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AULA VERMINOSES Parte I (1)

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VERMINOSES 
- considerações gerais - 
Parte I 
A questão vetor x hospedeiro 
 
Vetor biológico – é todo organismo capaz de transmitir agentes 
infecciosos, como vírus, bactérias, fungos, protozoários e vermes. 
 
O agente infeccioso, quando no interior do organismo vetor, 
sempre desenvolve uma fase do seu ciclo de vida. 
O vetor não é prejudicado, pois eles vivem em comensalismo. 
 
Hospedeiro é o ser em cujo corpo os agentes infecciosos se 
instalam, causando doenças e estabelecendo uma relação 
parasita. 
Tão fácil de pegar, tão simples de eliminar! 
 
As verminoses ou parasitoses são causadas por diferentes organismos e 
apresentam várias manifestações clínicas. 
Infelizmente, ainda hoje, a verminose é muito comum, atingindo as mais diferentes 
pessoas: crianças e adultos de todas as idades, classes sociais, tanto na cidade 
como no campo. 
 
As consequências da contaminação por parasitas ( vermes ) são variadas , podendo 
ocasionar graves danos à saúde . 
 
Saber como evitá-las é a maneira mais segura de proteger a nossa saúde. 
 
Doenças parasitárias causadas por animais que apresentam corpo 
vermiforme. 
Verminoses 
PLATELMINTOS ( do grego platos = plano, achatado, e helmins = 
verme) 
 
Compreendem os animais de corpo comprido e achatado, geralmente 
em forma de fita.. 
Alguns deles têm vida livre, enquanto outros são parasitas. 
 
Entre as espécies de vida livre encontra-se a planária (habitante de 
água doce e lugares bem úmidos). 
Entre os parasitas destacam-se o esquistossomo e a solitária. 
 
Dividem em três classes: 
 
Tuberlários – planárias 
Trematódeos – Schistosoma mansoni ( hospedeiro: caramujo 
Biomphalaria sp)... cercária 
Cestódeos – Taenia solium (hospedeiro: porco); Taenia saginata 
(hospedeiro: boi) ... cisticercos 
Tuberlários – planárias 
Alguns nematelmintos comuns 
NEMATELMINTOS (do grego nematos: fio, „filamento‟, e helmin: „vermes‟) 
são vermes de corpo cilíndrico, alongado e de extremidades afiadas. 
 
Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou 
terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o ser 
humano. 
 
Espécies causadoras de doenças: 
 
Ascaris lumbricoides – ascaridíase 
Ancylostoma brasilienses ... A. caninum – dermatite serpiginosa 
Enterobius vermiculares – oxiuriose (enterobiose) 
Wuchereria bancrofti – elefantíase (filariose) 
Ancylostoma duodenale e Necator americanus (opilação, amarelão) 
 
Alguns nematelmintes parasitam certas plantas, atacando suas raízes e 
produzindo lesões denominadas galhas . 
 
Os vermes parasitários podem apresentar ... 
Hospedeiro intermediário 
>> verme na forma de larva, reprodução assexuada ou sem reprodução 
 
Hospedeiro definitivo 
>> verme na forma adulta e reprodução sexuada 
 
Monogenéticos ou monógenos 
>>um hospedeiro 
 
Heterogenéticos ou heteróxenos 
>> dois ou mais hospedeiros 
 
PLATELMINTOS 
 
ESQUITOSSOMOSE 
A esquistosomose é uma doença que acomete, em grande parte, 
regiões sertanejas e periféricas, visto que a incidência da doença 
nesses locais muitas vezes dá-se graças a ausência de medidas de 
saneamento básico e falta de informação. 
Infecção causada por verme parasita da classe Trematoda. 
 
Ocorre em diversas partes do mundo de forma não controlada 
(endêmica). 
 
Nestes locais o número de pessoas com esta parasitose se mantém 
mais ou menos constante. 
O esquistossomo é um platelminto pertencente à classe trematoda. 
 
Esse parasita digenético habita o sistema porta-hepático de seres 
humanos infestados, onde se nutre de substâncias presentes no 
sangue e se reproduz. 
 
