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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL Aula 2 Professor Achiles Júnior CONVERSA INICIAL Olá! Seja bem-vindo à segunda aula de Comunicação Organizacional. Nela, iremos aprofundar ainda mais os seus conhecimentos sobre a comunicação dentro das organizações, especificamente nas formas em como ela se realiza, nos níveis em que atua, nas barreiras que a prejudicam e nos fatores que influenciam seus fluxos de informações, além, é claro, de suas principais características e necessidades. Embora muitas organizações ainda não reconheçam a comunicação como um valor fundamental para o sucesso, ela é um fator preponderante para o bom funcionamento de uma empresa. A comunicação interna bem realizada promove o maior comprometimento dos colaboradores, que, ao se sentirem parte de uma organização transparente, passam a ter mais segurança em seus trabalhos. Além disso, a boa comunicação não permite que informações extraoficiais e boatos tenham força para proliferar dentro dos ambientes organizacionais. Da mesma forma, a comunicação com os outros stakeholders (parceiros, clientes, fornecedores, comunidade de entorno e sociedade em geral) precisa ser bem estruturada para fortalecer a imagem da organização junto a seus públicos externos. Hoje você aprenderá como o processo de comunicação acontece dentro das organizações, sobretudo nos diferentes níveis hierárquicos, como ela pode ser incentivada e quais são os contrastes existentes entre a comunicação formal (aquela utilizada em comunicados oficiais) e a informal (que ocorre a todo momento entre as pessoas de todos os níveis de uma empresa). Também iremos abordar as tendências da Administração Moderna e suas influências na atual comunicação organizacional. Para isso faremos uma análise do mercado, sobretudo em relação aos efeitos da globalização e das crises econômicas (mundial e brasileira), e a partir desses panoramas, apresentaremos as formas existentes de comunicação organizacional, especificamente nas linhas gerenciais e administrativas. A comunicação ocorre quando há qualquer interação entre as pessoas. Portanto, nas organizações ela é recorrente e fundamental, o que a torna um alvo de atenção da Administração de Recursos Humanos. Vivemos em cenários inconstantes, com ambientes de alta mudança e, por isso, os líderes precisam estar muito atentos ao que ocorre na sociedade, especialmente nos âmbitos político e econômico. Um exemplo disso é o aumento de clientes cada vez mais críticos e exigentes que, por meio das redes sociais detém o poder de promover ou destruir a reputação de uma organização. Com isso, toda empresa precisa cuidar minuciosamente das informações que passa, desenvolve e difunde. Ou seja, a gestão da comunicação organizacional se tornou uma das principais ações estratégicas das empresas. CONTEXTUALIZANDO Uma comunicação clara e objetiva alinhada aos elementos do dia a dia de uma organização é fundamental para o seu sucesso. Por isso é comum dizer que bons líderes aprimoram cada vez mais a comunicação e a interação entre suas equipes, pois além da transparência comunicativa ser uma forma ética de lidar com os colaboradores de uma empresa, é comprovado que pessoas bem informadas tendem a ser mais comprometidas com as organizações em que trabalham. Além disso, a franqueza evita a proliferação de informações danosas e inconsistentes, como boatos e fofocas. Porém, mal-entendidos também ocorrem por problemas na transmissão das mensagens ou até mesmo na recepção e interpretação dos conteúdos. Ruídos como esses podem desviar o foco da mensagem principal e provocar distorções importantes no conteúdo a ser repassado. Uma palavra mal colocada, mal compreendida, uma intenção que não seja bem explicada, exageros e omissões podem provocar danos irreversíveis no fluxo de trabalho de uma organização. A anedota apresentada, a seguir, ilustra muito bem esta situação. Nela, uma mensagem é transmitida, de forma sequencial, a cada grau hierárquico de uma organização e, a cada novo passo sofre distorções que a deturpam. Ao final, o conteúdo transmitido não tem nenhuma relação com original. De Diretor Presidente para Gerente Na próxima sexta-feira, aproximadamente às 17 h, o cometa Halley estará nesta área. Trata-se de um evento que ocorre somente a cada 76 anos. Assim, por favor, reúnam os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança, quando explicarei o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver o raro espetáculo a olho nu, sendo assim, todos deverão dirigir-se ao refeitório, onde será exibido um filme-documentário sobre o cometa Halley. De Gerente para Supervisor Por ordem do Diretor Presidente, na sexta-feira, às 17 hs, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúnam os funcionários, todos de capacete de segurança, e os encaminhem ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 76 anos a olho nu. De Supervisor para Chefe de Produção A convite do nosso querido Diretor, o cientista Halley, 76 anos, vai aparecer nu no refeitório da fábrica usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre o problema da chuva na segurança. O Diretor levará a demonstração para o pátio da fábrica. De Chefe de Produção para Mestre Na sexta-feira, às 17 hs, o Diretor, pela primeira vez em 76 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica para filmar o Halley nu, o cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deve estar lá de capacete, pois será apresentado um show sobre a segurança na chuva. O Diretor levará a banda para o pátio da fábrica. De Mestre para Funcionário Todo mundo nu, sem exceção, deve estar com os seguranças no pátio da fábrica na próxima sexta-feira, às 17 hs, pois o manda-chuva (o Diretor) e o Sr. Halley, guitarrista famoso, estarão lá para mostrar o raro filme "Dançando na Chuva". Caso comece a chover mesmo, é para ir pro refeitório de capacete na mesma hora. O show será lá, o que ocorre a cada 76 anos. Aviso a todos Na sexta-feira, o chefe da Diretoria vai fazer 76 anos, e liberou geral pra festa, às 17 hs no refeitório. Vai estar lá, pago pelo manda-chuva, Bill Halley e Seus Cometas. Todo mundo deve estar nu e de capacete, porque a banda é muito louca e o rock vai rolar solto até no pátio, mesmo com chuva. ” (Disponível em http://www.novomilenio.inf.br/humor/0012h008.htm) De forma bem-humorada, a história demonstra como os ruídos deturpam a mensagem original. Isso ocorre com frequência dentro das organizações, mesmo que se procure mascarar ou minimizar seus efeitos danosos, pois como diz o ditado popular: “quem conta um conto aumenta um ponto”. Neste caso, a mensagem seguiu um fluxo determinado pela hierarquia organizacional, ou seja, partiu da alta diretoria e foi repassada, nível após nível, a toda a hierarquia. Esse pormenor também é comum nas organizações, pois, por mais que se defenda que a comunicação deve ser incentivada em todas as direções na empresa é comum que ela seja apenas passada “de cima para baixo”. Agora, que tal assistir à apresentação do professor Achiles Júnior sobre este tema? Basta clicar no link a seguir! http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grup ouninter.com.br/2015/NOV/MT20032-A02-P01.mp4 PESQUISE TEMA 1: O Processo de Comunicação nas Organizações: níveis, barreiras, fluxos e redes (formal e informal) A comunicação é um processo e deve ser analisada como tal. Desta forma, podemos dizer que a comunicação é um método, sistema ou conjunto de medidas tomadas para se atingirum objetivo. Dentro das organizações, a todo o momento, a comunicação segue seu curso em todas as direções, seja de maneira formal e informal. Isso pode ser percebido nas mais diferentes atividades que ocorrem dentro da empresa. Por exemplo: quando uma nova norma é adotada, ela pode ser transmitida de várias maneiras a todos os envolvidos. Por meio de uma divulgação do departamento de Recursos Humanos, ou então por meio dos gerentes de cada setor, ou ainda de maneira impessoal (exposta em um mural, enviada por e-mail ou distribuída “em campo” para todos os funcionários). O importante é que ela seja claramente