Buscar

PRINCIPAIS DOENCAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRINCIPAIS DOENCAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS
Leishmaniose
A leishmaniose pertence a um grupo de doenças de grande importância para a saúde pública em todo o mundo. Os cães se destacam como reservatórios urbanos, embora outras espécies também possam ser infectadas e passem a constituir parte importante no ciclo epidemiológico da doença.
Sob a denominação genérica de leishmaniose, a ciência médica descreve um grupo de doenças infecciosas causadas por protozoários do gênero Leishmania, transmitidas ao homem por mosquitos do gênero Lutzomya (antigamente, Phlebotomus).que podem afetar as vísceras, as mucosas ou a pele. Distinguem-se, pois a leishmaniose visceral, a mucocutânea e a cutânea.
 É uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitida pela picada da fêmea do mosquito pólvora. No Brasil, o mosquito é também conhecido como mosquito palha, birigui, tatuquira, asa branca, cangalinha, asa dura ou palhinha. Esses insetos têm hábitos noturnos e vespertinos, atacando o homem e os animais principalmente no início da noite e ao amanhecer. São mais comumente encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas.
 O gênero Leishmania apresenta várias espécies, sendo que abordaremos aqui somente duas: Leishmania brasiliensis e Leishmania donovani.
 
Leishmania brasiliensis
A Leishmania brasiliensis é o agente causal da leishmaniose mucocutânea, ou tegumentar também conhecida como espúndia ou úlcera de Bauru. Essa doença ocorre em todos os países da America Central e do Sul, excetuando-se o Chile. Os casos mais numerosos de Leishmaniose são encontrados no Norte e Nordeste do país, embora estejam se estendendo para outras áreas. É endêmica na Amazônia. Normalmente não leva a morte, porém, devido às graves feridas geradas na cavidade orofaríngea, dificulta ou impede a alimentação, debilitando o organismo e, consequentemente, facilitando infecções diversas, ás vezes letais. 
Transmissão
O processo de transmissão desta doença ocorre quando um inseto vetor pica um animal infectado, absorvendo junto com o sangue os parasitas que se reproduzem no corpo do inseto e são inoculados durante a picada. No intestino do inseto ocorre a transformação das formas parasitárias, seguida de sucessivas multiplicações. O ciclo evolutivo fecha-se quando este inseto, contendo as formas parasitárias nas suas glândulas salivares, inocula em um hospedeiro os parasitos junto com a saliva, no ato da hematofagia. 
Os ferimentos provocados pela picada ulceram e neles os parasitas se multiplicam.
Não existe o contato de humano-humano.
Quadro clínico
No local da picada, surge inicialmente uma pequena lesão cutânea que evolui gradativamente, chegando a formar úlcera mais ou menos circular, de bordos irregulares salientes e mais duros. 
A doença pode propagar-se diretamente ou por via linfática às mucosas da boca e do nariz onde, depois de curada a lesão inicial, erosões dolorosas, destrutivas e mutiladoras deformam as estruturas comprometidas. A destruição do septo nasal produz uma deformidade característica chamada “focinho de camelo” ou “nariz de anta”. Posteriormente, pode haver comprometimento de todo o nariz, do palato duro e da faringe, dificultando ou impedindo a alimentação e afetando a respiração e a fonação. As infecções secundárias, a inanição e a obstrução respiratória podem conduzir a morte. 
Diagnóstico
quadro clínico
identificação do parasito por curetagem ou cultura
reações sorológicas
Tratamento
antibióticos para combate à infecção secundária
antimoniais - medicamentos a base de antimônio (Glucantime);
quando houver resistência ao antimonial, poderá ser utilizada a Anfotericina B, que exige hospitalização, cuidados e vigilância para seu emprego ou ainda, a pentamidina.
repouso e boa alimentação
Profilaxia 
inquéritos para descoberta de doentes e cães infectados;
combate dos cães doentes e vetores;
educação sanitária - limpeza urbana, eliminação dos resíduos sólidos orgânicos e destino adequado dos mesmos, eliminação de fontes de umidade.
