aula 1 Primordios da colonização do Brasil e Arquitetura de defesa

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25/03/2012
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Primórdios da colonização do Brasil e
Arquitetura de Defesa
aula 1
Arquitetura no Brasil
Samantha Diefenbach
Sugestão de pesquisa: http://fortalezasmultimidia.com.br
Primórdios da colonização do Brasil
Arquitetura de Defesa
Arquitetura no Brasil
Samantha Diefenbach
Portugal no início do século XVI
• Transição da cidade medieval a renascentista
Valência do Minho, em 1509. Por Duarte de Armas, 
Livro das Fortalezas – NORTE
Castro Marin, em 1509. Por Duarte de Armas, 
Livro das Fortalezas – SUL
Primórdios da colonização do Brasil
Arquitetura de Defesa
Arquitetura no Brasil
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Portugal no início do século XVI
• Duas tradições construtivas
Coimbra - NORTE Monsaraz - SUL
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Arquitetura de Defesa
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Transições da cidademedieval para a cidade renascentista
• Cidade medieval = organismo socioeconômico / Cidade renascentista =
organismo político
• Divisão entre conhecimento técnico (arquiteto) e prática (mestres) /
arquitetura erudita e arquitetura popular
• Perspectiva como instrumento de projeto
• Relação entre fortificação e urbanismo
• Vanguarda intelectual na Itália
• Releitura de Vitrúvio (90 a.C. – 20 a.C.)
• Tratados de urbanismo e arquitetura e propostas da cidade ideal, projetada a
priori como cidade nova
• Mudanças na técnica de fortificação:
A fortificação medieval era essencialmente defensiva, a fortificação renascentista
é ao mesmo tempo defensiva e agressiva (Argan, 1999)
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Arquitetura de Defesa
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A fortificação
Medieval (Avila – Espanha) Renascentista: moderna, permanente e abaluartada
(San Juan – Puerto Rico)
Primórdios da colonização do Brasil
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A DESCOBERTA DO BRASIL
Súbita transferência de uma parcela europeia e das suas instituições (organização
política, igreja católica, etc.).
A primeira missa no Brasil. Vitor Meirelles.
Óleo sobre tela (3,57x2,70m), 1860.
Hans Staden. Duas viagens ao Brasil (1541 – 51)
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ETAPAS DA FORTIFICAÇÃOMODERNA ABALUARTADA
1. Século XVI até 1960: Vanguarda italiana
- união ibérica (1580 – 1640): unificação do corpo técnico; presença dos
mesmos engenheiros militares italianos no domínios espanhóis e
portugueses: Leonardo Turriano, Felipe Terzi, Batista Antonelli, etc.
- Restauração: necessidade de autonomia técnica; formação de Aulas de
Fortificação em Portugal (1647) e Brasil.
2. 1650 a 1800: Vanguarda francesa: Sébastien Le Preste de Vauban
- criação das Academias Militares: salvador – 1696, Rio de Janeiro e São
Luiz de Maranhão – 1699; Recife – 1701.
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Periodização do urbanismo e arquitetura colonial do Brasil
Tipos de aglomerado (conforme Katinsky, 2004)
• Malha (erudita) – Ex.: Salvador, 1549.
• Povoado linear popular – Ex.: Sta Maria Madalena (atual Marechal Deodoro),
1591, planta de 1647.
• Aldeia indígena – Ex.: vila de Abrantes (planta de 1794).
Fundações coloniais Vilas Cidades 
1500 - 1549 9 0
1550 - 1720 44 7
1721 - 1822 174 5
Total 227 12
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1. PERÍODO: 1500 a 1532
Capitanias hereditárias
Estabelecimento das feitorias, misto de organização militar e comercial
Fortificações precárias: paliçadas e/ou muralhas de taipa ou pau a pique
(...) foi uma colonização de traficantes antes que de colonos. Hardoy (1969, p.55)
Fundação de São Vicente – atual Santos, SP (1532)
Capitanias hereditárias São Vicente, desenho de 1624.
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Forte dos Reis Magos – Natal
Francisco Frias Mesquita. Nomeado engenheiro mor em 1603.
Atuação em 8 fortificações, traçados urbanos como o da refundação de São Luiz, o
mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro.
Forte dos Reis Magos - Natal (RN)
Gravura de B. Montanus, Amsterdã, 1671
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Forte dos Reis Magos – Natal
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Forte dos Reis Magos – Natal
Forte dos Reis Magos - Natal (RN)
Vista aérea – Fins do séc. XVI – Reedificação em pedra 1617
Autoria provável do Jesuíta Gaspar de Samperes
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2. PERÍODO: 1532 - 1650
Vida urbana intermitente.
Olinda, PE. Feitoria: 1516; fundação como vila: 1537.
Olinda vista do mar – gravura 
anônima do século XVII.
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Salvador, BA. Fundação como cidade em 1549.