repassada. Porém, não é isso que acontece sempre, pois é comum que grande parte dessas informações não cheguem a todos os colaboradores. Níveis da Comunicação nas Organizações O ser humano se comunica o tempo todo com seus semelhantes. Nas empresas não é diferente, desde uma reunião em que se discutem novas alternativas até uma advertência ou discordância de ideias, ela está sempre presente. Por isso, para se compreender como se dá esse processo de forma mais ampla, partiremos da análise dos níveis da comunicação humana. Segundo Kunsch, (1986), a comunicação humana ocorre em quatro diferentes níveis: intrapessoal, interpessoal, organizacional e tecnológico. Em cada um deles, a mensagem tende a provocar diferentes impactos, reações e resultados. O nível intrapessoal é o impacto da comunicação no interior de cada sujeito. “É o estudo do que se passa dentro do indivíduo enquanto este adquire, processa e consome informações. ” (Kunsch, 1986). Cada pessoa processa as informações que recebe de uma forma, a partir da sua história de vida. Se uma mesma mensagem for transmitida a dezenas de pessoas, certamente ela causará um impacto diferente, com diferentes resultados para cada uma delas. A recepção e interpretação individual de uma informação dependem de inúmeros fatores, como a formação cultural do indivíduo, sua história de vida, seus gostos e interações. Transpondo essa análise para o entendimento da comunicação organizacional, frisa-se a ideia de que, ao se comunicar com alguém, é importante supor como esta mensagem será recebida, ou seja, é preciso conhecer o máximo possível o receptor para poder adaptar o conteúdo da mensagem a ele, garantindo assim sua melhor absorção. Já o nível interpessoal, como a própria palavra sugere, é aquele que ocorre na interação entre as pessoas. Kunsch (1986) destaca que, neste nível, analisa-se “a comunicação entre os indivíduos, como as pessoas se afetam mutuamente e, assim, se regulam e controlam uns aos outros”. No paralelo com a comunicação organizacional, percebe-se, aqui, que a interferência entre as pessoas dentro das empresas ocorre o tempo todo. Ao interagirem, todos se modificam constantemente, seja por imposição cultural, regulamentos, persuasão ou carisma dos líderes. O nível organizacional é o mais explicitamente ligado ao meio corporativo. Aqui, analisa-se como as pessoas de uma organização ficam interligadas por meio da comunicação, formando uma rede que as une, entre si e com o ambiente. Cada organização acaba por criar seus próprios sistemas de comunicação, com linguagem própria, siglas internas, termos estrangeiros e expressões que chegam a formar um código próprio, muitas vezes de difícil compreensão para quem é de fora desse sistema. Quanto mais forte este nível de comunicação for, maior a sintonia entre os colaboradores e maior a força interna dessas equipes. O quarto nível de comunicação é o chamado tecnológico. É aquele que pressupõe a utilização de meios externos para que se dê o processo comunicacional. Segundo Kunsch (1986), “o centro da atenção recai na utilização de equipamentos mecânicos e eletrônicos, nos programas formais para produzir, armazenar, processar, traduzir e distribuir informações”. A análise da comunicação por esses níveis não é meramente teórica. Pelo contrário, uma boa comunicação pressupõe a consciência deles para poder adaptar as mensagens e obter os melhores resultados e efeitos. Kusch (1986) aponta que, “ao dispor de um sistema de comunicação, não (se) deve, em nenhum momento, deixar de considerar esses níveis, tanto no seu contexto formal como informal”. Ao gerir uma organização, o gestor deve levar em consideração todos esses aspectos. Ao se dirigir ao público interno, por exemplo, ele deve considerar o nível intrapessoal, pressupondo os impactos internos de sua mensagem em cada receptor. Da mesma forma, deve considerar o nível interpessoal, ou seja, a interação entre as pessoas e como a sua própria maneira de se comunicar será recebida pelas equipes. Quanto ao nível organizacional, a mensagem deverá ser adaptada à cultura de sua própria organização, de forma que seu conteúdo seja recebido de forma harmônica pelos colaboradores. E, por fim, o gestor também deverá se importar como será a sua comunicação no nível tecnológico, ou seja, quando precisar dispor de meios externos para transmitir sua mensagem, como teleconferências e até mesmo um e-mail. Barreiras na Comunicação Organizacional É por meio da comunicação que as empresas promovem a interação entre as pessoas que compõem seus quadros e também os seus relacionamentos externos (com clientes, fornecedores, parceiros, entidades de classe, organizações não governamentais, órgãos públicos e a comunidade em geral). Para que o processo de comunicação dê certo, é preciso que se cumpra uma série de etapas, como a adequação do código entre o emissor e o receptor, a ambientação da mensagem e a análise dos níveis em que ocorre a comunicação (intrapessoal, interpessoal, organizacional e tecnológico). Porém, mesmo quando há rigor nos processos comunicacionais, os resultados podem sofrer alterações imprevistas, provocados por interferências no processo. Essas interferências são chamadas barreiras à comunicação. Nos processos de comunicação em geral, as barreiras podem ser: mecânicas ou físicas, fisiológicas, semânticas, psicológicas, pessoais, administrativas, por excesso de informações, por falta de informações ou por informações incompletas. Conheça melhor cada uma delas. As barreiras mecânicas ou físicas ocorrem quando a interferência é provocada por elementos externos, como aparelhos de transmissão, equipamentos inadequados ou ruídos do ambiente. Temos como exemplo os seguintes casos: quando um microfone estraga no meio de um discurso ou apresentação, uma queda de sinal em uma transmissão televisiva, o som de um ventilador ou aparelho de ar condicionado atrapalhando o andamento de uma reunião, entre outros. Em todos eles, a comunicação é prejudicada, ou mesmo bloqueada, por fatores físicos. As barreiras fisiológicas ocorrem quando uma pessoa tem dificuldade de se comunicar por causa de algum problema físico, provocado por causas genéticas, malformações ou acidentes. A sociedade está cada vez mais atenta com a inclusão dessas pessoas e, por isso, vem desenvolvendo alternativas de comunicação com os mais diversos públicos. A popularização da Libras (Língua Brasileira de Sinais) é um exemplo disso. As empresas e organizações em geral têm grande responsabilidade na profusão dessas iniciativas por meio do desenvolvimento de programas de capacitação e inclusão de pessoas com deficiência. É importante frisar que não são apenas os distúrbios da fala que podem provocar dificuldades na comunicação, mas também deficiência visual, motora e mental. As barreiras semânticas ocorrem com o uso inadequado da linguagem, ou seja, quando o emissor e o receptor não compartilham do mesmo código linguístico, o que impossibilitauma comunicação efetiva. Quando o emissor utiliza uma linguagem muito técnica, por exemplo, ou com jargões específicos de uma profissão ou de uma “tribo” que não seja de conhecimento do receptor, a comunicação também é prejudicada semanticamente. As barreiras psicológicas ocorrem quando preconceitos e prejulgamentos prejudicam a comunicação. Preconceitos raciais, de classe social, de opção sexual e religiosa costumam provocar prejuízos ao processo de comunicação. As barreiras pessoais ocorrem quando algumas pessoas prejudicam, de forma deliberada ou não, o processo de comunicação. No ambiente organizacional, há colaboradores que travam a fluência da comunicação, criando segredos, impondo obstáculos e dificultando a interação com os colegas. Alguns fazem isso de forma intencional, porque querem, por algum motivo, interromper o fluxo, outros apenas por estilo próprio, sem perceber. A timidez e alguma dificuldade pontual de interação também pode prejudicar ou interromper alguma ação comunicacional. Há ainda pessoas que apresentam resistência à mudança e que, por conta disso, bloqueiam o fluxo de novidades dentro da organização. As barreiras administrativas estão presentes