Buscar

contratos - direito público e privado

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
Clique para editar o estilo do subtítulo mestre
Clique para editar o estilo do título mestre
*
INSTITUIÇÃO DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
PROFa Kátia Cristina Cruz Santos
 PROFESSORAKATIACRUZ.BLOGSPOT.COM
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Dos contratos
Se quiser resumir as fontes das obrigações temos a lei, como a principal delas, seguida imediatamente dos contratos. Vêm depois as declarações unilaterais de vontade e os atos ilícitos - mas estas fontes se reduzem, em última análise, à própria lei, visto que esta disciplina as declarações unilaterais de vontade e também define os atos ilícitos.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
CONCEITO
Ulpiano: "Contrato é o mútuo consenso de duas ou mais pessoas sobre o mesmo objeto". (O original está assim: "pactio duorum pluriumve in idem placitum consensus".)
Modernamente pode-se conceituar o contrato como o acordo de duas ou mais vontades para o fim de produzir efeitos jurídicos (Colin et Capitant).
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Para a validade dos contratos é necessário o preenchimento de certas condições objetivas e subjetivas.
São elementos objetivos do contrato:
I- a obediência a uma forma jurídica, quando exigida; 
II- a existência de uma obrigação cujo objeto seja coisa determinada, ainda que genericamente, desde que lícita e possível. 
Os elementos subjetivos do contrato são:
I- partes contratantes dotadas de capacidade jurídica e legitimação;
II- o acordo de vontades dos contratantes enlaçados no mútuo consentimento.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
A doutrina costuma estabelecer distinção entre "contrato", “pacto” e “convenção”. 
Entende por contrato o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, sobre um mesmo objeto; 
O pacto é a cláusula especial inserida no contrato, versando circunstâncias especiais do negócio; por exemplo: o pacto de irretratabilidade nas promessas de compra e venda; 
A convenção, por sua vez, tem por objeto atender ao interesse de inúmeras pessoas, como ocorre nas convenções coletivas de trabalho, em que se objetiva o interesse de toda uma categoria profissional.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Classificação
Quanto à natureza: unilaterais e bilaterais, gratuitos e onerosos, comutativos e aleatórios, causais e abstratos.
Quanto ao aperfeiçoamento: consensuais e reais, solenes e não-solenes.
Quanto à denominação: nominados, inominados
Reciprocamente considerados :principais e acessórios
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
5- Quanto ao objeto: de execução instantânea e de execução diferida no futuro.
6- Quanto ao objeto: definitivos e preliminares
7- Quanto à formação: paritários, de adesão.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos unilaterais e bilaterais
Os contratos bilaterais, também chamados sinalagmáticos, são aqueles que geram obrigações recíprocas entre os contratantes. 
Os contratos unilaterais, por sua vez, produzem apenas obrigações de um dos contratantes para com o outro.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Assim, a compra e venda é um contrato bilateral, porque o ajuste de vontades impõe ao vendedor a obrigação de entregar a coisa e ao comprador a de pagar o preço. 
De seu lado, o depósito é um contrato unilateral porque, uma vez ultimado, impõe obrigações apenas ao depositário, a quem cumpre zelar pela conservação da coisa e devolvê-la quando reclamada pelo depositante.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos onerosos
São contratos onerosos aqueles em que uma das partes sofre sacrifício patrimonial, ao qual corresponde, em compensação, uma vantagem por ela pleiteada. 
Assim, na troca, um dos permutantes oferece uma coisa para obter outra; no seguro, o segurado paga o prêmio para se garantir contra os riscos futuros etc.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos gratuitos
Diz-se a título gratuito o contrato quando somente uma das partes sofre sacrifício patrimonial, sem compensação, enquanto a outra apenas obtém benefício. 
