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Resumo - Introdução à Saúde Coletiva

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Texto: Saúde Pública ou Saúde Coletiva? (Luis Eugenio Portela Fernandes de Souza)
- Movimentos ideológicos e históricos que contribuíram para o avanço da saúde pública:
Idade Média – Feudalismo (século IV): trabalho escravo, serviços aos senhores feudais
Idade Moderna – Mercantilismo, Renascimento, Iluminismo (século XV à XVIII): as populações passam a ser consideradas. Percebe-se que para obter sucesso se precisa de pessoas, e que é preciso melhorar as condições de vida destas pessoas, incluindo as taxas de mortalidade e natalidade. Começam a traçar estratégias para promover o crescimento e a saúde da população.
Alemanha (séc. XVII): Política Médica. O Estado tem a responsabilidade sobre a saúde das pessoas, incluindo a fiscalização de sua aplicação. A atuação dos profissionais rígida/imposta
Inglaterra (séc. XVIII - 1687): Aritmética Política, dando origem à Estatística – “contagem” da população. A industrialização e a urbanização ajudam a agravar a saúde, principalmente dos trabalhadores.
França (séc.XIX): Higiene Política. A medicina também é responsável em ajudar a administração pública a manter a população saudável, que a promoção da saúde e o enfrentamento das doenças exigem medidas de caráter médico e social. Ainda sob um enfoque individual, não coletivo.
Estados Unidos (século XX – 1960/70): Medicina Preventiva e a Medicina ou a Saúde Comunitária. Auxiliam à crítica à Saúde Pública e a concepção da Saúde Coletiva no Brasil (década de 70). 
Medicina Preventiva: surge devido ao crescimento da especialização e dos custos da atenção e das dificuldades de expansão da cobertura; grande inovação – criação dos departamentos de medicina preventiva nas faculdades de medicina, buscando superar o biologismo, o individualismo e o hospitalocentrismo da formação
Medicina ou a Saúde Comunitária: fora do ambiente acadêmico, através de atividades assistenciais na comunidade
Brasil:
Início séx. XX: Intervenções de saúde ganham força na República Velha. Sanitarismo - campanhas sanitárias para a erradicação da febre amarela e a vacinação obrigatória contra a varíola, quarentenas, isolamento dos pobres/cortiços, que eram considerados fonte de doenças 
Estado Novo – campanhas se institucionalizam em programas de saúde pública, dentro do Ministério da Educação e Saúde Pública e, depois de 1953, no Ministério da Saúde. Durante a 2ª Guerra Mundial, ocorre o Serviço Especial de Saúde Pública - Brasil se inspira no modelo norte-americano
1960: Medicina Preventiva (Especialistas, Ações indiv./curativistas, Olhar preventivo, Biomédico, Condutas verticais). Saúde Suplementar: Planos/seguros saúde - IAP
- Por que foi no final da década de 70, que ocorreu a consolidação da saúde coletiva no Brasil? 
Através da Medicina Preventiva e a Medicina Comunitária, nos EUA, passa-se a discutir o preventivismo reducionista, que só englobava as manifestações do indivíduo, trazendo outras questões sociais, como o meio ambiente, a coleção de indivíduos (coletividade), a dimensão social, e outros elementos que interagem com a saúde.
No final da década de 1970 houve o primeiro encontro nacional de cursos de pós-graduação de Medicina Social, Medicina Preventiva, Saúde Comunitária e Saúde Pública, sendo adotada a expressão “Saúde Coletiva” em seu título. Em 1979, após 3 encontros nacionais, os coordenadores e docentes desses cursos fundam a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.
- Saúde Pública X Saúde Coletiva 
Os termos nascem de contextos históricos diferentes:
SAÚDE PÚBLICA: é voltada a prevenir a doença e prolongar a vida, promovendo a saúde física através da comunidade organizada para o saneamento do meio ambiente, controle de infecções comunitárias, educação dos indivíduos, organização dos serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo da doença. 
Quando falamos de saúde pública, estamos falando de um modelo que começa no início do Século XX, com campanhas dirigidas à proteção do ambiente, da saúde materno-infantil, com ações verticalizadas
	Objeto de trabalho da SP: problemas de saúde - mortes, doenças, agravos e riscos. Nesse sentido, o conceito de saúde que lhe é próprio é o da ausência de doenças.