em empresas excessivamente burocráticas e que, por causa desse excesso, provocam interrupções, bloqueios ou atrasos em seus processos comunicacionais. Outra barreira bastante comum no ambiente organizacional é o excesso de informações, que pode dificultar o estabelecimento de prioridades por parte dos colaboradores, fazendo com que eles percam prazos e prejudiquem o fluxo de informações da empresa. Além disso, a sobrecarga de informações faz com que os processos fiquem atravancados, as reuniões mais longas e ineficazes e as tomadas de decisões mais demoradas. Se o excesso de informações é um problema, a falta delas também gera barreiras comunicacionais. Onde não há transparência na comunicação proliferam-se os canais informais pois, na falta de notícias, as pessoas tendem a busca-las em outras fontes. As informações incompletas também são uma barreira na comunicação das empresas, pois criam problemas sérios para o fluxo organizacional. Dados incompletos, fragmentados ou até mesmo deturpados, com informações sonegadas ou omitidas, podem provocar danos irreversíveis às organizações. O Fluxo da informação na Comunicação Organizacional Entender como uma informação é gerada e como ela se difunde por uma organização (e até mesmo fora dela) é um passo importante para a compreensão e acompanhamento da gestão organizacional. Por isso, o mapeamento do fluxo de informações é um dos suportes para as tomadas de decisões de uma empresa. O gerenciamento da informação dentro das organizações torna-se cada vez mais imprescindível como instrumento estratégico para auxiliar nas decisões, bem como para o controle dos processos internos. Estabelecer formas de se acompanhar o fluxo de informações nas organizações é fundamental para o sucesso das ações corporativas. Diferentes autores apontam a importância da análise do fluxo de informações para uma boa gestão. No entanto, há sutis diferenças em como eles classificam cada etapa. Analise os conceitos de cinco desses especialistas. Para Smit e Barreto (2002) há três diferentes fluxos de informação. O primeiro é o que os autores chamam de “interno”, composto pelo processo de captação, seleção, armazenamento e recuperação da informação. Em seguida vem o segundo passo, que seria o da transformação da informação em conhecimento. E por fim, o terceiro passo apontado por eles é o da consolidação. Lesca e Almeida (1994) analisam o fluxo de informações em três etapas. A primeira é a análise do fluxo de informações que vem do ambiente externo antes de ser utilizado pela organização. A segunda é aquela em que este fluxo é produzido e destinado à própria organização (processo interno). Por fim, a terceira etapa é aquela em que a organização produz uma informação visando o interesse do público e do ambiente externo (clientes, fornecedores, concorrentes, sociedade...). Já no modelo de Davenport (1998) são apresentados quatro passos. O primeiro é a determinação das exigências da organização, o que exige que as pessoas reconheçam o ambiente que contextualiza suas informações. O segundo passo é denominado pelo autor como de obtenção de informações. Nesta etapa, é necessário que as equipes saibam buscar exatamente as informações de que precisam, ou seja, explorá-las, classifica-las e estruturá-las de maneira eficaz. A terceira etapa apresentada por Davenport é a forma de se divulgar as informações para o público interno. Por fim, o quarto e último passo apontado pelo autor é o emprego da informação. O modelo de McGee e Prusak (1994) para o gerenciamento das informações organizacionais também é dividido em quatro etapas. O primeiro ponto, segundo os autores, é a identificação de necessidades (o que, segundo eles, muitas vezes é negligenciado pelas organizações). Em seguida, os autores apontam a necessidade de classificação, armazenamento, tratamento e apresentação da informação. O terceiro passo consiste no desenvolvimento de produtos e serviços a partir da informação adquirida. Por fim, no quarto passo, denominada como o de distribuição e disseminação da informação, os autores apontam a importância do gerenciamento da mesma. Beal (2004) apresenta um modelo de fluxo informacional dividido em sete etapas. A primeira é, assim como já apontam os autores anteriores, a identificação de necessidades. Na segunda etapa, ocorre a obtenção de informações. No terceiro passo há a necessidade de tratamento da informação. Em seguida, no quarto passo, a organização deve se ocupar da distribuição da informação, para então, no quinto passo, ocorrer o uso dela propriamente. A sexta etapa é definida pela autora como de armazenamento, e a sétima seria o descarte da informação. Beal é a única dentre os autores analisados que propõe o descarte. Para ela, “excluir dos repositórios de informação corporativos os dados e informações inúteis melhora o processo de gestão da informação”. Como você pôde reparar, etapas como obtenção, armazenamento, tratamento e difusão da informação são imprescindíveis para o processo de tomada de decisão dentro das empresas. É a informação que dá suporte ao planejamento, ao controle e às ações de uma organização. Por isso, informações imprecisas, desencontradas, incompletas, contraditórias, documentadas em duplicidade ou não documentadas podem gerar problemas sérios de gestão. O Fluxo da informação de acordo com a hierarquia organizacional Outra forma importante da análise do fluxo de informações dentro das organizações é perceber como elas são difundidas de acordo com a hierarquia organizacional. Nesse sentido, o fluxo pode ser descendente (ou vertical), ascendente, horizontal (ou lateral), transversal ou circular. O fluxo descendente ocorre quando a alta direção da organização impõe ou determina que certas informações sejam repassadas para o corpo funcional da empresa, ou seja, a comunicação acontece “de cima para baixo”. Já, no fluxo ascendente, ocorre o contrário: as informações brotam da base e chegam ao topo da organização. O fluxo horizontal é a comunicação que ocorre entre pessoas de mesmo nível hierárquico, mas de diferentes setores ou departamentos da organização. O chamado fluxo transversal é aquele que acontece quando uma informação é divulgada em todas as direções dentro da organização (gestão participativa, por exemplo). Por fim, o chamado fluxo circular é aquele que permite a difusão das informações sem considerar o direcionamentoentre elas (comum em organizações informais). Redes de informação na Comunicação Organizacional Antigamente era comum as pessoas pensarem que o processo de informação era um caminho linear, hoje em dia, essa ideia não é mais possível. A comunicação não é como uma “via de mão dupla”, em que o emissor transmite uma informação ao receptor e este envia uma resposta (feedback). Como vimos, a comunicação ocorre em um processo dinâmico, englobando todas as direções, para os mais variados públicos e com a influência de todos os atores envolvidos. Por isso, a metáfora mais cabível para a descrição dos processos comunicacionais, atualmente, é a de rede ou teia, pois a comunicação se dissemina e se retroalimenta o tempo todo em suas conexões. Como já frisamos, as organizações se estruturam em degraus hierárquicos e sua rede de comunicação obedece essa mesma estrutura. No entanto, naturalmente, a comunicação humana extrapola essa rigidez e expande-se, transgredindo, no bom sentido, os organogramas organizacionais. Pelo fato dessa comunicação ser natural e inevitável, percebe-se que nas organizações são desenvolvidos dois tipos de redes de informações: a formal e a informal. Torquato (1986) aponta que a rede formal é aquela que está de acordo com a estrutura rígida e burocrática da empresa. Ela comporta, segundo o autor, “todas as manifestações oficialmente enquadradas na estrutura da organização e legitimadas pelo poder burocrático”. Por outro lado, a rede informal é formada pelas manifestações espontâneas das equipes (conversas, boatos, fofocas, interpretação e disseminação de informações recebidas de maneira descontraída). Este autor também aponta que alguns fatores influenciam a comunicação e que eles podem ocorrer por meio de três