vacinação canina;
uso de inseticidas nas casas e anexos (galinheiros, chiqueiros) uma a duas vezes ao ano (principalmente antes das chuvas);
manter limpos terrenos baldios que possam servir como criadouros de insetos transmissores;
 em algumas situações, usar repelentes, telar as casas ou dormir com mosquiteiros finos; 
não dormir dentro de matas ou grutas, pois o hematofagismo do flebótomo é principalmente crepuscular e noturno;
construir casas ou acampamentos de trabalhadores em derrubadas de mata a uma distância mínima de 500 m da orla da mesma, pois o flebótomo e um inseto fraco e que voa pouco. 
 Leishmania donovani
A Leishmania donovani é o agente causal do calazar, forma visceral de leishmaniose. Esta forma também é chamada de febre negra, febre dum-dum, doença de sirkari etc. É uma doença grave, que atinge crianças e adultos jovens e, quando não tratada, pode levar a morte. 
O calazar ocorre na China, Rússia, Índia, Egito, Sudão, África Oriental, países do Mediterrâneo e em algumas regiões da America Central e do Sul. 
Transmissão
O processo de transmissão desta doença é idêntico ao da leishmaniose mucocutânea até o ponto em que os parasitos penetram nas células do sistema reticulo endotelial do hospedeiro definitivo (veja a transmissão da Leishmania brasiliensis). Deste ponto em diante, em condições favoráveis, os parasitos se multiplicam intensamente, rompem as células do foco inicial e, por via hematogênica (via sanguínea), alcançam o sistema retículoendotelial visceral (baço, fígado, medula óssea). 
Quadro clínico
Normalmente não aparece lesão no local da picada infectante. Os parasitos multiplicam-se bastante no baço, fígado, medula óssea e gânglios linfáticos, ocasionando várias manifestações da doença. Os sintomas mais frequentes são os seguintes: 
febre persistente por uma a seis semanas, desaparecendo em seguida para reaparecer em intervalos irregulares durante o curso da doença;
astenia progressiva (fraqueza muscular);
palidez;
emagrecimento intenso;
taquicardia;
hepatoesplenomegalia (aumento de volume do fígado e baço);
ascite (acúmulo de liquido na cavidade abdominal);
edema (inchaço).
Diagnóstico
quadro clinico
identificação da Leishmania donovani em esfregaços corados de sangue, medula óssea ou de material obtido por punção do fígado ou do baço.
Tratamento 
boa alimentação;
antibióticos;
antimoniais;
repouso no leito;
higiene oral.
Profilaxia
As medidas de prevenção são as mesmas previstas para a Leishmania brasiliensis.
TOXOPLASMOSE
A toxoplasmose é uma doença causada por um parasito intracelular (só se multiplica no interior da célula), denominado Toxoplasma gondii. Este parasito pode ser encontrado em vários tecidos de mamíferos e aves. 
A infecção nos humanos é assintomática em 80 a 90 % dos casos, isto é, não causa sintomas, e pode passar desapercebida naqueles pacientes cuja imunidade é normal. As defesas imunológicas da pessoa normal podem deixar este parasita “inerte” no corpo (sem causar dano algum) por tempo indeterminado. No entanto, quando esta pessoa tornar-se imunodeprimida (com as defesas imunológicas diminuídas) por qualquer razão (AIDS, secundária a remédios usados para transplantados ou mesmo após uma doença muito debilitante) os sintomas e a doença toxoplasmose pode se manifestar. 
Outro período particularmente de risco para se adquirir a infecção é durante a vida intra-uterina. O feto pode ter afetada a sua formação quando contaminado.
