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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL FEDERAL DA SUBSEÇÃO DE CHAPECÓ, SEÇÃO JUDICIÁRIA FEDERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
IVETE TEREZA DE ALMEIDA, brasileira, solteira, auxiliar administrativa, inscrita no CPF sob nº 577.217.180-15 e RG nº 2037887599 SSP/RS, residente e domiciliado na Rua Rio de Janeiro, nº 2244-D, APTO 303, Bloco E, CEP 89.806-730, Bairro Pinheirinho, nesta cidade de Chapecó, neste Estado de Santa Catarina, por seu procurador signatário, instrumento de mandato em anexo, estabelecido profissionalmente na Rua João Martins, nº 188-D, sala única, CEP 89.803-040, Bairro São Cristóvão, nesta cidade de Chapecó, neste Estado de Santa Catarina, fone (049) 3324.2201 vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO PREVIDÊNCIÁRIA PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO, RECONHECIMENTO E AVERBAÇÃO DE ATIVIDADE RURAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR, com fulcro na CF/88, EC 20/98, Lei 8.213/91 e demais diplomas legais aplicáveis à espécie, em face de 
INSS – INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL, pessoa jurídica de direito público interno, com Procuradoria na Rua Índio Condá, nº 600, Bairro Santa Maria, neste Município de Chapecó, Estado de Santa Catarina, e o faz conforme os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir aduzidos:
I – DOS FATOS
a) Do requerimento administrativo
A parte autora teve indeferido requerimento de aposentadoria por tempo de serviço/contribuição cumulado com pedido de reconhecimento e averbação de trabalho na agricultura, em regime de economia familiar, com DER – Data de Entrada do Requerimento, em 11/11/2013. A negativa administrativa deu-se sob o argumento de que a parte autora não comprova o tempo de contribuição exigido para o deferimento administrativo do benefício NB nº 166.062.575-8, em especial pelo não reconhecimento da atividade rurícola.
b) Da não consideração do tempo de serviço exercido em regime de economia familiar 
 
Excelência, o Instituto Requerido considerou parcialmente o período em que o Requerente laborou na agricultura em regime de economia familiar. Foi requerido administrativamente o reconhecimento e averbação da atividade rurícola para o seguinte período:
07/03/1976 a 30/11/1983;
Conforme se pode inferir dos resumos de tempo acostados o período de 07/03/1976 a 31/12/1978 foi reconhecido e averbado pela autarquia Ré. Todavia o período de 01/01/1979 a 30/11/1983 fora indeferido sob a alegação de que não havia início de prova material a corroborar a prova oral colhida na esfera administrativa. 
Todavia equivocada a decisão denegatória da averbação do período acima referido. Efetivamente, para o período de 01/01/1979 a 30/11/1983, houve labor rurícola em regime de economia familiar entre a parte autora, irmãos e genitores, entendido como aquele essencial ao sustento do grupo familiar. 
Na verdade existe inicio de prova material nos autos do processo administrativo que dão conta do labor rurícola da parte autora que, corroborados pela prova oral colhida na esfera administrativa, autorizam o reconhecimento do período de 01/01/1979 a 30/11/1983 como laborados na condição de rurícola.
Foram carreadas aos autos do processo administrativo inicio de prova material que consistem em: certidão de nascimento de irmãos da parte autora relativamente aos anos de 1969 e 1971, histórico escolar próprio e do irmão Antonio Sadi de Almeida contemplando os anos de 1971 a 1977, certidão de casamento do irmão Antonio Sadi de Almeida do ano de 1982. 
Tais documentos são corroborados pelos seguintes: certidão do INCRA para os anos de 1972 a 1978 em nome do genitor Francisco de Almeida, certidão da prefeitura municipal de São Valentin relativamente ao recolhimento de taxas de conservação de estradas sob o lote rural do genitor, compreendendo os anos de 1972/1983, registro de associado em Sindicato em nome do genitor admitido como sócio em 1984. Tais documentos corroborados pela prova oral coligida aos autos do processo administrativo demonstram o efetivo labor rurícola, para o período denegado administrativamente.
 
A prova documental para reconhecimento do labor rurícola após o ano de 1981 é farta, em nome de seu genitor e constam do processo administrativo. Dessarte o inicio de prova material acima citado, para os anos de 1979 a 1983, é eficaz, além de ser corroborada pela prova oral.
