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Educação de Jovens e Adultos: Um olhar Crítico e Social.
A Educação de Jovens e Adultos, E.J.A., destinado aos indivíduos que não tiveram acesso por qualquer motivo, ao ensino regular em sua idade apropriada, tem na Lei de Diretrizes e Base, LDB, em seu artigo 37, parágrafos primeiro e segundo, os seus diretos resguardados, quanto a gratuidade e estimulo a continuidade do ensino, para tanto, a Educação de Jovens e Adultos, deve ser mais que uma relação tradicional de ensino, mas uma busca constante de pedagogia e métodos que facilite a reinserção destes jovens e adultos a vida acadêmica que diferente de pensar que o professor é o detentor absoluto do saber, deve estar aberto a pratica do dialogo, praticando a teoria conjunta do fazer, a comunhão dos saberes, com ação e reflexão, (via de mão dupla) reciprocidade conforme sugere Paulo Freire que enfatiza , Há dúvidas, perguntas e não há diálogo, não há como questionar sem diálogo, monólogo nos leva a pensar em dominação, imposição do saber absoluto. Quando se dialoga, dinamizamos o conteúdo e enriquecemos o nosso saber, desta forma evitamos a imposição dos conteúdo. Paulo Freire é enfático em afirmar:
	O docente, pra incorporar o diálogo, precisa buscar em suas práticas, ou inserir nas mesmas o tema cooperação. Eu não sou mais o “protagonista”, assumo o papel de coadjuvante (auxilia ou concorre para um objetivo comum). (Freire) 
Paulo Freire é categórico quando se refere a importância do diálogo, “O diálogo é este encontro dos homens, mediatizados pelo mundo, para pronunciá-lo, não se esgotando, portanto, na relação eu-tu. Esta é a razão por que não é possível o diálogo entre os que querem a pronúncia do mundo e os que não querem; entre os que negam aos demais o direito de dizer a palavra e os que se acham negados deste direito” (2005). A se referir a construção do conhecimento afirma que:
	“A investigação para a construção de um conteúdo programático seria aquele que aborta, com questionários, entrevistas e dissertações, a realidade do grupo de alunos, buscando a aprendizagem em tópicos correlacionados com na vida do aluno e em seu dia a dia”. (Freire)
Diferente de pensar que o professor é o detentor absoluto do saber, deve-se praticar a teoria conjunta do fazer, a comunhão dos saberes, com ação, reflexão, reciprocidade.
Desta forma é que compreendemos a construção e estruturação de um processo educativo com bases sólidas, e edificadas no diálogo e respeito mútuo entre as partes. Onde Docente é respeitado em sua integralidade, o professor, ou profissional que atuara neste sentido, compreendendo o modo de vida, o ambiente social, a forma de pensar o mundo dos seus docentes, porque caso contrário, sem perceber está apenas impondo, ou ditando regras, as quais serão fadadas a mesmice, repetindo um sistema falho, ou fadada ao fracasso, neste sentido, experiências tem mostrada através da historia que quando inserido no contexto social a educação e transformadora conforme salienta Jeruze Romão, no artigo: “Educação, instrução e alfabetização de adultos no Teatro Experimental do Negro”:
A mobilização provocada pelo Teatro Negro entre a população e os artistas brancos promoveu forte impacto à época conforme verificamos pelas matérias de jornais. Alguns dos remanescentes do grupos estimam que o TEN atendeu mais de 600 pessoas em seu curso de alfabetização de adultos. Aqui não se mede simplesmente o resultado quantitativo do projeto, mas, o da adesão aos movimentos do grupo e das pessoas para derrubar as barreiras da invisibilidade ou dos discursos de naturalização das diferenças e desigualdades raciais.
Trabalhar com o meio do aluno, ou seja, as impressões de mundo será um grande passo a um novo ensinar, pois conceitos, ideias e opiniões cada um tem a sua, a visão de um não pode ser imposta em detrimento a dos outros, o meio onde vive e a sua situação atual definirá sua ideia de mundo, assim pensará o aluno e é neste caminho que a ideia de educação com bases no diálogo deve caminhar. A educação deve ser fruto do dialogo e do interesse do educando, e deve esta sempre pautada na reflexão de sua construção, sendo sempre criticada e revisada, neste sentido, Mario Garces D. orienta que ao questionar e revisar as possibilidades de uma educação popular, a diversidade é colocada em evidencia:
“Abre também a possibilidade de revisar as próprias práticas dos educadores populares e os sentidos mais específicos que as animam. A partir desta perspectiva, me parece necessário indicar que tem havido uma relação germinal entre Educação Popular e movimentos sociais, já que, reconhecendo-se criticamente o fato de que a Educação Popular participou do paradigma da “revolução” na América Latina dos anos 1960 até os anos 1980, deve-se também admitir que isso se fez potencializando o desenvolvimento a partir da educação de uma diversidade de sujeitos coletivos populares (dos movimentos populares e dos movimentos sociais)”.(Garces)
A base para o sucesso ou fracasso deste indivíduo que busca a E.J.A. será a busca, e descoberta dos questionamentos no seu próprio ambiente, devendo ser norteado por meio da problematização em sua atualidade, fazendo desta maneira o mesmo formular um pensamento crítico e mais apurado de sua situação atual, tendo em resposta a toda a problematização formulada uma reação mais intelectual e apurada. O profissional que impõe suas ideias, e uma até então verdade que não deve ser tocada, não passa de um dominador. Conforme afirma Freire, a educação deve mergulhar o aluno em seu próprio mundo, mostrando a ele que a verdadeira educação se encontra, dentro e fora da sala de aula, pautada em diálogo e verdade absoluta com interação aluno e meio, que respeito a sua intelectualidade e suas necessidades e limitações.