diferentes vertentes: o Sistema Tecnológico, o Sistema Instituição e o Sistema Sentimento. O Sistema Tecnológico é o que envolve equipamentos e procedimentos técnicos para a profusão das informações. O Sistema Instituição é composto pelas normas e processos internos da empresa, além de suas políticas e valores. É a sua “identidade normativa” (Torquato, 2002). E o Sistema Sentimento tem a ver com as atitudes das equipes internas, suas percepções e formas de comunicação. Os Sistemas Tecnológico e Institucional servem para as redes formais de comunicação. Já o Sistema Sentimento é o que faz com que se desenvolvam as redes informais. Torquato aponta como importante para a saúde da gestão organizacional o equilíbrio entre as redes formal e informal, pois isso promove a melhor fluidez do processo comunicativo. Bloquear, interromper ou proibir que se desenvolvam as redes informais é algo impossível, até mesmo para as organizações mais rígidas. O importante é que a administração saiba reconhecer a comunicação informal para evitar que se proliferem boatos nocivos. Temos defendido, no decorrer desta aula, que as organizações que primam pela transparência ao invés de sonegar informações são as que têm maiores chances de sucesso na administração de suas redes informais. No entanto, as tentativas de se barrar o fluxo natural de comunicação tendem a promover discórdias e falta de liberdade para o exercício das atividades profissionais, criando um clima desfavorável nas organizações. Corrado (1994) aponta, inclusive, que por vezes a rede informal pode ser fundamental para a saúde da organização. O autor relata o exemplo da Manville Corporation, uma organização que tem um conselho formado por quinze ou mais empregados, de diferentes níveis hierárquicos e de diversas unidades, que se reúne regularmente com o principal executivo da corporação para alertá-lo sobre o risco de se contrair o chamado “mal do CEO” (que ocorre quando o executivo passa a ter uma visão distorcida de seus colaboradores, sobretudo de como eles pensam, pelo fato de se comunicar apenas com a alta direção). Este é um exemplo de que os líderes precisam conhecer e considerar as individualidades de suas equipes, saber como pensam seus membros e como eles tendem a reagir frente a novidades, obstáculos e mudanças. Leitura Obrigatória: Para a fixação e melhor assimilação dos conteúdos trabalhados nesta parte do nosso estudo, sugerimos a leitura do artigo “Estudando a Comunicação Organizacional: redes e processos integrativos”, de Ana Maria Córdova Wels, disponível a seguir. http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conexao/article/viewFile/170/16 1 Ficou curioso para saber o que o professor Achiles Júnior tem a dizer sobre esse conteúdo? Não perca tempo, clique no link a seguir! http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grup ouninter.com.br/2015/NOV/MT20032-A02-P02.mp4 Para saber mais: Você conhece ou pelo menos já ouviu falar da Rádio Corredor? Trata-se do processo comunicativo pelo qual alguns funcionários transmitem informações falsas a respeito dos processos organizacionais, ou seja, é a famosa fofoca. Pois é, a Rádio Corretor pode ser muito danosa para as empresas, aprenda como combatê-la assistindo ao vídeo a seguir. https://www.youtube.com/watch?v=flUmywr-0cU TEMA 2: A Comunicação Organizacional e a Administração Atual A administração de empresas historicamente se ocupou no desenvolvimento de estratégias e ações para promover a melhora do desempenho das equipes, seja em produtividade como em lucratividade. No entanto, novos cenários vêm se desenhando, exigindo novas posturas e objetivos das organizações. Cada vez mais, a administração moderna precisa abrigar valores como “eficiência, inovação, ética e racionalidade, tanto na aplicação de recursos como na obtenção de resultados” (Tatto, 2001). Vivemos a chamada era da informação, em que os processos estão cada vez mais complexos e demandam cada vez mais eficiência na comunicação organizacional. E nesse cenário inconstante, os gestores precisam ter agilidade, visão global e disposição para adquirir novos conhecimentos. Desde os anos 1990, e de forma crescente, as organizações buscam não apenas produtividade e qualidade, mas especialmente competitividade, visão global e inovação, tudo isso com o foco no cliente. Nesses novos ambientes, o gestor deixa de ter funções meramente técnicas e operacionais e passa a ser, cada vez mais, um profissional de pensamento estratégico, com perfil mais plural, especialmente em relação as suas habilidades. Para Tatto (2001), o profissional dos novos tempos deve ter habilidade técnica, humana e conceitual. Entenda melhor cada uma delas. A habilidade técnica é a capacidade de aplicar conhecimentos técnicos e métodos para a execução de tarefas, é adquirida principalmente por meio da experiência. A habilidade humana é desenvolvida por meio da liderança e da capacidade de motivar as equipes. É a habilidade de lidar com as pessoas e por meio delas visar os seus próprios benefícios. De cunho mais intelectual, a habilidade conceitual trata da necessidade do gestor em compreender a complexidade das organizações. Ela faz com que o líder possa agir de acordo com objetivos maiores, e não apenas cumprir as necessidades imediatas. É a capacidade de compreender a organização como um todo e como cada uma de suas áreas específicas se enquadram nesse complexo. Para Tatto, este novo profissional deve internalizar valores como ética, responsabilidade social e ambiental e senso de justiça, ou seja, ele precisa ter uma formação humanística que lhe proporcione uma visão global, capaz de compreender os ambientes político, econômico e social em que a organização está inserida. São essas habilidades que o auxiliarão a tomar decisões no mundo complexo, diversificadoe multifacetado em que vivemos. A comunicação organizacional é profundamente afetada pelas mudanças no cenário atual, por isso o profissional que quer se destacar precisa, necessariamente, apurar as suas habilidades de comunicação tanto no modo formal como informal, para que ele possa se expressar de forma clara, coesa e objetiva com suas equipes, e de forma adequada em reuniões e na escrita de documentos técnicos. Segundo Tatto (2001), de agora em diante a inovação e a criatividade serão cada vez mais procuradas pelas empresas. “Serão tão importantes para a Administração quanto é hoje considerado o processo administrativo de planejar, organizar, dirigir e controlar. ” (Tatto, 2001). Nesta perspectiva o conhecimento é um valor reconhecido e deve ser cada vez mais produtivo. O chamado capital intangível, formado por características comportamentais, emocionais e humanas “provocará na estrutura de cargos, nas carreiras e nas organizações, mudanças tão dramáticas como as que resultaram na mudança da produção artesanal para a produção em série com a Revolução Industrial, operacionalizada por Taylor e seus seguidores. ” (Tatto, 2001). De acordo com esse autor, o desenvolvimento do conteúdo informativo, bem como o aprimoramento na formação de redes de informação e comunicação farão desaparecer as fronteiras tradicionais entre setores como a produção, a armazenagem e a distribuição, promovendo maior mobilidade, permeabilidade e interfaces entre as funções profissionais. Com todas essas mudanças, o trabalho passa a ser cada vez mais intelectualizado, mais abstrato, mais autônomo e mais estratégico. Diz-se que os novos profissionais, da era da informação e do conhecimento, não serão mais presos à era da produção. “O trabalho repetitivo, prescritivo é substituído por um trabalho de arbitragem em que é preciso diagnosticar, prevenir, antecipar, decidir e interferir em relação a uma dada situação concreta de trabalho. ” (Tatto, 2001). Atualmente, proliferam novos modelos administrativos. A partir da década de 1980, as mudanças nos cenários econômicos e tecnológicos em todo o mundo fizeram surgir novas tendências e propostas para a administração de empresas. Todos os segmentos organizacionais sofreram e continuam sofrendo influências das chamadas “megatendências”: empresas públicas e privadas, dos mais