SAÚDE COLETIVA: é voltada para a compreensão da saúde e a explicação dos determinantes sociais, suas práticas são direcionadas a promoção, prevenção e cuidado. Seu objetivo não é o indivíduo, mas os grupos sociais, ou seja, a coletividade. 
Na saúde coletiva, se engloba os determinantes sociais da saúde, trata do processo de adoecimento dos homens, da compreensão dessas doenças no contexto da sociedade.
Objeto de trabalho da SC: as necessidades de saúde - condições requeridas não apenas para evitar a doença e prolongar a vida, mas também para melhorar a qualidade de vida.
Enquanto a Saúde Pública adota o pressuposto filosófico-teórico da doença e da morte como ponto de partida para a explicação da situação de saúde, a Saúde Coletiva propõe o pressuposto filosófico-teórico da saúde e da vida.
- Qual a diferença entre o agente da saúde pública e o agente da saúde coletiva?
O agente público de saúde é o estado baseado no método positivista, onde os trabalhadores que desempenham as atividades de vigilância (epidemiológica e sanitária), controlando as doenças, fiscalizando produtos na perspectiva do risco sanitário, define objetivos e metas considerando apenas os pontos de vista do Estado. 
O agente da saúde coletiva são todos os profissionais que consideram não só o Estado como ator principal, mas também outros atores e poderes na sociedade civil, que devem atuar para promover a democratização da saúde. É comprometido com os valores de solidariedade, igualdade, justiça e democracia
De acordo com o texto, a saúde coletiva sofreria um processo de contenção de suas atividades. Por que?
Em decorrência da deterioração do quadro epidemiológico, sobretudo do aumento da prevalência das doenças cardiovasculares e oncológicas, com crescimento dos gastos em saúde abaixo das necessidades e com a falta de regulação do setor assistencial privado.
Texto: Saúde pública e saúde coletiva: campo e núcleo de saberes e práticas (Gastão Wagner de Sousa Campos)
- Como se caracteriza a Saúde Pública?
Se caracteriza por atender a população com uma visão voltada apenas em saúde e doença. É a aplicação do conhecimento científico para o diagnóstico e tratamento, proporcionando às pessoas uma “manutenção” do processo saúde e doença – Modelo Biomédico.
- Explique quando e como a saúde Coletiva passou a ser utilizada e mais valorizada no Brasil?
Em 1979, o termo “Saúde Coletiva” começou a ser utilizado a partir de um grande grupo de profissionais da saúde pública e medicina preventiva e social, procuraram estabelecer um campo científico com uma orientação teórica, metodológica e política, que privilegiava o social como categoria analítica. Nesse período estava acontecendo a reforma sanitária brasileira e a criação do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde.
- Conceitue núcleo e campo na perspectiva de que não é possível separar totalmente o que caracteriza a saúde coletiva de saúde pública:
Núcleo - uma aglutinação de conhecimentos, conformação de um determinado padrão concreto de compromisso com a produção de valores de uso. O núcleo demarcaria a identidade de uma área de saber e de prática profissional, porém sem um rompimento radical com a dinâmica do campo.
Campo - um espaço de limites imprecisos onde cada disciplina e profissão buscariam em outras apoio para cumprir suas tarefas teóricas e práticas
A Saúde Coletiva nasceu da Saúde Pública. Ela vem para qualificar o serviço em saúde, tornando a visão saúde/doença/intervenção mais ampla, para que se veja o indivíduo nesse processo, para que se promova saúde e não apenas o tratamento da doença. O campo amplo seria a saúde pública, de onde veio o núcleo chamado saúde coletiva, trazendo uma equipe multiprofissional, onde todos atuam em conjunto para não só tratar doenças, mas sim, preveni-las e proporcionar qualidade de vida.A saúde coletiva é a saúde pública aperfeiçoada. 
- A saúde coletiva nasceu da crítica ao positivismo.
Os saberes e práticas apoiados no positivismo ou no estruturalismo reforçam a polaridade objeto das pessoas, por intervirem sobre os seres reduzidos à condição de receptores.