A reprodução ocorre com a cópula, e consequente liberação de ovos 
dotados de pequenos espinhos. 
 
Os ovos perfuram os capilares sanguíneos entéricos e ganham o 
intestino, onde permanecem até serem eliminados junto às fezes do 
hospedeiro. 
Os parasitas desta classe são cinco, e variam como agente causador da 
infecção conforme a região do mundo. 
 
No nosso país a esquistossomose é causada pelo Schistossoma 
mansoni. 
 
O principal hospedeiro e reservatório do parasita é o homem sendo a 
partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na 
natureza. 
Possui ainda um hospedeiro intermediário que são os caramujos, 
caracóis ou lesmas, onde os ovos passam a forma larvária (cercária). 
 
Esta última dispersa principalmente em águas não tratadas, como 
lagos, infecta o homem pela pele causando uma inflamação da mesma. 
Schistosoma Mansoni 
Forma de contágio: penetração ativa na pele de cercárias. 
 
Profilaxia da esquistossomose: pode ser feita tratando-se os esgotos, 
evitando-se o contato com águas infestadas e tentando-se eliminar 
oscaramujos transmissores. 
Esquistossomose / barriga d'água 
Agente causador: Schistosoma mansoni 
 
Hospedeiro intermediário: caramujo Biomphalaria glabrata 
 
Hospedeiro definitivo: homem 
 
São animais dióicos, isto é, possuem sexo masculino e feminino 
separados 
 
Causa a doença conhecida como barriga d‟água . 
Os sexos do Schistossoma mansoni são separados. 
 
O macho mede de 6 a 10 mm de comprimento. 
É robusto e possui um sulco ventral, o canal ginecóforo, que abriga a 
fêmea durante o acasalamento. 
A fêmea é mais comprida e delgada que o macho. 
Ambos possuem ventosas de fixação, localizadas na extremidade 
anterior do corpo e que facilitam a adesão dos vermes às paredes dos 
vasos sanguíneos. 
Maneira que se adquire a doença 
Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens contaminados evoluem 
para larvas na água, estas se alojam e desenvolvem em caramujos. 
 
Estes últimos liberam a larva adulta, que ao permanecer na água 
contaminam o homem. 
 
No sistema venoso humano os parasitas se desenvolvem até atingir de 1 a 
2 cm de comprimento, se reproduzem e eliminam ovos. 
 
O desenvolvimento do parasita no homem leva aproximadamente 6 
semanas (período de incubação), quando atinge a forma adulta e 
reprodutora já no seu habitat final, o sistema venoso. 
 
A liberação de ovos pelo homem pode permanecer por muitos anos. 
As fezes de pessoas infectadas contaminam os rios e 
lagos com os ovos do Schistossoma mansoni. 
• Ovo 
• Miracídio (larva ciliada) 
• Larva cercária natante 
• Adulto dióicos 
 
FASES 
macho e fêmea 
ovo 
Ciclo de vida 
Ciclo de vida 
Transmissor 
Caramujo do gênero Biomphalaria 
Caramujo Planorbideo 
Cercária 
 Ovo do Schistosoma mansoni 
1 - Miracídio 2 - Cercaria 
casal de schistosoma 
Representação esquemática do ciclo de vida do esquistossomo 
CICLO DA ESQUISTOSSOMOSE 
1. Os vermes adultos vivem no interior das veias do interior do fígado. Durante 
o acasalamento, encaminham-se para as veias da parede intestinal executando, 
portanto, o caminho inverso ao do fluxo sanguíneo. 
 
2. Lá chegando, separam-se e a fêmea inicia a postura de ovos (mais de 1.000 
por dia) em veias de pequeno calibre que ficam próximas a parede do intestino 
grosso. Os ovos ficam enfileirados e cada um possui um pequeno espinho 
lateral. Cada um deles produz enzimas que perfuram a parede intestinal e um a 
um vão sendo liberados na luz do intestino. 
 