diversos portes e áreas de atuação que são afetadas – e muitas vezes seduzidas – pelas propostas de mudanças e modernidade. É o que se chama de Era da Competitividade, que teria se instalado mais fortemente a partir dos anos 1990. Entre os inúmeros desafios colocados para as empresas, estavam (e ainda estão) o foco no cliente, a qualidade total, a gestão participativa e os conceitos de excelência e de parceria. Para analisar a evolução da gestão empresarial a partir do século XX, fique por dentro de cada uma das seguintes etapas: Era da Produção em Massa (1920 – 1949) A preocupação com o cliente inexistia e o foco das organizações era aumentar cada vez mais a produção. Todo o esforço era empreendido na padronização de processos para obter linhas de montagem para a produção em massa. A ideia era baixar o custo, obtendo grandes volumes de produção. Era da Eficiência (1950 – 1988) Aqui o esforço era pela produtividade. Para isso, as empresas buscavam controlar suas operações com procedimentos administrativos (planejamento, orçamento e avaliação). A burocracia era crescente e as organizações estavam centradas em si mesmas, ainda distantes dos clientes. Era da Qualidade (1970 – 1989) Nesta etapa, o discurso era a busca pela satisfação do cliente. A gestão buscava a chamada melhoria contínua dos processos. Temas como motivação e comprometimento estavam em alta. Era da Competitividade (a partir de 1990) Percebendo-se a crescente globalização da economia, as empresas se dão conta de que precisam sobreviver em um cenário global. A ideia é que cada empresa centralize em sua área principal de competência, estabelecendo parcerias para trabalhos adjacentes. A evolução desta forma de gestão é o que hoje se considera a “Era do Capital Humano”, em que a sobrevivência da organização se dá por meio do conhecimento das pessoas. Isso é o que garante competitividade às empresas na atualidade. Até meados do século XX, quando as empresas ainda se encaixavam em situações típicas das eras da produção em massa e da eficiência, os modelos de gestão ainda eram bastante rígidos e arcaicos, em sua maioria descendentes de traços deixados por Taylor e Fayol. Mas, com o advento da chamada era da competitividade, essas práticas se tornaram obsoletas. Novos modelos precisavam surgir para dar conta dos ambientes de alta mudança, dinamismo e evolução tecnológica que se instalavam. Em uma análise perspectiva, Coltro (2011) agrupa os modelos contemporâneos de gestão em cinco grandes linhas diferentes: gestão japonesa, gestão participativa, gestão empreendedora, gestão holística e gestão virtual. Gestão Japonesa: Ao mesmo tempo em que o país se recuperava economicamente depois da II Guerra Mundial, as empresas japonesas perceberam a importância de incluir em suas práticas de gestão conceitos e valores tradicionais da cultura oriental, calcados no tripé “pátria – família – empresa”. Este modelo de gestão proporcionou a criação de várias práticas gerenciais. A seguir, veja quais são elas. Qualidade Total: Na qualidade total, como o próprio nome diz, o que se busca é a qualidade do processo e não apenas do produto final. Neste caso, a empresa está orientada para a satisfação do cliente e a sua prática de gestão é vista como uma filosofia para a sua administração. Trabalho em Equipe e Busca do Consenso: Na prática voltada ao trabalho em equipe e busca do consenso (Método Rengi) a empresa busca comprometimento individual com os resultados. O auge desta “escola” foi a proliferação dos chamados CCQs (Círculos de Controle de Qualidade) nas empresas, em que suas equipes buscavam de forma espontânea a solução para os problemas da organização. Técnicas de Gestão Industrial: Temos como exemplos de técnicas de gestão industrial os métodos Kanban, Just-in-time, entre outros. O Just-in-time é uma prática gerencial que promove parcerias com os fornecedores para que a empresa não precise imobilizar recursos em estoques, ou seja, as entregas de insumos e materiais são feitas somente quando a empresa precisa deles para a produção. Já o método Kanban visa o controle da produção para não gerar estoques excedentes de produtos prontos. O sistema de produção é controlado por meio de cartões coloridos, que faz com que a produção seja “puxada” pela demanda, e não “empurrada”. Essas técnicas de gestão industrial promovem o que se chama de manufatura flexível, com produção enxuta e redução de custos. Manufatura Flexível: No mundo contemporâneo, os consumidores estão cada vez mais exigentes e não aceitam mais ser tratados como “massa”. Cada pessoa quer se sentir única e a gestão das empresas deve se preocupar em proporcionar isso aos clientes por meio da manufatura flexível, que busca personalizar as linhas de produtos (customização) sem o aumento de custos. Filosofia Kaizen: A filosofia Kaizen é um método, derivado do Zen-budismo, que busca permanentemente o estado da perfeição. Adotada com o nome de “melhoria contínua”, o Kaizen é um dos pilares de sustentação dos conceitos de Qualidade Total. Keiretzu: O Keiretzu trata do estabelecimento de parcerias, partindo do pressuposto de que o relacionamento entre as empresas deve ser incentivado. Formam-se, assim, conglomeradosde organizações complementares. Redução de custos fixos: Práticas que visam à redução dos custos fixos, operando mais com custos variáveis, tornam as empresas mais competitivas, especialmente em cenários inconstantes. Gestão Participativa Coltro (2011) aponta que, com o sucesso crescente das empresas japonesas, principalmente a partir dos anos 1970, várias empresas do mundo ocidental passaram a se espelhar nas práticas de gestão utilizadas no Japão. Assim, programas como os de Qualidade Total e Círculos de Controle de Qualidade (CCQs) tornaram-se comuns em várias organizações, bem como práticas que estimulavam a participação dos empregados, como a criação de comissões, células de produção, times de qualidade, grupos de melhoria contínua, entre outras. Nasceu, assim, o modelo de gestão participativa, que busca o comprometimento de cada colaborador com a missão da empresa e com a busca de resultados. Gestão Empreendedora Este modelo de gestão também é resultado do sucesso alcançado pelas empresas japonesas a partir dos anos 1970 e 80. Empresas norte-americanas começaram a perceber que estavam perdendo mercado e competitividade frente às organizações japonesas. Pensaram, então, em alternativas que incentivassem a inovação em suas linhas trabalho, tanto na utilização de tecnologias como em seus relacionamentos internos (com os funcionários) e externos (com clientes, fornecedores, parceiros, sociedade). Uma das ideias priorizadas foi o foco total no cliente, o que obrigou muitas empresas a se reinventarem. A partir de então, surgiram várias práticas de gestão, como: a estrutura baseada em Unidade de Negócios, parcerias com outras empresas e o desenvolvimento de estilo empreendedor nas equipes. A seguir, e saiba mais sobre cada uma delas. Estrutura Baseada em Unidades de Negócios: Na estrutura baseada em Unidades de Negócios cada unidade deve atender a um mercado específico, de forma autônoma. O gerente passa a ser líder de uma equipe de pessoas e deve também motivá-las na busca por resultados, já que o atingimento das metas confere às equipes a oportunidade de participação nos resultados. Parcerias com Outras Empresas: As parcerias permitem que as empresas ajam de forma complementar umas às outras. Elas podem ser: alianças estratégicas (quando empresas somam esforços para competir juntas em determinado mercado), terceirização (quando a empresa se foca apenas em sua atividade-fim e transfere a uma outra organização as atividades não centrais), joint-venture (associação definitiva ou não de empresas para o desenvolvimento de empreendimentos conjuntos), rede horizontal de empresas do mesmo setor (quando as empresas concorrentes se unem, por exemplo, para fazer compras conjuntas de insumos ou para formar um consórcio pontual), e rede vertical de empresas (quando elas se complementam em suas atividades dentro de uma mesma cadeia produtiva). Desenvolvimento de Estilo Empreendedor: Mesmo que as