- Qual a diferença de deixar a doença entre parênteses e o doente entre parênteses, conforme traz o texto?
Se a doença é colocada entre parênteses, o olhar deixa de ser exclusivamente técnico, exclusivamente clínico. Então, é o doente, é a pessoa o objetivo do trabalho, e não a doença. Desta forma a ênfase não é mais colocada no processo de cura, mas no processo de invenção da saúde e de reprodução social do paciente.
História da saúde pública no Brasil
O movimento pela Reforma Sanitária surgiu da indignação de setores da sociedade sobre o dramático quadro do setor Saúde.
 	Maturidade: no fim da década de 1970 e princípio dos anos 1980.
A Reforma Sanitária brasileira nasceu na luta contra a ditadura, com o tema Saúde e Democracia, e estruturou-se nas:
 - universidades, 
 - no movimento sindical, 
 - no movimento popular,
 - em experiências regionais de organização de serviços. 
Esse movimento social esteve iluminado pela Alma-Ata e consolidou-se na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986.
Declaração de Alma-Ata (06 a 12/09/1978): Cazaquistão. Acordados 10 cuidados primários em saúde: 1) Físico, mental e social; 2) A chocante desigualdades em saúde entre os povos (desenv. e em desenv.); 3) A Promoção e a Proteção da saúde dos povos é essencial para o contínuo desenvolvimento econômico e social, que contribui à saúde e à paz mundial; 4) É um direito e dever do povo atuar; 5) Os governos tem responsabilidades; 6) Cuidados primários são fundamentais!; 8) Todos os governos devem formular políticas, estratégias e planos nacionais; 9) Países em cooperação; 10) Nível aceitável de SAÙDE para TODOS no ano de 2000!; 7) Cuidados 1º: R$, socioculturais, políticas, problemas saúde da comunidade, educação, agricultura - nutrição, pecuária, habitação, imunização, medicação, o uso possível de recursos disponíveis (locais, nacionais e outros), Sistemas Ref. Integrados com encaminhamentos locais e integrados. 
8ª Conferência Nacional de Saúde (17 a 21/03/1986): Brasília. Ocorreram pré-conferências estaduais e municipais. Mais de 5000 pessoas da sociedade civil discutiram um novo modelo de saúde democrática, política, cidadã. Foi a primeira Conferência Nacional da Saúde aberta à sociedade. 
A conferência levantou as seguintes questões: 
 - Saúde como um direito do cidadão e um dever do estado.
 - Reformulação do Sistema Nacional de Saúde - SUS;
 - Financiamento do setor. 
Trouxe como resultado um conceito ampliado de saúde, resultado das condições de “habitação, alimentação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, educação, emprego, lazer, liberdade, acesso a posse da terra e acesso aos serviços de saúde” 
Foi dentro desta perspectiva que a “Saúde como um Direito do Cidadão e Dever do Estado” se colocou como ideia central do “Movimento Sanitário”. 
1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde - Carta de Ottawa (novembro 1986): Canadá. Se pensa além dos cuidados básicos, individuais e não planejados, é necessária a PROMOÇÃO DA SAÚDE, ou seja, a capacitação da comunidade.
Promoção da saúde: é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. 
Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações (ele), satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. Ex: alimentação saudável + saneamento
A promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.
PRÉ-REQUISITOS PARA A SAÚDE - condições e os recursos fundamentais para a saúde são: Paz; Habitação; Educação; Alimentação; Renda; Ecossistema estável (biótopo e abiótopo); Recursos sustentáveis; Justiça social; Equidade.
As pessoas não podem realizar completamente seu potencial de saúde se não forem capazes de controlar os fatores determinantes de sua saúde.