Transmissão
No homem, a infecção pelo T. gondii pode ser adquirida de várias maneiras: 
Por ingestão de cistos presentes em dejetos de animais contaminados, particularmente gatos, que podem estar presentes em qualquer solo onde o animal transita. Mais comum no nosso meio;
Por ingestão de carne de animais infectados (carne crua ou mal-passada), mais comumna Ásia;
Por transmissão intra-uterina da gestante contaminada para o feto (transmissão vertical), mediante passagem dos parasitos pela barreira placentária - quando a infecção é chamada de toxoplasmose congênita. A transmissão congênita atinge a criança no útero durante sua formação e desenvolvimento, sendo importante esclarecer que a criança só será atingida se a mãe estiver na fase aguda da doença.
Uma quarta forma de transmissão pode ocorrer através de órgãos contaminados que, ao serem transplantados em pessoas que terão que utilizar medicações que diminuem a imunidade (para combater a rejeição ao órgão recebido), causam a doença.
Quadro clínico
Na toxoplasmose adquirida - aquela em que o homem adquire a doença por maneiras diversas, excluindo-se a via placentária - dependendo da capacidade de defesa orgânica do indivíduo e da agressividade dos parasitos, a infecção pode passar despercebida (maioria dos casos) ou levar o individuo à morte (minoria dos casos). Os sintomas que podem surgir entre estas duas situações são variados: 
erupções papulares que aparecem logo depois do início da doença;
mialgias (dor muscular);
artralgias (dor nas articulações);
cefaléia;
comprometimento ganglionar;
hipertermia (temperatura elevada);
lesões na retina, podendo chegar á cegueira total ou parcial;
miocardite (inflamação no músculo cardíaco);
pneumonia;
meningite (inflamação nas meninges)
Estes três últimos comprometimentos já indicam um quadro grave e geralmente com evolução fatal. 
Na toxoplasmose congênita - aquela que atinge a criança no útero durante sua formação e desenvolvimento - as consequências mais comuns nas crianças infectadas são as seguintes: 
crianças natimortas (aborto, principalmente no 1º trimestre da gestação);
nascimento prematuro ou a termo, podendo a criança apresentar: convulsões, febre, icterícia (cor amarelada), hepatomegalia (aumento de volume do fígado), esplenomegalia (aumento de volume do baço), erupções, hidrocefalia (acúmulo de liquido na caixa craniana), alterações no volume da cabeça (micro ou macrocefalia), calcificações cerebrais, atraso psicomotor, lesões na retina, pneumonia e miocardite. 
Diagnóstico
O quadro clínico não é muito esclarecedor para o diagnóstico, visto que a doença pode ser assintomática ou, mesmo quando sintomática, assemelha-se a outras doenças. 
O diagnóstico mais eficaz e feito por métodos sorológicos, pela identificação do microrganismo em esfregaços ou em cultura de biópsia de gânglio linfático ou de músculo. 
Outro método consiste na avaliação dos níveis de anticorpos circulantes no sangue. 
Tratamento
A experiência indica que o tratamento de melhor eficácia é feito pela associação de sulfonamida com pirimetamina. É comum associar-se um antibiótico especifico para a toxoplasmose ocular. 
Profilaxia
cuidados especiais com os gatos - alimentá-Ios com carne cozida, leite fervido ou pasteurizado e queimar suas fezes;
evitar contato com fezes de animais, especialmente de gatos ou outros felinos; limpar diariamente a caixa de areia dos gatos;
utilizar luvas quando estiver trabalhando em jardins;
lavar bem as mãos após o contato com a terra que possa estar contaminada com fezes de animais
 evitar ingerir carne ou leite crus;
acompanhamento pré-natal da gestante, especialmente aquelas com aumento da rede ganglionar ou com história de aborto;
proteger as áreas de brincar das crianças contra fezes de cães e gatos. 
DOENÇA DE CHAGAS
Também chamada de Tripanossomíase americana, esta doença constitui a causa mais importante e, talvez, primária de problemas cardíacos nas áreas rurais. O agente etiológico é o Trypanosoma cruzi, descoberto por Carlos Chagas em 1909. Este parasito é encontrado nos percevejos "assassinos" e "beijadores", conhecidos como barbeiro ou “chupões” (triatomíneo). 
Tanto o homem como os animais domésticos ou selvagens, em especial o gambá e o tatu, funcionam como reservatório da infecção para o barbeiro. 
Transmissão 
Normalmente, o vetor (barbeiro) ataca o homem à noite, em geral na face, mais frequentemente na comissura labial ou na comissura palpebral externa. O barbeiro vive em frestas de paredes, chiqueiros e paióis. À noite, saem de seus esconderijos e vão sugar o sangue das pessoas que dormem. Por mecanismo reflexo, coçando o local da picada, a pessoa espalha as fezes do barbeiro e introduz o parasita em seu organismo, através do pequeno orifício feito pela picada. No interior da célula os parasitos transformam-se, multiplicando-se intensamente ate que ocorra lise da célula (ruptura) e caiam na corrente sanguínea; estas formas invadem outras células, transformam-se e multiplicam-se intensamente. O ciclo torna-se repetitivo, podendo levar o indivíduo à morte pela parasitemia (acúmulo de parasitos no sangue) ou diminuir devido a interferência dos anticorpos, estabilizando-se numa fase crônica que pode perdurar por longo tempo. 
Quando um triatomíneo (barbeiro) picar este homem ou qualquer outro animal infectado, absorverá, junto com o sangue, os parasitos circulantes, que no intestino médio (do barbeiro) se transformarão e, se multiplicarão capazes de infectar outra vitima. 
Outras formas de contato ocorre na vida intra-uterina por meio de gestantes contaminadas, de transfusões sanguíneas ou acidentes com instrumentos de punção em laboratórios por profissionais da saúde, estas duas últimas bem mais raras. 
Importante: A recente forma de contaminação desta doença, no litoral do estado de Santa Catarina, por ingestão de caldo-de-cana contaminado com fezes de barbeiro ou pelo próprio inseto, constitui-se maneira pouco comum, embora possível, de contágio. Além do que encontra-se em fase de investigação, não sendo possível afirmar, pelo que foi divulgado de informações, todas as circunstâncias dos fatos ocorridos. Há ainda casos recentes no Pará que podem estar ligados ao consumo de açaí, estão sendo pesquisados para comprovar essa ligação, pois a fruta pode ser tirada junto com o inseto transmissor e o preparo do alimento talvez não seja seguro.Para impedir a transmissão a cana e o açaí devem ser pasteurizados, como normalmente é feito nos produtos industrializados, porém não pelos vendedores de sucos artesanais. Em 2007 estimam que 37 contaminações por mal de Chagas ocorreram no Pará dessa forma.
Mais recentemente, a associação de doença de Chagas com AIDS ou outros estados de imunossupressão tem mostrado formas de reagudização grave que se desconhecia até então, como o desenvolvimento de quadros neurológicos relacionados à inflamação das camadas que revestem o cérebro (meningite). 
Quadro clínico 
alguns dias após a picada do triatomíneo, surge no local um nódulo eritematoso chamado de chagoma; Quando esta lesão ocorre próxima aos olhos, leva o nome de sinal de Romaña, que se caracteriza por edema palpebral unilateral e conjuntivite; 
após um período de incubação de duas semanas, inicia-se um período febril (de 30 a 60 dias); 
megaesôfago chagásico;
megacólon chagásico;
hepatoesplenomegalia (aumento do volume do fígado e baço);
cefaléia (dor de cabeça);
comprometimentos neurológicos;
queda da pressão arterial;
cardiopatia (doença do coração), a mais importante das complicações tardias - as complicações vão das arritmias, cardiomegalia e bloqueio cardíaco à insuficiência cardíaca congestiva e parada cardíaca súbita.
Diagnóstico 
quadro clínico;
Teste de Machado- Guerreiro 
Xenodiagnóstico - um vetor criado em laboratório, isento de parasitos, é alimentado de sangue do caso suspeito e, duas semanas após, o conteúdo intestinal é examinado à procura de parasitos; 
Tratamento
Não existe tratamento especifico para a doença de Chagas. A medicação utilizada, no nosso meio, é o benzonidazole, que é muito tóxico, sobretudo pelo tempo de tratamento, que pode durar de três a quatro meses. Seu uso é de comprovadobenefício na fase aguda. 
