Buscar

Resenha Psicologia dos processos oníricos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IPA
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA DE TEORIAS PSICANALÍTICAS
PROFESSORA JANE BARROS
ALUNA VANESSA LOSS VOLPATTO
RESENHA SOBRE O CAPÍTULO VII: A PSICOLOGIA DOS PROCESSOS ONÍRICOS
Freud começa contando o sonho de um pai com um filho que já morreu; enquanto o corpo do mesmo é velado, o pai cochila e sonha que o braço do filho está queimando. “-Pai, não vês que estou queimando?” Segundo Freud, o sonho poderia ser uma manifestação do desejo de o filho estar vivo, ou na expressão ali citada, poderia ser alguma frase que o filho falava, ou até mesmo no seu leito de morte, ele poderia estar ardendo em febre, e dai remeteu à esse sonho. 
O sonho é considerado para Freud como Escritura Sagrada - cada elemento tem igual importância, inclusive seus detalhes mais aparentemente insignificantes ou duvidosos. O esquecimento,os acréscimos e correções subseqüentes nos e aos sonhos se devem à resistência, imposta pela censura que tem origem no recalque. O esquecimento é o caso mais extremo de sua ação. Sonha-se, em parte, porque no estado de sono, a resistência está diminuída.
Não temos uma recordação dos sonhos tal e qual estes ocorreram. As vezes, os sonhos são muito abstratos, e colocá-lo em palavras se torna bem difícil, pois ele se da através de imagens, emoções e sensações. Quando estamos descrevendo o sonho em palavras, estamos fazendo uma elaboração secundária. Freud utiliza esta como grande ferramenta de seu estudo, visto que, quando a pessoa conta o sonho pela segunda vez, e troca algumas palavras/elementos, (censura) e são estes trocados que Freud vai analisar primeiro. 
Tudo no sonho é muito significativo, tanto os eventos banais, quanto aqueles que damos uma maior importância. Nossa memória falseia “positivamente” a lembrança que temos de um sonho, ordenando, preenchendo e arredondando o material original. Quando se esquece dos sonhos, claramente é a censura atuando.É uma relação direta da resistência. Quando lembramos de uma parte do sonho, que foi anteriormente esquecida, Freud considera que essa parte é a mais importante pois teve mais resistência por ter sido esquecido.A noite a resistência perde parte de seu poder, por isso a maioria dos sonhos se dá nesse período. O que faz sentido, visto que os sonhos noturnos (em minha experiência pessoal) eu nunca consigo recordar – prova que a censura teve que atuar fortemente para que eu esquecesse o que aconteceu alí- e os sonhos da tarde, eu recordo bem. Em muitos casos a sensação de ter sonhado muito se deve ao volume de trabalho dos pensamentos latentes em contraste com um curto sonho que o representa. 
Interpretar sonhos antigos é mais fácil, visto que algumas das resistências já foram quebradas e não há tanta censura; é como um sintoma neurótico: Os sintomas antigos costumam ser mais fáceis de interpretar que os novos. Os sonhos da infância conservados na memória são importantes para entender a história e o desenvolvimento psíquico do sujeito. Deve-se orientar por eles.
Freud propõe abandonar as “representações-meta” e deixar as associações vagarem a esmo, em relação a cada parte do sonho, na esperança de, no final, encontrar os pensamentos oníricos. As associações não precisam ter uma relação direta com o que foi sonhado, ou o que está sendo vivido. Toda associação que vier é importante, porque até estas estão sendo censuradas – associações superficiais- . 
Nem todas as associações da interpretação estavam presentes na elaboração do sonho. Muito deve ter sido acrescentado em vista do aumento da resistência, que torna os caminhos associativos mais tortuosos. Na interpretação, não se faz o caminho no sentido contrário, mas, se reencontra o material que estava atrás, na formação do sonho. 
Sobre a regressão: No dia-a-dia vivemos assim: CONSIENTE – PRÉ INCONSIENTE – INCONSIENTE; nos sonhos eles se dão de forma contrária: INCONSIENTE- PRÉ-INCONSIENTE – CONSIENTE. Os sonhos, por mais que tenham memórias passadas, acontecem no presente. E eles são eventos reais, porque sentimos, sofremos, etc. Só entendi isso, o texto estava muito confuso. 
Sobre a realização de desejos: Os desejos são idéias/vontades que temos e não podemos satisfazer ou que suprimimos, ou que não possam chegar à consiência. Um desejo consciente só pode provocar um quando tem base num desejo inconsciente e infantil. Os restos diurnos- que não desejos- precisam dessas vontades. Os sonhos ruins se devem ao um desejo inconsciente cuja realização pode ser sentida como desprazerosa para o ego ou são sonhos de punição (o desejo inconsciente provém do ego, e não do recalcado). Nas crianças os desejos são mais intensos e produzem um sonho, já nos adultos, esses desejos não realizados do dia precisam encontrar apoio em outro lugar. Os desejos inconscientes precisam transferirem sua energia para o consciente.Os desejos inconscientes, mantidos pelo recalcamento, são imortais e infantis. Assim, “… o desejo que é representado num sonho tem que ser um desejo infantil”. Logo, as crianças não têm a censura instalada. 
Os desejos do dia-a-dia, quando estamos consiente,são secundários, assim como os estímulos noturnos. Freud distingue 5 grupos: 1- o que não foi concluído durante o dia, 2- o que não foi tratado por insuficiência intelectual, 3- o que foi suprimido, 4- o que foi ativado no Ics, e 5- as impressões diurnas indiferentes.
Quando se é oferecido material oposto a uma realização de desejos, o sonho pode acontecer de maneira aflitiva, que suprime os afetos, produzindo um sonho puro de realização de desejos ou as representações aflitivas sofrerão pouca modificação e entrarão no conteúdo do sonho, e os afetos podem ser suprimidos ou pode chegar ao despertar. Nos sonhos desprazerosos, os pensamentos aflitivos se ligam a desejos inconscientes recalcados cuja realização pode ser sentida como aflitiva pelo eu. A satisfação pela realização do desejo recalcado pode contrabalançar o afeto aflitivo no sonho. Os sonhos desprazerosos podem ser de “autopunição”. Realiza-se neles o desejo inconsciente de ser punido por um outro desejo proibido. Mas o desejo inconsciente nesse sonhos não pertence ao recalcado, mas ao ego. Esses sonhos ocorrem com mais freqüência quando os restos diurnos expressão uma satisfação proibida. Descordo em alguns aspectos; sinceramente, não acho que todo sonho é uma realizaçao de desejos, até mesmo um sonho desprazeroso, que é auto-punitivo, por estarmos desejando aquilo. Quntas vezes já sonhei com mortes de pessoas queridas (que não é meu pai nem minha mãe, pois tem uma explicação para isso) e eu não queria MESMO que acontecesse. Não sei se ficou muito claro para mim isso. 
Não consegui compreender nada sobre o despertar pelos sonhos. 
Em geral eu gostei muito do texto, me fez refletir sobre muitas questões. Acho um texto muito confuso de ler, Freud fica “indo e voltando”, parece que o texto não flui. Por isso peguei as ideias principais e montei esse resumo. Concordo com quase tudo o que foi escrito, até exemplifiquei um caso meu acima. O que não concordei fiz uma observação ao lado.

Outros materiais