COMPROMISSOS COM A PROMOÇÃO DA SAÚDE:
atuar no campo das políticas públicas saudáveis e advogar um compromisso político (saúde e equidade); 
agir contra a produção de produtos prejudiciais à saúde, a degradação dos recursos naturais, as condições ambientais e de vida não-saudáveis e a má-nutrição; 
atuar pela diminuição do fosso (canal) existente entre as diferentes sociedades e distintos grupos sociais, lutar contra as desigualdades em saúde produzidas pelas regras e práticas desta mesma sociedade; 
reconhecer as pessoas como o principal recurso para a saúde; apoiá-las e capacitá-las e aceitar a comunidade como porta-voz essencial em matéria de saúde; 
reorientar os serviços de saúde e os recursos disponíveis para a promoção da saúde; 
reconhecer a saúde e sua manutenção como o maior desafio/principal investimento social; 
a Conferência conclama a todos os interessados juntar esforços no compromisso por uma forte aliança em torno da saúde pública. 
SUS
Antes de 1988 somente os trabalhadores com carteira de trabalho assinada e em dia com as contribuições pagas à previdência social tinham garantido por lei o direito da assistência médica (INAMPS) - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social.
Com a Constituição Federal Brasileira de 1988:
Art. 196 - A SAÚDE é direito de todos e dever do estado
Art. 199 – A assistência à saúde é livre à iniciativa privada
Com apoio do Movimento da Reforma Sanitária de 1976 a 1988.
É referendada na Lei 8.080/19/09/90 e Lei 8.142/90
Os termos que compõe a expressão SUS espelham positivamente críticas à organização pretérita da assistência médico-hospitalar brasileira:
Sistema: conjunto de ações e instituições que de forma ordenada e articulada contribuem para uma finalidade comum.
Único: Unificação de dois sistemas o previdenciário e o do Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais de saúde, consubstanciada na incorporação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) pelo Ministério da Saúde e na universalização do acesso a todas ações e cuidados da rede assistencial pública e privada contratada e ao comando único em cada esfera de governo.
Saúde: Tomada como medida de determinações sociais e perspectiva de conquista da igualdade, contrapõe-se ao estatuto de mercadoria assistencial que lhe é conferido pela ótica economicista, tal como definida na VIII Conferência Nacional de Saúde é “a resultante das condições de alimentação, habitação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde”. 
PRINCÍPIOS:
Universalidade: ampliação da cobertura de ações e serviços a toda a população. (Não precisa ser indigente ou não trabalhador)
Igualdade: para ser justo o direito, requer equidade “tratar desigualmente os desiguais”
Integralidade da atenção: abranger a promoção de saúde, prevenção de doenças/riscos, diagnóstico, assistência, tto e reabilitação, que busca um olhar integral ao usuário.
Lembrando que: Integração = é um processo/algo a fazer (vertical – em hierarquia, níveis e horizontal – olhar ao redor). Integralidade = é um atributo do SUS
DIRETRIZES:
Descentralização: da gestão de recursos, com transferência de poder de decisão Federal-Estadual-Municipal.
Regionalização: delimitação dos espaços territoriais para a organização das ações em saúde.
Hierarquização: organizar os serviços conforme a o grau/densidade tecnológica a ser usada e intercalá-los em um trabalho em rede por meio da referência e contra-referência (usuários e informações).
Participação popular: mobilização social, consciência sanitária.NÍVEIS DE ATENÇÃO EM SAÚDE:
PRIMÁRIO: Porta de entrada ao serviço – UBS, ESF.
SECUNDÁRIO: Atenção especializada - CEMAS, UPA SAMU, CEMAI, CAPS...
TERCIÁRIO: Serviços hospitalares, cirurgias, oncologia, hemodiálise, transplantes...
Determinantes sociais no processo saúde-doença:
MODELOS EXPLICATIVOS:
Antiguidade (4000 aC a 476 dC) – duas vertentes de causalidades:
 - Corpo: receptor de algo natural ou sobrenatural 
 (Assírios, Hebreus, Caldeus, Egípcios)
 - Desequilíbrio Corpo x Meio ambiente 
 (Gregos, Chineses, Hindus) 
Idade Média:
 - Humores do corpo: urina, sangue, fezes. 
 - Ciganos, feiticeiros, pecadores
 - Miasmas: Emanação proveniente de substâncias animais ou vegetais em decomposição, vindo dos pântanos.
