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Direito da Seguridade Social – Aula 09 [2017]

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DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL 
AULA 07 
Aposentadoria especial 
Prof. Thiago Martinelli Veiga 
IDEIA GERAL 
Possibilitar aposentadoria 
precoce ao trabalhador que 
exerceu atividades sob a ação 
de agentes nocivos que 
prejudicam a saúde ou a 
integridade física. 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL 
Regimes Próprios (RPPS) Regime Geral (RGPS) 
Art. 40, § 4º - É vedada a adoção de 
requisitos e critérios diferenciados 
para a concessão de aposentadoria aos 
abrangidos pelo regime de que trata 
este artigo, ressalvados, nos termos 
definidos em leis complementares, os 
casos de servidores: 
(...) 
II - que exerçam atividades de 
risco; 
III - cujas atividades sejam 
exercidas sob condições especiais 
que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física. 
 
Art. 201, § 1º - É vedada a adoção de 
requisitos e critérios diferenciados para 
a concessão de aposentadoria aos 
beneficiários do regime geral de 
previdência social, ressalvados os casos 
de atividades exercidas sob 
condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a 
integridade física (...), nos termos 
definidos em lei complementar. 
 
POSSIBILIDADES 
1. Aposentadoria Especial 
(modalidade de benefício) 
 
 
2. Conversão do tempo especial em comum para 
fins de concessão de aposentadoria por tempo de 
contribuição. 
 
Obs. Em qualquer dos casos, trata-se de reduzir o tempo 
necessário à aposentadoria 
CONDIÇÕES ESPECIAIS 
Identifica-se as condições especiais de 
que trata a Constituição, quando 
existirem no ambiente de trabalho 
agentes nocivos capazes de minar a 
saúde do trabalhador ou atingir a sua 
integridade física. 
POR QUE REDUZIR O TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO? 
VULNERABILIDADE 
A contínua exposição a agentes nocivos 
mina a saúde do segurado, motivo pelo 
qual ele se torna mais suscetível à perda 
precoce da capacidade produtiva do que os 
demais segurados. 
AGENTES NOCIVOS 
CONCEITO DE AGENTE NOCIVO 
Elemento que existe ou compõe o 
ambiente de trabalho e que é capaz de 
prejudicar a saúde ou a integridade 
física ou mental do trabalhador. 
 
 
Os agentes nocivos são classificados em: 
insalubres, perigosos e penosos. 
AGENTES NOCIVOS: 
DIREITO DO TRABALHO X DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Não há uma relação de necessidade entre o que 
a legislação trabalhista considera atividades 
insalubres e perigosas e o que a legislação 
previdenciária considera atividades que 
prejudicam a saúde e a integridade física. 
 
Conclusão importante: 
Nem todo trabalhador que recebe adicional de 
insalubridade ou periculosidade tem direito à 
aposentadoria especial! 
INSALUBRIDADE 
Desgaste contínuo e progressivo da saúde 
PERICULOSIDADE 
Risco de grave prejuízo súbito à saúde 
 
PENOSIDADE 
Jornada física e psicologicamente desgastante 
A ÊNFASE ATUAL NA INSALUBRIDADE 
Até a edição do Decreto nº. 2.172/97, a 
legislação compreendia as três categorias 
de nocividade. 
(insalubridade, a periculosidade e a penosidade) 
 
Todavia, a partir de então, somente os agentes 
insalubres passaram a ser considerados para a 
aposentadoria especial. 
FLEXIBILIZAÇÃO DO CRITÉRIO NORMATIVO 
Posição do STJ 
Recurso Especial (repetitivo) nº. 1.306.113/SC 
Decisão: o rol de agentes nocivos não é taxativo, sendo possível 
a concessão de aposentadoria especial a trabalhador exposto à 
eletricidade, desde que haja comprovação de prejuízo à saúde 
ou a integridade física 
 
