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1 Disciplina: Direito Civil Prof.: João Aguirre Aula: 04 Monitores: Apoema MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I. Anotações da aula II. Lousas III. Exercícios I. Anotações de aula Continuação DIREITO DAS OBRIGAÇÕES Coisa certa Sem culpa do devedor Com culpa do devedor Perda -> perda total Fica resolvida a obrigação com a coisa perecendo para o seu dono “res perit domino” Responde o devedor pelo equivalente (valor da coisa)+ perdas e danos. Deterioração -> perda parcial Pode o credor resolver a obrigação ou aceitar a coisa, no estado em que se acha, abatido de seu preço o valor que se perdeu Pode o credor exigir o equivalente + perdas e danos Ou aceita a coisa no estado em que se encontra + perdas e danos. Coisa incerta: não está devidamente individualizada, mas deve ser indicada, ao menos quanto ao gênero e quantidade. Ex: entregar 2 cães da raça Pug que possui 200 cães. Pergunta: quem tem o direito de escolha? Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. Regra: a escolha é do devedor; Exceção: o credor, se estiver previsto no contrato. DICA: com a escolha ocorre a chamada concentração da obrigação A obrigação deixa de ser coisa incerta e passa a ser de coisa certa 2 2) Obrigação de fazer: cumprir uma tarefa. a) Fungível: Pode ser cumprida pelo devedor ou por um terceiro. Ex: Contrato Antônio para fazer o muro da minha casa. No caso de inadimplemento do devedor, o credor pode mandar executar a obrigação por um terceiro, às custas do devedor. b) Infungível: Só podem ser cumpridas pelo devedor. Ex: contrato o Pelé para uma campanha publicitária. Fungível Infungível Se o devedor não cumpre a obrigação, pode o credor: a) Exigir seu cumprimento. b) Mandar executá-la por 3º as custas do devedor, OU c) Exigir perdas e danos. Se o devedor não cumpre a obrigação, pode o credor: a) Exigir o seu cumprimento ou b) Exigir perdas e danos. *Não cabe mandar executar por 3º (é infungível). 3) Obrigação de não-fazer: demanda uma abstenção do devedor. A partir do momento em que o devedor praticar o ato para o qual deveria se abster ocorrerá o inadimplemento. *Se o devedor praticar o ato pelo qual deveria se abster, pode o credor: a) Exigir que o desfaça (quando possível): sob pena de se desfazer às custas do devedor (+ perdas e danos). Ex.: não construir acima de determinada altura. b) Exigir perdas e danos: quando for impossível desfazer o ato (ex.: não divulgar uma formula secreta). II – Responsabilidade Civil 1) Contratual: arts. 389 e ss. Inadimplemento obrigacional. *Dever violado está previsto em uma relação contratual. Inadimplemento pode ser absoluto, em que o cumprimento da obrigação não é mais útil; ou relativo, em que o cumprimento da obrigação ainda é útil. 2) Extracontratual: arts. 927 e seguintes do CC. *O dever violado não está previsto em contrato. a) Perdas e danos: indenização decorrente do inadimplemento. Danos patrimoniais: possuem um valor economicamente apreciável; ex.: danos ao veículo numa colisão de trânsito. Danos extrapatrimoniais: não possuem um valor economicamente apreciável; ex.: a perda de um braço. - Dano emergente: é tudo aquilo que se perdeu. - Lucro cessante: é tudo aquilo que se deixou de ganhar. TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE É possível se indenizar por uma chance perdida, desde que se trate de uma chance real, amparada por um critério estatístico sólido e não mero dano hipotético. Ex.: show do milhão. 3 Dica: O STJ tem entendimento no sentido de ser cabível a aplicação da teoria da perda de uma chance contra o advogado que, por culpa sua, deixou de recorrer contra uma decisão contrária ao seu cliente. Dica final: STJ Regra: são indenizáveis os efeitos diretos e imediatos dos danos (teoria do dano direto e imediato); Exceção: perda de uma chance.
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