Na fase crônica, o tratamento é dirigido às manifestações
Para os comprometimentos cardíacos o tratamento é sintomático e, em alguns casos, pode-se indicar a correção cirúrgica (marca-passo, transplante etc.) 
Profilaxia 
combater o barbeiro - emprego de inseticidas residuais em pulverização nas paredes das casas, o principal habitat do vetor;
melhorar as condições de habitação, evitando-se a construção de moradias de pau-a-pique, barro e cobertura de sapé;
fazer uso do mosqueteiro;
educar a população quanto à propagação da enfermidade e às medidas de prevenção;
evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa;-
construir galinheiro, paiol, chiqueiro, depósito afastados das casas e mantê-los limpos;
retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
manter limpeza periódica nas casas e em seus arredores;
controlar doadores de sangue, principalmente nas zonas endêmicas;
fazer a notificação compulsória.
TRICOMONÍASE
Dentre os numerosos parasitos do gênero Trichomona, podemos destacar três tipos que se alojam no homem: o Trichomonas hominis, no intestino grosso, o Trichomonas tenax, na boca (tártaro dentário e cárie) e o Trichomonas vaginalis, na vagina e na uretra. Destes três tipos, estudaremos o T. vaginalis, par ser patogênico para a espécie humana. 
Transmissão
Na grande maioria dos casos, a transmissão do T. vaginalis ocorre pelo contato sexual. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer de forma indireta, ou seja, por meio de objetos contaminados: roupas íntimas, espéculo vaginal ("bico de pato", utilizado em exames ginecológicos), toalhas etc. 
O parasito, ao atingir a hospedeiro e encontrando condições adequadas de proliferação, multiplica-se no meio vaginal ou na uretra masculina. 
Quadro clínico
O T. vaginalis está associado a persistente vaginite em 20% das mulheres parasitadas. Os sintomas normalmente consistem em: 
prurido intenso (coceira);
sensação de queimadura;
corrimento branco-amarelado;
inflamação vaginal.
Geralmente a tricomoníase no homem é assintomática. Em alguns casos pode surgir uretrite com ligeira ardência durante a micção.
Diagnóstico
quadro clínico
exame de gota fresca, não corada, do corrimento à procura de tricomonas.
Tratamento
cuidadosa higiene pessoal;
medicamento especifico (metronidazol ou tinidazol) - os parceiros sexuais infestados devem ser tratados ao mesmo tempo, a fim de evitar-se reinfestação.
Profilaxia 
higiene corporal
uso de preservativo (sexo seguro)
tratamento dos doentes.
GIARDÍASE
Doença também conhecida por lamblíase, e causada por um protozoário multiflagelado e binucleado. Esses dois grandes núcleos lhe dão o aspecto de um rosto com dois grandes olhos, quando examinado ao microscópio. Este parasito denomina-se Giardia lamblia e habita normalmente o intestino delgado 
do homem. 
A giardia é encontrada no mundo inteiro. Nos países em desenvolvimento e particularmente nos tropicais pode atingir 50% da população.
A G. lamblia pode ser encontrada na forma cística, eliminada pelas fezes. 
Transmissão
A transmissão é oral-anal e nesta situação tem como população de risco as pessoas pobres com más condições de higiene, crianças pequenas e adultos que não tomam precauções higiênicas nas relações sexuais, principalmente em sexo anal. A maioria das epidemias comunitárias se dá por contaminação do suprimento de água. A contaminação direta se faz por transferência dos cistos através de mãos sujas de fezes para a boca e indiretamente pela ingestão de alimentos ou água contaminados. 
Os cistos contaminantes podem permanecer viáveis no meio ambiente por meses. 
Quadro clínico
Em geral, a infestação pela G. lamblia é assintomática embora alguns pacientes acusem:
náuseas (enjôo);
flatulência (gases nos intestinos);
epigastralgia (dor na parte alta do estômago);
diarréia amarelada;
emagrecimento;
irritabilidade;
insônia;
fezes volumosas e de mau cheiro.