 
Posição na TNU 
PEDILEF 05207198120094058300, 19/02/2016. 
Se alinha a posição do STJ, segundo a qual o rol de agentes 
nocivos é exemplificativo. Afirma que ela abrange 
genericamente os agentes perigosos, desde que se possa 
comprovar o prejuízo à saúde ou à integridade física. 
TÓPICO ESPECIAL 
Aplicação da norma previdenciária no tempo 
TÓPICO ESPECIAL: APLICAÇÃO DA NORMA 
PREVIDENCIÁRIA NO TEMPO 
Princípio do Tempus Regit Actum 
A lei que regula a especialidade do 
trabalho é aquela vigente na época em que 
o labor foi exercido. 
 
Exemplo: se a lei vigente em 1993 dizia que a atividade de 
motorista deveria dar ensejo à aposentadoria especial e Caio 
era motorista em 1993, então este ano deve ser contado 
como tempo especial para fins de aposentadoria mesmo que 
hoje esta atividade não confira o mesmo direito. 
TÓPICO ESPECIAL: APLICAÇÃO DA NORMA 
PREVIDENCIÁRIA NO TEMPO 
Posição do STJ 
“A contagem do tempo de trabalho de forma mais 
favorável àquele que esteve submetido a condições 
prejudiciais à saúde deve obedecer a lei vigente na 
época em que o trabalhador esteve exposto ao 
agente nocivo” 
(Pet 9059/RS, 09/09/2013 - Pet 9194/PR, 28/05/2014) 
APOSENTADORIA ESPECIAL 
(MODALIDADE DE BENEFÍCIO) 
PREVISÃO INFRACONSTITUCIONAL 
(REQUISITOS) 
Art. 57 da L8213/91 
 
Beneficiários: 
De acordo com a lei, todos os segurados tem direito. 
------------------------------------------------------------- 
Requisitos: 
1. Carência de 180 contribuições. 
2. Trabalho exposto a condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física (agentes 
nocivos), durante 15, 20 ou 25 anos. 
 
Lembre-se, só conta tempo especial! 
POSIÇÃO DA TNU 
Súmula 62 
O segurado contribuinte individual pode obter 
reconhecimento de atividade especial para fins 
previdenciários, desde que consiga comprovar 
exposição a agentes nocivos à saúde ou à 
integridade física. 
 
Obs. Contraria o entendimento do INSS 
REQUISITO: CONTRIBUTIVO ESPECIAL 
Tipo Aposenta em: 
Alto: Atividade de mineração 
próxima da frente de produção. 15 anos 
Médio: Atividades em que haja 
contato com amianto, atividade 
de mineração afastada da frente 
de produção. 
20 anos 
Baixo: Demais atividades cujo 
exercício traz prejuízo à saúde 
ou à integridade física do 
trabalhador. 
25 anos 
EXERCÍCIO DE ATIVIDADE PERTENCENTE A MAIS 
DE UMA CATEGORIA: TABELA DE CONVERSÃO 
TEMPO A 
CONVERTER 
MULTIPLICADORES 
 PARA 15 PARA 20 PARA 25 
DE 15 ANOS - 1,33 1,67 
DE 20 ANOS 0,75 - 1,25 
DE 25 ANOS 0,60 0,80 - 
EXEMPLO DE CONVERSÃO 
 15 anos em atividade exposto à pressão (20 anos) 
 8 anos em atividade exposto ao benzeno (25 anos) 
 
Conversão: 
Atividade de 20 anos para 25 anos 
15 anos x 1,25 = 18,75 anos 
Soma:8 anos (benzeno) + 18,75 anos (pressão) = 26,75 anos 
 
----------------- 
Conversão: 
Atividade de 25 anos para 20 anos 
8 anos x 0,8= 6,4 anos 
Soma: 6,4 anos (benzeno) + 15 anos (pressão) = 21,4 anos 
 