Idade Moderna :
Vacinas e medicações - Causalidade social: doença resulta das relações sociais 
 - Bacteriologia: 
	- Teoria unicausal: cada doença tem um agente a ser descoberto e combatido
			- Teoria multicausal: frente às doenças crônicas Leavell & Clarck:
					 Interação entre agente, hospedeiro e meio ambiente
 			- História natural da doença: uma história a ser desvendada para intervir.
			- 1970 Canadá: Doenças não são combatidas pela saúde provincial.
 Ultrapassam os limites das cidades e estados. 
 A saúde ou a doença ultrapassa os limites e divisas. 
 		- 1973: Documento de Lalonde (fatores a serem considerados) – riscos individuais
				Fatores que afetam a saúde: Estilo de vida X Ambiente
			- Medicina Social: 
		 Europa metade séc. XIX:
 - Denúncias das desigualdades sociais na saúde e doença
 - Precárias condições de vida e trabalho (exploração do trab.)
			 América Latina 1960/1970: (ditaduras e governo militar)
 - Catalisaram pessoas e grupos na área da saúde na luta pela redemocratização 
										(atenção ao estilo de vida?)
Século XX e XXI: - Declínio da mortalidade; - Maior disponibilidade de alimentos; - Melhor saneamento; - Maior acesso às escolas; - Transição demográfica (+ pessoas vivendo e – nascendo)
Mudanças no padrão de mortalidades e morbidades
Mudanças no estilo de vida dos brasileiros
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO:
	Nível de renda baixo: Desnutrição (baixo peso infância); Hipertensão arterial; Sexo não seguro; Más condições sanitárias; Hiperglicemia; Poluição; Tabagismo; Sedentarismo; Amamentação insuficiente; Colesterol elevado.
	Nível de renda médio: Hipertensão arterial; Tabagismo; Obesidade; Sedentarismo; Uso do álcool; Hiperglicemia; Hipercolesterolemia; Baixa ingestão frutas/verduras; Ambiente poluído; Poluição urbana
	As iniquidades em saúde são causadas pelas condições sociais em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem.
	Fatores influenciadores: As experiências do indivíduo em seus primeiros anos de vida, Educação, Situação econômica, Emprego, Trabalho, Habitação e meio ambiente, Além de sistemas eficientes para a prevenção e o tratamento de doenças. 
	As intervenções sobre esses determinantes — para os grupos vulneráveis e a população como um todo — são essenciais para que as sociedades sejam inclusivas, equitativas, economicamente produtivas, saudáveis, bem-sucedidas e justas no século 21. 
O QUE É SAÚDE?
	A noção de saúde corresponde de a um estado (como a pessoa se sente), mas também corresponde a fatores que “preenchem” este estado.
	1946 – OMS: conceito de saúde: bem estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doença.
	Há infinitos modos de ser saudável... é mais fácil conceituar doença! É preciso ser criativo, ter mais saúde que doença.
	A raiz etimológica da palavra saúde traz o significado de totalidade, holismo
Política Nacional de Atenção Básica – PNAB (2011)
PACS – 1991 (Ceará)
PSF – 1994 (Inglaterra, Cuba e Canadá)
Portaria n.º 648, de 28 de março de 2006 aprova a PNAB e PSF se torna ESF
PNAB para ESF/PACS - Portaria GM Nº2.488/2011 revogou/aboliu a portaria GM Nº 648/2006; 
PNAB PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 
Atenção Básica = Atenção Primária à Saúde Termos equivalentes
	
	
CONVENCIONAL
	
ATENÇÃO PRIMÁRIA
	
ENFOQUE
	Doença
Cura
	Saúde
Prevenção, atenção, cura
	
CONTEÚDO
	Tratamento
Atenção por episódio
Problemas individuais 
	Promoção da saúde
Atenção continuada
Atenção abrangente 
	
ORGANIZAÇÃO
	Especialistas
Médicos
Consultório individual 
	Clínicos gerais
Grupos de outros profissionais
Equipe 
ESF X UBS	
	A principal diferença entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e a Unidade de Saúde da Família (USF) está na territorialização definida para as ESF
	Outra diferença está no aspecto preventivo da ESF. A equipe é multiprofissional e vai até as famílias para orientar sobre os cuidados com a saúde e os profissionais (enfermeiros e médicos) possuem qualificação em saúde da família. As UBSs atuam com atendimento mais ambulatorial (fichas/equidade). 