Esses sintomas são mais encontrados em crianças.
Diagnóstico 
quadro clínico (em crianças é mais sugestivo)
laboratorial: exame de fezes – se for negativo, repeti-lo com intervalo de 3 dias a uma semana.
Tratamento
Uso de drogas como ex: metronidazol.
Profilaxia
higiene pessoal;
cuidados com a água;
proteção dos alimentos;
depósito das fezes em local adequado;
exame dos familiares e pessoas que tenham contato direto com o paciente.
tratamento de pessoas e animais doentes.
AMEBÍASE
O agente etiológico da amebíase é a Endamoeba histolytica, que produz infecção no intestino grosso.
Existem várias espécies de amebas que parasitam o homem, porém a E. histolytica é a única patogênica.
A E. histolytica também pode ocorrer no intestino de vários animais (cão, gato, macaco, rato etc.). 
Transmissão
Quando ingeridos através da água ou de alimentos contaminados, os cistos passam pelo trajeto digestivo sem sofrer alterações. Ao atingirem o intestino grosso, os cistos, Iiberam a forma chamada ameba metacística. Cada ameba sofre divisões e dá origem a oito trofozoítos, que crescem e atacam a mucosa do cólon intestinal, ocasionando um quadro inflamatório. Estes trofozoítos transformam-se em cistos e são eliminados nas fezes. Havendo a ingestão desses cistos, o ciclo recomeça.
Quadro clínico 
diarréia intermitente, com uma a quatro evacuações fétidas por dia, às vezes contendo muco e sangue, alternando-se com períodos de relativa normalidade, durante meses ou anos;
dores abdominais;
perda de peso;
discreta elevação de temperatura;
náuseas e vômitos;
mal-estar;
cefaléia;
flatulência. 
Diagnóstico
É feito através de exame de fezes.
Tratamento
amebicidas;
antibióticos
Profilaxia 
tratamento do material fecal e do lixo;
uso de água potável;
higiene adequada dos alimentos;
educação sanitária.
MALÁRIA
Esta doença, conhecida também por impaludismo, maleita, mal dos pântanos, ou febre palustre, é uma protozoose transmitida ao homem pelo mosquito anófele (Anopheles). É prevalente nos países de clima tropical e subtropical. A Amazônia é a região do Brasil onde ocorrem 98% dos casos de malária, com registro de cerca de 500 mil casos/ano. 
O causador da malária é um protozoário do gênero Plasmodium, existindo quatro espécies patogênicas para o homem: o Plasmodium vivax é o agente causador da terçã benigna, o Plasmodium malariae da quartã benigna, o Plasmodium falciparum da terçã maligna e o Plasmodium ovale da terçã oval. Esta última é típica da África. 
Transmissão
O homem é o hospedeiro intermediário e o mosquito é o hospedeiro definitivo. Somente as fêmeas do mosquito são hematófagas (alimentam-se de sangue) porque precisa de sangue para garantir o amadurecimento e a postura dos ovos. 
Portanto, ocorre por meio da picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles. O ciclo se inicia quando o mosquito pica um individuo com malaria sugando o sangue com parasitos (plasmódios). No mosquito, os plasmódios se desenvolvem e se multiplicam, desenvolvendo assim parte do seu ciclo. O ciclo se completa quando estes mosquitos infectados picam um novo indivíduo levando os parasitos de uma pessoa para outra. Desta forma, o ciclo de transmissão envolve: o plasmódio (parasito), o anofelino (mosquito vetor) e o homem. O ciclo da malária humana é homem-anofelino-homem.
Durante a picada, o mosquito libera saliva, que contém o protozoário plasmódio. Então o parasita entra no sangue da pessoa e se instala em órgãos diversos, como o fígado e o baço, onde se multiplica. Após um certo período, os parasitas retornam ao sangue e penetram nos glóbulos vermelhos, onde voltam a se multiplicar. Os glóbulos parasitados se rompem liberando novos protozoários que passam a infectar outros glóbulos vermelhos.