3. Misturados com as fezes, alcançam o meio externo. Caindo em meio 
apropriado, como lagoas, açudes e represas de água parada, cada ovo se 
rompe e libera uma larva ciliada, o miracídio, que permanece vivo por apenas 
algumas horas.4. Para continuar o seu ciclo vital, cada miracídio precisa penetrar em um 
caramujo do gênero Biomphalaria. Dentro do caramujo, perde os cílios e passa 
por um ciclo de reprodução assexuada que gera, depois de 30 dias, numerosas 
larvas de cauda bifurcada, as cercárias. 
 
5. Cada cercária permanece viva de 1 a 3 dias. Nesse período, precisa penetrar 
através da pele de alguém, por meio de movimentos ativos e utilizando enzimas 
digestivas que abrem caminho entre as células da pele humana. No local de 
ingresso, é comum haver coseira. Atingindo o sangue, são encaminhadas ao 
seu local de vida. 
Representação esquemática do sistema porta-hepático 
Ao serem eliminados, os ovos maduros, em contato com a água, eclodem e 
liberam larvas ciliadas, denominadas miracídios. 
 
O fato é que para que o ciclo de vida do parasita se complete, é necessário que 
o miracídio encontre em menos de 24 horas o hospedeiro intermediário, um 
caramujo do gênero biomphalaria. 
 
Ao entrar em contato com o caramujo, o miracídio realiza pedogênese, sendo 
que cada larva origina cerca de 200 mil larvas denominadas cercarias. 
 
As cercarias são altamente adaptadas à vida aquática, além de serem dotadas 
de espinhos, estrutura auxiliadora na penetração ativa, forma na qual a larva 
atinge o hospedeiro definitivo. 
 
Ao entrar na corrente sanguínea dos seres humanos, o parasita passa a ser 
chamado de esquistossomo e tem como destino final o fígado. 
 
O ciclo termina com a migração do esquistossomo para os vasos mesentéricos, 
onde ocorre a cópula e a postura dos ovos. 
 
Em locais em que o saneamento básico é escasso e o esgoto doméstico é 
despejado em rios e lagos, há grande probabilidade do ciclo se concluir. 
 
Lagoas em que há alto número de cercarias são denominadas “lagoas de 
coceira”. 
Os principais sintomas dessa parasitose são: 
Fase aguda: 
 
 Vermelhidão e conceira cutânea 
 Febre e fraqueza 
 Vômito 
 Diarréia 
Fase crônica: 
 
 Hepato e esplenomegalia 
 Hemorragias, com sangue presente no vômito e na diarreia 
 Edema abdominal (Barriga d'água) 
Sintomas 
Aumento do volume do fígado e do baço 
Aumento da região abdominal 
Maneira pelo qual se faz o diagnóstico 
 
Exames de fezes e urina com ovos do parasita ou mesmo de pequenas 
amostras de tecidos de alguns órgãos (biópsias da mucosa do final do 
intestino) são definitivas. 
Mais recentemente se dispõe de exames que detectam, no sangue, a 
presença de anticorpos contra o parasita que são úteis naqueles 
casos de infecção leve ou sem sintomas. 
Tratamento 
 
O tratamento de escolha com antiparasitários, substâncias químicas 
que são tóxicas ao parasita. 
Algumas medidas profiláticas – prevenção: 
Basicamente as estratégias para controle da doença baseiam-se em: 
 
• Identificação e tratamento de portadores. 
• Saneamento básico (esgoto e tratamento das águas) além de combate do 
molusco hospedeiro intermediário. 
• Evitar banhar-se em “lagoas de coceira”. 
• Educação em saúde. 
 
Não evacue próximo a lagoas, rios ou represas. Utilize um banheiro com rede de esgoto 
A saúde começa na sala de aula 
Nome Científico: Achatina fulica 
 Nomes Populares: Acatina, Caracol-africano, Caracol-gigante, 
Caracol-gigante-africano, Caramujo-africano, Caramujo-gigante, 
Caramujo-gigante-africano, Falso-escargot, Rainha-da-áfrica 
Ordem: Stylommatophora 
Classe: Gastropoda 
Filo: Mollusca 
Reino: Animalia 
Partes Afetadas: Caule, Flores, Folhas, Frutos 
Sintomas: Partes das plantas roídas, rastros de secreção sobre as 
plantas e vasos 
OBSERVAÇÃO: não confundir o caramujo transmissor da 
Esquistossomose / barriga d'água com o caramujo africano. 
Informações básicas sobre o caramujo africano 
Nota: O Instituto Oswaldo Cruz disponibiliza atendimento e informações 
sobre o caramujo-africano pelo telefone (21) 2598-4380 ramal 124. 
O caramujo-africano é uma espécie considerada praga em diversos 
países no mundo todo. 
 
Foi introduzido ilegalmente no Brasil na década de 80, com o intuito de 
oferecer um susbtituto mais interessante economicamente e de maior 
peso que o escargot verdadeiro (Helix aspersa). 
 
Em pouco tempo de criação se verificou que o animal não tinha boa 
aceitação pelo mercado consumidor brasileiro, o que provocou a 
desistência da maioria dos criadores, que se desfizeram dos animais de 
forma errônea: liberando os caramujos em jardins, matas ou 
simplesmente colocando-os no lixo. 
A ingestão ou a simples manipulação dos caramujos vivos pode causar a 
contaminação, pois os vermes são encontrados no muco (secreção) dos 
caramujos 
 
Dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção. 
 
Um deles é o Angiostrongytus costaricensis, causador da angiostrongilíase 
abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, 
peritonite e hemorragia abdominal. Os sintomas são dor abdominal, febre 
prolongada, anorexia e vômito. 
 
O outro é o Angiostrongylos cantonensis, causador da angiostrongilíase 
meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e 
constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso. 
 
A ingestão ou a simples manipulação dos caramujos vivos pode causar a 
contaminação, pois os vermes são encontrados no muco (secreção) dos 
caramujos. 
O controle do caramujo-africano consiste na catação e destruição dos caramujos. 
Jamais coloque-os no lixo, pois estará disseminando o problema. Também não 
coloque sal nos animais pois assim contaminará o solo. 
 
O preconizado é o seguinte: 
Utilize luvas descartáveis para pegar e manusear os animais. 
Proteja a pele e as mucosas: não coma, fume ou beba durante o manuseio do 
caramujo. 
Coloque os caramujos em dois sacos plásticos e quebre suas conchas, pisando 
em cima. 
Enterre-os em valas com pelo menos 80 cm de profundidade, longe de cisternas, 
poços artesianos ou do lençol freático. 
Aplique cal virgem sobre os caramujos quebrados (cuidado, a cal queima a pele). 
Feche a vala com terra. 
Retire as luvas e lave muito bem as mãos após isso. 
É possível também utilizar iscas atrativas, que facilitam a catação. Papas de farelo 
de trigo com cerveja atraem caramujos a metros de distânica. Cascas de frutas e 
legumes, estopas embebidas em cerveja ou leite, assim como simples pedaços 
podres de madeira que lhes servem de abrigo. 
• Verme Plathelmintos 
• Verme chamado tênia ou solitária 
• Hermafrodita 
• Muitas vezes pode ser assintomática ou com sintomas leves. 
TENÍASE 
A teníase é uma doença causada pela forma adulta das tênias, Taenia 
solium, do porco e Taenia saginata, do boi. 
 
Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu 
intestino delgado. 
 
As tênias também são chamadas de "solitárias", porque, na maioria dos 
caso, o portador traz apenas um verme adulto. 
A teníase é uma parasitose causada pela presença do verme Tênia, 
também conhecida como solitária, no intestino delgado do ser humano, 
podendo originar sintomas como enjoos, diarreia ou dor abdominal, por 
exemplo. 
 
Ela é transmitida pela ingestão de carne de boi ou de porco crua ou mal 
cozida, que está contaminada com o parasita. 
Taenia solium 
O hospedeiro intermediário é o porco. 
 
Taenia saginata 
O hospedeiro intermediário é o boi. 
 
O hospedeiro definitivo das duas espécies de 
Tênias é o homem. 
Classe Cestoda 
 
Nesta classe, existem apenas animais endoparasitas que podem 
parasitar o intestino do homem. 
 
Existem duas espécies: Taenia solium e Taenia saginata.Os agentes causadores ou agentes etiológicos da teníase são a 
Tênia Solium, na carne de porco, ou a Tênia Saginata, na carne de 
boi. 
 
São altamente competitivas pelo habitat e, sendo hermafroditas com 
estruturas fisiológicas para autofecundação, não necessitam de 
parceiros para a cópula e postura de ovos. 
O homem portador da verminose apresenta a tênia no estado adulto de 
seu intestino, sendo, portanto, o hospedeiro definitivo. 
 
Os últimos anéis ou proglótides são hermafroditas e aptos à 
fecundação. 
Geralmente, os espermatozóides de um anel fecundam os óvulos de 
outro segmento, no mesmo animal. 
A quantidade de ovos produzidos é muito grande (30 a 80 mil em cada 
proglote), sendo uma garantia para a perpetuação e propagação da 
espécie. 
 
Os anéis grávidos se desprendem periodicamente e caem com as fezes. 
Estróbilo (corpo) é dividido em: 
 
Escólex 
- pode apresentar ventosas no caso da T.saginata ou ventosas 
e ganchos na T. solium 
 
Colo ... “pescoço” sem anéis 
 
Proglotes ou ploglótides 
- anéis que formam o corpo, nelas estão tanto o sexo 
masculino como feminino havendo a auto-fecundação e 
produção de ovos, quanto mais distante em relação ao 
escólex mais maturos (ou maduros) se apresentam. 
Quando estão maturamente prontos são eliminados nas fezes. 
 
 
Anatomia 
 Corpo: forma de fita 
 Tamanho: T. solium até 3 metros e a T. saginata até 8m. 
 Cor: esbranquiçada. 
 Divisão do corpo: escólex ou cabeça, colo ou pescoço e estróbilo 
ou corpo (proglotes que são divididas em imaturas, maduras e 
grávidas). 
Verme adulto 
- São indestinguíveis 
- Tamanho: 30 a 40µ 
- Formato: esférico 
- Cor: castanha 
- Membrana espessa 
Ovo 
O escólex de Taenia Solium apresenta ventosas e ganchos e o de Taenia 
saginata apenas ventosas. 
Taenia Solium 
Taenia Saginata 
“coroa” de ganchos da Tênia solium 
Escólex de Taenia solium 
Proglotes 
- Anéis responsáveis pela reprodução 
- Pode chegar até 25 metros de comprimento 
- Cada proglote pode conter até 80 mil ovos 
 
“coroa” de ganchos da Tênia solium 
http://www.tarleton.edu/ 
Embrião de Tênia 
Tênia saginata 
cora de ganchos da Tênia solium 
O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se 
alimenta de fezes), ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados 
no meio. 
 
Dentro do intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por 
meio de seis ganchos, perfuram a mucosa intestinal. 
 
Pela circulação sangüínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, 
transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex 
invaginado numa vesícula. 
Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou mal cozida contendo estes 
cisticercos, as vesículas são digeridas, liberando o escólex que se everte e fixa-se 
nas paredes intestinais através dos ganchos e ventosas. 
O homem com tais características desenvolve a teníase, isto é, está com o 
helminto no estado adulto, e é o seu hospedeiro definitivo. 
Os cisticercos apresentam-se semelhantes a pérolas esbranquiçadas, com 
diâmetros variáveis, normalmente do tamanho de uma ervilha. Na linguagem 
popular, são chamados de "pipoquinhas" ou "canjiquinhas". 
1. Ao se alimentar de carnes cruas ou mal passadas, o homem pode ingerir 
cisticercos (larvas de tênia). 
 
2. No intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e origina a tênia adulta. 
 
3. Proglotes maduras, contendo testículos e ovários, reproduzem-se entre si e 
originam proglotes grávidas, cheias de ovos. Proglotes grávidas desprendem-se 
unidas em grupos de 2 a 6 e são liberados durante ou após as evacuações. 
 
4. No solo, rompem-se e liberam ovos. Cada ovo é esférico, mede cerca de 30 
mm de diâmetro, possui 6 pequenos ganchos e é conhecido como oncosfera. 
Espalha-se pelo meio e podem ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário. 
 
5. No intestino do animal, os ovos penetram no revestimento intestinal e cai no 
sangue. Atingem principalmente a musculatura sublingual, diafragma, sistema 
nervoso e coração. 
 
6. Cada ovo se transforma em uma larva, uma tênia em miniatura, chamada 
cisticerco, cujo tamanho lembra o de um pequeno grão de canjica. Essa larva 
contém escólex e um curto pescoço, tudo envolto por uma vesícula protetora. 
 
7. Por autoinfestação, ovos passam para a corrente sangüínea e desenvolvem-
se em cisticercos (larvas) em tecidos humanos, causando uma doenças - a 
cisticercose que pode ser fatal. 
Ciclo da Taenia do Porco (Taenia Solium). 
O porco (Sus Scrofa) é o hospedeiro intermediário, abrigando em sua musculatura forma 
imaturas do verme ( cistiscercos ). 
A espécie humana é a hospedeira definitiva, abrigando o verme adulto no intestino delgado. 
1 - Ingestão de proglotes pelo porco ou gado. 
2 - Embriões perfuram a parede intestinal e instalam nos músculos e 
no fígado do animal, formando cisticercos popularmente 
conhecidos como pipoquinhas da carne. 
3 - O homem consome a carne do animal mal-cozida. 
4 - O verme se desenvolve e se fixa na parede do Intestino delgado. 
5 - Crescendo irá se auto-fecundar e liberar proglotes maduras 
juntamente com as fezes do homem. 
Ciclo da teníase ... resumo 
SINTOMATOLOGIA 
Os sintomas de teníase incluem: 
 
Diarreia frequente ou prisão de ventre; 
Enjoo; 
Dor abdominal; 
Dor de cabeça; 
Falta ou aumento do apetite; 
Irritação; 
Cansaço e insônia. 
O diagnóstico da teníase, normalmente, é feito através da análise do 
exame de fezes e da observação da Tênia no bolo fecal. 
 
- Criação de porcos em pocilgas; 
- Inspeção sanitária em açougues; 
- Não comer carnes mal passadas ou cruas; 
- Uso de privadas sanitárias, rede de esgotos ou fossas nos domicílios; 
- Saneamento básico; 
- Exames periódicos de fezes. 
 
Para prevenir a teníase, deve-se adotar alguns cuidados como: 
 
Não ingerir carne crua ou mal cozida; 
Beber água mineral, filtrada ou fervida; 
Lavar as mãos, principalmente após o banheiro e antes das refeições; 
Lavar os alimentos com água filtrada. 
 
Além destas medidas, é importante dar água limpa aos animais e não 
adubar a terra com fezes humanas. 
Profilaxia - Prevenção da teníase 
A teníase é adquirida pelo homem quando ele ingere carne de porco 
ou de boi contaminada com as larvas da tênia. 
 
As larvas da tênia alojam-se no intestino delgado, evoluindo para a 
sua forma adulta. 
 
Depois de 3 meses, a tênia adulta começa a liberar os seus ovos que 
serão eliminados através das fezes. 
 
Ou seja, o verme adulto se fixa e começa a expelir os ovos e 
proglótides, que são excretados nas fezes humanas e podem 
contaminar o solo, a água e os alimentos. 
 
O verme adulto se fixa e começa a expelir os ovos e proglótides, que 
são excretados nas fezes humanas e podem contaminar o solo, a 
água e os alimentos. 
Muitas vezes a teníase é assintomática. 
Diarreia frequente ou prisão de ventr 
Enjoo 
Dor abdominal 
Dor de cabeça 
Falta ou aumento do apetite 
Irritação 
Cansaço e insônia 
A teníase geralmente não provoca sintomas, no entanto na presença 
destes sintomas, o indivíduo deve consultar um gastrenterologista 
para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento. 
 
O diagnóstico da teníase, normalmente, é feito através da análise do 
exame de fezes e da observação da Tênia no bolo fecal. 
Os sintomas de teníase incluem: 
A profilaxia consiste na educação sanitária, em cozinhar bem as 
carnes e na fiscalização da carne e seus derivados(lingüiça, salame, 
chouriço,etc.) 
 
- Criação de porcos em pocilgas; 
- Inspeção sanitária em açougues; 
- Não comer carnes mal passadas ou cruas; 
- Uso de privadas sanitárias, rede de esgotos ou fossas nos domicílios; 
- Saneamento básico; 
- Exames periódicos de fezes. 
 
Para prevenir a teníase, deve-se adotar alguns cuidados como: 
 
Não ingerir carne crua ou mal cozida; 
Beber água mineral, filtrada ou fervida; 
Lavar as mãos, principalmente após o banheiro e antes das refeições; 
Lavar os alimentos com água filtrada. 
 
Além destas medidas, é importante dar água limpa aos animais e não 
adubar a terra com fezes humanas. 
Profilaxia - Prevenção da teníase 
Taenia solium, o verme do porco causa infecção intestinal com a forma 
adulta e somática com a larva (cisticercos). 
 
O homem adquire teníase quando ingere carne suína, crua ou 
parcialmente cozida, contendo cisticercos. 
 
Os suínos, por outro lado, adquirem cisticercose quando ingerem ovos 
de T. solium, presentes no ambiente contaminado por matéria fecal de 
seres humanos contaminados. 
Do mesmo modo que o suíno, o homem pode adquirir cisticercose a 
partir da ingestão de ovos de Taênia solium, presentes em alimentos 
contaminados com matéria fecal de origem humana, sobretudo verduras 
cruas, ou por auto-infecção, através das mãos e roupas contaminadas 
com a próprias fezes. 
A teníase e a cisticercose são doenças causadas pelo mesmo parasita, 
porém, a teníase é causada pela forma adulta da Tênia que se 
desenvolve no intestino delgado e a cisticercose pela ingestão dos 
ovos que se alojam nos tecidos, como coração ou cérebro, por 
exemplo. 
Importante ... 
A teníase é uma parasitose causada pela presença do verme Tênia, 
também conhecida como solitária, no intestino delgado do ser humano, 
podendo originar sintomas como enjoos, diarreia ou dor abdominal, por 
exemplo. 
Ela é transmitida pela ingestão de carne de boi ou de porco crua ou mal 
cozida, que está contaminada com o parasita. 
Cisticercose humana é o parasitismo da larva da Taenia solium, 
adquire-se pela ingestão de ovos do parasita, que podem ser 
encontrados na água ou nos alimentos contaminados. 
A cisticercose é adquirida pelo homem através da ingestão de água 
ou alimentos contaminados com os ovos da Tênia. 
 
Os ovos, 3 dias após serem ingeridos pelo homem, transformam-se 
em larvas que ao passar para a corrente sanguínea alojam-se nos 
tecidos como cérebro ou coração, causando cisticercose humana. 
 
Os ovos da Tênia são liberados através das fezes de um indivíduo 
com Teníase, podendo contaminar o solo, a água ou os alimentos que 
depois podem ser ingeridos pelo homem, porco ou boi. 
O ciclo de vida 
da cisticercose 
• Dor de cabeça, convulsões, confusão mental ou coma quando a 
larva da Tênia se aloja no cérebro; 
 
• Palpitações, dificuldade em respirar ou respiração ruidosa quando a 
larva da Tênia se aloja no coração; 
 
• Dor local, inchaço, inflamação, cãibras ou dificuldade nos 
movimentos quando a larva da Tênia se aloja no músculo; 
 
• Papo, que geralmente não causa dor e que pode ser confundido 
com um cisto quando a larva da Tênia se aloja na pele; 
 
• Problemas de visão ou perda da visão quando a larva da Tênia se 
aloja nos olhos. 
Os sintomas da cisticercose incluem: 
O diagnóstico da cisticercose pode ser feito com exames de imagem 
como radiografias, tomografias, ultrassom ou ressonância 
magnética, assim como com o exame do líquido cefalorraquidiano no 
cérebro ou exames de sangue. 
Beber água potável, mineral ou filtrada; 
Lavar sempre as mãos, principalmente antes das refeições e após se 
usar o banheiro; 
Preparar bem os alimentos, lavando-as com água limpa ou filtrada; 
Não adubar a terra com fezes humanas ou água de esgoto; 
Não consumir alimentos que se desconfia que foram preparados em 
más condições de higiene. 
Além destes cuidados, é importante não irrigar a horta com água de 
rio e dar água limpa aos animais. 
Para prevenir a cisticercose, recomenda-se: 
O tratamento para a cisticercose geralmente é feito com remédios 
antiparasitários. 
 
Além disso, pode ser necessário o uso de remédios anticonvulsivantes 
para evitar as convulsões, assim como corticoides ou cirurgia para a 
retirada da larva da Tênia, dependendo do estado de saúde do 
indivíduo e da gravidade da doença. 
A cisticercose é uma parasitose causada pela ingestão de água ou de 
alimentos como legumes, frutas ou verduras contaminados com os 
ovos da Tênia. 
Após três dias da ingestão dos ovos da Tênia, eles se transformam em 
larvas que passam para a corrente sanguínea e se alojam nos tecidos 
como músculo, coração, olhos ou cérebro, formando cistos, que 
podem inflamar, inchar e até causar problemas neurológicos. 
Ao atingir o cérebro causam a Neurocisticercose, que é a forma mais 
grave da infecção. 
Quando os ovos penetram no sistema nervoso, a doença é identificada 
como cisticercose cerebral ou neurocisticercose. 
O diagnóstico da cisticercose pode ser feito com exames de imagem 
como radiografias, tomografias, ultrassom ou ressonância magnética, 
assim como com o exame do líquido cefalorraquidiano no cérebro ou 
exames de sangue. 
Os ovos da Tênia são liberados através das fezes de um indivíduo com 
Teníase, podendo contaminar o solo, a água ou os alimentos que 
depois podem ser ingeridos pelo homem, porco ou boi. 
Dor de cabeça, convulsões, confusão mental ou coma quando a 
larva da Tênia se aloja no cérebro; 
 
Palpitações, dificuldade em respirar ou respiração ruidosa quando a 
larva da Tênia se aloja no coração; 
 
Dor local, inchaço, inflamação, cãibras ou dificuldade nos 
movimentos quando a larva da Tênia se aloja no músculo; 
 
Papo, que geralmente não causa dor e que pode ser confundido com 
um cisto quando a larva da Tênia se aloja na pele; 
 
Problemas de visão ou perda da visão quando a larva da Tênia se 
aloja nos olhos. 
Sintomatologia 
Fonte: Center for Disease Control and Prevention 
O ciclo de vida da cisticercose 
- Beber água potável, mineral ou filtrada; 
- Lavar sempre as mãos, principalmente antes das refeições e 
após se usar o banheiro; 
- Preparar bem os alimentos, lavando-as com água limpa ou 
filtrada; 
- Não adubar a terra com fezes humanas ou água de esgoto; 
- Não consumir alimentos que se desconfia que foram preparados 
em más condições de higiene. 
- Além destes cuidados, é importante não irrigar a horta com água 
de rio e dar água limpa aos animais. 
Profilaxia – prevenção contra a cisticercose 
Distribución geográfica mundial estimada para teniosis y cisticercosis. Carpio A. Lancet Infect Dis. 
2002. 2(12): 751-762 
http://www.contactoquimico.com/htm/Articulos/Parasitologia/Parasitologia1Taenia.htm 
Fontes consultadas: 
 
Inseridas no arquivo Aula- Verminoses – Parte II

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