Equipe básica de uma ESF 
	No mínimo: 
	- Médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade, 
	- Enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família
	- Auxiliar ou técnico de enfermagem,
	- Agentes comunitários de saúde (ACS). 
	Pode-se acrescentar a esta composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal (ou equipe de Saúde Bucal-eSB): cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
	O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada:
 	- Máximo de 750 pessoas por ACS;
 	- Máximo 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por equipe;
 	- Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000, respeitando critérios de equidade para essa definição. (Ex: plano alta hospitalar e rede) 
	A carga horária é de 40 horas semanais para todos os profissionais de saúde cadastrados na ESF, exceto o profissional médico (poderá atuar no máximo 02 equipes, ser contratado por 20 ou, até, 30 horas semanais.
	Na jornada de 40 horas deve-se observar a necessidade de dedicação mínima de 32 horas da carga horária para atividades na equipe de Saúde da Família podendo, conforme decisão e prévia autorização do gestor, ser dedicada, até, 08h na:
 	- Rede de Urgência e Emergência do município, ou 
 	- Atividades de apoio matricial (link para NASF),
 	- Qualificação e/ou educação permanente, como a especialização em saúde da família, residência multiprofissional e/ou de medicina de família e de comunidade.
Característica de uma ESF
Possui um território definido de atuação;
Tem uma população delimitada sob a sua responsabilidade;
Intervêm sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta;
Presta assistência integral permanente e de qualidade;
Realiza atividades de educação e promoção da saúde;
Estabelece vínculos de compromisso e responsabilidade;
Estimula a organização das comunidades para exercer o controle social das ações de saúde;
 Utiliza sistemas de informação para o monitoramento e a tomada de decisões em saúde;
Atua intersetorialmente, por meio de parcerias estabelecidas com diferentes segmentos sociais e institucionais.
Definição de uma comunidade por características geográficas, demográficas ou de outro tipo;
Determinação das necessidades de saúde da comunidade de maneira sistemática;
Identificação e priorização de problemas de saúde;
Desenvolvimentode programas que lidem com as prioridades dentro do contexto de APS;
Avaliação dos resultados. 
A ESF precisa estar instrumentalizada para: 
Conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável (cadastramento e diagnóstico social, demográfico e epidemiológico);
Indicar os problemas de saúde prevalentes e as situações de risco às quais a população está exposta;
Elaborar, com participação da comunidade, um plano para o enfrentamento dos determinantes do processo saúde-doença;
Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda organizada e espontânea na unidade de saúde, na comunidade, no domicílio e no acompanhamento dos atendimentos 2º e 3º;
Desenvolver ações educativas e intersetoriais para o enfrentamento dos problemas de saúde identificados. 
Redes de Atenção à Saúde - RAS
Capilaridade Promoção da saúde, Proteção da saúde, Prevenção de agravos, Diagnóstico, Tratamento, Reabilitação, Redução de danos, Manutenção da saúde.
Atenção básica Integral Autonomia das pessoas.
RAS: Considera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral. A base é a descentralização, Coordenar o cuidado, Ser resolutiva, Ordenar as redes (referência e contra referência). 
Cinco Fundamentos: estão integrados a Org. Mundial de Médicos de Família (WONCA) 
Território: Planejar; Atuar descentralizado; Ações setoriais e intersetoriais; Equidade; Determinantes/condicionantes
Acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde. Capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população e/ou de minorar danos e sofrimentos ou ainda se responsabilizar pela resposta, ainda que esta seja ofertada em outros pontos de atenção da rede. 
A continuidade da relação clínica, construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários de modo permanente. ) Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade (atenção continuada) do cuidado. 
Evitando a perda de referências, riscos de iatrogenia decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e da coordenação do cuidado. 
 Integrar as ações programáticas e demanda espontânea. Trabalhar de forma multiprofissional, interdisciplinar e em equipe, realizando a gestão do cuidado integral do usuário e coordenando-o no conjunto da rede de atenção. Estabelecer o deslocamento do processo de trabalho centrado em procedimentos para o usuário, onde o cuidado é o imperativo e a intervenção é técnico-científica. 
Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar a sua autonomia e a capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território.
Atenção Primária em Saúde – garantia de... Maior adesão aos planos terapêuticos; Menos hospitalizações; Redução de custos de até 53% 
Infraestrutura e funcionamento da atenção básica
Consultório médico/enfermagem; consultório odontológico e consultório com sanitário; sala multiprofissional de acolhimento à demanda espontânea; sala de administração e gerência; e sala de atividades coletivas para os profissionais da atenção básica;
Área de recepção, local para arquivos e registros; sala de procedimentos; sala de vacinas; área de dispensação de medicamentos e sala de armazenagem de medicamentos (quando há dispensação na UBS); sala de inalação coletiva; sala de procedimentos; sala de coleta; sala de curativos; sala de observação,
[...]
Equipes multiprofissionais compostas, conforme modalidade das equipes, por médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, auxiliar em saúde bucal ou técnico em saúde bucal, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde
Garantia pela gestão municipal, dos fluxos definidos na Rede de Atenção à Saúde entre os diversos pontos de atenção
A Declaração da Alma-Ata foi revisada, em 2008, pela OMS, e foi publicado um novo documento “Agora mais do que nunca”, reafirmando a importância da atenção primária em saúde. 
Processo de Trabalho das Equipes de Atenção Básica - 12 AÇÕES:
1. Definição do território e da população com a equipe;
2. Programação e implementação das ativ. de atenção à saúde conforme as necessidades de saúde da população, recomenda-se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida, sexo e patologias, dificultando o acesso dos usuários; 
3. Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco/fatores de risco clínico/comport., alimentares e/ou ambientais;
4. Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco/necessidades; 
5. Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita (lesão por prego); 
6. Realizar atenção à saúde na Unidade, no domicílio, em locais do território; 
7. Desenvolver ações educativas individual e coletivamente (escola conhecer unidade);
8. Compromisso com a ambiência/condições de trabalho/cuidado/vínculos solidários;
9. Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e av. das ações na sua equipe, unidade e município;
10. Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes;
11. Fortalecimento da gestão local e do controle social;
12. Realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física. 
Atribuições dos membros da equipe
Todos os profissionais: 
Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades;
Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de informação
Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente (na unidade de saúde, e, quando necessário, no domicílio e demais espaços comunitários)
Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local
Garantir a atenção à saúde buscando a integralidade - ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; garantia de atendimento da demanda espontânea, realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde
Participar do acolhimento dos usuários – escuta qualificada das necessidades de saúde, procedendo à primeira avaliação (classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identificação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento humanizado, responsabilizando-se pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo;
Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local;
Responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando necessitar de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde;
Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais - propor intervenções que influenciem os processos de saúde-doença dos indivíduos, das famílias, das coletividades e da própria comunidade;
Realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e avaliação das ações da equipe
Acompanhar e avaliar as ações implementadas,
Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação 
Realizar trabalho interdisciplinar e em equipe
Realizar ações de educação em saúde à população adstrita
Participar das atividades de educação permanente;
Promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social;
Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais
Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades locais.Atribuições do enfermeiro:
Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;
Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, solicitar exames complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços;
Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os outros membros da equipe;
Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente da equipe de enfermagem e outros membros da equipe
Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS.
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) 
a) Ligados a UBS ainda não organizada na lógica da saúde da família;
b) Ligados a ESF como membro da equipe multiprofissional.
	Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS): O PACS é considerado parte da ESF. Nos municípios onde há PACS, este pode ser considerado um programa de transição para a Saúde da Família. Nos PACS, as ações dos ACS são acompanhadas e orientadas por um enfermeiro supervisor lotado em UBS.
	ACS: atua como elo entre as necessidades de saúde das pessoas e o que pode ser feito para a melhoria das condições de vida da comunidade. Possibilita diminuir barreiras no processo de comunicação entre os profissionais de saúde que compõe a equipe, a comunidade e os ACS, respeitando diferenças culturais e de hábitos
	 A regulamentação da profissão ocorreu em 2002, Lei 10.501:
 	 - O exercício do ACS dar-se-á exclusivamente no âmbito do SUS;
 	 - A profissão se caracteriza pelo exercício de atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas, em conformidade com as diretrizes do SUS e supervisão da gestão local.