Ciclo do parasitaO plasmódio desenvolve um ciclo sexuado dentro do organismo do mosquito e um assexuado no organismo humano. Depois de 30 minutos que entrou na circulação sanguínea do homem, alcança o fígado e vai-se multiplicando dentro das células hepáticas até que elas arrebentam. Então, eles se espalham no sangue e invadem os glóbulos vermelhos, onde se reproduzem a tal ponto que eles se rompem também, o que leva a febre, calafrios e a outros sintomas. Idealmente a transmissão da malária não deve ocorrer se tiver tomado as precauções necessárias, mas se ocorrer, é importante que procure tratamento na fase inicial do ciclo, uma vez que certos parasitas podem causar complicações graves. 
Incubação da malária
Após a transmissão da malária ter ocorrido, é provável que não sinta sintomas imediatamente. Como parte do ciclo de vida do Plasmodium, este precisa amadurecer antes de fazer com que se sinta doente. Os sintomas de malária podem começar a aparecer sete dias após a transmissão ou podem decorrer vários anos (relatos raros na literatura) até que o parasita o faça sentir doente. Porém, o mais provável é aparecerem sintomas alguns dias ou semanas após a transmissão da malária ter decorrido. O tipo mais grave do parasita plasmodium, denominado Plasmodium falciparum, causa geralmente sintomas uma semana após a transmissão.
Quadro clínico
Existe uma certa variação na malária produzida pelos diferentes plasmódios, mas em todas as formas são comuns os seguintes sintomas: 
calafrios;
cefaléia;
mialgias ( dor muscular);
esplenomegalia (aumento de volume do baço);
anemia;
hepatomegalia (aumento de volume do fígado), icterícia (cor amarelada) e edema (inchaço) são observados com maior freqüência na infecção pelo P. falciparum;
febre - de acordo com protozoário causador, observam-se picos febris (40°C a 42°C) com intervalos diferentes que recebem denominações diferentes: 
febre terçã maligna - causada pelo Plasmodium falciparum, apresenta picos febris com intervalos de aproximadamente 36 a 48 horas; 
febre terçã benigna - causada pelo Plasmodium vivax, apresenta picos febris com intervalos de aproximadamente 48 horas;
 febre quartã benigna - causada pelo Plasmodium malariae, apresenta picos febris com intervalos de aproximadamente 72 horas. 
Os acessos maláricos se iniciam com calafrios (tremores de frio) que duram de 20 a 60 minutos. Em seguida, cessa a sensação de frio e o paciente começa a sentir muito calor, quando a temperatura se eleva de 40°C a 42°C, perdurando cerca de três a oito horas. Finda esta fase, a temperatura entra em declínio até 36,1 °C, surgindo suor intenso e sensação de alívio. 
Diagnóstico
quadro clínico;
pesquisa do parasito no sangue periférico. 
Tratamento
Várias drogas são empregadas na cura da malária. Entre estas drogas temos: quinino, cloroquina, primaquina, amodiaquina, mefloquina, sulfadoxina, pirimetamina e alguns antibióticos (clindamicina, tetraciclina etc.). 
Profilaxia
Baseia-se no combate do vetor, através de;
emprego de inseticidas de longa duração;
rede básica de saneamento;
uso de repelentes e mosquiteiros;
evitar banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica;
uso de telas protetoras em portas e janelas.
Referências bibliográficas:
NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 10ª ed. São Paulo: Atheneu, 1995.
Senac. Parasitologia. Romel M. Estrela. Rio de Janeiro: Senac,1990.
http://Portal são Francisco.com.br/toxoplasmose.
http://oficina cientifica .com.br/downloads/doenças causadas por protozoários. Acesso em junho/2013.
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?417 acesso em julho/2013
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?151 acesso em julho/2013
www.portalbrasil.net/educacao_seresvivos_protistas.htm acesso em julho/2013

Outros materiais