empresas tenham que rever as políticas de promoção e remuneração, o desenvolvimento de estilo empreendedor nas equipes é uma prática interessante para identificar o potencial dos colaboradores para cargos gerenciais e executivos. Gestão Holística: A Gestão Holística é uma forma de ver a empresa “como um todo”, e não estratificada em departamentos e unidades. Independentemente de suas funções, os colaboradores devem acompanhar o contexto interno e externo da organização. Na prática, esta forma de gestão busca a redução dos níveis hierárquicos e a formação de equipes autônomas, sem a presença tradicional do gerente. Cargos tradicionais também deixam de existir e as pessoas são incentivadas a buscar resultados ligados à missão da organização. Uma prática comum neste tipo de gestão é o rodízio das pessoas em diferentes funções. Gestão Virtual: Com a evolução tecnológica que vivenciamos em nosso dia-a-dia, é impossível traçar um panorama exato de como serão as empresas do futuro (inclusive fisicamente). Atualmente se acredita na iminência da chamada “corporação virtual”, em que as empresas não mais poderão ser isoladas e precisarão, necessariamente, desenvolver o conceito de empresa-rede. Segundo Coltro (2011), as organizações somente sobreviverão estabelecendo parcerias e “pertencendo a redes empresariais que atuarão interconectadas através de tecnologias de informação (‘networks’). Assim, grande parte das práticas gerenciais atuais deverão ser revistas, pois baseiam-se somente na atuação isolada de empresas no mercado. Comunicação Assim como as práticas de Administração estão cada vez mais descentralizadas nas organizações, o mesmo ocorre com a comunicação organizacional. Se hoje já não são admitidas práticas administrativas excessivamente burocráticas, que promovam o distanciamento entre os graus hierárquicos, o mesmo ocorre com a comunicação impositiva. Para Santiago (2004), “as empresas devem entender que o conhecimento se tornou um ativo mais importante, e indispensável, por ser a principal matéria-prima com a qual trabalham. A partir deste entendimento, é possível observar o quanto ele é mais valioso e poderoso que qualquer outro ativo físico ou financeiro. ” Atualmente, mais do que fator de sucesso, o conhecimento é um fator de sobrevivência para as organizações. Estudos de Gestão do Conhecimento apontam a importância da transformação do chamado “conhecimento tácito” em “conhecimento explícito”. Em outras palavras, isso significa documentar processos e preparar a empresa para a chegada das novas gerações. Muito do conhecimento que circula em uma organização é “tácito”, ou seja, adquirido pelas pessoas com o decorrer de suas experiências pessoais e profissionais. Quando essas pessoas vão embora, por qualquer que seja o motivo, existe o risco iminente de que este conhecimento se perca. Ambientar novas pessoas à cultura organizacional é um processo custoso para as organizações. Por isso, hoje em dia, existe o esforço grande em se documentar as práticas mais importantes, tornando o conhecimento explícito. Relembre o que é conhecimento tácito assistindo a um trecho bem divertido e didático do filme “Kung Fu Panda”, disponível a seguir. https://www.youtube.com/watch?v=X2xWo0hkT0U Da mesma forma, a Gestão do Conhecimento se ocupa em refletir sobre a difusão das informações dentro da organização. Nas formas de gestão mais tradicionais, as informações eram impostas “de cima para baixo” (up-down). Hoje não se pode deixar de considerar as informações que vêm da base (down-up). Por isso, as tendências da Gestão do Conhecimento apontam para a importância da média gerência, que está exatamente no meio desse processo (middle-up- down), recebendo e repassando tanto as informações da cúpula quanto da base. Assim, a grande responsável pela difusão externa das informações organizacionais é a média gerência. Leitura Obrigatória: Aproveite e saiba quais são as tendências da comunicação organizacional lendo o artigo “Administração Contemporânea: estratégias e tendências tecnológicas”, de autores ligados à Faculdade da Cidade de Salvador, disponível a seguir. http://administrador- administraocontempornea.blogspot.com.br/2010/11/administracao- contemporanea.html Aprofunde os seus conhecimentos sobre a comunicação organizacional e a administração atual assistindo à explicação do professor Achiles, no link a seguir. http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grup ouninter.com.br/2015/NOV/MT20032-A02-P03.mp4 TEMA 3: A Situação do Mercado e os Efeitos da GlobalizaçãoVivemos em um mundo de cenários inconstantes e mudanças repentinas e sucessivas. Nesse ambiente complexo, administrar organizações é um desafio. De acordo com Wood (1995), a sobrevivência das empresas certamente dependerá de sua capacidade de adaptação às mudanças. É por isso que, segundo a autora, a administração contemporânea tem sua essência na visão estratégica. Compreender os efeitos da globalização da economia, por exemplo, é condição fundamental para a tomada de decisão dos gestores. A globalização trouxe inúmeras mudanças na forma de se gerir negócios. Hoje em dia, empresas podem não ter sua unidade de produção concentrada em lugares específicos, por exemplo. É comum que cada item de um produto seja desenvolvido em uma localidade, por motivos de competitividade. Centrais de telemarketing, por exemplo, podem estar do outro lado do planeta atendendo ou promovendo ligações com os países mais longínquos, como se estivessem na mesma cidade. As fronteiras estão desaparecendo. Se, por um lado, isso pode representar grandes oportunidades para empresas que têm condições de atuar de forma global, por outro, pode também ser uma grande ameaça às empresas que não estejam preparadas para essa nova realidade. Para Lamas, esse fenômeno é irreversível e apresenta algumas características primordiais. O desenvolvimento tecnológico fez com que o mundo se tornasse uma aldeia global. O foco está no conhecimento, e não mais nas matérias-primas básicas. Os mercados tendem a se expandir gradativamente. Aumento da incessante busca pela melhora da produção ao menor custo possível (em âmbito mundial). O lado cruel da globalização é que ela favorece ainda mais os países desenvolvidos, pois eles possuem tecnologias mais avançadas e maior estabilidade econômica do que os países emergentes. Mas ela também representa oportunidades de desenvolvimento. De acordo com Lamas, o maior desafio é criar alternativas para a integração das potências econômicas emergentes. Para as empresas de pequeno porte, por exemplo, a maior flexibilidade na gestão e a possibilidade de ser mais ágil do que as gigantes internacionais são oportunidades visíveis no mundo globalizado. Com o desenvolvimento tecnológico e o crescente processo de inclusão digital, as empresas individuais e as de pequeno porte passam a ter força e voz, podendo até mesmo fazer frente às grandes corporações. Raimar Richers analisa o impacto da tecnologia da informação sobre as hierarquias organizacionais. Ele aponta que: “pela primeira vez na história da humanidade, a inovação tecnológica tende a ser mais rápida e flexível do que a evolução dos desejos do consumidor”. A globalização e os cenários de alta mudança trazem também impactos nas formas de comunicação organizacional. Cada vez mais, os líderes precisam compreender os ambientes em que suas empresas estão inseridas para saberem como lidar com as questões de seu dia-a-dia. Suas estratégias de comunicação interna e externa deverão levar em consideração a situação econômica organizacional, local e global. Desafios e obstáculos como o gerenciamento de horários de reuniões entre colaboradores que estão em diferentes países, idioma a ser escolhido para suas conversações, aspectos culturais e até mesmo legais devem ser considerados. É cada vez mais comum que empresas dos mais variados portes e áreas de atuação precisem disponibilizar seu portfólio, vídeos institucionais, site e materiais de papelaria em diferentes línguas, pois as barreiras geográficas já são facilmente transpostas. Se sua empresa tiver a intenção de agir globalmente, barreiras como idioma e