Buscar

BALL resenha pronta

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

DIRETRIZES POLÍTICAS GLOBAIS E RELAÇÕES POLÍTICAS LOCAIS EM EDUCAÇÃO.
Indicação Bibliográfica. BALL, Stephen J. Diretrizes Políticas Globais e Relações Políticas Locais em Educação.
Stephen J. Ball é professor do Instituto de Educação da Universidade de Londres, onde é Karl Manheim Professor of Sociologyof Education. Ele é um dos mais eminentes pesquisadores da área de política educacional da atualidade. Suas pesquisas oferecem interessantes recursos intelectuais que permitem compreender como as políticas são produzidas, o que elas pretendem e quais os seus efeitos. Desde o início da década de 1980, Ball vem desenvolvendo pesquisas e publicando livros e artigos sobre temas variados, tais como: teoria da organização escolar, etnografia, micropolítica, mercados educacionais, reformas educacionais, escolha das escolas pelos pais, privatização da educação, performatividade, mudanças discursivas no contexto educacional e escolar, impacto das reformas sobre o trabalho e a identidade dos professores e demais profissionais da educação, redes políticas, entre outros. Ball utiliza contribuições de autores como Foucault, Bourdieu, Bernstein, Weber, entre outros.
Stephen J. Ball é um dos diretores associados do Centre for CriticalEducationPolicyStudies ("Centro de Estudos Críticos de Políticas Educacionais"), do Instituto de Educação da Universidade de Londres. Este Centro congrega pesquisadores interessados em investigar os processos pelos quais as políticas educacionais são formadas, implementadas e experimentadas. As preocupações centrais destes pesquisadores direcionam-se às consequências materiais das políticas, em termos de equidade e inclusão. Sua obra inclui numerosos livros e artigos. Dentre os principais conceitos e temáticas desenvolvidos por ele destacam-se: a abordagem do ciclo de políticas, micropolítica, performatividade, mudanças discursivas, entre outros, que vêm sendo utilizados no Brasil por diversos pesquisadores. ¹
O autor é muito versátil em citar diferentes definições e múltiplas referências para abranger seu posicionamento, articulando as ideias dos mesmos, apresentando seu conceito, enriquecido suas concepções diante a crítica e reformulação de diversas teorias. Este artigo tem por objetivo apontar o afastamento, ou a marginalização da sociedade no âmbito decisivo, político educacional moderno. A mesma, apresenta-se sujeita a tendência econômica, o que difere da concepção de Paulo Freire, pedagogo brasileiro, que indica o caminho para uma educação transformadora da sociedade, a partir da autonomia de cada indivíduo, como cita em sua obra, Pedagogia da Autonomia². Ou seja, a educação atual estabelece a lógica capitalista como meta. 
Ball é claro e objetivo em suas teorias, as quais no decorrer de apenas treze páginas, deste artigo, Diretrizes Políticas Globais e Relações Políticas Locais em Educação, não deixa de lado a profundidade de suas análises. Outro aspecto, de suma importância é elucidado no modo de como existe um consenso dos princípios educativos e formativos, na União Europeia, endossando assim, o modo imperativo das políticas econômicas perante a Educação. 
	Sobre o sentido do conceito: globalização, o autor alerta como as empresas multinacionais, desenraizadas, usurpam a autonomia do Estado. Com isso, as diretrizes educacionais certamente irão servir a quais propósitos? Outro quesito mencionado, o qual oblitera a cultura dos povos, em seu Estado Nação, é devido à forte influência homogeneizante, imposta pelas elites econômicas, sua ocidentalização compulsória, formando consumidores passivos, como intitula o autor, causa uma crise de representatividade no indivíduo. Stephen J. Ball, retrata assuntos complexos, e seu modo enfático é cativante para o leitor ou leitora que pretenda compreender o organismo multifacetado do sistema educacional na contemporaneidade. 
O termo globalização é analisado em seu modo amplo, diverso e múltiplo, de acordo as diferentes temporalidades históricas das quais o mesmo se apresenta. Ball não constrói suas concepções de modo estático ou determinista. O autor aborda a importante função do gestor, em relação aos resultados, a flexibilidade e autonomia, na utilização de recursos humanos e financeiros nas políticas educacionais. A forma que o mercado atua, sobre a violenta “civilização comercial”, como a mesma adentra nos valores educacionais, culturais e éticos, gerando a “revolução pós-empreendedora”; destrói a sociabilidade, encorajando o individualismo competitivo. O estudante é neste ambiente mercantilizado. 
Sobre os gestores e sua importância, o autor reafirma como os mesmos são cruciais na organização e criação de espaços com novas possibilidades educacionais. Possivelmente ampliando caminhos e horizontes, para além da cultura empresarial, como a “performatividade”, tragicamente implantada no campo educacional. Por fim, concluo com a seguinte indagação, seria possível uma nova atuação educacional, no âmbito local e global, diante do sistema capitalista que se arrasta e se modifica há séculos, moldando educação por caminhos alienantes? 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
¹: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302009000100015
² FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Silvaneide de Jesus Gomes, aluna do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Programa de Formação de Professores - PARFOR – UESB.

Outros materiais