“Pranta da Çidade do Salvador/Na Bahia de Todos
os Santos” - cerca de 1612
João Teixeira Albernaz
“Planta da cidade de S. Salvador na Bahia de
Todos os Santos na América Meridional aos 13 de
latitude e 345 36’ de longitude” - cerca de 1715
autor não identificado
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Salvador, BA. Fundação como cidade em 1549.
“Elevação em Prospetiva das Fortalezas na Entrada da Barra da Bahia, ao Sul, vistas de Terra 
para o Mar, oposta, regulando comparativamente as suas partes” - 1775/1800
João de Abreu e Carvalho
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Salvador: sistemas defensivos
Forte doMar ou de São Marcelo: Eng. Francisco Frias de Mesquita, 1623.
Forte do Mar ou de São Marcelo - Salvador (BA)
Projeto de Francisco Frias de Mesquita, 1623
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Forte doMar ou de SãoMarcelo: Eng. Francisco Frias de Mesquita, 1623.
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Forte do Mar ou de São Marcelo - Salvador (BA)
Vista aérea
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Fortaleza de Nossa Senhora de Montserrat, Salvador.
Projeto de Baccio Filicaya, 1693.
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Rio de Janeiro, RJ.
1555: assentamento dos franceses
1563: traslado para o morro do castelo
1581 – 1604: Presença do engenheiro militar Antonelli
“Planta da Cidade de Saõ Sebastiaõ do Rio de
Janeiro, Com suas Fortifficaçõins” - Séc. XVIII
Brigadeiro JoãoMassé
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Fortaleza do Patriarca São José, RJ.
Ilha das Cobras - cerca de 1760
Eng. Militar Cel. José da Silva Paes
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Fortaleza do Patriarca São José, RJ.
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Forte Real, Recife.
Construído por Critóvão Álvares.
Forte Real - gravura de 1635
Cristóvão Álvares (construtor)
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Forte Real, Recife.
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Primórdios da colonização do BrasilArquitetura de Defesa
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Forte do Brum, Recife.
Construído pelos holandeses.
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Forte das cinco pontas, Recife.
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Fortaleza de São José, Macapá (AP).
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3. PERÍODO: 1650 – 1720.
• Autonomia técnica e expansão para o sul
• Formação de uma camada urbana
• Neste período surge:
Paranaguá, PR: formação em 1648;
Desterro (atual Florianópolis, SC);
Colônia do Sacramento, Uruguai.
“Plano da Villa de N. S. do Desterro da Ilha de S.Catherina”
autor José Custódio de Sá e Faria
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Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, Paraná.
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Forte de Colônia do Sacramento, Uruguai.
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3. PERÍODO: 1720 - 1800
Consolidação da rede urbana;
Ciclos da mineiração e tropeirismo;
Tratado de Madri: 1750
Influências da filosofia iluminista
Cidades planejadas (malhas ortogonais) por engenheiros militares e edificação de
fortificações no interior em áreas de fronteira.
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Forte Jesus-Maria-José, Rio Grande, RS, 1737.
Demolido - desenhos de Giovanni Giuseppe de Santa Tereza biblioteca do
vaticano. Projeto: José da Silva Paes
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Forte São Miguel, Uruguai, 1737.
Reconstruído. Projeto: José da Silva Paes, (Hist.Ilust. do RS, 1998), Manuel Gomes 
Pereira (Weimer, 1992).
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Forte Santa Tereza, Uruguai, 1762.
Reconstruído - Projeto: José da Silva Paes 
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Fortaleza de Santa Cruz - Ilha de Anhato Mirim, Governador Celso Ramos (SC)
1739-1744 – Projeto de Brigadeiro José da Silva Paes
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Principais características da arquitetura de defesa:
� Defesa dos índios, por terra e por mar de franceses e ingleses.
� Em 1549 se institui o Governo Geral da Colônia, e o Brasil passa a ser um
negócio, o açúcar de cana.
� No séc. XVI praticamente todas as fortificações estavam situadas no litoral.
� A partir do séc. XVIII surgem fortificações no interior, para garantir novas
fronteiras – tratado deTordesilhas.
� Terrapleno
� Plantas e elevações determinadas pela técnica da artilharia.
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� Abordagem funcionalista.
� Engenheiros militares e religiosos foram os principais arquitetos do período
colonial.
� Eng. Militar Francisco Frias de Mesquita e padre jesuíta Gaspar Samperes.
� Técnica da taipa de pilão era preferida em relação à pedra, por assimilar melhor
os projéteis e tinham menor custo.
� As grandes fortalezas eram cercadas por grandes fossos inundados com água.
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� No Nordeste a pedra não era abundante, utilizando-se com frequência o
arenito e calcário.
� Havia, muitas vezes, importação de pedras do Reino.
� Formas que lembram estrelas, regulares e irregulares são as mais comuns. As
poligonais (hexágono e eneágono) são mais raras, bem como as circulares.
� Maior parte construídas no séc. XVII, no nordeste, devido as tentativas de
invasões holandesas.
� A distribuição dos fortes não foi totalmente eficaz, devido à extensão da costa.