horário devem ser vencidas. Para uma reflexão mais profunda a respeito dos efeitos da globalização na comunicação, assista ao vídeo de Marcos Andrade, disponível no link a seguir. https://www.youtube.com/watch?v=2kclM2KRXp0 Leitura Obrigatória: A gestão holística é um dos efeitos mais marcantes da globalização na área administrativa. Saiba mais sobre ela lendo o artigo “A Busca Holística da Comunicação num Mercado Globalizado”, disponível a seguir. http://www.sinprorp.org.br/noticias_das_assessorias/news061.htm No vídeo, a seguir, o professor Achiles aborda alguns aspectos importantes a respeito das influências da globalização no mercado. Não perca! http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grup ouninter.com.br/2015/NOV/MT20032-A02-P04.mp4 TEMA 4: As Formas de Comunicação nas Organizações A comunicação acontece de diversas formas nas organizações: ela pode ser imposta, dividida, compartilhada e incentivada de modo informal (nas interações entre as pessoas) ou formal (nos documentos e comunicados internos). Agora, iremos abordar, mais detalhadamente, as diversas formas de comunicação organizacional, que são: - Comunicação Institucional - Comunicação de Produto - Relações com a mídia - Comunicação Interna - Relações com a Comunidade Local - Relações Governamentais - Comunicação Financeira - Comunicação Ambiental - Comunicação de Crise Comunicação Institucional A comunicação institucional é aquela que se ocupa em construir e divulgar a boa imagem e reputação de uma organização ao público interno e externo. Ela deve ressaltar a missão, os objetivos, os valores e a ideologia da instituição, formando o que se chama de personalidade organizacional. O profissional responsável pela Comunicação Institucional é, normalmente, um Relações Públicas ou até mesmo um jornalista, quase sempre com formação em Comunicação Social. Ele deve conhecer e compartilhar as características e os valores de uma organização, além de desenvolver, de acordo com a direção da instituição, as estratégias de comunicação a serem adotadas. A construção de uma imagem forte é importante para que a instituição consiga alcançar seus objetivos comerciais, sociais e institucionais. Porém, isso somente é possível por meio de diversas ações de comunicação. Afinal, a imagem de uma empresa, seja ela favorável ou desfavorável, não depende apenas de seus produtos e serviços, mas também de fatores de difícil mensuração, como a forma com que ela se relaciona com seus diversos públicos. Comunicação de Produto A comunicação de produto não ocorre somente por meio da publicidade em si, mas também por outras estratégias de marketing e comunicação, como a assessoria de imprensa, que irá divulgar as novidades junto à imprensa. Hoje em dia as redes sociais também são importantes canais de comunicação de produto, pois promovem a interação direta com o público, sem intermediários. Relações com a mídia As relações com os veículos de comunicação e seus profissionais não servem apenas para a divulgação de produtos, mas também para o estreitamento de uma relação de confiança. Dentro das organizações, o elo com esses veículos é o profissional de Relações Públicas ou o assessor de imprensa, mas todo o staff (gerências técnicas e cargos de direção) precisam estar preparados para o contato com a mídia. Para isso, devem ser desenvolvidos programas específicos de capacitação, como o chamado Media Training. Entenda melhor como funciona esse treinamento assistindo ao documentário indicado a seguir. https://www.youtube.com/watch?v=AfASfLI5ax8 Comunicação Interna A comunicação interna engloba toda forma utilizada pela organização para interagir com seus empregados. Porém, muitas vezes, as empresas não se preocupam em estruturar bem essa comunicação, sem perceber o quanto ela é fundamental para o seu sucesso, pois cristaliza a imagem da empresa juntoa seu público interno. O cliente interno é o primeiro cliente da organização e deve ser tratado como tal, pois quando o colaborador se sente “dono” da empresa, propaga uma boa imagem da organização. Da mesma forma, quando ele não se sente envolvido no negócio, tende (ainda que não intencionalmente) a apresentar uma imagem desfavorável da empresa por meio de comentários desagradáveis sobre o seu ambiente de trabalho. Para que a mensagem chegue coesa a todos os receptores, a comunicação interna deve estar coerente com a externa, pois não há nada pior do que o desencontro de informações a respeito de uma organização, isso contribui somente para arranhar sua imagem. Relações com a Comunidade Local A empresa também deve empreender esforços importantes para desenvolver um bom relacionamento com a comunidade em que está inserida, pois programas de interação como esses fortalecem a boa reputação de uma organização. Para isso, boas práticas de comunicação e interação são essenciais, pois além de promoverem a integração com o ambiente, podem neuralizar eventuais barreiras. No link, a seguir, é apresentada uma parceria interessante entre uma empresa de cosméticos e a comunidade da ilha de Marajó (PA). Não perca! https://www.youtube.com/watch?v=jDPlMvqMZms Relações Governamentais A comunicação junto aos órgãos governamentais é uma forma de estabelecer um relacionamento saudável com essas instituições. Porém, essa relação não pode estar relacionada a qualquer tipo de favorecimento ou prática ilícita. Pelo contrário, a intenção é estreitar as relações a fim de evitar ruídos e outros problemas eventuais. Comunicação Financeira Chamamos de comunicação financeira a interação de uma organização com clientes, fornecedores, acionistas e parceiros, com objetivos comerciais. Quanto mais estruturada e elaborada for esta comunicação, melhores serão os resultados. Comunicação Ambiental Em todo o mundo, as preocupações com questões ambientais são crescentes. Por isso, as organizações devem ter cuidado para agir de forma ambientalmente correta, minimizando danos ao ecossistema. Além disso, as estratégias de comunicação organizacional devem prever ações de preservação e cuidados com o meio ambiente, a fim de sensibilizar os diferentes públicos para estas questões. Comunicação de Crise Nenhuma empresa está livre de se ver envolvida em alguma polêmica ou notícia negativa. Acidentes aéreos, de trânsito, ambientais, denúncias de desvio de verbas, incêndios e desabamentos são alguns exemplos de acontecimentos que podem acontecer a qualquer momento, colocando em cheque a imagem da organização. Cuidar estrategicamente da comunicação em momentos como esses é fundamental para que a reputação da organização sofra o menos possível. Grandes organizações estão tão preparadas para lidar com essas situações que já mantêm em seus quadros profissionais gestores de crises, além de comitês permanentes que sempre estão prontos para agir em qualquer iminência de problema. Porém, mesmo as “pequenas” crises, que podem parecer inofensivas, podem provocar sérios problemas a longo prazo e, por isso, também precisam ser bem geridas. Algumas crises são previsíveis, como as econômicas (que provocam demissões em massa ou até mesmo falências), para estas as empresas sempre devem estar bem preparadas. Outras são imprevisíveis, como situações de catástrofes naturais, desastres, sabotagens, difamações, entre outras... Nestes casos, é mais difícil uma organização estar preparada, mas mesmo assim é recomendável que ela tenha um plano de ação. Algumas crises são previsíveis, como as econômicas (que provocam demissões em massa ou até mesmo falências), para estas as empresas sempre devem estar bem preparadas. Outras são imprevisíveis, como situações de catástrofes naturais, desastres, sabotagens, difamações, entre outras... Nestes casos, é mais difícil uma organização estar preparada, mas mesmo assim é recomendável que ela tenha um plano de ação. Leitura Obrigatória: Saber como gerenciar uma crise é um talento que poucos gestores possuem. O empresário e jornalista Alexandre Caldini é um deles. Na matéria, indicada a seguir, ele fala sobre a comunicação de crise e cita alguns exemplos de sua utilização. Não deixe de ler! http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/706/noticias/como- gerenciar-a-crise-m0048464 