Exemplo característico do contrato gratuito é a doação sem encargo, que é o ajuste de alguém que transfere bens ou vantagens de seu patrimônio a outrem, que os aceita. Ocorre aqui sempre uma liberalidade.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos comutativos
Comutativo é um contrato bilateral e oneroso, no qual a estimativa da prestação a ser recebida por qualquer das partes pode ser efetuada no ato mesmo em que o contrato se aperfeiçoa. 
Exemplo de contrato comutativo é a locação de coisas. O locador pode, desde logo, verificar a importância que deve receber, enquanto o locatário, por sua vez, conhece o objeto cujo uso pacífico lhe será assegurado. Também a compra e venda, é comutativa, uma vez que as partes recebem uma da outra uma prestação cuja equivalência se verifica desde logo.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos aleatórios
Aleatório é o contrato bilateral e oneroso em que pelo menos uma das partes não pode prever o montante da prestação que receberá em troca da que fornece.
Exemplo: O seguro, em que o segurado, em troca do prêmio, pode vir a receber a indenização, se advier o sinistro, ou nada receber, se este não ocorrer. Trata-se de convenção em que uma ou todas as partes está sujeita a evento futuro e incerto. 
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos causais
Contratos causais são aqueles contratos cuja eficácia depende da consecução de um fim juridicamente válido, que constitui para o devedor o fundamento da obrigação (causa debendi).
Exemplos: A locação, a compra e venda, o empréstimo todos contratos que trazem em si uma causa definida, um fim conhecido, um fundamento certo. 
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos abstratos
Os contratos abstratos são aqueles eficazes independentemente, de certo modo, do fundamento da obrigação e da consecução do fim.
Exemplo: A emissão de nota promissória, ou o aceite da cambial, vincula, em regra, o responsável, independentemente de qualquer discussão sobre a causa geradora da obrigação.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos consensuais e reais
São contratos consensuais aqueles que se ultimam pelo mero consentimento das partes, sem necessidade de qualquer outra formalidade. É o contrato de transporte, por exemplo.
Reais são os ajustes que dependem, para seu aperfeiçoa­mento, da entrega de uma coisa, feita por um contratante ao outro. São contratos reais o comodato, o mútuo, o depósito, o penhor, a anticrese, as arras etc.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos solenes e não-solenes
São solenes os, contratos que dependem de forma prescrita em lei; não-solenes, os de forma livre.
Assim, o contrato de compra e venda de imóvel em geral se efetiva por meio de escritura pública registrada na circunscrição imobiliária competente.
Os contratos não-solenes podem ser promovidos a solenes, por vontade das partes.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos nominados e inominados
Contratos nominados ou típicos são aqueles que possuem denominação própria e prevista em lei. O Código Civil brasileiro trata das várias espécies de contratos, discriminando suas formas específicas.
Inominados ou atípicos são os contratos não previstos expressamente em lei, mas criados por iniciativa dos particulares; vão surgindo no trato usual dos negócios, como a "cessão de clientela", a "promessa de cessão" e outros. 
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos principais e acessórios
São contratos principais aqueles cuja existência independe da existência de qualquer outro. Exemplo: a locação.
Contratos acessórios são aqueles que existem em função do principal, e surgem para lhe garantira execução. Exemplo: a fiança.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos de execução instantânea e contratos de execução diferida no futuro
Os contratos de execução instantânea são os que se cumprem pela execução efetuada por ambas as partes num só momento, como ocorre com a compra e venda à vista.
Os contratos
de execução diferida no futuro são aqueles em que uma das partes (ou ambas) deve cumprir sua obrigação em tempo futuro. Assim, o contrato de locação de bens, de locação de serviços etc.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos preliminares e definitivos
O contrato definitivo tem por objeto criar tipos diversos de obrigações para os contraentes. Assim a compra e venda, que impõe ao vendedor a obrigação de entregar a coisa, e ao comprador a de entregar o preço.
O contrato preliminar é uma espécie de convenção cujo objeto é sempre o mesmo, ou seja, a realização de um contrato definitivo.