Tempo suficiente 
EXEMPLO DE CONVERSÃO 
 5 anos em atividade exposto ao pó de carvão (15 anos) 
 10 anos em atividade exposto ao benzeno (25 anos) 
 
Conversão: 
Atividade de 15 anos para 25 anos 
5 anos x 1,67 = 8,35 anos 
Soma:10 anos (benzeno) + 8,35 anos (carvão) = 18,35 anos 
 
----------------- 
Conversão: 
Atividade de 25 anos para 15 anos 
10 anos x 0,6 = 6 anos 
Soma: 6 anos (benzeno) + 5 anos (carvão) = 11 anos 
 
Tempo insuficiente 
EXPOSIÇÃO AOS AGENTES NOCIVOS 
Antes da Lei nº. 9.032/95 
A exposição era presumida por 
categoria profissional 
COMPROVAÇÃO POR CATEGORIA PROFISSIONAL 
Para contar tempo especial bastava que o segurado 
exercesse uma atividade considerada pela legislação 
como perigosa, insalubre ou penosa. A jurisprudência 
admite equiparações e afirma que o rol não é taxativo. 
2.1.1 ENGENHARIA 
Engenheiros-químicos; Engenheiros-
metalúrgicos; Engenheiros de minas. 
25 anos 
2.4.2 
TRANSPORTE URBANO E RODOVIÁRIO 
Motorista de ônibus e de caminhões de cargas 
(ocupados em caráter permanente).25 anos 
2.5.4 APLICAÇÃO DE REVESTIMENTOS 
METÁLICOS E ELETROPLASTIA 
Galvanizadores, niqueladores, cromadores, 
cobreadores, estanhadores, douradores e 
profissionais em trabalhos de exposição 
permanente nos locais. 
 
25 anos 
1.1.2 FRIO 
Câmaras frigoríficas e fabricação de gelo. 
25 anos 
1.2.9 OURO 
Redução, separação e fundição do ouro 
25 anos 
1.3.5 GERMES Trabalhos nos gabinetes de autópsia, de 
anatomia e anátomo-histopatologia (atividades 
discriminadas entre as do código 2.1.3 do Anexo 
II: médicos-toxicologistas, técnicos de laboratório 
de anatomopatologia ou histopatologia, técnicos 
de laboratório de gabinetes de necropsia, 
técnicos de anatomia). 
25 anos 
 
EQUIPARAÇÕES COMUNS 
 Todos os trabalhadores de hospitais e clínicas com os 
agentes de saúde: 
 TNU - PEDILEF 200772950094524, 09/02/2009. 
 Tratorista com motorista de caminhão: 
 Súmula 70 - TNU. 
 Vigilante com guarda (desde que armado): 
 Súmula 26 – TNU. 
 Engenheiro mecânico com demais engenheiros: 
 TNU - PEDILEF nº. 05053559420084058400, 29/06/2012. 
 Abastecedor de aeronave com frentista: 
 APELREEX 200770010058123, RICARDO TEIXEIRA DO 
VALLE PEREIRA, TRF4 - QUINTA TURMA, D.E. 10/05/2010. 
 Agente de estação (atendente) com telefonista: 
 AC 200370000565171, OTÁVIO ROBERTO PAMPLONA, 
TRF4 - QUINTA TURMA, DJ 13/07/2005. 
EXPOSIÇÃO AOS AGENTES NOCIVOS 
Depois da Lei nº. 9.032/95 
A exposição deve ser comprovada a 
efetiva exposição habitual e 
contínua aos agentes nocivos 
AGENTES NOCIVOS – PREVISÃO LEGAL 
(ANEXO IV DO D3048/99) 
1.0.17 
 
 
 
PETRÓLEO, XISTO BETUMINOSO, GÁS NATURAL E SEUS DERIVADOS 
a) extração, processamento, beneficiamento e atividades de manutenção 
realizadas em unidades de extração, plantas petrolíferas e petroquímicas; 
b) beneficiamento e aplicação de misturas asfálticas contendo 
hidrocarbonetos policíclicos. 
25 
ANOS 
2.0.5 
 