Entretanto, a E.J.A, em sua maioria vem passando por uma restruturação em sua identidade, Marilia Spósito (2003) que defende que o ponto de vista de uma sociologia não escolar da escola, ou seja, que busquemos compreender os tempos e espaços não escolares dos sujeitos jovens que estão na escola mas que não são, em última instância, da escola deve ser adotado. Este jovem aluno cada vez mais jovem que chega às classes da EJA carrega para a instituição referências de sociabilidade e interações que se distanciam das referências institucionais que se encontram em crise de legitimação. O novo público que frequenta a escola, sobretudo adolescente e jovem, passa constituir no seu interior um universo cada vez mais autônomo de interações, distanciado das referências institucionais trazendo novamente, em sua especificidade, a necessidade de uma perspectiva não escolar no estudo da escola, a via não escolar, afirma:
(...). A autonomização de uma subcultura adolescente engendra para os alunos da massificação do ensino, uma reticência ou uma oposição à ação do universo normativo escolar, ele mesmo em crise. A escola cessa lentamente de ser modelada somente pelos critérios da sociabilidade adulta e vê penetrar os critérios da sociabilidade adolescente, exigindo um modo peculiar de compreensão e estudo. (2003)
Em seu artigo, Paulo Carano destaca que: “A juventude é apenas uma palavra, afirmou Bourdieu (1983). Porém, ela é também uma noção social que assumiu força material inequívoca desde que foi assumida coletivamente pela sociedade.” Entretanto, “... a juventude não é mais que uma palavra, uma categoria construída, porém as categorias são produtivas, fazem coisas, são simultaneamente produtos de acordo sociais e produtoras de mundo" (Reguillo,2000). Ainda com Reguillo (2000), apontamos três elementos que dão sentido ao mundo juvenil e explicam a emergência da juventude como sujeito social: 1. As inovações tecnológicas e suas repercussões na organização produtiva e simbólica da sociedade – aumentam as expectativas e a qualidade de vida – as pessoas passam mais tempo na escola; 2. A oferta de consumo cultural a partir da emergência de uma nova e poderosa indústria cultural;” 
Sobre maneira, faz pensar nos desafios de um sujeito cada vez mais novona EJA, que encontra um ambiente misto com jovens cada vez mais jovem, e adultos cada vez mais adultos, pode sugerir um choque cultural e de realidade, Além das dificuldades de acesso e permanência na escola, estes jovens enfrentam a realidade de instituições públicas que se orientam predominantemente para a oferta de conteúdos curriculares formais e considerados pouco interessantes pelos jovens. Isso implica em dizer que as escolas têm se apresentado como instituições pouco abertas para a criação de espaços e situações que favoreçam experiências de sociabilidade, solidariedade, debates públicos e atividades culturais e formativas de natureza curricular ou extraescolar. Por outro lado os adultos encontram na escola tradicional, resquícios de uma escola que se assemelha muito a que ficou em seu passado, e, portanto, não atendendo a ninguém.
Freire adverte que ”Mais uma vez os homens, desafiados pela dramaticidade da hora atual, se propõem a si mesmos como problema. Descobrem que poucos sabem de si mesmos como problema. Descobrem que poucos sabem de si, de seu “posto no cosmos”, e se inquietam por saber mais. Estará, aliás, no reconhecimento do seu pouco saber de si uma das razões desta procura”. E nesta busca necessária as instituições parecem não perceber que não se pode educar ou negociar valores na ausência de uma linguagem em comum e de espaços democráticos onde os conflitos possam ser mediados. E neste cenário, encontramos no sistema da EJA, os jovens e adultos sem acesso, por diversos motivos, à escola na idade adequada, com caminhos, e trajetória irregulares enfrentando o desafio de ser um agente transformador do seu destino.