Critérios para ser um ACS - LEI Nº 11.350, DE 5 DE OUTUBRO DE 2006.
I - residir na área da comunidade em que atuar, desde a data da publicação do edital do processo seletivo público;
II - haver concluído, com aproveitamento, curso introdutório de formação inicial e continuada; e 
III - haver concluído o ensino fundamental.
§ 1o  Não se aplica a exigência a que se refere o inciso III aos que, na data de publicação desta Lei, estejam exercendo atividades próprias de Agente Comunitário de Saúde.
§ 2o  Compete ao ente federativo responsável pela execução dos programas a definição da área geográfica a que se refere o inciso I, observados os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde. 
- devem frequentar e apesentar aproveitamento em um curso introdutório de 40 horas (com exceção dos que já possuem certificado de conclusão do curso inicial de 400 horas ou diploma de curso técnico de agente comunitário de saúde, ambos emitidos por escola devidamente credenciadas pelos Conselhos Estaduais ou Municipais de Educação).
Medicina da família 
	Há muitas vezes um grande número de médicos generalistas com treinamentos insuficientes para atuar nas ESF, em combinação com um nº rapidamente crescente de especialistas, cujo treinamento enfatiza o uso de tecnologias sofisticadas para pacientes hospitalizados com doenças avançadas em vez de atenção primária em saúde na comunidades.	
	Decisões médicas são responsáveis por consumir uma grande porção do orçamento para a saúde do país. 
7 Atributo da Medicina da Família
Geral: não exclui determinadas parte da população, nem qualquer categoria de queixas ou problemas de saúde. 
Contínua: é centrada na pessoa em vez de ser na doença, e a ação é de longa duração entre médico e usuário, não se limitando a episódios particulares. 
Integral: a promoção da saúde é integrada, envolve prevenção, procedimentos, reabilitação, apoio psicológico, social de forma humanizada. 
Coordenada: a medicina da família lida com muitos problemas em uma comunidade, e deve haver a comunidade e o diálogo entre os profissionais da saúde, serviços disponíveis na rede. 
Colaborativa: médicos da família precisam estar preparados para trabalhar com outros profissionais médicos e considerar as competências específicas como aliadas. 
Orientada à família: abordam os problemas de saúde dos indivíduos no contexto e formas famílias, culturais, sociais e que afetam a saúde. 
Orientada à comunidade: os problemas de saúde devem ser vistos no contexto individual e coletivo, em que a comunidade interfere, pois na maioria das vezes, as necessidades em saúde são coletivas. 
Médico da Família: 
1 Prestador de atenção integral à saúde, olhar personalizado, de alta qualidade e com uma relação de confiança e vínculo a longo prazo;
2 Tomador de decisões, que faz julgamentos cientificamente corretos, com investigação diagnóstica, tratamentos e uso de tecnologias que valoram o usuário;
3 Comunicador, empoderador do cuidado saudável;
4 Líder comunitário, após ganhar a confiança das pessoas, reconcilia necessidades de saúde individuais e comunitárias, aconselhas grupos com atenção (qual o papel de cada na equipe); 
5 Administrador, trabalha em harmonia e de forma organizada. 
Ações integradas pela equipe de ESF:
Desenvolver uma compreensão dos usuários, família, contexto e comunidade;
Estabelecer confiança e um bom relacionamento;
Acompanhar usuários ao longo de sua vida;
Acostumar-se com muitas famílias;
Compreender a dinâmica de cada família;
Dar orientação e prestar serviços de maneira efetiva;
Conduzir encontros com familiares de usuários;
Organizar e conduzir reuniões entre a equipe;
Organizar o histórico do usuário, da família;
Manter dados sobre o usuário atuais, lista de medicamentos, acesso à rede;
Impedir que ocorram iatrogenias;
Registrar as preferências terapêuticas do usuário;
Mobilizar recursos disponíveis;
Identificar necessidades de atenção à saúde continuamente junto a comunidade.

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