Agora é a vez do professor Achiles! No link, a seguir, ele aborda as formas de comunicação organizacionais existentes no mercado. Confira! http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grup ouninter.com.br/2015/NOV/MT20032-A02-P05.mp4 TEMA 5: A Comunicação Gerencial e a Comunicação Administrativa Comunicação Gerencial A estratégia é um elemento de sobrevivência e de sucesso nas organizações e a comunicação gerencial, que é a forma como os gestores se comunicam, é um fator determinante para esse processo. A comunicação gerencial trata das formas de comunicação dos líderes e gerentes das organizações. Ela é, necessariamente, uma competência gerencial e torna-se mais estratégica na medida em que os gestores reconhecem a importância de seu papel como líderes. Como você sabe, as tendências de Gestão do Conhecimento reconhecem a média gerência como uma figura central para o bom andamento de uma organização. O gerente está no meio do caminho entre a alta direção e a base da organização e isso lhe confere um poder sem tamanho. O gerente é responsável por criar em sua equipe a relação de confiança de cada um com a empresa. Com base neste pensamento, defende-se que a comunicação gerencial deve ser realizada com toda a transparência possível. O gerente deve favorecer o fluxo de informações sem sonegar dados importantes às suas equipes, pois informações incompletas ou deturpadas prejudicam a relação de credibilidade e podem trazer problemas graves à gestão e à integração entre os colaboradores. Soto (2005) defende que o líder deve ter sensibilidade e atitude emocional para saber aproveitar os talentos de que dispõe “para fortalecer o conhecimento emocional de seus seguidores e assim conseguir que outros executem seus respectivos trabalhos com maior efetividade”. Segundo o autor José Eustáquio Oliveira de Souza é preciso tornar o trabalho dos executivos e gerentes mais eficaz para que as organizações estejam mais preparadas para lidar com as mudanças drásticas pelas quais a sociedade vem passando. Para ele, os gestores devem adotar três atitudes principais e decisivas para que suas empresas se mantenham saudáveis nos cenários turbulentos: olhar crítico frente às mudanças do mundo, confiança na força do diálogo e busca pela inovação. Assim, líderes e suas equipes devem, juntos, compreender e analisar as empresas de forma profunda, e a partir desta reflexão, podem criticar seus processos e métodos para propor alternativas de crescimento. Para isso, os colaboradores devem conhecer a missão e cumprir os objetivos, metas e planos das organizações. Comunicação Administrativa A comunicação administrativa é o conjunto de dados e informações transmitidos a todo o público interno de forma convencional. Ela se dedica aos aspectos administrativos e está calcada na hierarquia empresarial. É tida como formal, legalista e impositiva, pois é estabelecida pelas normas e procedimentos da empresa e pela legislação vigente. Embora seja vista como mais rígida, a comunicação administrativa é igualmente importante para o andamento da gestão, pois é por meio dela que se estabelecem normas e procedimentospara as relações e até mesmo o comportamento dos colaboradores. Ela estabelece, formalmente, como deve ser o cotidiano da administração. A documentação de normas, regulamentos e informações da empresa é fundamental para que todos tenham acesso aos dados necessários para o funcionamento da instituição. Depois de comunicados todos os dados, eles passam a ser exigidos no comportamento dos empregados da organização. Leitura Obrigatória: Para fixar melhor o conteúdo aprendido, leia artigo “Comunicação Administrativa e Interna”, de Maria Piedade Azevedo, disponível a seguir. Na mesma página há uma entrevista com o palestrante Mario Persona, aproveite e dê uma olhada nela! http://comunicacaointerpessoalempresarial.blogspot.com.br/2011/12/co municacao-administrativa-e-interna.html Como você viu, a comunicação eficaz faz toda a diferença nos processos administrativos. O vídeo, a seguir, aborda a diferença entre “comunicar” e “informar” e demonstra alguns exemplos práticos de erros de comunicação. Confira! https://www.youtube.com/watch?v=fMJ2ylZ9kVc Para aprofundar o seu aprendizado, assista à explicação do professor Achiles sobre este assunto. Aperte o play e acesse ao vídeo a seguir! http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.grup ouninter.com.br/2015/NOV/MT20032-A02-P06.mp4 NA PRÁTICA Você conhece o caso da crise de imagem vivida pela marca Brastemp, em 2011, que foi iniciada por uma reclamação de um cliente insatisfeito? Neste mesmo ano, o empresário Oswaldo Borrelli gravou um vídeo caseiro contando a saga que enfrentou por mais de noventa dias sem conseguir que a empresa consertasse a sua geladeira. A repercussão foi enorme e ainda hoje o caso é lembrado e citado como um mau exemplo. Você já assistiu a esse vídeo? Confira no link a seguir! https://www.youtube.com/watch?v=qPt1E_3g7ac Mesmo tendo passado algum tempo do ocorrido, a empresa ainda colhe prejuízos de imagem por conta desta situação, pois várias vezes o caso voltou à tona e foi relembrado como um tratamento inadmissível ao consumidor. Se você trabalhasse com a comunicação de crise desta empresa, como agiria diante deste caso? A seguir, está disponível uma reportagem que relata as ações da Brastemp para contornar essa situação. Veja se elas são compatíveis com as suas reflexões. http://economia.ig.com.br/empresas/comercioservicos/queixa-contra- brastemp-mostra-o-poder-das-redes-sociais/n1237979365442.html SÍNTESE Nesta aula abordamos uma gama de informações referentes à comunicação organizacional. Na primeira parte, tratamos dos níveis, barreiras, fluxos e redes. Analisamos como a comunicação flui dentro das instituições e os ruídos que interferem nesse fluxo. Em seguida, abordamos as fases da administração atual, apontando as tendências de descentralização que interferem também na comunicação organizacional. Depois, o cenário econômico mundial e os efeitos da globalização na comunicação organizacional foram tratados como ameaças e oportunidades. Em seguida, analisamos as formas de comunicação organizacional. E por fim, diferenciamos a comunicação gerencial da comunicação administrativa, apontando a primeira como um instrumento estratégico de gestão e a segunda como uma ferramenta burocrática importante para o estabelecimento de normas funcionais nas organizações. REFERÊNCIAS ABERJ. Aberje Lança Guia Prático da Comunicação Gerencial [Internet]. São Paulo, 2010 Julho 27 [atualizado em 2015 Novembro 05]. Disponível em:<< http://www.aberje.com.br/acervo_not_ver.asp?ID_NOTICIA=3713&EDITORIA= Aberje%20Editorial>> AFRAM, Thiago. (2011, Janeiro 28). PROTESTO CONTRA A BRASTEMP – Não é uma Brastemp. [Arquivo de vídeo]. Disponível em: << https://www.youtube.com/watch?v=qPt1E_3g7ac >> BEAL, Adriana. Gestão estratégica da informação – como transformar a informação e a tecnologia da informação em fatores de crescimento e de alto desempenho nas organizações. São Paulo: Atlas, 2004 COLTRO, A. Os Novos Modelos de Administração na Era da Competitividade. Congresso Virtual Brasileiro de Administração, São Paulo, dez. 2011 CORRADO Frank. M. A Força da Comunicação – Quem não se comunica... São Paulo: Tradução Bárbara Theoto Lambert. Makron Books, 1994 DAVENPORT, T. H. Ecologia da Informação. São Paulo: Futura, 1998 FACCHINI, Claudia. Queixa contra Brastemp mostra o poder das redes sociais. [Internet]. São Paulo, 2011 Fevereiro 02 [atualizado em 2015 Novembro 05]. Disponível em:<< http://economia.ig.com.br/empresas/comercioservicos/queixa-contra-brastemp- mostra-o-poder-das-redes-sociais/n1237979365442.html>> FELIX, J. D. Comunicação Administrativa. [Internet]. Brasília (DF), [atualizado em 2015 Novembro 05]. Disponível em:<< http://www.gestaodacomunicacao.com/#!comunicao-administrativa- operacional/c738>> KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. 3. ed. São Paulo: Summus, 1986 LESCA, H.; ALMEIDA, F. C. Administração Estratégica da Informação. 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