Entretanto, quando há vontade de fazer, e fazer bem feito, os resultados podem ser vislumbrados com a satisfação do dever cumprido, e a transformação que se almejavam se torna realidade. Finalizo com uma citação do diário de campo do Dr. Natalino Neves da silva “Durante a aula de português percebo que alguns/mas jovens alunos/as demonstram bastante curiosidade com os temas que estão sendo discutidos, principalmente quando lhe são apresentados exemplos que dizem respeito direta ou indiretamente à sua realidade de vida. A cada instante durante a aula uma novidade, um exemplo e uma experiência vivida tanto pelo alunado jovem quanto pelo adulto surge, o que possibilita uma interação de relações que são estabelecidas entre os/as jovens e adultos com a professora” (Diário de campo, 19/02/2008). 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
http://www.pedagogia.ufscar.br/documentos/arquivos/tcc-2003/a-dialogicidade-de-freire-na-construcao-do-dialogo-igualitario-e-suas-relacoes-com-os-principios-da-aprendizagem-dialogica
http://www.pedagogia.ufscar.br
http://www.paulofreire.ufpb.br/paulofreire/Files/revista/Buscando_em_Paulo_Freire_as_concepcoes_de_individuo_e_mundo.pdf
http://portal.mec.gov.br
http://www.seduc.mt.gov.br
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COMO RESGATE A ESSÊNCIA DA CIDADANIA Jairo José da Silva Gualberto Universidade Estadual da Paraíba www.uepb.edu.br/
https://scholar.google.com.br/scholar?q=referencias+sobre+dialogicidade
RESUMO:
Mais que nas modalidades de ensino comum, na Educação de Jovens e Adultos, EJA, os egressos deveriam têm possibilidade de acessar algo que associe o conhecimento a uma necessidade ligadas a sua realidade, vivenciada no dia a dia, de forma que tudo o que é tratado em sala de aula esteja relacionado a sua vida social e profissional, é indiscutível, que as aulas estejam baseadas em experiências concretas e ligadas à sua vida, ao seu dia a dia. Desta forma apresentamos aqui algumas análises sobre o grande desafio da educação, e da modalidade EJA, que é somar valores no que se diz respeito a ensinar, a educar, sem perder de vistas a preparação destes mesmos alunos para o mercado de trabalho que é de alguma forma o que a maioria busca quando se pensa em conclusão de estudos.
Palavras-chave: EJA, educação, métodos, ensino. 
INTRODUÇÃO:
Definiu-se uma concepção de Educação de Jovens e adultos a partir da Constituição Federal de 1988. No artigo 208, a Educação passa a ser direito de todos, independente de idade, e nas disposições transitórias, são definidas metas e recursos orçamentários para a erradicação do analfabetismo.  Apesar desse artigo, chegamos à década de 90 com Políticas Públicas educacionais pouco favoráveis a este setor ( porque os programas oferecidos em 1988 não atendiam a demanda populacional ). 
Entretanto, após dois anos da Constituição em vigor, e já convencidos pela ideologia do ajuste neoliberal, Fernando Collor de Mello, em 1990, extinguirá a Fundação Educar, intervindo de forma negativa nos financiamentos de longo prazo para a educação. A Fundação Educar, na forma de convênios, financiava programas educativos que, quando foram suprimidos, eliminaram os recursos facultados às pessoas jurídicas, da ordem de 2% de abatimento sobre o Imposto de Renda, para investimentos destinados à alfabetização dos adultos. Para o Movimento de Educação de Jovens e Adultos foi importante a contribuição de Paulo Freire por toda sua trajetória, pois foi herdeiro da tradição da educação popular e, particularmente do MOVA-SP (1989-1991). Na administração pedagógica de Paulo Freire diminuiu-se a repetência escolar, criou-se o movimento de reorientação curricular e os conselhos de escola. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96 a nomenclatura Ensino Supletivo passa para EJA, não trata da questão do analfabetismo, reduz idade para realização dos exames em relação a Lei 5692/71.
	CONCLUSÃO:
Há muito que se fazer, quando se trata de educação de Jovens e adultos, é um aglomerado de circunstâncias, as quais devem ser tomadas em direção a uma educação de qualidade. A intenção e objetivo do EJA em termos de praticidade funcionam, mas hoje jovens buscam tal modalidade no intuito de se livrarem de um sistema mais técnico mais aprofundado algo que lhes exigiria mais empenho. Isso acaba por desvirtuar um programa voltado àqueles que buscam um retorno ao saber, e outros que buscam retomar um tempo que se perdeu por diversos motivos. 	A intenção do programa EJA é nobre e tem um cunho de cidadania, porem não se pode deixar perder o rumo a uma educação inclusiva que oportunize o saber, e uma inserção digna ao mercado de trabalho.
INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS
Campus Ouro Preto
Educação de Jovens e Adultos: Um olhar Crítico e Social.
“Toda a educação, no momento, não parece motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, no entanto, produz naqueles que assim foram exercitados um fruto de paz e de justiça.”
Hebreus 12:11
Cláudio C. Nascimento
Wilson José de Souza
Elizangela Ávila
Suelen Moraes
Josiane Elias
Lidiane Caetana
Ouro Preto- 2017

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