 
Dessarte, o reconhecimento e averbação da atividade agrícola pelo período de 01/01/1979 a 30/11/1983 é medida que se impõe e atende aos preceitos legais vigentes a época da prestação do labor e também ao que prescreve a lei 8.213/91.
II – DOS FUNDAMENTOS
– Do trabalho rural em regime de economia familiar
Como já mencionado retro, A parte autora laborou na atividade agrícola desde tenra idade. Requereu o reconhecimento de tal atividade para o período de 07/03/1976 a 30/11/1983, contudo somente o interregno de 07/03/1976 a 30/11/1978 lhe foi deferido. 
Dessarte a parte autora pugna pelo reconhecimento e averbação da atividade rurícola exercida no interregno de 01/01/1979 a 30/11/1983.
A parte autora, para comprovação do tempo de serviço rural, em regime de economia familiar juntamente com seus genitores e irmãos carreia aos autos os seguintes documentos:
Certidão emitida pelo Município de São Valentim RS, dando conta de recolhimentos de taxas de conservação de estradas sobre o lote rural de seu genitor, relativamente ao período de 1972 até 1983, vide certidão acostada;
Certidão emitida pelo INCRA relativamente a cadastramento de imóvel rural em nome de Francisco de Almeida, pai da parte autora;
Histórico escolar do irmão da parte autora relativamente aos anos letivos de 1971, 1972, 1973 e 1977 emitido pelo atual Município de Beijamim Constant do Sul RS;
Registro de associado em Sindicato de trabalhadores rurais em nome do genitor, com data de admissão em 21/05/1984;
Certidão de nascimento da irmã SIRLEI FATIMA DE ALMEIDA nascida aos 04/01/1969, em que os genitores restam qualificados como agricultores;
Certidão de nascimento do irmão VALDECIR DE ALMEIDA nascido aos 26/05/1971, em que os genitores restam qualificados como agricultores;
Certidão de casamento do irmão Antonio Sadi de Almeida na qual está qualificado como agricultor, matrimônio realizado em 27/02/1982;
Registro de matrícula do irmão da parte autora Anotnio Sadi de Almeida em estabelecimento educacional, para os anos letivos de 1971, 1972, 1973 e 1977 em que os genitores estão qualificados como agricultores;
Matricula de imóvel rural cujo título definitivo de concessão fora expedido em favor do genitor da parte autora, pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, em 18/10/1982;
Notas de produtor e de venda de produtos para os anos de 1981/1989 em nome do genitor;
Outros documentos que demonstram atividades campesinas; 
Consubstanciado nos documentos acostados a parte autora pleiteia o reconhecimento da atividade rural em regime de economia familiar no período de 01/01/1979 a 30/11/1983 o qual não foi reconhecido pelo Réu, inobstante a documentação apresentada. 
Ademais está pacificado através da súmula 09 da TRU4 que documentos em nome do grupo familiar devem ser admitidos para efeitos de inicio de prova material e reconhecimento do labor rurícola, “in verbis”:
Admitem-se como início de prova material, documentos em nome de integrantes do grupo envolvido no regime de economia familiar rural.
Assim, com fundamento no artigo 55, parágrafo 2º, combinado com art. 11, parágrafo 1º da Lei 8.213/91, requer o reconhecimento do período acima declinado para fins de aposentadoria por tempo de serviço/contribuição.
- Da aposentadoria integral ou sucessivamente a proporcional
Afirma A parte autora que, somando-se o período de atividade rural em regime de economia familiar ao período de labor urbano, atinge tempo suficiente a aposentação por tempo de serviço, integral ou proporcional conforme faculta a Emenda Constitucionalnº 20/98, tendo, portanto, direito adquirido ao benefício de forma integral ou proporcional, conforme prescreve o seu artigo 3º, vejamos:
Art. 3º - É assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos servidores públicos e aos segurados do regime geral de previdência social, bem como aos seus dependentes, que, até a data da publicação desta Emenda, tenham cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente.
Caso assim não considere o julgador, afirma que, no mínimo, enquadra-se na regra de transição do artigo 9º, parágrafo 1º da EC 20/98, que resguarda o direito a aposentação proporcional àqueles que antes do seu advento já fossem filiados ao RGPS, “in verbis”:
Art. 9º - Observado o disposto no art. 4º desta Emenda e ressalvado o direito de opção a aposentadoria pelas normas por ela estabelecidas para o regime geral de previdência social, é assegurado o direito à aposentadoria ao segurado que se tenha filiado ao regime geral de previdência social, até a data de publicação desta Emenda, quando, cumulativamente, atender aos seguintes requisitos:
I - contar com cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior.