 
 
PRESSÃO ATMOSFÉRICA ANORMAL 
a) trabalhos em caixões ou câmaras hiperbáricas; 
b) trabalhos em tubulões ou túneis sob ar comprimido; 
c) operações de mergulho com o uso de escafandros ou outros equipamentos 
. 
25 
ANOS 
3.0.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICROORGANISMOS E PARASITAS INFECCIOSOS VIVOS E SUAS 
TOXINAS - MICROORGANISMOS E PARASITAS INFECTO-CONTAGIOSOS 
VIVOS E SUAS TOXINAS 
a) trabalhos em estabelecimentos de saúde em contato com pacientes 
portadores de doenças infecto-contagiosas ou com manuseio de materiais 
contaminados; 
b) trabalhos com animais infectados para tratamento ou para o preparo de 
soro, vacinas e outros produtos; 
(...) 
25 
ANOS 
 
 
HABITUALIDADE E CONTINUIDADE 
Após a edição da Lei nº. 9.032/95, a 
legislação deixou de considerar a categoria 
profissional e passou a exigir a prova da 
exposição habitual e contínua aos agentes 
nocivos. 
 
Habitualidade: a exposição ao agente nocivo deve 
ocorrer com frequência na rotina de trabalho do 
segurado. 
 
Continuidade: a exposição não deve sofrer grandes 
interrupções durante a jornada de trabalho. 
FLEXIBILIZAÇÃO DO REQUISITO DE 
HABITUALIDADE E CONTINUIDADE 
Há a necessidade de flexibilizar os requisitos de 
habitualidade e continuidade para aqueles agentes 
nocivos capazes de causar dano à saúde ou à integridade 
física mediante curtos períodos de exposição como o 
chumbo, o mercúrio, o ruído ou o frio. 
EXEMPLO DE FUNDAMENTAÇÃO DE 
FLEXIBILIZAÇÃO PARA O RUÍDO (NR15 MTE) 
NÍVEL DE 
RUÍDO 
DB (A) 
Tempo de exposição 
NÍVEL DE RUÍDO 
DB (A) 
Tempo de exposição 
85 8 horas 98 1 hora e 15 minutos 
86 7 horas 100 1 hora 
87 6 horas 102 45 minutos 
88 5 horas 104 35 minutos 
89 4 horas e 30 minutos 105 30 minutos 
90 4 horas 106 25 minutos 
91 3 horas e 30 minutos 108 20 minutos 
92 3 horas 110 15 minutos 
93 2 horas e 40 minutos 112 10 minutos 
94 2 horas e 15 minutos 114 8 minutos 
95 2 horas 115 7 minutos 
96 1 hora e 45 minutos 
HABITUALIDADE E CONTINUIDADE 
Não afastam a especialidade 
Os períodos de descanso determinados pela 
legislação trabalhista, inclusive férias, aos de 
afastamento decorrentes de gozo de benefícios de 
auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez 
acidentários, bem como aos de percepção de 
salário-maternidade, desde que, à data do 
afastamento, o segurado estivesse exercendo 
atividade considerada especial. 
 
Afasta a especialidade 
exercício de mandato em sindicato. 
O USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL (EPI) E A APOSENTADORIA 
ESPECIAL 
TNU Súmula 09 
A simples indicação de uso de EPI no PPP não exclui a especialidade. 
 
 
O ARE 664335 e a Repercussão Geral nº. 555 
 
O direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do 
trabalhador a agente nocivo à sua saúde, de modo que, se o EPI for 
realmente capaz de neutralizar a nocividade não haverá respaldo 
constitucional à aposentadoria especial. 
 
