decadencial de 4 anos contados do momento em que cessar a coação. Portanto vemos que a violência da coação é a violência moral. Para anular o negócio jurídico a coação deve incutir no coagido (paciente ou coacto) fundado temor de dano iminente. Não se considera coação: a) o temor infundado; b) a ameaça do exercício normal de um direito; c) o temor reverencial (o respeito excessivo pelos pais, mestres, superiores hierárquicos). TEMAS: ESTADO DE PERIGO (ART. 156,CC) E LESÃO (ART. 157,CC) ESTADO DE PERIGO LESÃO - Salvar; - De grave dano conhecido pela outra parte (dolo de aproveitamento); - Assumo uma prestação excessivamente onerosa - Inexperiência ou premente necessidade; - Assumo uma prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta Exemplos de lesão: Art. 157,§2º: Não se anula o negócio: 1) Alguém vende um bem por valor muito inferior 1) Se for oferecido suplemento suficiente 2) Alguém compra um bem por valor muito superior 2) Se a parte favorecida concordar com a ao de mercado redução do provento TEMA:VÍCIOS SOCIAIS 1) FRAUDE CONTRA CREDORES - O negócio é anulável; - Prazo decadencial de 4 anos contados de sua realização; - Ação pauliana Ocorre a fraude contra credores quando o devedor dispõe de seu patrimônio levando-se a uma situação de insolvência. 2) SIMULAÇÃO Na simulação existe um negócio aparente que não corresponde à realidade. Exemplo: divórcio simulado a) Simulação absoluta Não há alteração na situação anterior. *existe um negócio aparente mas, na prática, a situação anterior permanece a mesma. b) Simulação relativa Há alteração na situação anterior * existe um negócio aparente mas, na prática, foi celebrado um outro negócio: alterando a situação anterior. Dica: na simulação relativa existem dois negócios: a) negócio aparente; b) negócio oculto. a) negócio aparente: simulado (é nulo); b) negócio oculto: dissimulado (pode subsistir). Ex: doação simulada por compra e venda TEMA:DIREITO DAS OBRIGAÇÕES I. Obrigações de dar, fazer e não fazer. 1) Dar: (entrega de coisa); - obrigação positiva 2) Fazer: (tarefa); - obrigação positiva 3) não-fazer (abstenção). - obrigação negativa Obrigação de dar Entrega de coisa: a) coisa certa Está devidamente individualizada. Ex: entregar o AUDI A6, 2017, preto, placa xyz0001, Chassi.. b) coisa incerta Não está devidamente individualizada, mas deve ser indicada, ao menos, quanto ao gênero e quantidade. Ex: entregar dois cães da raça pug. II. Exercícios 1. Ano: 2007 Banca: OAB-SC Órgão: OAB-SC Prova: Exame de Ordem Acerca da anulabilidade e nulidade do ato jurídico é INCORRETO: a) A anulabilidade não pode ser declarada de ofício em hipótese alguma, enquanto a nulidade, salvo raras exceções, deve ser declarada de ofício pelo juiz. b) A anulabilidade admite o suprimento judicial, a requerimento das partes ou mesmo a confirmação do ato, expressa ou tacitamente; o ato nulo não pode ser sanado pela confirmação nem suprido judicialmente. c) No ato anulável os efeitos produzidos até o momento em que é decretada a sua invalidade são preservados, enquanto que todo e qualquer ato nulo não produz nenhum efeito jurídico válido. d) A anulabilidade é decretada no interesse privado da pessoa prejudicada, enquanto na nulidade vislumbra-se a ordem pública, sendo declarada em prol da coletividade. 2. Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: Exame de Ordem No que se refere ao termo ou condição e aos defeitos do negócio jurídico, julgue os itens abaixo. I A condição é a cláusula que subordina o efeito do negócio jurídico, oneroso ou gratuito, a evento futuro e incerto, e tem aceitação voluntária. II Em face da condição resolutiva, tem-se mera expectativa de direito ou direito eventual pendente. III O vício resultante da coação causa a anulabilidade do negócio jurídico, mas é passível de ratificação pelas partes, ressalvado direito de terceiro. IV Na fraude contra credores, o ato de alienação de bens praticado pelo devedor é nulo de pleno direito e dispensa a propositura de ação própria para anulação do negócio jurídico. Estão certos apenas os itens a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV. 3. Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: Exame de Ordem Unificado - VIII - Primeira Fase Em relação aos defeitos dos negócios jurídicos, assinale a afirmativa incorreta. a) A emissão de vontade livre e consciente, que corresponda efetivamente ao que almeja o agente, é requisito de validade dos negócios jurídicos. b) O erro acidental é o que recai sobre características secundárias do objeto, não sendo passível de levar à anulação do negócio. c) A simulação é causa de anulação do negócio, e só poderá ocorrer se a parte prejudicada demonstrar cabalmente ter sido prejudicada por essa prática. d) O objetivo da ação pauliana é anular o negócio praticado em fraude contra credores. 4. Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: Exame de Ordem Unificado A respeito dos defeitos dos negócios jurídicos, assinale a opção correta. a) A lesão é um defeito que surge concomitantemente à realização do negócio e enseja a sua anulabilidade. Entretanto, permite-se a revisão contratual para evitar a anulação, aproveitando- se, assim, o negócio. b) Se, na celebração do negócio, uma das partes induzir a erro a outra, levando-a a concluir o negócio e a assumir uma obrigação desproporcional à vantagem obtida pelo outro, esse negócio será nulo porque a manifestação de vontade emana de erro essencial e escusável. c) O dolo acidental, a despeito do qual o negócio seria realizado, embora por outro modo, acarreta a anulação do negócio jurídico. d) Tratando-se de negócio jurídico a título gratuito, somente se configura fraude quando a insolvência do devedor seja notória ou haja motivo para ser conhecida, admitindo-se a anulação do negócio pelo credor. Gabarito: 1. C 2. B 3. C 4. A III. Lousas
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