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ALISANTES CAPILARES

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ALISANTES CAPILARES
Professor: EDUARDO UNGARELLI
Tipos de alisamentos
Térmico 
Químico 
Alisantes químicos
- Hidróxido de sódio – apresenta maior eficiência e maior agressividade; 
-Hidróxido de guanidina – posição intermediária quanto à eficiência e agressividade; 
- Tioglicolato de amônio – menos nocivo ao fio e menos eficiente em relação ao alisamento proporcionado; 
- Formaldeído – agente indireto de alisamento, causando plastificação dos fios.
Alisantes químicos
os alisantes são formados por três componentes principais: agente alcalino, fase oleosa e fase aquosa, na forma de uma emulsão alcalina (DIAS et al, 2007 ; OBUKOWHO & BIRMAN, 1996). 
O fio de cabelo possui pH ligeiramente ácido, em torno de 4.5 e 6,5, quando não está danificado ou quimicamente tratado. Segundo Bedin (2008) neste pH, as cutículas do cabelo encontram-se fechadas. Entretanto, o fio de cabelo é sensível as alterações de pH. O contato com soluções alcalinas causa a abertura das cutículas do cabelo, resultando na quebra da estrutura da queratina do cabelo (DIAS et al, 2007). 
O alto pH (9,0 – 14,0) da emulsão alisante dilata os fios de cabelo e provoca a abertura das escamas, permitindo que o ativo alisante penetre na fibra capilar até o córtex. 
Alisantes químicos
Alisantes químicos
Os agentes alisantes tradicionalmente e comumente utilizados são hidróxido de sódio, hidróxido de lítio, hidróxido de guanidina (formado pela reação do carbonato de guanidina e hidróxido de cálcio), tioglicolato de amônio ou etanolamina (ABRAHAM et al, 2010). Segundo Grelmann et al (2009), a ANVISA autoriza o uso desses componentes em alisamentos, em determinadas concentrações máximas. 
Efeitos indesejáveis
Os fios de cabelos sofrem danos diários provocados por agentes externos, tais como radiação ultravioleta do sol, temperatura e processos químicos. Além disso, o cabelo não apresenta capacidade auto-regenerativa, agravando os efeitos causados por esses agentes externos. Dificilmente os fios de cabelo retornarão ao estado inicial de brilho, aparência, força e elasticidade após serem submetidos a tratamentos químicos sucessivos (FRANQUILINO, 2009b). 
Efeitos indesejáveis
Esses danos estão relacionados a parte interna e externa do fio, uma vez que os alisantes precisam penetrar no córtex para efetuar sua ação (FRANQUILINO, 2009b ; YUEN et al, 2010). O processo de alisamento baseia-se na quebra de muitas ligações químicas do fio de cabelo, resultando em danos tais como a perda de maciez, movimento, brilho, diminuição da elasticidade e da força, devido ao aumento da porosidade do fio e os danos causados a cutícula (VARELA, 2007). 
A intensidade dos danos causados pelo agente alisante depende do estado do cabelo: espessura, grau de hidratação, histórico de processos químicos realizados, entre outras características. Portanto, são necessários estágios de condicionamento adicionais para reparar os danos provocados pelo processo químico (FRANQUILINO, 2009b). 
Alisantes com hidróxidos metalicos
Os alisantes a base de hidróxidos metálicos deverão conter em sua formulação uma ou mais das seguintes substâncias: hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de lítio, hidróxido de magnésio, carbonato de guanidina e hidróxido de cálcio (VARELA, 2007). 
O produto para alisamento a base de hidróxido de guanidina utiliza dois produtos ativos em sua formulação, que são comercializados separadamente, e apresenta o inconveniente de exigir uma prévia mistura dos componentes para obter-se o hidróxido de guanidina. Para isso, o hidróxido de cálcio (comumente chamado de líquido ativador) quando misturado com o carbonato de guanidina formará o hidróxido de guanidina (VARELA, 2007; DIAS et al, 2007). Segundo Bolduc & Shapiro (2001) a mistura deve ser feita no dia em que for utilizada para evitar alterações químicas. 
Dentre os princípios ativos que compõem essa classe, o hidróxido de sódio ou lítio e o hidróxido de guanidina são os muito potentes e destinam-se, em geral, aos cabelos afroétnicos (ABRAHAM et al, 2010 
Hidroxido de Sódio (NaOH)
O hidróxido de sódio (NaOH), conhecido também como soda cáustica, classificado entre os produtos químicos como corrosivo e considerado um risco químico, em concentrações acima do permitido pode causar queimaduras e tonsura do fio capilar é considerado um dos alisantes mais potentes utilizados em concentrações que variam de 5 a 10 %, em pH alcalino de 09 a 14% causando o intumescimento da fibra e permitindo a abertura da cutícula, promove os resultados mais agressivos, após o alisamento aplica-se uma substância, xampu ou loção para acidificar o pH, já que os ácidos neutralizam os álcalis interrompem assim o processo, neutralizando os íons de hidrogênio restantes e diminuindo o pH do cabelo e do couro cabeludo, as ligações de dissulfeto uma vez rompidas pelos hidróxidos não podem ser restauradas. 
Hidróxido de Guanidina
O alisante com guanidina utiliza dois ativos em sua composição: o hidróxido de cálcio que é misturado com carbonato de guanidina formando daí o Hidróxido de guanidina considerado o mais ameno, porém se ambos não forem misturados de forma correta, ou seja, em proporções exatas o alisamento não ocorrerá, alisantes a base de hidróxido de guanidina são indicados para couros cabeludos sensíveis. 
TioGlicoláto de Amônia
É o alisante mais utilizado no Brasil 
Força moderada (mais fraco que hidróxidos)
Promove alteração nas pontes de dissulfetos provocando amolecimento da haste capilar. Podendo ser então a partir daí moldado conforme o cliente deseja.
Cabelos alisados são suscetíveis a clareamento 
Interação com hidróxidos 
Quando a intenção é remover volume e alisar os produtos mais utilizados são Tioglicolato de amônia e Hidroxido de sódio. Cuidado para não danificar os fios.
Formaldeído (Formol)
Escovas progressivas com formol na composição são conhecidas como um método de alisamento capilar, mas não são registradas na ANVISA, apenas os produtos utilizados como princípios ativos em suas formulações é que possuem registro o que acontece é que o formaldeído se liga as proteínas da cutícula e aos aminoácidos hidrolisados da solução de queratina formando uma película, impermeabilizando o fio, deixando-o rígido e reto. 16, 17 
Centros de beleza desrespeitam a legislação e a ética profissional e utilizam produtos adulterados, vetados para uso um exemplo é o formol que é acrescentado a produtos prontos como forma de potencializar o alisamento, esse procedimento é inadequado e ilegal, pois para atingir o efeito liso o formol deve ser empregado em concentrações de 20 a 30%, o que é terminantemente proibido devido sua característica de volatilização, associada ao calor aumenta o risco, de intoxicação, pessoas que possuem deficiência respiratória, ou que fizeram cirurgia recente nos olhos, poderão sofrer graves conseqüências ao entrar em contato com esses vapores, inclusive um choque anafilático que pode levar à morte por asfixia. 15, 2 
Formaldeído (Formol)
Em 1995 o formol foi classificado pela agência internacional de pesquisa em câncer (IARC) como carcinogênico, tumorigênico e teratogênico para humanos a ANVISA divulga folhetos de orientação direcionados ao público leigo, informando que o formol só é permitido em condições específicas de conservante a 0,02%; pois todos os produtos registrados pela ANVISA que apresentem formol na sua composição têm as concentrações da substância dentro deste limite que é previsto na legislação vigente e dispõe de um sistema de notificação de eventos adversos chama-se NOTIVISA é de extrema importância, uma forma de garantir tanto ao cliente quanto ao profissional a segurança e a eficácia dos produtos e assim facilitar o acesso a relatos sobre problemas de uso efeitos indesejáveis, além de ser de uma forma um canal para denunciar e proibir o uso indiscriminado de substâncias que podem ser tóxicas. 2, 5, 13,14, 7 
O profissional da área da saúde tem obrigação legal de avaliar e preparar o cliente avisando-o, informando-o quanto aos procedimentos
a serem realizados, os cuidados pré e pós-procedimento bem como o prognóstico sobre riscos e benefícios em linguagem simples de fácil entendimento e ter sempre em mente que não existe 10 
100% de segurança em nenhuma substância química, pois até mesmo a água administrada em quantidades inadequadas pode ser perigosa. 15, 14 
A orientação é que para a utilização de alisantes químicos procure-se um profissional qualificado e experiente que este informe sobre o produto utilizado e que atenda as exigências estabelecidas pela legislação sanitária
Acido Glioxilíco
O ácido glioxílico ou ácido formilfórmico é um ácido orgânico de fórmula OHCCOOH, e é o mais simples dos ácidos-aldeídos. Consiste numa forma modificada do ciclo dos ácidos tricarboxílicos que ocorre na maioria das plantas e micro-organismos, mas não nos animais superiores. É utilizado em formulações de alisantes, alterando a estrutura do fio, permitindo que ele seja modelado. Este ácido libera substancias (aldeídos) que promovem a quebra das pontes de cistina, que é responsável pela resistência e forma da fibra capilar. 
Bibliografia
 ORIENTAÇÕES SOBRE OS PRINCIPAIS ALISANTES QUÍMICOS UTILIZADOS EM ALISAMENTOS CAPILARES DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA. - Fabiana Melissa da Silva, Fernanda Quaresma, Kely C dos Santos.
 Trabalho de Conclusão de Curso – Ativos alisantes em cosméticos Fernanda Novelli de Almeida Delfini.
Contato
Facebook : Eduardo Ungarelli
Email: Eduardo_ungarelli@Hotmail.com
Telefone: 62 998665666

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