§ 1º - O segurado de que trata este artigo, desde que atendido o disposto no inciso I do "caput", e observado o disposto no art. 4º desta Emenda, pode aposentar-se com valores proporcionais ao tempo de contribuição, quando atendidas as seguintes condições:
I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior;
II - o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a setenta por cento do valor da aposentadoria a que se refere o "caput", acrescido de cinco por cento por ano de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de cem por cento.
As regras de transição acima colacionadas, previstas para os segurados inscritos no RGPS até 16/12/1998, não se aplicam para a concessão da aposentadoria integral, por serem mais gravosas ao segurado, já que são previstos os seguintes requisitos: a idade mínima de 53 anos para o homem, e de 48 anos, para mulher; e para atingir o tempo de contribuição de 35 anos, se homem, e de trinta anos, se mulher.
Essa situação foi reconhecida pelo INSS quando da edição da instrução normativa INSS/DC nº 57/2001 e mantido o entendimento conforme as instruções normativas subseqüentes. Ou seja, não se exige idade mínima e o pedágio de 20% para a concessão da aposentadoria integral pelas regras de transição. O mesmo não ocorre para os segurados que queiram aderir a aposentação proporcional, pois a idade mínima e o pedágio são exigidos, de acordo com as regras de transição contidas na EC 20/98.
c) – Da forma do cálculo do benefício
Em restando constatado que A parte autora houver totalizado o tempo mínimo para aposentadoria integral ou proporcional antes do advento da Lei 9.876, de 26 de novembro de 1999, argumenta ter direito adquirido a ver a renda mensal inicial de seu benefício calculada pela aplicação do percentual respectivo sobre a média aritmética simples dos 36 últimos salários de contribuição, monetariamente atualizados, integrantes de um período básico de cálculo de 48 meses, sem aplicação do fator previdenciário.
Tal pretensão fulcra-se no artigo 6º da Lei 9.876/99, que garante ao segurado que até o dia anterior a publicação do diploma legal, tenha cumprido os requisitos para concessão do benefício com o cálculo consoante às regras então vigentes, ou seja, de acordo com o artigo 29 da Lei 8.213/91, em sua redação original. 
III – DOS PEDIDOS
“Ex positis”, e na melhor forma de direito, requer a Vossa Excelência:
a) o recebimento da presente ação juntamente com os documentos que a instruem;
b) a citação do Instituto Requerido, para, querendo, contestar o presente feito, sob pena de confissão e revelia;
c) o reconhecimento e averbação do labor rurícola para o período de 01/01/1979 a 30/11/1983, como trabalho rural em regime de economia familiar, os quais não foram reconhecidos, inobstante a documentação apresentada, com fulcro no artigo 55, parágrafo 2º da Lei 8.213/91;
d) Seja julgada totalmente procedente a presente ação, para o fim de revisar o ato administrativo que indeferiu o pleito de aposentadoria por tempo de serviço/contribuição a parte autora, NB nº 166.062.575-8, e via de consequência conceder-lhe aposentadoria integral ou sucessivamente aposentadoria por tempo de serviço proporcional, com a condenação do requerido ao pagamento das parcelas vencidas e vincendas, observada a data do requerimento administrativo, DER 11/11/2013, devidamente corrigidas pelos índices oficiais desde a implementação de cada parcela, bem como do acréscimo de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, em face da natureza alimentar das prestações previdenciárias, a contar da citação (Súmula 204, do STJ);
e) requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, especialmente pela documental, juntada de novos documentos, testemunhal, que comparecerão a audiência independentemente de intimação;
f) a condenação do Requerido em honorários advocatícios caso venha a recorrer de eventual sentença condenatória; 
g) por fim, requer a concessão do benefício da assistência judiciária, por se tratar de pessoa pobre, na acepção da palavra, sem condições de arcar com as despesas e custas processuais sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.
IV – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a presente ação o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para efeito de custas e determinação do rito procedimental.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Chapecó SC, 25 de março de 2014.
JATIR JOSÉ BALBINOT CALIXTO CLEMENTE FLACH
OAB/SC 23.231 OAB/SC 28.421
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