Na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites 
legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil 
Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do 
Equipamento de Proteção Individual - EPI, não descaracteriza o tempo 
de serviço especial para aposentadoria. 
AFASTAMENTO DO LABOR EM ATIVIDADE 
NOCIVA APÓS A APOSENTADORIA 
O parágrafo 8º do artigo 57 da Lei nº. 8.213/91 
determina que o beneficiário da aposentadoria 
especial não pode continuar exercendo atividade 
que prejudique a saúde ou a integridade física 
após a inativação, sob pena de perder o benefício. 
 
Há entendimento do TRF4 (Incidente de inconstitucionalidade, Relator, 
Des. Ricardo do Valle Teixeira ArgInc 5001401-77.2012.404.0000, 
24/05/2012) pela inconstitucionalidade do dispositivo. 
Reafirmação do entendimento: TRF4 - 5008333-51.2013.404.7112, sexta 
turma, Relatora para Acórdão Vânia Hack De Almeida, 27/04/2017. 
DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO (DIB) 
Segurados empregados: 
 Data do desligamento do emprego, quando requerido 
até essa data ou até 90 (noventa) dias depois dela; 
ou 
 Data do requerimento, quando não houver 
desligamento do emprego ou quando for requerida 
após o prazo de 90 dias do desligamento do emprego. 
Demais segurados (os não empregados): 
 Data da entrada do requerimento. 
CONVERSÃO DO TEMPO 
ESPECIAL EM TEMPO COMUM 
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
(REQUISITOS) 
Carência 
180 contribuições 
 
Tempo de contribuição 
35 anos para o homem 
30 anos para a mulher 
 
Lembre-se, só conta tempo comum! 
 
Obs. É o mesmo benefício visto na aula 07 
CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM 
TEMPO COMUM 
Possibilidade de converter tempo especial em comum 
Art. 57, §5º da L8213/91 (incluído pela L9032/95). 
Súmula TNU 50: possibilita a conversão em qualquer 
tempo. 
Súmula TNU 55: fator multiplicador é o da data da 
aposentadoria. 
Súmula TNU 66: permite a conversão do tempo especial de 
CLT para fins de emissão de CTC a ser usada em RPPS. 
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
COM CONTAGEM DE TEMPO ESPECIAL 
Fatores de conversão: 
 
 
 
 
 
 
 
Soma-se o tempo convertido ao comum para verificar 
o preenchimento dos requisitos. 
TEMPO A 
CONVERTER 
MULTIPLICADORES 
MULHER 
(PARA 30) 
HOMEM 
(PARA 35) 
Risco alto (15 anos) 2,00 2,33 
Risco médio (20 anos) 1,50 1,75 
Risco baixo (25 anos) 1,20 1,40 
EXEMPLO DE CONVERSÃO 
 Homem 
 15 anos em atividade exposto ao ruído (25 anos) 
 15 anos em atividade sem exposição 
 
Conversão: 
Atividade de 25 anos para atividade normal 
15 anos x 1,4 = 21 anos 
Soma:21 anos (ruído) + 15 anos (norma) = 36 anos----------------- 
 Mulher 
 15 anos em atividade exposta à pressão (20 anos) 
 10 anos em atividade sem exposição 
 
Conversão: 
Atividade de 20 anos para atividade normal 
15 anos x 1,5 = 22,5 anos 
Soma:22,5 anos (pressão) + 10 anos (norma) = 32,5 anos 
 
PROVA DO TEMPO ESPECIAL 
PROVA DE ESPECIALIDADE 
Antes da Lei nº. 9.032/95 
(exposição se presumia pela categoria profissional) 
 
NOTA: Para os agentes nocivos ruído e calor 
SEMPRE foi exigido o laudo. 
Prova: CTPS para os segurados que pertenciam a 
categorias para as quais a legislação presumia a 
exposição a agentes nocivos. 
Prova: Laudos e outras provas técnicas para os 
segurados não pertencentes às categorias para as 
quais havia a presunção. 
PROVA DE ESPECIALIDADE 
Entre a Lei nº. 9.032/95 e a Lei nº. 9.528/97 
Não há presunção por categoria, 
é preciso comprovar a exposição 
 
Prova: qualquer meio técnico apto a 
demonstrar a efetiva exposição ao 
agente nocivo de forma habitual e 
permanente. 
PROVA DE ESPECIALIDADE 
Após a Lei nº. 9.528/97 
(não há presunção por categoria, é preciso 
comprovar a exposição) 
 
Prova: Formulários profissiográficos 
DIRBEN-8030 
SB-40 
DISES-BE 5235 
DSS-8030 
PROVA DE ESPECIALIDADE 
Após 1º janeiro de 2004 - 
Vigência do Decreto nº. 4.827/03 
Não há presunção por categoria, 
é preciso comprovar a exposição 
 
 Prova: Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) 
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP 
I-SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS 
1-CNPJ do Domicílio Tributário/CEI: 
 
2-Nome Empresarial: 3-CNAE: 
4-Nome do Trabalhador 5-
BR/PDH 
6-NIT 
 
7-Data do Nascimento 8-Sexo 
(F/M) 
9-CTPS (Nº, 
Série e UF) 
10-Data de Admissão 11-Regime Revezamento 
 
12-CAT REGISTRADA 
12.1 Data do Registro 12.2 Número da 
CAT 
12.1 Data do Registro 12.2 Número da CAT 
 
13-LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO 
13.1 Período 13.2 
CNPJ/CEI 
13.
3 
Set
or 
13.4 
Cargo 
13.5 Função 13.6 
CBO 
13.7 Cód. GFIP 
__/__/__ a __/__/__ 
14–PROFISSIOGRAFIA 
14.1 Período 14.2 Descrição das Atividades 
__/__/__ a __/__/__ 
II-SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS 
15-EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS 
15.1 Período 
15.
2 
Tip
o 
15.3 
Fator 
de 
Risco 
15.
4 
Iten
s./
Co
nc 
15.5 
Técnic
a 
Utiliza
da 
15.6 EPC 
Eficaz (S/N) 
15.7 
EPI 
Eficaz 
(S/N) 
15.8 CA EPI 
__/__/__ a __/__/__ 
APOSENTADORIA ESPECIAL DO 
PROFESSOR 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL 
Art. 201, § 8º 
Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo 
anterior (35H/30M) serão reduzidos em cinco anos, 
para o professor que comprove exclusivamente 
tempo de efetivo exercício das funções de 
magistério na educação infantil e no ensino 
fundamental e médio. (EC 20/98) 
 
Obs. Antes da EC20 já existia previsão, mas sem 
restrições. A primeira previsão veio na EC18/81 
(Constituição de 1967) 
QUEM PODE SER BENEFICIADO 
Art. 56, §2º do D3048/99 
Para os fins do disposto no § 1º, considera-se 
função de magistério a exercida por professor, 
quando exercida em estabelecimento de educação 
básica em seus diversos níveis e modalidades, 
incluídas, além do exercício da docência, as 
funções de direção de unidade escolar e as de 
coordenação e assessoramento pedagógico. 
APLICAÇÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO? 
Não incide o fator previdenciário no cálculo do 
salário-de-benefício da aposentadoria do professor. 
 
TNU - PEDILEF 50108581820134047205, Juiz 
Federal João Batista Lazzari, TNU, 10/07/2015 
 
STJ - AGRESP 201402520752, Min. Humberto 
Martins, Segunda Turma, 22/04/2015 
 
O INSS entende que o fator se aplica! 
CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM COMUM 
A jurisprudência é oscilante, havendo decisões 
nos seguintes sentidos: 
Permite a conversão até 1981, quando a Constituição 
passou a tratar a aposentadoria do professor em 
específico 
Permite a conversão até 1995/1997 quando deixou-se 
de contemplar as atividade penosas.

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