O contrato preliminar mais difundido entre nós é o compromisso de compra e venda, que pode ser ultimado por instrumento particular, embora o contrato definitivo, se se tratar de imóvel, o deva ser por escritura pública.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Contratos paritários e contratos de adesão
Contrato de adesão é aquele em que todas as cláusulas são previamente estipuladas por uma das partes, de modo que a outra, no geral mais fraca e na necessidade de contratar, não tem poderes para debater as condições, nem introduzir modificações ao esquema proposto.
São paritários todos os demais contratos, ou seja, aqueles em que as partes, de comum acordo, estabelecem previamente suas cláusulas e condições.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Forma dos contratos
Forma dos contratos "é o revestimento por meio do qual aparecem eles no mundo jurídico" (Clóvis Beviláqua).
Os contratos, portanto, se apresentam revestidos de uma forma, ora simples, ora solene.
Os contratos simples podem ser verbais ou escritos. Estes, não se revestem de nenhuma forma rígida. O exemplo de contrato verbal é a simples compra de um livro ou uma encomenda telefônica. Não há nele solenidade alguma, conquanto por ele estejam preenchidos os requisitos intrínsecos da avença, dos quais avulta a manifestação da vontade. Há contratos escritos que também não trazem em si nenhuma solenidade. Exemplo disso é o pedido de mercadoria quando aviado e aten­dido.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Saiba-se que constituem contratos aqueles anúncios que soem aparecer nos jornais, pelos quais alguém solicita ao público a entrega de um objeto ou de um animal perdido, mediante certa gratificação aleatória. É a promessa de recompensa.
Já os contratos solenes são sempre formalizados por escrito. A eles, porém, a lei estabelece forma especial cujo cumprimento é inelutável, sob pena de nulidade do ato. Assim, os pactos antenupciais só têm validade quando formalizados por escritura pública.
Mas há declarações de vontade lavradas em instrumento particular que, mesmo assim, são solenes. É o caso do testamento particular que só existe juridicamente desde que sacramentado por escrito, por forma que lhe dê o caráter de testamento.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Antes da celebração do contrato é comum haver entre os futuros e eventuais contratantes uma proposta. A parte que oferece a proposta é chamada proponente, também conhecida pela designação de policitante; a que recebe a proposta é designada por oblato.
A proposta de contrato só obriga o proponente se o contrário não resultar dos termos da mesma proposta ou se as circunstâncias ou a natureza do negócio não gerarem, de pronto, a obrigação.
Assim, a proposta não é obrigatória nos seguintes casos: 
a) se, feita a pessoa presente, ou por telefone, não for aceita imediatamente; 
b) se, feita sem prazo a pessoa ausente, houver decorrido tempo suficiente para que a resposta chegue ao conhecimento do policitante; ou se o oblato ausente não expediu a resposta dentro do prazo dado pelo proponente; 
c) se com a proposta ou antes dela chegar ao conhecimento do oblato a retratação do policitante.
Em caso de má-fé ou desídia de qualquer das partes na fase da policitação, responderá o culpado por perdas e danos.
Professora KÁTIA CRUZ
*
*
*
Das arras
A lei permite que as partes ajustem o pagamento de um sinal, ou arras, cujo caráter é firmar a presunção de acordo final e tornar obrigatório o contrato, salvo se as partes estipularem o direito de arrependimento, caso em que, se o arrependimento for de quem deu as arras, perde-as em favor da outra parte; se o arrependimento for de quem as recebeu, deverá devolvê-las em dobro.
Já se vê que há duas espécies de arras: as confirmatórias e as penitenciais. As primeiras são a regra geral em nosso direito; as segundas são a exceção. 
As arras podem ou não constituir princípio de pagamento. Se não forem, devem ser restituídas, uma vez concluído ou desfeito o contrato.
Professora KÁTIA CRUZ

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais