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PRF Direito Processual Penal Aula 06 - Ponto dos concursos

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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR PEDRO IVO 
 
Professor: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 
 Direito Processual Penal – PRF 
 Aula 06 – Prisão 
 Prof. Pedro Ivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 06 
 
Direito Processual Penal 
Da Prisão – Parte 02 
Professor: Pedro Ivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Direito Processual Penal – PRF 
 Aula 06 – Prisão 
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AULA 06 – PRISÃO TEMPORÁRIA E LIBERDADE 
PROVISÓRIA 
 
6.1 PRISÃO TEMPORÁRIA 
 
Esta prisão encontra base na Lei nº. 7.960/89 e é definida por Fernando 
Capez como a “prisão cautelar de natureza processual destinada a 
possibilitar as investigações a respeito dos crimes graves, durante o inquérito 
policial”. 
Trata a lei das seguintes hipóteses de decretação da prisão temporária: 
 
Artigo 1° - Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do 
inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não 
fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua 
identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com 
qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou 
participação do indiciado nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso 
b) seqüestro ou cárcere privado 
c) roubo 
d) extorsão 
e) extorsão mediante seqüestro 
f) estupro 
g) atentado violento ao pudor 
 
 
 
 
 
 
 
 
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h) rapto violento 
i) epidemia com resultado de morte 
j) envenenamento de água potável ou substância 
alimentícia ou medicinal qualificado pela morte 
l) quadrilha ou bando; 
m) genocídio em qualquer de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas; 
o) crimes contra o sistema financeiro. 
 
Em uma primeira e desatenta leitura, parece ser bem objetiva a lei, 
entretanto é ela alvo de inúmeras discussões doutrinárias e 
jurisprudenciais. Uns dizem ser necessário o cumprimento dos incisos I, II 
e III cumulativamente. Outros, que pode ser efetivada quando cumprir 
qualquer dos três incisos. E A DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 
MAJORITÁRIA, QUE É O QUE IMPORTA PARA SUA PROVA, ENTENDEM 
QUE: 
 
 
UMA PEQUENA PAUSA PARA UMA RELEVANTE OBSERVAÇÃO: 
Foi publicada a Lei nº 12.015, que alterou sensivelmente a disciplina dos crimes sexuais no 
Código Penal, criando novas figuras, modificando outras e, por fim, extinguindo algumas. 
Até então, tínhamos dois crimes bem distintos no CP: estupro e atentado violento ao pudor. 
O primeiro consistia em “constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave 
ameaça”, ao passo que no segundo descrevia a conduta de “constranger alguém, mediante 
violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso 
diverso da conjunção carnal”. 
No estupro, portanto, a conduta era a prática de conjunção carnal (coito vaginal) e a 
consequência lógica disso é que somente mulheres poderiam ser vítimas desse delito. No 
atentado violento ao pudor, ao reverso, previa-se o cometimento de qualquer ato libidinoso 
que não se enquadrasse na hipótese de conjunção carnal (sexo oral e anal, por exemplo). 
A partir da Lei nº 12.015/2009, as duas descrições típicas foram fundidas na previsão do art. 
213, que manteve o nomem iuris de estupro. Eis a nova conduta delituosa: “Constranger 
alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir 
que com ele se pratique outro ato libidinoso”. 
Houve fusão de dois crimes que em muito se assimilavam e tinham as mesmas penas, 
ampliando-se o espectro de incidência da norma do art. 213, de modo que, a partir de agora, 
homem também pode ser vítima do crime de estupro, que engloba não mais apenas a 
conjunção carnal, mas “outros” atos libidinosos. Assim, quem constrange alguém a praticar 
sexo oral, pratica, doravante, estupro, e não mais atentado violento ao pudor. 
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STJ, RHC 20.410/RJ, DJ 09.11.2009 
É evidente o constrangimento ilegal se a prisão temporária for 
determinada tão somente para uma melhor apuração do delito, sem 
a demonstração concreta da imprescindibilidade da medida, 
ressaltando-se que o despacho que decretar a prisão temporária 
deverá ser fundamentado 
 
 
 
 
 
6.2 LEGITIMIDADE E PRAZO 
 
Segundo a Lei nº. 7.960/89: 
 
Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em 
face da representação da autoridade policial ou de 
requerimento do Ministério Público [...] 
§ 1° - Na hipótese de representação da autoridade policial, 
o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. 
§ 2° - O despacho que decretar a prisão temporária deverá 
ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte 
e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da 
representação ou do requerimento. 
 
Sendo assim, podemos dizer que a legitimidade da decretação da 
prisão temporária é do Juiz, que deverá prolatá-la e fundamentá-la em 
um prazo de 24 horas após representação da autoridade policial 
(ouvido o Ministério Público) ou requerimento do MP. 
 
 
 
 
 
 
 
Há divergência jurisprudencial quanto à possibilidade de o magistrado 
poder decretá-la de ofício, entendendo a doutrina majoritária não ser 
possível. 
Com relação ao prazo, a lei discorre que será, regra geral, de 05 dias 
prorrogável por igual período em caso de EXTREMA e COMPROVADA 
necessidade. 
AA PPRRIISSÃÃOO TTEEMMPPOORRÁÁRRIIAA ÉÉ CCAABBÍÍVVEELL AAPPEENNAASS QQUUAANNDDOO SSEE TTRRAATTAARR 
DDEE UUMM DDOOSS CCRRIIMMEESS DDOO AARRTT.. 11ºº,, IIIIII,, EE DDEESSDDEE QQUUEE CCOONNCCOORRRRAA PPEELLOO 
MMEENNOOSS UUMMAA DDAASS HHIIPPÓÓTTEESSEESS CCIITTAADDAASSNNOOSS IINNCCIISSOOSS II EE IIII.. 
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Artigo 2° - A prisão temporária [...] terá o prazo de 5 
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de 
extrema e comprovada necessidade. 
 
Observação: Caso se trate de suspeito de crime hediondo, pratica de 
tortura, tráfico ilicito de substâncias entorpecentes e drogas afins e, de 
terrorismo, a prisão temporária poderá durar trinta dias, prorrogáveis 
pelo mesmo prazo. 
 
6.2.1 PROCEDIMENTOS 
 
Caro aluno, neste ponto a lei é extremamente clara quanto aos 
procedimentos que devem ser adotados. Observe: 
 
Art. 2º[...] 
§ 4° - Decretada a prisão temporária, expedir-se-á 
mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será 
entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. 
§ 5° - A prisão somente poderá ser executada depois da 
expedição de mandado judicial. 
§ 6° - Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o 
preso dos direitos previstos no artigo 5° da Constituição 
Federal. 
§ 7° - Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso 
deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já 
tiver sido decretada sua prisão preventiva. 
Artigo 3° - Os presos temporários deverão permanecer, 
obrigatoriamente, separados dos demais detentos. 
 
Assim, após decretada a prisão será expedido mandado de prisão em 
duas vias. Uma via será entregue ao preso e servirá como nota de 
culpa. É importante citar que com relação à prisão temporária, 
SEMPRE SERÁ NECESSÁRIO O MANDADO JUDICIAL, sendo este 
condição objetiva de procedibilidade da prisão. 
Após a prisão, como manda a Carta Magna, o preso será informado de 
seus direitos e, após passados 05 dias de detenção será 
imediatamente libertado, SALVO SE JÁ TIVER SIDO DECRETADA A 
PRISÃO PREVENTIVA. 
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Finalizando, os presos temporários não deverão ficar com os demais 
detentos, ou seja, serão colocados em celas separadas a fim de 
cumprir o mandamento legal. 
 
6.3 LIBERDADE PROVISÓRIA 
 
6.3.1 CONCEITO 
Por liberdade provisória entende-se o instituto processual que permite ao 
acusado o direito de aguardar o curso do processo em liberdade. 
Atualmente, o conceito de liberdade provisória tem pertinência apenas às 
hipóteses de flagrante, pois, com o advento da lei nº 11.719/08 foram 
revogadas as prisões decorrentes da pronúncia e da sentença 
condenatória recorrível como formas autônomas de prisão provisória. 
Assim, já decidiu o STF da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
6.3.2 IMPOSSIBILIDADE DE LIBERDADE PROVISÓRIA 
Em determinadas leis, por questões de política criminal, veda-se a 
possibilidade de liberdade provisória. Assim, não é admitida a liberdade 
provisória nos crimes: 
 DE LAVAGEM DE DINHEIRO (LEI Nº 9.613/1998, ART. 3º); 
 LIGADOS A ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS (LEI Nº 9.034/1995, ART. 7º); 
 DE TRÁFICO DE DROGAS E ASSEMELHADOS (LEI Nº 11.343/2006, ART. 44). 
STF, HC 92.941/PI, DJ 11.04.2008, Informativo 501 
A negativa quanto ao deferimento da liberdade provisória, nas hipóteses em que 
facultada por lei, deve fundamentar-se em elementos concretos, não podendo 
lastrear-se, apenas, em mera presunção de periculosidade do agente ou na 
gravidade abstrata do crime. 
OBSERVAÇÃO 01 
Por maioria de votos, o STF concedeu parcialmente habeas corpus para 
que um homem preso em flagrante por tráfico de drogas possa ter o 
seu processo analisado novamente pelo juiz responsável pelo caso e, 
nessa nova análise, tenha a possibilidade de responder ao processo em 
liberdade. Nesse sentido, a maioria dos ministros da Corte declarou, 
incidentalmente*, a inconstitucionalidade de parte do artigo 44 da 
Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas), que proibia a concessão de liberdade 
provisória nos casos de tráfico de entorpecentes. 
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6.3.3 LIBERDADE PROVISÓRIA OBRIGATÓRIA 
 
É aquela imposta por lei, traduzindo-se como direito do flagrado, 
independentemente de prestação prévia de fiança. 
A nova redação do art. 321 dispõe da seguinte forma: 
 
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação 
da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade 
provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares 
previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios 
constantes do art. 282 deste Código. 
 
Do novo texto legal podemos retirar que a liberdade provisória será 
concedida quando ausentes os requisitos da prisão preventiva, podendo 
ser aplicadas, conjuntamente, quaisquer das medidas cautelares 
presentes no art. 319 do CPP (respeitando sempre o binômio “adequação 
X necessidade” presente no art. 282 do Código de Processo Penal). 
 
 6.3.4 LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA 
OBSERVAÇÃO 02 
Discorreu-se que ambas as Turmas do STF teriam consolidado, inicialmente, 
entendimento no sentido de que não seria cabível liberdade provisória aos 
crimes de tráfico de entorpecentes, em face da expressa previsão legal. 
Entretanto, ressaltou-se que a 2ª Turma viria afastando a incidência da 
proibição em abstrato. Reconheceu-se a inafiançabilidade destes crimes, 
derivada da Constituição (art. 5º, XLIII). Asseverou-se, porém, que essa 
vedação conflitaria com outros princípios também revestidos de dignidade 
constitucional, como a presunção de inocência e o devido processo legal. 
Demonstrou-se que esse empecilho apriorístico de concessão de liberdade 
provisória seria incompatível com estes postulados. Ocorre que a disposição 
do art. 44 da Lei 11.343/2006 retiraria do juiz competente a oportunidade 
de, no caso concreto, analisar os pressupostos de necessidade da custódia 
cautelar, a incorrer em antecipação de pena. Frisou-se que a 
inafiançabilidade do delito de tráfico de entorpecentes, estabelecida 
constitucionalmente, não significaria óbice à liberdade provisória, 
considerado o conflito do inciso XLIII com o LXVI (“ninguém será levado à 
prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou 
sem fiança”), ambos do art. 5º da CF. Concluiu-se que a segregação cautelar 
— mesmo no tráfico ilícito de entorpecentes — deveria ser analisada assimcomo ocorreria nas demais constrições cautelares, relativas a outros delitos 
dispostos no ordenamento. Impenderia, portanto, a apreciação dos motivos 
da decisão que denegara a liberdade provisória ao paciente do presente writ, 
no intuito de se verificar a presença dos requisitos do art. 312 do CPP. 
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Ocorre em hipóteses nas quais a lei faculta a prestação de fiança como 
forma de garantia de que haverá o cumprimento, pelo investigado ou 
pelo réu, de suas obrigações processuais. 
Mas o que exatamente é a fiança? 
Passaremos a tratar deste tema a partir de agora! 
 
6.3.5 FIANÇA 
 
É uma garantia prestada pelo réu do cumprimento de suas obrigações 
processuais, estando em liberdade. Consiste em depositar determinado 
valor em juízo, em troca de sua liberdade provisória. 
Para determinar o valor da fiança, a autoridade levará em consideração a 
natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa 
do acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem 
como a importância provável das custas do processo até o final do 
julgamento (art. 326). 
A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a 
autoridade todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da 
instrução criminal e para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a 
fiança será considerada como quebrada (art. 327). 
O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar 
de residência sem prévia permissão da autoridade processante ou 
ausentar-se por mais de 08 (oito) dias de sua residência sem comunicar 
àquela autoridade o lugar onde será encontrado (art. 328). 
A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a 
sentença condenatória (art. 334). 
 A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, 
pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, 
estadual ou municipal ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar. 
 
Mas e se o réu for pobre e não tiver como pagar fiança? 
 
Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando ser impossível ao réu 
prestá-la, por motivo de pobreza, poderá conceder-lhe a liberdade 
provisória. Se o réu infringir, sem motivo justo, qualquer das obrigações 
impostas ou praticar outra infração penal, terá o benefício revogado. 
 
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Por fim, quanto aos valores, define a nova redação do art. 325 da 
seguinte forma: 
 
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a 
conceder nos seguintes limites: 
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar 
de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, 
não for superior a 4 (quatro) anos; (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o 
máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 
4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a 
fiança poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. 
6.3.6 COMPETÊNCIA PARA A CONCESSÃO DA FIANÇA 
 
Normalmente, se questionarmos um indivíduo pouco conhecedor das 
regras do CPP sobre a competência para a concessão de fiança, a 
resposta será: O JUIZ É A AUTORIDADE COMPETENTE PARA A 
CONCESSÃO DE FIANÇA. 
Esta resposta, apesar de não estar totalmente errada, está incompleta. 
Explico: A partir do advento da lei nº 12.403/11, passamos a ter uma 
importante modificação processual e que está sendo alvo de intensas 
discussões. Observe: 
 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança 
nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima 
não seja superior a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao 
juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
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A antiga redação dava certa discricionariedade para a autoridade policial, 
mas restrita aos crimes punidos com detenção ou prisão simples. A partir 
de agora, a competência das autoridades policiais foi ampliada e abarca 
as infrações cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior 
a 04 anos. 
Apenas nos demais casos a decisão sobre a concessão de fiança caberá 
ao juiz, que decidirá em 48 horas. 
Observação: Recusando ou retardando a autoridade policial a concessão 
da fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante simples 
petição, perante o juiz competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito) 
horas. 
 
6.3.7 IMPOSSIBILIDADE DE FIANÇA 
 
Mais uma vez iremos tratar de uma inovação muito polêmica introduzida 
pela lei nº 12.403/11. Para a correta compreensão, vamos comparar a 
nova e a antiga redação do art. 323: 
 
NOVA REDAÇÃO ANTIGA REDAÇÃO 
Art. 323. Não será concedida fiança: 
I - nos crimes de racismo; 
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, terrorismo e 
nos definidos como crimes hediondos; 
III - nos crimes cometidos por grupos 
armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado 
Democrático; 
 
Art. 323 - Não será concedida fiança: 
I - nos crimes punidos com reclusão em 
que a pena mínima cominada for superior 
a 2 (dois) anos; 
II - nas contravenções tipificadas nos arts. 
59 e 60 da Lei das Contravenções Penais; 
III - nos crimes dolosos punidos com pena 
privativa da liberdade, se o réu já tiver 
sido condenado por outro crime doloso, em 
sentença transitada em julgado; 
IV - em qualquer caso, se houver no 
processo prova de ser o réu vadio; 
V - nos crimes punidos com reclusão, que 
provoquem clamor público ou que tenham 
sido cometidos com violência contra a 
pessoa ou grave ameaça. 
Perceba que a nova lei veio restringirbastante as hipóteses de 
impossibilidade de fiança. 
E isto é bom ou ruim? 
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Para você é ótimo, pois são menos itens necessários para sua PROVA! 
Note que o art. 323, a partir de agora, somente reforça conceitos já 
existentes no art. 5º, XLII, XLIII e XLIV da Constituição Federal. 
Cabe por fim ressaltar que, se o indivíduo tiver obtido a possibilidade de 
fiança e desrespeitar injustificadamente as regras impostas, também 
ficará haverá a impossibilidade da concessão da fiança em seu processo. 
É o que prevê o art. 324. Observe: 
 
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: 
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança 
anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, 
qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 
deste Código; 
 
6.3.8 RESTITUIÇÃO DA FIANÇA (ARTS. 336 E 337) 
 
O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das 
custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa, se o 
réu for condenado. 
No caso de sentença absolutória, e transitando esta em julgado, a 
fiança será integralmente restituída, sem descontos e com atualização 
monetária. 
Caso a sentença seja condenatória irrecorrível, a fiança será 
restituída, descontado, porém, o valor referente ao custo de eventual 
multa e aquele relativo à satisfação do dano. 
 
6.3.9 PERDIMENTO DA FIANÇA (ART. 344) 
 
O perdimento da fiança é a perda em definitivo da totalidade do valor 
pago à título de fiança, na hipótese da condenação do afiançado e 
determinação de seu recolhimento à prisão, mas com fuga dele do 
distrito da culpa. 
 
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da 
fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o 
início do cumprimento da pena definitivamente 
imposta.(grifei) 
 
6.3.10 QUEBRAMENTO DA FIANÇA (ART. 341) 
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É a perda definitiva da metade do valor pago, quando o afiançado 
descumpre as obrigações legais. Veja: 
 
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na 
perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a 
imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a 
decretação da prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
A nova redação do art. 341 ampliou consideravelmente as hipóteses de 
quebramento de fiança. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o 
acusado: 
 
 Regularmente intimado para ato do processo, deixar de 
comparecer, sem motivo justo; 
 Deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do 
processo; 
 Descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com 
a fiança; 
 Resistir injustificadamente a ordem judicial; 
 Praticar nova infração penal dolosa. 
 
6.3.11 CASSAÇÃO DA FIANÇA (ARTS 338 E 339) 
 
Ocorre em duas situações: 
 
 FIANÇA QUE SE RECONHEÇA NÃO CABÍVEL: TRATA-SE DE ERRO EM QUE SE 
COGITA POSSÍVEL A FIANÇA QUANDO, NA REALIDADE, NÃO É CABÍVEL. 
 INOVAÇÃO NA CLASSIFICAÇÃO DO DELITO: TRATA-SE DE SITUAÇÃO EM 
QUE O AGENTE É DENUNCIADO POR CRIME DIVERSO DO ENQUADRAMENTO 
POLICIAL, SENDO ESTE INAFIANÇÁVEL. 
 
 
 
 
 
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É isso ai pessoal. Chegamos ao final de mais uma aula!!! 
 
Agora é hora de consolidar os conceitos com os exercícios e seguir em frente 
com força total. 
 
Abraços e bons estudos, 
Pedro Ivo 
 
"Não são os grandes planos que dão certo; 
são os pequenos detalhes." 
 
Stephen Kanit 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PPRRIINNCCIIPPAAIISS AARRTTIIGGOOSS TTRRAATTAADDOOSS NNAAAAUULLAA 
 
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas 
observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução 
criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações 
penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições 
pessoais do indiciado ou acusado. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita 
e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença 
condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, 
em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de 
resistência ou de tentativa de fuga do preso. 
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado. 
CAPÍTULO II 
DA PRISÃO EM FLAGRANTE 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes 
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I - está cometendo a infração penal; 
II - acaba de cometê-la; 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele autor da infração. 
Art. 303. Nasinfrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito 
enquanto não cessar a permanência. 
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e 
colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de 
entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o 
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, 
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, 
afinal, o auto. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005) 
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§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade 
mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, 
e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se 
não o for, enviará os autos à autoridade que o seja. 
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em 
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas 
pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. 
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o 
auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham 
ouvido sua leitura na presença deste. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005) 
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela 
autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal. 
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do 
preso ou à pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será 
encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado 
não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, 
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das 
testemunhas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, 
no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de 
prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo 
tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido 
imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não 
o for a autoridade que houver presidido o auto. 
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o 
preso será logo apresentado à do lugar mais próximo. 
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado 
o auto de prisão em flagrante. 
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá 
fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos 
constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes 
as medidas cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído pela Lei nº 12.403, 
de 2011). 
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente 
praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, 
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fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de 
comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação. (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
CAPÍTULO III 
DA PRISÃO PREVENTIVA 
 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a 
prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a 
requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por 
representação da autoridade policial. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem 
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para 
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e 
indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de 
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas 
cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da 
prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 
(quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em 
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, 
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução 
das medidas protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida 
sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos 
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em 
liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da 
medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar 
pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições 
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 - Código Penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será 
sempre motivada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, 
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la,se 
sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 5.349, de 
3.11.1967) 
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CAPÍTULO IV 
DA PRISÃO DOMICILIAR 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em 
sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o 
agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de 
idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto 
risco. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos 
estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
CAPÍTULO V 
DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, 
para informar e justificar atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por 
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer 
distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; (Redação dada pela Lei 
nº 12.403, de 2011). 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por 
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer 
distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente 
ou necessária para a investigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o 
investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza 
econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática 
de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com 
violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-
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imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei 
nº 12.403, de 2011). 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos 
do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência 
injustificada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 3o (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 4o A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste 
Título, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às 
autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se 
o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) 
horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989 
 
Art. 1° Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos 
necessários ao esclarecimento de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na 
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo 
único); 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo 
único); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal 
qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
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m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em 
qualquer de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). 
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da 
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. 
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, 
ouvirá o Ministério Público. 
§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e 
prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do 
recebimento da representação ou do requerimento. 
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do 
Advogado, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e 
esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito. 
§ 4°Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, 
uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. 
§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado 
judicial. 
§ 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos 
no art. 5° da Constituição Federal. 
§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto 
imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva. 
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados 
dos demais detentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EEXXEERRCCÍÍCCIIOOSS 
 
1. (Oficial - PM-SC / 2015) Se o réu se livrar solto, deverá ser posto 
em liberdade imediatamente, mesmo antes de lavrado o auto de 
prisão em flagrante. Não será concedida fiança nos crimes cometidos 
por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional 
e o Estado Democrático. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, 
depois de lavrado o auto de prisão em flagrante. (Art. 309) 
 
2. (Oficial - PM-SC / 2015) Se a infração for afiançável, a falta de 
exibição do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, 
será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o 
mandado. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do 
mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente 
apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado. (Art. 287) 
 
3. (Perito - PC-ES / 2011) Vinte e quatro horas após a prisão em 
flagrante, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão 
acompanhado de todas as oitivas colhidas e, em qualquer caso, cópia 
integral para a defensoria pública. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: A lei nº 12.403/11 retirou a obrigatoriedade das oitivas 
acompanharem o APF. Além disso, a cópia para a Defensoria só ocorrerá se o 
autuado não informar o nome do advogado. 
 
4. (Procurador - PGM-RR / 2010) A prisão preventiva somente 
poderá ser decretada, mediante ordem judicial devidamente 
fundamentada, no curso de ação penal regularmente instaurada 
perante o juízo competente. 
 
GABARITO: CERTA 
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COMENTÁRIOS: A prisão preventiva somente poderá ser efetivada 
mediante ordem judicial, e poderá ser requerida tanto na fase pré-processual 
(inquisitorial) como na fase processual (judicial). 
 
5. (Analista Administrativo - DPU / 2010) A prisão preventiva e a 
prisão temporária possuem a mesma finalidade e momento para 
decretação. A primeira ocorre nas ações penais públicas e a segunda, 
nas ações penais privadas. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: A prisão preventiva pode ser decretada tanto na fase do 
IP, quanto na fase processual; já a prisão temporária somente poderá ser 
decretada na fase do IP. 
 
6. (Analista Administrativo - DPU / 2010) A prisão de servidor 
público, por crime de ação penal pública condicionada e contra a 
administração, depende de manifestação prévia da chefia imediata, 
por expressa disposição do CPP. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Não há que se falar em manifestação da chefia nos casos 
de prisão de servidor público para que seja decretada. 
 
7. (Analista Judiciário - TRE-MT / 2010) A prisão temporária pode ser 
decretada de ofício pelo juiz, pelo prazo improrrogável de cinco dias, 
presentes as condições legais. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Como vimos, o prazo não é improrrogável. 
 
8. (Analista Judiciário - TRE-MT / 2010) Não se admite a decretação 
da prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com detenção. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Esta questão, na época, foi considerada INCORRETA. 
Todavia, pelo novo regramento, torna-se correta. 
 
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9. (Promotor - MPE-SE / 2010) Segundo o CPP, a prisão especial 
consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão 
comum. Não havendo estabelecimento específico para o preso 
especial, ele deve ser recolhido em cela distinta em estabelecimento 
prisional comum. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: A prisão especial, prevista no Código de Processo Penal ou 
em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da 
prisão comum. Não havendo estabelecimento específico para o preso 
especial, este será recolhido em local distinto da prisão comum (ART. 295). 
 
10. (Promotor - MPE-SE / 2010) Não havendo autoridade policial no 
lugar em que se tiver efetuado a prisão em flagrante, o preso deve 
ser imediatamente apresentado ao promotor ou ao juiz competente, 
vedada sua apresentação a autoridade policial de localidade próxima, 
por falta de atribuição. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado 
a prisão, o preso será logo apresentado à do lugar mais próximo (ART. 308). 
 
11. (Promotor - MPE-SE / 2010) Nas hipóteses em que se livre solto, 
o réu deverá ser posto em liberdade, não havendo necessidade de 
lavratura do auto de prisão em flagrante, mas somente do boletim de 
ocorrência policial. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, 
depois de lavrado o auto de prisão em flagrante (ART. 309). 
 
12. (OAB-DF 2007) Em matéria de prisão processual, assinale a 
alternativa INCORRETA: 
 
A) A prisão administrativa, decretada pela autoridade administrativa, não foi 
recepcionada pela Constituição Federal de 1988; 
B) A prisão em flagrante não deverá subsistir nos casos de exclusão de 
ilicitude. 
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C) A prisão temporária, em todos os casos legais, somente poderá ser 
decretada por cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema 
e comprovada necessidade; 
D) A prisão em virtude de sentença condenatória recorrível não deverá ser 
decretada se o acusado for primário e de bons antecedente, assim, 
reconhecido na sentença penal condenatória. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: A única alternativa incorreta é a “C”, pois, caso se trate de 
suspeito de crime hediondo, pratica de tortura, tráfico ilicito de substâncias 
entorpecentes e drogas afins e, de terrorismo, a prisão temporária poderá 
durar trinta dias, prorrogáveis pelo mesmo prazo 
 
13. (Delegado - PC-PB / 2008) No flagrante irreal, o agente é 
perseguido logo após cometer o ilícito, em situação que faça 
presumir ser ele o autor da infração. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: O flagrante irreal nada mais é que outra denominação para 
o flagrante impróprio ou quase flagrante, cujo conceito é exatamente o da 
questão. 
 
14. (Delegado - PC-PB / 2008) A prisão em flagrante é compulsória 
em relação às autoridades policiais e seus agentes, desde que 
constatada a presença das hipóteses legais, mas possuem eles plena 
discricionariedade para avaliar o cabimento ou não da medida. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Como vimos, com relação à prisão em flagrante quando 
aplicada por agentes policiais, não há que se falar em discricionariedade, 
sendo, regra geral, compulsória e vinculada à atuação. 
 
15. (Delegado - PC-PB / 2008) No flagrante preparado, a 
consequência é a soltura do indiciado, em nada influindo a 
preparação do flagrante na conduta típica praticada pelo agente. 
 
GABARITO: ERRADA 
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COMENTÁRIOS: A característica principal do flagrante preparado que o 
caracteriza como hipótese de crime impossível é a influência da preparação 
na conduta típica, logo a alternativa está incorreta. 
 
16. (Delegado - PC-PB / 2008) A prisão preventiva pode ser 
decretada para garantia de aplicação da lei penal, ou seja, para 
impedir que o agente, solto, continue a delinquir e, 
consequentemente, acautelar o meio social. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Questão fácil, mas que exige atenção, pois a banca tenta 
confundir os conceitos de garantia da ordem pública com a garantia da 
aplicação da lei penal. 
 
17. (Delegado - PC-PB / 2008) A prisão preventiva pode ser 
decretada em prol da garantia da ordem pública, havendo, nesse 
caso, necessidade de comprovação do iminente risco de fuga do 
agente. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Mais uma questão, assim como a anterior, que tenta 
inverter o conceito de garantia da ordem pública com a garantia da aplicação 
da lei penal. Para a decretação da prisão preventiva com base na ordem 
pública, basta a comprovação da periculosidade e do temor social. 
 
18. (Delegado - PC-PB / 2008) Pode ser decretada a prisão 
temporária em qualquer fase do IP ou da ação penal. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Atenção!!! Prisão temporária só no inquérito. 
 
19. (Delegado - PC-PB / 2008) A prisão temporária pode ser 
decretada por intermédio de representação da autoridade policial ou 
do membro do MP, assim como ser decretada de ofício pelo juiz 
competente. 
 
GABARITO: ERRADA 
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COMENTÁRIOS: Segundo a Lei nº. 7.960/89: Art. 2º A prisão temporária 
será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou 
de requerimento do Ministério Público [...]. Assim, segundo a doutrina 
majoritária, não pode ser decretada de ofício. 
 
20. (Delegado - PC-PB / 2008) O prazo da prisão temporária, que em 
regra é de 5 dias, prorrogáveis por igual período, é fatal e 
peremptório, de modo que, esgotado, o preso deve ser 
imediatamente posto em liberdade, não podendo ser a prisão 
convertida em preventiva. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Como vimos, ele poderá permanecer preso se decretada a 
prisão preventiva. 
 
21. (Delegado - PC-PB / 2008) Quando a prisão temporária for 
requerida pela autoridade policial, por intermédio de representação, 
não haverá necessidade de prévia oitiva do MP, devendo o juiz 
decidir o pedido formulado no prazo máximo de 24 horas. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Dispõe o Art. 2º, § 1° da Lei 7.960/89: Na hipótese de 
representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o 
Ministério Público. 
 
22. (Agente - PC-TO / 2008) A prisão preventiva e a prisão 
temporária, exemplos de prisão cautelar, antecipam o 
reconhecimento de culpa com a conseqüente privação da liberdade 
do indivíduo, pois o juízo que se faz, ao decretá-las, é de 
culpabilidade. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Completamente errada com base no princípio da presunção 
da inocência que persiste até a sentença judicial transitada em julgado. A 
prisão cautelar não pressupõe CULPABILIDADE. 
 
23. (OAB-SP / 2006) Em relação à prisão em flagrante, é INCORRETO 
afirmar: 
 
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A) nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito 
enquanto não cessar a permanência. 
B) dentro de 48 (quarenta e oito) horas depois da prisão, será dada ao preso 
nota de culpa assinada pela autoridade policial, com o motivo da prisão, o 
nome do condutor e os das testemunhas. 
C) quando o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, a inocorrência 
de qualquer das hipóteses que autorizam a prisão preventiva, poderá, depois 
de ouvir o Ministério Público, conceder liberdade provisória. 
D) não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o 
preso será logo apresentado à do lugar mais próximo. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: A alternativa “B” é a única incorreta, pois, conforme vimos, 
a nota de culpa deve ser entregue em 24 horas. 
 
24. (Agente - PC-TO / 2008) Considere que policiais em serviço de 
ronda noturna perceberam que, em determinada casa, um homemapunhalava uma mulher, a qual, por sua vez, gritava 
desesperadamente por socorro. Nessa situação, os policiais, mesmo 
que em horário noturno, poderão adentrar a residência sem o 
consentimento dos moradores e realizar a prisão do agressor. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Exceção à regra da inviolabilidade de domicílio. No caso de 
flagrante, mesmo no período noturno, é possível. 
 
25. (Agente - Polícia Federal / 2004) Considera-se em flagrante 
delito quem é encontrado, logo depois da infração, com 
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele 
infrator. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: É o flagrante presumido. 
 
26. (Agente - Polícia Federal / 2004) Não é cabível prisão preventiva 
de acusado de prática de contravenção penal. 
 
GABARITO: CERTA 
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COMENTÁRIOS: Não há prisão preventiva para a prática de contravenção 
penal. 
 
27. (Agente - Polícia Federal / 2004) A prisão temporária não pode 
ser decretada de ofício pelo juiz. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Mais uma questão que exige o conhecimento do 
entendimento da jurisprudência majoritária segundo a qual não é possível a 
decretação de ofício da prisão temporária. 
 
28. (Analista – TRF / 2008) A respeito da prisão em flagrante, é 
correto afirmar que 
 
A) não pode ser feita por qualquer do povo, mas apenas pelas autoridades 
policiais e seus agentes. 
B) se considera em flagrante delito quem é encontrado, logo depois, com 
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor 
da infração. 
C) para a lavratura do respectivo auto, é necessária a existência de pelo 
menos duas testemunhas da infração. 
D) o preso, por razões de segurança, não tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão. 
E) N.R.A 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS: Vamos analisar as alternativas: 
Alternativa “A”  Incorreta  Nos termos do art. 301 do CPP, qualquer 
do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender 
quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
Alternativa “B”  Correta  Enuncia corretamente o flagrante presumido. 
Alternativa “C”  Incorreta  Conforme leciona o § 2o do art. 304, a 
falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em 
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos 
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à 
autoridade. 
Alternativa “D”  Incorreta  A nota de culpa, dentre outras 
informações, apresenta o nome dos responsáveis pela prisão. 
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29. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia – PC-PB / 2008) 
Em respeito ao princípio da presunção de inocência, a prisão 
preventiva não pode ser decretada durante o inquérito policial, mas 
só após a instauração da ação penal. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: A prisão preventiva pode ser decretada tanto no inquérito 
quanto na ação penal. 
 
30. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia – PC-PB / 2008) A 
prisão preventiva pode ser decretada para garantia da ordem pública 
somente quando há indício da existência de crime e certeza sobre a 
sua autoria. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Dispõe o art. 312 do CPP que a prisão preventiva poderá 
ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei 
penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de 
autoria. 
 
31. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia – PC-PB / 2008) 
Uma vez revogada a prisão preventiva durante o curso da ação penal, 
é defeso ao juiz decretá-la novamente antes do trânsito em julgado 
da sentença penal condenatória. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: Segundo o art. 316. O juiz poderá revogar a prisão 
preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que 
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a 
justifiquem. 
 
32. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia – PC-PB / 2008) O 
despacho que decreta a prisão preventiva deve ser sempre 
fundamentado; porém, o que a nega prescinde de fundamentação. 
 
GABARITO: ERRADA 
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COMENTÁRIOS: Tanto a decretação quanto a não aceitação do pedido 
dependem de fundamentação. 
 
33. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia – PC-PB / 2008) A 
prisão temporária só é cabível durante a fase de inquérito policial, 
sendo vedada a sua decretação no curso da ação penal. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Perfeito comentário sobre a prisão temporária. 
 
34. (Agente de Investigação e Escrivão de Polícia – PC-PB / 2008) A 
prisão temporária é decretada pelo juiz, de ofício ou em face de 
representação de autoridade policial ou de requerimento do 
Ministério Público, e tem prazo de cinco dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: MAIS UMA!!! Prisão temporária não pode ser decretada de 
ofício. 
 
35. (Polícia Rodoviária Federal – 2008) Ocorre o chamado quase-
flagrante quando, tendo o agente concluído os atos de execução do 
crime e se posto em fuga, inicia-se ininterrupta perseguição, até que 
ocorra a prisão. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Trata do FLAGRANTE IMPRÓPRIO (TAMBÉM CHAMADO DE 
IRREAL OU QUASE FLAGRANTE), no qual o agente comete o ato ilícito e é 
perseguido, logo após, em situação que faça presumir ser o autor do delito. 
 
36. (Técnico - TJ-AC / 2012) Qualquer do povo poderá prender 
qualquer pessoa que seja encontrada em flagrante delito. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Questão que, apesar de ter gerado recursos, foi 
considerada CERTA. 
 
37. (Inspetor - PC-CE / 2012) A imediata comunicação da prisão de 
pessoa é obrigatória ao juiz competente, à família do preso ou à 
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pessoa por ela indicada, mas não necessariamente ao MP, titular da 
ação penal. 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 306, do CPP, a prisão de qualquer 
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada. 
 
38. (Perito - PC-ES / 2011) A prisão em flagrante delito não é ato 
privativo das forças policiais. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Como vimos, qualquer do povo poderá proceder a prisão 
em flagrante. 
 
39. (Perito - PC-ES / 2011) No caso do flagrante delito, como a 
prisão se dá sem ordem judicial prévia, a autoridade policial é a 
responsável legal pela detenção e pela tutela da liberdade, mesmo 
após comunicada a prisão e recebido o auto de flagrante pelo juiz 
competente. 
 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIOS: No caso, a tutela da liberdade é do JUIZ DE DIREITO. 
 
40. (Adaptada / Investigador - PC-SP / 2014) Um estabelecimento 
comercial foi roubado, sendo subtraídos vários objetos de valor. A 
viatura de um Investigador de Polícia, que passava pelo local, foi 
acionada por populares que presenciaram o roubo e relataram o 
ocorrido. Após algumas horas, durante o trabalho de investigação 
policial, em diligência nas proximidades do local do fato, o 
investigador surpreende um cidadão com a arma do crime e com 
vários objetos roubados, sendo este ainda reconhecido pelas vítimas. 
Diante dessa situação, há possibilidade de prisão em flagrante em 
razão de o cidadão ter sido encontrado, logo depois, com a arma e 
objetos que faziam presumir ser ele autor da infração. 
 
GABARITO: CERTA 
COMENTÁRIOS: Exige do candidato o conhecimento do art. 302, do CPP. 
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LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS 
 
1. (Oficial - PM-SC / 2015) Se o réu se livrar solto, deverá ser posto 
em liberdade imediatamente, mesmo antes de lavrado o auto de 
prisão em flagrante. Não será concedida fiança nos crimes cometidos 
por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional 
e o Estado Democrático. 
 
2. (Oficial - PM-SC / 2015) Se a infração for afiançável, a falta de 
exibição do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, 
será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o 
mandado. 
 
3. (Perito - PC-ES / 2011) Vinte e quatro horas após a prisão em 
flagrante, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão 
acompanhado de todas as oitivas colhidas e, em qualquer caso, cópia 
integral para a defensoria pública. 
 
4. (Procurador - PGM-RR / 2010) A prisão preventiva somente 
poderá ser decretada, mediante ordem judicial devidamente 
fundamentada, no curso de ação penal regularmente instaurada 
perante o juízo competente. 
 
5. (Analista Administrativo - DPU / 2010) A prisão preventiva e a 
prisão temporária possuem a mesma finalidade e momento para 
decretação. A primeira ocorre nas ações penais públicas e a segunda, 
nas ações penais privadas. 
 
6. (Analista Administrativo - DPU / 2010) A prisão de servidor 
público, por crime de ação penal pública condicionada e contra a 
administração, depende de manifestação prévia da chefia imediata, 
por expressa disposição do CPP. 
 
7. (Analista Judiciário - TRE-MT / 2010) A prisão temporária pode ser 
decretada de ofício pelo juiz, pelo prazo improrrogável de cinco dias, 
presentes as condições legais. 
 
8. (Analista Judiciário - TRE-MT / 2010) Não se admite a decretação 
da prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com detenção. 
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9. (Promotor - MPE-SE / 2010) Segundo o CPP, a prisão especial 
consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão 
comum. Não havendo estabelecimento específico para o preso 
especial, ele deve ser recolhido em cela distinta em estabelecimento 
prisional comum. 
 
10. (Promotor - MPE-SE / 2010) Não havendo autoridade policial no 
lugar em que se tiver efetuado a prisão em flagrante, o preso deve 
ser imediatamente apresentado ao promotor ou ao juiz competente, 
vedada sua apresentação a autoridade policial de localidade próxima, 
por falta de atribuição. 
 
11. (Promotor - MPE-SE / 2010) Nas hipóteses em que se livre solto, 
o réu deverá ser posto em liberdade, não havendo necessidade de 
lavratura do auto de prisão em flagrante, mas somente do boletim de 
ocorrência policial. 
 
12. (OAB-DF 2007) Em matéria de prisão processual, assinale a 
alternativa INCORRETA: 
 
A) A prisão administrativa, decretada pela autoridade administrativa, não foi 
recepcionada pela Constituição Federal de 1988; 
B) A prisão em flagrante não deverá subsistir nos casos de exclusão de 
ilicitude. 
C) A prisão temporária, em todos os casos legais, somente poderá ser 
decretada por cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema 
e comprovada necessidade; 
D) A prisão em virtude de sentença condenatória recorrível não deverá ser 
decretada se o acusado for primário e de bons antecedente, assim, 
reconhecido na sentença penal condenatória. 
 
13. (Delegado - PC-PB / 2008) No flagrante irreal, o agente é 
perseguido logo após cometer o ilícito, em situação que faça 
presumir ser ele o autor da infração. 
 
14. (Delegado - PC-PB / 2008) A prisão em flagrante é compulsória 
em relação às autoridades policiais e seus agentes, desde que 
constatada a presença das hipóteses legais, mas possuem eles plena 
discricionariedade para avaliar o cabimento ou não da medida. 
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15. (Delegado - PC-PB / 2008) No flagrante preparado, a 
consequência é a soltura do indiciado, em nada influindo a 
preparação do flagrante na conduta típica praticada pelo agente. 
 
16. (Delegado - PC-PB / 2008) A prisão preventiva pode ser 
decretada para garantia de aplicação da lei penal, ou seja, para 
impedir que o agente, solto, continue a delinquir e, 
consequentemente, acautelar o

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